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Spanning Tree Protocol

Flavia da Silva Nogueira, Guilherme Uliana dos Reis, Natalia Andrade Calmon, Pedro Henrique Silva,
Vanessa Lourenço M. Formigoni

 algoritmo criado pela engenheira de software Radia Perlman

Resumo—Spanning Tree Protocol (STP) é um protocolo usado
como alternativa para impossibilitar que aconteçam loops de
Camada de Enlace em redes redundantes de computadores. Este
método é necessário para reduzir a problemática da
indisponibilidade dos Sistemas de Informática, pelo fato de que,
caso ocorra um colapso, o serviço fornecido pelo servidor
também entrará. Este artigo apresenta um breve histórico e
explicação das funcionalidades deste protocolo enfatizando suas
características, aplicações corporativas, vantagens e redes de grande e médio porte.
desvantagens.
Palavras-Chaves—STP, Camada de Enlace, Loops, protocolo,
Rede de Computadores.
Abstract—Spanning Tree Protocol is a protocol used as an
alternative to prevent Link Layer loops from occurring in
redundant computer networks. This method is necessary to
reduce the problem of the unavailability of Information Systems,
because in the event of a collapse, the service provided by the
server will also enter. This article presents a brief history and
explanation of the features of this protocol emphasizing its
characteristics, corporate applications, advantages and
disadvantages.
que garante que não haverá loop em uma rede local e utiliza a
BPDU, Bridge Protocol Data Unit, como quadro de
mensagens para troca de informações [1].
Este protocolo é implementado diretamente na camada 2
do modelo OSI, camada de enlace, e tem como objetivo
analisar a topologia da rede para identificar e tratar possíveis
loops em redes redundantes [2]. Geralmente é empregado em
Há pontos a serem definidos com o uso deste protocolo,
como o Switch raiz que se torna o principal switch da árvore e
a porta raiz, que são designadas por meio de eleição, que é
realizada de modo com que cada switch possua uma única
porta raiz, devem ser definidas também as portas designadas e
as que serão bloqueadas, sendo as designadas as portas
responsáveis pela comunicação entre os switches do ramo e as
bloqueadas aquelas que possibilitam os loops na rede.
Após estabelecida a spanning tree, haverá apenas um
caminho ligando os switches raiz e os switches no ramo. e
como há somente esse caminho, ele deve ser o de menor custo,
para manter a eficiência de processamento da rede.

Keywords—STP, Link Layer, Loops, protocol, Computer II. ESTADO DA ARTE

Network.
O Protocol Spanning Tree (STP) foi desenvolvido com o
principal objetivo de eliminar o loops infinitos de mensagens
I. INTRODUÇÃO broadcast na camada de enlace, sendo isto feito o
monitoramento de todos os links da rede [3].
D evido à importância vital do uso de computadores em
uma empresa e para uso pessoal, as redes de
computadores não podem ficar inoperantes por causa de falhas
Spanning Tree é uma árvore que contém todos os nós, sem
exceção, em um grafo. Formalmente uma spanning tree de um
grafo G = (N, E) é um grafo G’ = (N*E’), tal que e’ é um
ocasionadas pelos equipamentos presentes na rede. Os
subconjunto de E, G’ é conectado, não contém nenhum ciclo e
equipamentos falham, e para compensar a falha destes, que
contém todos os nós originais em G [4]. De maneira mais
tem como consequência a queda do circuito da rede, causando
simplificada ela pode ser definida como subconjunto das
a falha do sistema distribuído, utiliza-se com frequência a
arestas de um grafo conexo de forma a mantê-lo conexo e sem
redundância. Implementar redundância, além de outras coisas,
ciclos [5].
consiste em criar caminhos alternativos para que os pacotes
Este protocolo é formado através de trocas de mensagens
TPC ou UDP cheguem ao host de destino. Porém, ao resolver
entre os switches, sendo estas compostas por quadros especiais
o problema de queda de rede, gera-se o problema de loops
chamados BPDUs (Bridge Protocol Data Unit), sem esses
nelas. A solução desse problema, é dada pelo protocolo de
quadros não seria possível a existência da árvore, pois é
rede que é implementado na camada de enlace, o Spanning
através deles que os switches se comunicam.
Tree Protocol[1].
Existem dois tipos de quadros BPDUs, os de configuração e
O Protocolo Spanning Tree (STP) é baseado em um
os TCN (Topology Change Notification). O primeiro é
Flavia da Silva Nogueira (e-mail: flavia-sn@hotmail.com), Guilherme enviado enquanto a Spanning Tree está sendo configurada,
Uliana dos Reis (e-mail: guilhermeureis@gmail.com), Natalia Andrade enquanto o segundo é utilizado para notificar alterações na
Calmon (e-mail: nataliacalmon@gmail.com), Pedro Henrique Silva (e-mail: topologia da rede, como por exemplo, se algum enlace ou
pedrimhs@gmail.com), Vanessa Lourenço M. Formigoni (e-mail:
vanessa.formigoni@gmail.com), Departamento de Computação e Eletrônica,
ponte parar de funcionar [6].
Centro Universitário do Norte do Espírito Santo, Universidade Federal do
Espírito Santo, São Mateus-ES, Brasil.
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Para que isso seja possível, em cada switch, cada porta deve
ser rotulada como porta designada ou como porta de raiz.

