Sei sulla pagina 1di 18

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E TURISMO DE OLINDA

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO TRABALHO DE INTERVENÇÃO


DO PSICOPEDAGOGO EM CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS

Ana Carolina de Souza Leite¹

RESUMO
Este artigo trata da importância do lúdico como recurso psicopedagógico assim como a sua
contribuição na aprendizagem e reaprendizagem. Por essa razão e por ser a própria
essência da infância, tem grande influência no trabalho de intervenção psicopedagógico
junto às crianças com dificuldades. O artigo está dividido em três capítulos: A importância
das atividades lúdicas; O trabalho de intervenção do psicopedagogo utilizando o lúdico
como recurso; Atividades lúdicas para as crianças de 4 a 6 anos. E visa discutir Qual a
importância do lúdico no trabalho de intervenção do psicopedagogo em crianças de 4 a 6
anos? Por isso, esse trabalho optou por realizar uma pesquisa bibliográfica, pautado nos
principais autores: MARCELINO (1996), GILDA RIZZO (2001), ALMEIDA (1994, 2009), DOHME
(2003), BOSSA (2000), MERY (1985), FERNANDEZ (1990, 2001), MACEDO, PETTY E PASSOS
(2005), WEISS (2004), FONSECA (1995), OLIVEIRA (2002), ROSA (2002), BRANDÃO (1984),
GENTILI (2005), ANTUNES (2003) entre outros. As estratégias lúdicas permitem os envolvidos
conhecerem-se como pessoa, desenvolverem-se emocionalmente, oportunizando o
desenvolvimento de capacidades, dentre elas a afetividade, a partilha, a concentração,
enfim, os envolvidos tornam-se operantes e participantes ativos. Diante do que foram
expostas, as conclusões apontam que a ludicidade torna-se uma ferramenta de grande
importância na intervenção psicopedagógica, entende-se que é primordial que a criança seja
estimulada desde cedo, pois cada uma tem um ritmo e modos diferentes de aprender.
Portanto, é interessante observar as habilidades e potencialidades, e propiciar intervenções
dinâmicas, explorando as habilidades individuais dos aprendentes.

Palavras-chaves: Educação Infantil. Intervenção Psicopedagógica. Lúdico.

INTRODUÇÃO

As manifestações lúdicas desempenham funções muito importantes no


desenvolvimento infantil e, além disso, podem ser utilizadas como uma importante
ferramenta didática e psicopedagógica.

Em todas as épocas faz parte da vida das crianças, viver no mundo da


fantasia, do encantamento, da alegria, dos sonhos. Parte da descoberta de si
mesmo, do experimentar, do criar e recriar oportunizando ao indivíduo, seu saber,
sua compreensão do mundo, seu conhecimento, facilitando a aprendizagem, o
desenvolvimento pessoal e coletivo, trazendo benefícios para a saúde mental, para

¹ Recreadora no Centro de Educação Infantil Saloá/PE – Graduada em Pedagogia - Faculdade Norte do Paraná-
UNOPAR- Pós Graduanda em Psicopedagogia Clínica e Institucional-Faculdade de comunicação e turismo de
Olinda-FACOTTUR. Email: anacarolinaf_@hotmail.com
a socialização, comunicação, expressão e valorizando sempre a criatividade que
está inata nesta atividade.

É fundamental que se assegure à criança o tempo e os espaços para que o


caráter lúdico do lazer seja vivenciado com intensidade capaz de formar a
base sólida para a criatividade e a participação cultural e, sobretudo para o
exercício do prazer de viver, e viver, como diz a canção... Como se fora
brincadeira de roda... (MARCELINO, 1996, p.38).

As estratégias lúdicas permitem os envolvidos conhecerem-se como pessoa,


desenvolverem-se emocionalmente, oportunizando a evolução de capacidades,
dentre elas a afetividade, a partilha, a concentração, enfim, os envolvidos tornam-se
operantes e participantes ativos.

A pesquisa bibliográfica aqui apresentada visa discutir: Qual a importância


do lúdico no trabalho de intervenção do psicopedagogo em crianças de 4 a 6 anos?

Segundo Gilda Rizzo (2001, p. 40) “A atividade lúdica pode ser, um eficiente
recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência...”. Para
que o aprendizado aconteça de forma significativa, as propostas diferenciadas de
atividades, o estímulo e a motivação são de suma importância, pois por meio deles,
a aprendizagem e/ou reaprendizagem se tornará prazerosa e concreta, contribuindo
assim para um desenvolvimento eficaz.

Para melhor delinear o estudo formularam-se os seguintes objetivos, Geral:


Analisar a importância das atividades lúdicas no trabalho de intervenção do
psicopedagogo em crianças de 4 a 6 anos. E especificamente temos como objetivos:
Apresentar a importância das atividades lúdicas; Detalhar o trabalho de intervenção
do psicopedagogo utilizando o lúdico como recurso; Pontuar as atividades lúdicas
para as crianças de 4 a 6 anos.

A escolha do tema em pauta justifica-se em apresentar A importância do


lúdico no trabalho de intervenção do psicopedagogo em crianças de 4 a 6 anos.

Com base em atividades lúdicas apoiadas em jogos e brincadeiras remete à


transformação do espaço da clínica psicopedagógica em espaço dinâmico,
integrador, não apenas pela ótica da intervenção pelas dificuldades de
aprendizagem, mas da formação plena do indivíduo.

Torna-se importante o estudo do tema porque essas atividades são


processos que envolvem o indivíduo e sua cultura, adquirindo especialidade de
acordo com cada grupo. Envolvem emoções, afetividade, aproximação entre as
pessoas, pois o lúdico torna-se um motivador por si próprio, trazendo novas
situações, novos desafios e interação social.

A elaboração desse trabalho contribui para que se possa repensar as atuais


práticas de atividades na clínica psicopedagógica; ressaltando-se que o brincar e
jogar permite às crianças reconhecer aquilo que eles já sabem o que precisam saber
e como eles podem conseguir o que desejam.

A sessão subsequente trata-se da explanação da fundamentação teórica,


que divide-se em: A importância das atividades lúdicas; O trabalho de intervenção
do psicopedagogo utilizando o lúdico como recurso; Atividades lúdicas para as
crianças de 4 a 6 anos. E finalizando com as Considerações Finais, levantadas a
partir dos achados, limitações do estudo e potenciais contribuições da pesquisa para
a Psicopedagogia.

Enquanto recurso pedagógico, o lúdico, deve ser encarado de forma séria e


usado de maneira correta, pois como afirma Almeida (1994, p.53), “o sentido real,
verdadeiro, funcional da educação lúdica está garantido, se o educador estiver
preparado para realizá-lo”.

1 A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES LÚDICAS

O lúdico tem sua origem na palavra “ludus” que remete a jogos e


brincadeiras. Durante muito tempo permaneceu confinado a sua origem, se referindo
apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. Os jogos e brincadeiras
eram considerados um passatempo sem outros objetivos, uma forma que as
crianças utilizavam o tempo livre. Eram feitos sem ter qualquer significado
pedagógico.

Entretanto a evolução da palavra “lúdico”, não parou apenas nas suas


origens e acompanhou as pesquisas de Psicomotricidade, passou a ser
reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento
humano. De modo à definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As
implicações da necessidade lúdica extrapolam as demarcações do brincar
espontâneo (ALMEIDA, 2009, p.1).

Para Luckesi (2000, p. 97) a ludicidade “é representada por atividades que


propiciam experiência de plenitude e envolvimento por inteiro, dentro de padrões
flexíveis e saudáveis”.

É uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista
apenas como diversão. Consiste basicamente em satisfazer a criança, trabalhando
com o real, o concreto, tocando, deslocando, montando e desmontando. Sua
finalidade é o próprio prazer do funcionamento da brincadeira é considerado
importantíssimo, pois ajuda no desenvolvimento cognitivo e facilita a aprendizagem
e a interação entre os colegas.

Para Dohme (2003, p.113). “As atividades lúdicas podem colocar a criança
em diversas situações, onde ela pesquisa e experimenta, fazendo com ela conheça
suas habilidades e limitações, que exercite o diálogo, liderança seja solicitada ao
exercício de valores ético e muitos outros desafios que permitirão vivências capazes
de construir conhecimentos e atitudes”.

2 O TRABALHO DE INTERVENÇÃO DO PSICOPEDAGOGO UTILIZANDO O


LÚDICO COMO RECURSO

De acordo com o artigo l do código de ética do psicopedagogo, a


psicopedagogia é um campo de atuação em educação e saúde que se ocupa do
processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade e
o contexto sócio-histórico, utilizando procedimentos próprios, fundamentados em
diferentes referenciais teóricos.
É uma área de extrema importância para o cenário educacional, pois sua
atuação objetiva um trabalho em conjunto, no intuito de melhoria de qualidade dos
processos de aprendizagem dos educandos.

Bossa (2000, p. 24) fala que “a Psicopedagogia tem como objeto de estudo
da aprendizagem humana, o como se dá o aprender, suas variações e os fatores
implicados, como ocorrem as alterações na aprendizagem e como preveni-las, ou
tratá-las”. Para tanto, a Psicopedagogia recorre a diferentes áreas como Filosofia,
Neurologia, Sociologia, Lingüística, e Psicanálise, busca conhecimentos em outros
campos, mas cria seu próprio objeto de estudo e delimita seu campo de atuação.

Os primeiros centros psicopedagógicos foram fundados em 1946


(Mery,1985) com a intenção de tratar comportamentos considerados inadequados
de crianças, não só na escola, como também do lar, visando sua readaptação.

No Brasil é bastante influenciada pelos autores argentinos, os quais podem


ser citados Alicia Fernandez, Jorge Visca, Sara Paín.

Historicamente, a intervenção psicopedagógica vem ocorrendo com


assistência às pessoas que apresentam dificuldades de aprendizagem. Diante do
baixo desempenho acadêmico, alunos são encaminhados pelas escolas, com o
objetivo de elucidar a causa de suas dificuldades.

A questão fica, desde o princípio, centrada em quem aprende, ou melhor,


em quem não aprende. Diferente de estar com dificuldade, o aluno manifesta
dificuldades, relevando uma situação mais ampla, onde também se inscreve a
escola, parceira que é no processo da aprendizagem.

Conforme Fernandez (1990) Ampliação desta leitura através da criança


permite ao psicopedagogo abrir espaços para que se disponibilizem recursos que
façam frente aos desafios, isto é, na direção da efetivação da aprendizagem. No
entanto, apesar do esforço que as escolas tradicionalmente despendem na solução
dos problemas de aprendizagem, os resultados do estudo psicopedagógico têm
servido, muitas vezes, para diferentes fins, sobretudo quando a escola não se
dispõe a alterar o seu sistema de ensino e acolher o aluno nas suas necessidades.

Quando abordados os recursos psicopedagógicos, não podem ser limitados


apenas a alguns objetos ou materiais de trabalho. São infinitos e podem ser
utilizados como apoio para os atendimentos psicopedagógicos e cabe ao
psicopedagogo, a percepção de qual abordagem é necessária para seu cliente,
tendo em vista que cada ser humano é ímpar e possui uma maneira de aprender e
assimilar a realidade de forma singular.

A abordagem lúdica facilita a aprendizagem e o estabelecimento do vínculo


positivo entre profissional e cliente, portanto, deve ser utilizada nas sessões de
atendimentos. Fernández (2001, p.163) afirma que o psicopedagogo deve
proporcionar “um espaço de confiança e criatividade, onde possa dar sentido criativo
e lúdico ao trabalho” desenvolvido por ele. Diante dessa afirmação, pode-se
considerar que não existem meios específicos e limitados, ou ainda, uma receita
pronta para ser seguida passo a passo pelo Psicopedagogo.