Figura 2 -Esquema da escolha das portas

Figura 1 - Exemplo de Spanning Tree de switches

Como a árvore só possui um caminho entre os switches,

Após a criação da spanning tree, a comunicação entre os então o ideal é que o caminho entre eles seja o menor possível,
switches só é permitida através dela. Um ponto importante na levando ao conceito denominado spanning tree mínima. Para
criação da árvore é o identificador das pontes, que é composto definir o custo de cada enlace os switches utilizam uma tabela
por um número de prioridade de 16 bits seguido do endereço de peso para cada velocidade de link. Essa tabela pode ser
MAC do equipamento. De forma similar as portas dos vista a seguir:
switches recebem também um identificador. Esses
identificadores são os principais responsáveis pela
organização do protocolo.
Existem algumas definições que são necessárias para as
futuras explanações sobre o protocolo em questão.
Primeiramente, o switch raiz, que é o principal switch da
árvore, é eleito através do envio de BPDUs. Cada switch envia
BPDUs tentando se eleger, e ao receber um BPDU, o switch
compara o campo de prioridade, se a sua prioridade for maior,
então ele para de tentar se eleger, não enviando mais BPDUs,
caso a prioridade seja menor, continua a tentar se eleger, ou
seja, não cessa o envio de BDPUs, e por último se houver
empate no número de prioridade, o desempate ocorre
comparando o endereço MAC, sendo que o de menor valor
prevalece. Alguns estados de porta adicionais são necessários no STP,
Outro ponto a ser definido é a porta raiz, essa porta é a para que exista a transição supracitada segue a seguinte
responsável pela conexão entre os switches dos ramos com o sequencia:
switch raiz. Assim como acontece com o switch raiz, existe
uma eleição para escolher a porta raiz de cada switch, essa
eleição é realizada de tal forma que o custo acumulado seja o
menor possível e só existe uma porta raiz em cada switch.
Existem também as portas designadas, essas portas são as A porta bloqueada pode deixar de ser este tipo de porta em
responsáveis por realizar a comunicação entre os switches dos qualquer instante de tempo, pois pode haver uma mudança na
ramos. Além desses dois tipos de porta, ainda existem as topologia da rede. Quando isso ocorre ela passa para um
portas bloqueadas, essas portas são aquelas que no caso sejam estado Escutando. Neste estado o switch não recebe quadros,
ativadas podem causar loop na rede, então elas não recebem e porem recebe e analisa os BPDUs, e assim determina se a
nem enviam dados de usuários, porém continuam recebendo porta deve ou não ser bloqueada, ou seja, se ele causará loops
BPDUs. Um outro tipo de porta é a desabilitada, esta pode ser na rede. Após concluir a análise de maneira positiva, a porta
configurada pelo administrador da rede manualmente. passa para o estado Aprendendo, neste estado ela ainda não
Após a formação da Spanning Tree, apenas um caminho encaminha os quadros, porém continua recebendo e
entre o switch raiz e os switches nos ramos será permitido. analisando BPDUs, além de registrar os endereços MAC dos