Segundo Macedo, Petty e Passos (2005, p. 21), para que as atividades


sejam lúdicas, são identificadas pelas crianças como possuidoras de cinco
qualidades: terem o prazer funcional, serem desafiadoras, criarem possibilidades,
possuírem caráter simbólico e serem expressas de modo construtivo ou relacional.
Os autores afirmam ainda que “lúdico combina com a ideia de errância... É como se
fosse um passeio desejado, mas não premeditado nem submisso a um roteiro
rígido”.

A intervenção psicopedagógica deve explorar os jogos pedagógicos, pois


brincar é universal e rompe as fronteiras entre o diagnóstico e o tratamento, uma vez
que o próprio diagnóstico passa a ter um caráter terapêutico. Os jogos como
intervenção psicopedagógica desenvolvem não somente os aspectos cognitivos,
mas também a expressão corporal e motora. Algumas atividades lúdicas são
instrumentos válidos para os psicopedagogos, como os jogos e brincadeiras que
propiciam aos aprendentes o aprender brincando.
Isso lhe possibilitará a observação de seu cliente em diferentes aspectos
sociais, familiares, acadêmicos e emocionais, de maneira lúdica e não penosa,
identificando a raiz do problema. Atua intervindo como mediador no processo de
reaprendizagem, e orienta pais e professores em relação ao cliente.

2.1 AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Quando fala-se em dificuldades de aprendizagem, está se referindo


especificamente a alguns tipos de desordens que impedem uma pessoa de aprender
no mesmo ritmo de quem não apresenta o problema — e não à dificuldade normal
que todos temos em aprender um determinado tema.

Essas desordens normalmente afetam a capacidade do cérebro em receber


as informações e processá-las, comprometendo o aprendizado e deixando-o mais
lento em comparação do que o normal.
Elas podem estar relacionadas tanto a fatores externos quanto a alguns tipos de
transtornos

As principais dificuldades de aprendizagem que dão enfoque para a escola e


as relações ali existentes, as mais comuns são a que diz respeito à leitura e
interpretação, a linguagem escrita e o raciocínio lógico matemático, segundo
Fonseca (1995) são elas:

 Dislexia: Um distúrbio na área da leitura, escrita e soletração, por causa hereditária


com alterações genéticas e alteração no padrão neurológico.

 Disortografia: A presença de aglutinações, omissões, contaminações e alterações


nas palavras que gera desorganização na estrutura das frases e sentenças.

 Discalculia: A dificuldade na realização de cálculos matemáticos.

 Disgrafia: A dificuldade na linguagem escrita como escrita em espelho, inversão de


sílabas, omissão de letras, etc.
 Transtorno do Déficit de atenção (TDA) com ou sem hiperatividade (TDAH):
Um freqüente estado de desatenção e quando junta com a hiperatividade apresenta
impulsividade e excesso de atividade motora. Estes saberes resultaram em
alternativas teóricas com base na psicologia sócio-histórica, daí a contribuição das
teorias sobre o desenvolvimento humano, especialmente as de Piaget, Vygotsky e
Wallon. Hoje a Abordagem Psicopedagógica utiliza os conhecimentos destes
estudiosos como referência para a sua prática tanto clínica como institucional.

3 ATIVIDADES LÚDICAS PARA AS CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS

Nesta primeira etapa da vida, de 4 a 6 anos, a criança está conhecendo o


mundo, logo as relações que ela estabelece nesse período reflete em outros ciclos
de sua vida, por isso torna-se fundamental o cuidado com esses pontos de
desenvolvimento infantil. Ao ser estimulada positivamente, seus reflexos
educacionais e resultados serão mais positivos e satisfatórios, caso contrário,
apresentará alguma atitude característica decorrente que pode precisar de algum
acompanhamento e atenção especial.

Por isso cabe ao psicopedagogos proporcionar ambientes lúdicos que


desenvolvam as múltiplas inteligências e habilidades das crianças. Para isso, nada
melhor que os jogos e brincadeiras para que a aprendizagem se dê de forma lúdica.
Nesse sentido, faz-se necessário que o profissional crie situações estimulantes de
aprendizagem para o total desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras
e sócio afetivas, através das intervenções psicopedagógicas próprias para cada
criança, pois cada indivíduo é único e singular. Dessa forma, concordando com o
que diz Antunes (2003, p.19)
Duas crianças, na mesma idade, possuem a janela da mesma inteligência
com o mesmo nível de abertura, isso não significa, entretanto que sejam
iguais; a história genética de cada uma pode fazer com que o efeito de
estímulos sobre essa abertura seja maior ou menor, produza efeito mais
imediato ou mais lento. É um erro supor que o estímulo possa fazer a janela
abrir-se mais depressa. Por isso, essa abertura precisa ser aproveitada por
pais e professores com equilíbrio, serenidade e paciência. O estímulo não
atua diretamente sobre a janela, mas, se aplicado adequadamente,
desenvolve habilidades e estas, sim, conduzem a aprendizagens
significativas.
Diante do que foi exposto, entende-se que é primordial que a criança seja
estimulada desde cedo, pois cada uma tem um ritmo e modos diferentes de
aprender. Propiciar intervenções dinâmicas, explorando as habilidades individuais
dos aprendentes. Nesse sentido, o psicopedagogo assume um compromisso na
área remediativa e preventiva e de orientação no ensino-aprendizagem, focalizando
as possibilidades e visando ajudar na apropriação do conhecimento dentro de uma
perspectiva lúdica, considerando a singularidade do sujeito aprendente. A
intervenção psicopedagógica surge com a função de “diagnosticar” as várias
modalidades de aprendizagens e as possibilidades de aprender de diferentes
formas.

A seguir estão listadas algumas atividades lúdicas que podem ser utilizadas
durante esse processo.

 COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL

De acordo com Oliveira (2002) a coordenação global diz respeito à atividade


dos grandes músculos, dependendo da habilidade de equilíbrio postural. Ela está
relacionada à organização geral do ritmo, equilíbrio, as percepções gerais e ao
desenvolvimento da criança.

As diversas atividades permitem tomar consciência global do corpo, como,


por exemplo, andar, que requer equilíbrio e coordenação por ser um ato
neuromuscular; correr, que requer, além destes, resistência e força muscular; e
outras como saltar, rolar, pular.
O movimento motor global, seja ele mais simples, é um movimento
sinestésico, tátil, labiríntico, visual, espacial, temporal, e assim por diante.
Os movimentos dinâmicos corporais desempenham um importante papel na
melhora dos comandos nervosos e no afinamento das sensações e das
percepções. (ROSA, 2002, p.16)

Para a criança a coordenação e as experiências permitem a dissociação de


movimentos, ou seja, ela pode realizar vários movimentos no mesmo período de
tempo.

3.1 Jogos e brincadeiras que auxiliam no desenvolvimento da coordenação motora


global
Figura 1- Brinquedo Vai e Vem

Fonte: https://lunetas.com.br/brinquedo-caseiro-vai-vem-de-garrafa-pet/

Objetivo – Desenvolver a coordenação ampla, viso-motora, atenção e tônus


muscular.

Atividade – A atividade é desenvolvida com um brinquedo que deve ser utilizado em


duplas, o brinquedo pode ser desenvolvido com garrafas pets, fitas adesivas,
argolas e fios ou adquirido em lojas especializadas.

Desenvolvimento da atividade – Os participantes da atividade devem segurar nas


extremidades, nas argolas plásticas, dando impulso, ao abrir os braços, no objeto
para a outra extremidade.