dispositivos diretamente conectados. Finalmente a porta passa
para o estado de Ativa, neste estado a porta recebe encaminha
quadros e continua monitorando BDPUs, pois ela pode, em
algum momento, voltar a entrar em um estado de porta
bloqueada.
A. Consequência
Um efeito colateral deste protocolo é o tempo que demora
para passar a porta de estado bloqueada para o estado ativa,
pois em cada estágio citado anteriormente há uma espera de
cerca de 15 segundos, ou seja, para o ciclo completo deve-se
aguardar cerca de 50 segundos, o que é inaceitável em
algumas situações.
B. Rapid Spanning Tree Protocol (RSTP)
Devido aos problemas com o tempo, foi criado o Rapid
Spanning Tree Protocol (RSTP). A principal finalidade do
protocolo é reduzir o tempo de espera da transição da porta
bloqueada para a porta ativa.
No RSTP há uma nova classificação das portas e seus
estados. As portas de switches que estão conectadas a hosts,
não são classificadas como eram feitas no STP, ou seja, como
designadas ou porta raiz, pois elas já não iriam causar loops.
As portas recebem uma classificação especial chamada de
portas de extremos. Além disso, os estados Desabilitada,
Escutando e Bloqueada que existem no STP, passam a ter só
um estado no RSTP que é o Descartando e os estados
Aprendendo e Ativa são mantidas iguais.
As portas no estado Descartando se dividem dois subtipos.
A porta alternativa que é uma redundância da porta raiz, que
só é utilizada em caso de falha da porta raiz atual, e a porta
que o switch não descartou as informações e pode ser
rapidamente usada quando outra porta falhar.
Graças aos caminhos alternativos calculados previamente,
quando um enlace falha, os switches são capazes de excluí-lo
da topologia imediatamente sem ter que calcular uma nova
área, o que aumenta a velocidade de convergência do
algoritmo significativamente.
III. APLICAÇÕES
As aplicações em redes corporativas do STP se devem, ao
fato de, o protocolo ser implementado em diversas marcas de
switches existentes no mercado para evitar a redundância da
rede. Como o Spanning Tree atua em apenas um dispositivo
da rede, a mesma deve ser composta por apenas switches que
tenham em sua configuração o registro e esse registro
integrado as suas variâncias para que a rede não seja
prejudicada pelas desvantagens de algum deles.
Esse tipo de protocolo é muito utilizado principalmente em
grandes empresas, devido conter um número considerado de
sistemas finais. Um exemplo de produto que é encontrado no
mercado contendo o protocolo é o “DM 1200E Series Ethernet
Switches”[7], mostrado na figura 3.
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Figura 3 - Switch
IV. CONCLUSÃO
Por causa das desvantagens do Protocolo Spanning Tree,
como lentidão ao convergir para a topologia ativa em caso de
falha e não funcionar bem com VLANs, foram criadas novas
versões do STP que solucionam esses problemas tornando o
princípio do protocolo de origem ainda vivo.
O RSTP (Rapid Spanning Tree Protocol) criado pela IEEE
em 2001 reduz significativamente o tempo de resposta, cerca
de 25% mais rápido que o anterior, acrescentando uma porta
alternativa e uma porta de backup, onde essas, entram
imediatamente ao estado de encaminhamento ao invés de
esperar a falha surgir. Outra versão é a MSTP (Multiple
Spanning Tree Protocol) lançado com o objetivo de utilizar o
Protocolo Spanning Tree em múltiplas VLANs que apenas
muda a lógica de encaminhamento da rede.
Além dessas, outras variâncias como Per Vlan Spanning
Tree (PVST), Per Vlan Spanning Tree Plus (PVST+) e
Spanning Tree Per Vlan Rápido (rapid-PVST+) foram
elaborados para aperfeiçoamento do protocolo.
REFERÊNCIAS
[1] PROTOCOLO SPANNING TREE PARA EVITAR LOOPS DE
CAMADA DE ENLACE EM REDES REDUNDANTES/ MACHADO,
Dalmir de Jesus Pires, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba 2014.
[2] http://www.tiespecialistas.com.br/2015/03/protocolo-stp-spanning-tree-
protocol/ acessado em 03/12 as 9:00.
[3] http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2014_2/felipe/STP.ht
ml 12/11 16:00.
[4] Redes de Computadores e a Internet : Uma Abordagem top-down /
James F. Kurose, Keith W. Ross - 3. ed - São Paulo : Pearson Addison
Wesley, 2006.
[5] http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2014_2/felipe/ST.htm
l 12/11 16:00
[6] http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2014_2/felipe/BPDU.
html 12/11 16:00.
[7] http://www.datacom.ind.br/wp-content/uploads/2015/02/134.0089.06-
Descritivo-DM1200E.pdf 04/12/16 12h