Figura 2- Brincadeira de pular corda

Fonte: http://www.paraeducar.com.br/2015/08/que-tal-brincar-de-pular-corda-uma.html
Objetivo – Desenvolver a coordenação motora ampla, o esquema corporal,
estimular a orientação espacial e temporal, ampliar o equilíbrio, a lateralidade e
melhorar o tônus muscular.

Atividade – A atividade é desenvolvida com uma corda de quatro metros em média.

Desenvolvimento das atividades – Pode ser utilizada no chão, em que a criança


anda descalça sobre a corda, com os braços abertos, procurando manter o
equilíbrio;
Ainda esticada no chão a criança pula com os dois pés juntos para esquerda e para
direita consecutivamente; A corda pode ser erguida dez centímetros do chão para a
criança pular de um lado para outro.
Pode ser utilizada pela dupla como cabo-de-guerra, no meio do espaço utilizado
deve ter uma marca no chão, para visualizar quem está vencendo o cabo-de-guerra;
As crianças podem pular corda.

Figura 3 – Bambolê

Fonte: http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/7-atividades-com-bambole-para-criancas-pequenas/

Objetivo – Desenvolver a coordenação motora ampla, o esquema corporal,


estimular a orientação espacial e temporal, ampliar o equilíbrio, a lateralidade e
melhorar o tônus muscular.

Atividade – A atividade é desenvolvida com quatro bambolês em média.


Desenvolvimento das atividades – Uma criança deve segurar o bambolê,
enquanto outra vem engatinhando para passar por dentro do bambolê.
Girar o bambolê na cintura e outras partes do corpo, como pescoço e braço.
Com alguns bambolês alinhados lado a lado no chão, andar com a perna esquerda
no bambolê esquerdo e a direita no bambolê direito.
Ainda com os bambolês no chão pular com os dois pés de um bambolê para outro.
Com um bambolê somente pular para dentro e para fora.
Brincar com o bambolê na mão, rodando-o como se fosse um volante.
Passar o bambolê pelo corpo inteiro a começar pela altura da cabeça.

 COORDENAÇÃO MOTORA FINA

A coordenação fina trabalha os pequenos músculos realizando movimentos


coordenados e exercícios refinados, ela desenvolve a capacidade de pegar
diferentes objetos de várias maneiras, além de auxiliar na aquisição e no
aprendizado da linguagem escrita, como por exemplo, movimentos de pinça,
exercícios com nós simples, dobraduras ou abotoar botões. Brandão (1984, p.5) diz
que a mão é como um dos instrumentos mais úteis para a descoberta do mundo,
afirmando que ela é um instrumento de ação a serviço da inteligência. Não adianta
somente ter coordenação motora fina, é preciso que haja o acompanhamento dos
gestos das mãos para isso é necessário o auxílio da visão.

3.2 Jogos e brincadeiras que auxiliam no desenvolvimento da coordenação motora


fina

Figura 3 – Alinhavos

Fonte: https://psicoestimular.blogspot.com/2018/04/como-criancas-desenvolvem-habilidades.html
Objetivo – Desenvolver a coordenação motora fina, coordenação viso-motora,
esquema corporal, estimular a orientação espacial, a lateralidade e melhorar o tônus
muscular.

Atividade – A atividade é desenvolvida com alinhavos preparados com papel cartão


e figuras plastificado ou adquiridos prontos.

Desenvolvimento da atividade – A criança deve trabalhar o alinhavo de forma livre


ou com orientação. É possível trabalhar o alinhavo associando outros
conhecimentos como as formas geométricas, números, letras, animais, meios de
transporte.
Figura 4 – Esponjas

Fonte: http://www.xalingo.com.br/clubinho/dicas/brincadeira-de-verao

Objetivo – Desenvolver a coordenação motora fina, coordenação viso-motora,


esquema corporal e melhorar o tônus muscular.

Atividade – A atividade é desenvolvida com uma bacia com água e várias esponjas
coloridas, com texturas/dureza diferenciadas.

Desenvolvimento das atividades – Colocar as esponjas na água e pedir para a


criança retirar uma a uma apertando bem retirando toda água da esponja.

Figura 5- Movimento de pinça


Fonte: https://www.tempojunto.com/2015/02/27/brincadeiras-com-pregador-de-roupa/

Objetivo – Desenvolver a coordenação motora fina, coordenação viso-motora,


esquema corporal, a lateralidade e melhorar o tônus muscular.

Atividade – A atividade é desenvolvida com dois (ou três) recipientes um com


objetos e outro vazio e uma pinça tamanho médio.

Desenvolvimento das atividades – A criança deve transportar os objetos que


estão em um recipiente com a pinça para outro recipiente vazio. Pode ser realizado
também pedindo que a criança coloque os objetos no recipiente esquerdo ou direito.

Figura 6- Botões

Fonte: http://www.mamyantenada.com/2015/03/atividades-para-desenvolver-motricidade.html

Objetivo – Desenvolver a coordenação motora fina, coordenação viso-motora,


esquema corporal, a lateralidade e melhorar o tônus muscular.

Atividade – Placa de feltro com botões pregados e recortes coloridos de feltro.


Desenvolvimento das atividades – A criança receberá a placa com os botões e em
seguida começa abotoar os retalhos nos botões.

 PERCEPÇÃO CORPORAL

É a representação global que a criança tem do próprio corpo. É um elemento


básico e indispensável para a formação da personalidade de qualquer criança.

A figura do corpo humano é a expressão de nosso corpo, de como este é


formado em nossa mente. É a forma pela qual o corpo se apresenta para nós.

Através das informações visuais, táteis, auditivas, cinestésicas e vestibulares


reunidas no cérebro o corpo realiza a composição da memorização de todas as
partes do corpo e de suas possíveis experiências de movimentos, agradáveis ou
desagradáveis (Fonseca,1995).

3.3 Jogos e brincadeiras que auxiliam no desenvolvimento da percepção corporal

 Musica cabeça ombro joelho e pé


 Jogos de tabuleiro
 Quebra cabeça

 ATIVIDADES DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA

Atividades de estimulação cognitiva são atividades que desenvolve o


raciocínio lógico, requer atenção, concentração, são excelentes exercícios para as
crianças desenvolverem as competências de estratégias que são imprescindíveis
para iniciação acadêmica. Muitas são as ações lúdicas que estimulam a cognição da
criança.

Telefone sem fio é um bom exemplo desse tipo de atividade. Essa


brincadeira consiste em organizar as crianças sentadas um ao lado da outra em fila.
A primeira criança diz uma frase ou mensagem no ouvido da criança seguinte. Cada
criança, após receber a mensagem ou frase, fala o mais baixo possível no ouvido da
criança seguinte, até chegar a última, que falará em voz alta o que recebeu. A
mensagem chega completamente diferente.
Atividades de seriação rápida também estimula a cognição. O
psicopedagogo tem excelentes ferramentas para estimular a cognição da criança
com dificuldade de aprendizagem.

 ATIVIDADES DE SERIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

Trabalhar seriação e classificação de objetos e coisas é de fundamental


importância para o crescimento amplo da criança.

Classificar é o ato de separar em categorias de acordo com as semelhanças


e diferenças existentes. Assim o estudante terá um elemento a mais para
poder entender as classificações sociais manifestadas em nossa sociedade
e não se deixar levar pelos discursos que querem legalizar essas
classificações (GENTILI, 2005, apud Ramos, 2009)

Nesse sentido o psicopedagogo deve observar as diversas variáveis que,


subjetivamente, estão incorporadas em nosso discurso, não apenas no ato de
ensinar, mas substancialmente nas nossas opiniões carregadas de preconceitos e
de generalizações absurdas acerca de algum fenômeno social.

3.4 jogos e brincadeiras que auxiliam no desenvolvimento da seriação e


classificação

 Ordenar blocos, objetos... em ordem crescente/ decrescente


 Organizar cartões segundo quantidades de imagens.
 Formar a fila segundo o tamanho dos alunos
 Ordenar canudinhos/ varas conforme tamanhos
 Elefante colorido – tocar em algo da cor citada como ferrolho para não ser
pego
 Jogo da memória com pares iguais
 Jogo da memória com pares semelhantes
 Comparação de tipos físicos: agrupar por cor/ comprimento do cabelo, cor dos
olhos, cor da pele, sexo
 Separar cartões com letras, figuras, números

4 CONCLUSÃO
Através de leituras bibliográficas é que se constituiu e encaminhou a
presente proposta de trabalho. De acordo com o primeiro objetivo pode-se concluir a
grande importância que o brincar propicia as intervenções psicopedagógicas,
ressalta ser necessário que todos os psicopedagogos tenham essa concepção, para
que possam contribuir no processo de aprendizagem, tornando-se mediadores nos
conhecimentos dos estudantes.
Ao observar o segundo objetivo percebe-se que não se pode limitar os
recursos psicopedagógicos a alguns objetos e materiais, pois eles são infinitos e
podem ser utilizados como apoio para os atendimentos e cabe ao psicopedagogo, a
percepção de qual abordagem é necessária para seu cliente, tendo em vista que
cada ser humano é ímpar e possui uma maneira de aprender e assimilar a realidade
de forma singular.
Quanto ao terceiro objetivo entende-se que é primordial que a criança
seja estimulada desde cedo, pois cada uma tem um ritmo e modos diferentes de
aprender. Portanto, é interessante observar as habilidades e potencialidades de
cada uma, e propiciar intervenções dinâmicas, explorando as habilidades individuais
dos aprendentes, desenvolvendo não somente os aspectos cognitivos, mas também
a expressão corporal e motora

REFERÊNCIAS

ABPP. Código de ética do psicopedagogo. 2011. Disponível em:


<http://www.abpp.com.br/documentos_referencias_codigo_etica.html>. Acesso em:
12 nov. 2018

ALMEIDA, Anne. Ludicidade como instrumento pedagógico. v. 12, 2009

ALMEIDA, PAULO NUNES DE. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 5ª


Ed. São Paulo: Loyola, 1994.

ANTUNES, Celso. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Vozes, 2003.

BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.


Porto Alegre, Artes Médicas, 2000

BRANDÃO, Samarão. Desenvolvimento psicomotor da mão. Rio de Janeiro, Ene


livros, 1984.

DOHME, Vânia. Atividades Lúdicas na educação: o caminho de tijolos amarelo.


Petrópoles, Rio de Janeiro: Vozes, 2003.

FERNÁNDEZ, Alicia. A mulher escondida na professora. 2 ed. Porto Alegre:


Artmed, 2001.
FONSECA, Vitor. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. 2ª Ed, Porto
Alegre. Artes Médicas, 1995.

LUCKESI, Cipriano (org.). Ensaios de Ludopedagogia. N. 1, Salvador


UFBA/FACED, 2000.

MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Norimar Christe. Os jogos e
o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.

MARCELINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. Campinas.


São Paulo: Autores Associados, 1996, p. 38.

MERY, Janine. Pedagogia Curativa escolar e Psicanálise. Porto Alegre: Artmed,


1985.

OLIVEIRA, G. C. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque


psicopedagógico. 7 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

RAMOS, Luzia Faraco. Conversas sobre números, ações e operações: uma


proposta criativa para o ensino da matemática nos primeiros anos/ Luzia Faraco
Ramos.- São Paulo: Ática, 2009.

RIZZO, Gilda. Jogos Inteligentes: A construção do raciocínio na Escola Natural. Rio


de Janeiro: Bertrand Brasil,2001

ROSA NETO, Francisco. Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed, 2002

Potrebbero piacerti anche