Sei sulla pagina 1di 5

03/01/2019 Rochas Carbonáticas de Apuí - AM

English | Español

Apresentação

Recursos Minerais do Brasil

Minerais Industriais

Geologia Econômica

Geoquímica

Projetos Especiais e Minerais Estratégicos

Economia Mineral e Geologia Exploratória

Rochas Carbonáticas de Apuí - AM


Objetivo e Justificativas

O projeto se propõe a realizar uma pesquisa de rochas carbonáticas a partir do levantamento de seções
sedimentares ao longo de trechos fluviais dos rios Sucundurí, Acari, Juma e Jatuarana, além de alguns
quilômetros da BR-230 (Transamazônica) e vicinais da Área de Assentamento do INCRA (Projeto Juma).

Nessas seções, o reconhecimento expedito das rochas, em especial as rochas carbonáticas, permitirá
definir a extensão de suas ocorrências, sua faciologia, sistemas e ambientes deposicionais e aspectos
diagenéticos. A avaliação do tipo de carbonato (magnesiano ou calcítico) norteará seu futuro aproveitamento
como corretivo de solo à agricultura, complementando ações da iniciativa privada e contribuindo para a
otimização da oferta e o suprimento de insumos minerais à agricultura, o que assegurará o aumento da
produtividade e a expansão das atividades do setor.

A região sudeste do estado do Amazonas detém, atualmente, o maior assentamento agrícola realizado pelo
http://www.cprm.gov.br/publique/Recursos-Minerais/Recursos-Minerais-do-Brasil/Rochas-Carbonaticas-de-Apui---AM-259.html 1/5
03/01/2019 Rochas Carbonáticas de Apuí - AM

INCRA no país, o que torna de suma importância para a área em foco a pesquisa de rochas carbonáticas -
área cujo solo, atualmente voltado à agricultura primária, tem se revelado de natureza ácida. O corretivo
atualmente empregado na região vem sendo importado dos estados de Mato Grosso, Rondônia e Pará,
onerando, portanto, os custos com a produção agrícola da região.

Os estudos geológicos previstos darão ênfase a uma ampla área de cobertura sedimentar, cujas prévias
ocorrências de rochas carbonáticas e fosfáticas têm sido mencionadas por Liberatore et al. (1972), Santos et
al. (1975), Bizzinella et al. (1980), Santiago et al. (1980), Carvalho & Figueiredo (1982), Riker (1997), Reis et
al. (2002) e Ferreira et al. (2003).

Localização e Acesso

A região a ser investigada reúne duas principais áreas que, em conjunto, representam aproximadamente
18.739 km²:
1 - Área Jatuarana (1.364 km²) - situada entre os paralelos 7º20'00" S e 7º40'00" S e os meridianos
60º10'00" W e 60º30'00" W (Folha SB.20-Z-D, Rio Roosevelt), inclui o Rio Jatuarana, a sul da BR-230
(Transamazônica).
2 - Área Acari - Sucundurí (17.375 km²)- situada entre os paralelos 6º50'00" S e 7º50'00" S e os meridianos
58º40'00" W e 60º05'00" W (Folha SB.21-Y-C, Rio Acari), inclui parte das bacias dos rios Acari e Sucundurí,
a sul da BR-230.

O acesso à região é feito pelas vias aérea, fluvial e/ou terrestre, demandando marcantes diferenças de
tempo (de horas para dias) para cada meio de transporte utilizado. Por via terrestre, em utilização da BR-
319 (Manaus - Porto Velho), cruza-se o Rio Amazonas até a localidade do Careiro da Várzea, para então
percorrer aproximadamente 630 km da referida rodovia até Humaitá, limite com o estado de Rondônia. Essa
estrada há tempos está em péssimas condições de tráfego. Daí, são mais 400 km até Apuí pela
Transamazônica (BR-230) em estrada carroçável. Por via aérea, parte-se de Manaus até Apuí, em utilização
de linha comercial pela Apuí Táxi Aéreo, com tempo aproximado de 1 hora e 50 minutos. Por via fluvial, a
partir de Manaus, utiliza-se o trecho do Rio Amazonas até a foz do Rio Madeira, nele navegado até a
localidade de Novo Aripuanã, numa estimativa de viagem em torno de dois dias e meio. De Novo Aripuanã
toma-se nova embarcação para atingir a foz do Rio Juma e faz-se o percurso no seu baixo curso até a altura
do KM-130 de uma vicinal que conduz à sede de Apuí, estimando-se um tempo em torno de um dia e meio
de viagem. Somado ao trecho anterior, totaliza quatro dias de percurso. Outra opção está no percurso pelo
Rio Madeira até Humaitá, com estimativa de três dias de viagem. Daí, são mais 400 km até Apuí pela
Transamazônica (BR-230) em estrada carroçável.

http://www.cprm.gov.br/publique/Recursos-Minerais/Recursos-Minerais-do-Brasil/Rochas-Carbonaticas-de-Apui---AM-259.html 2/5
03/01/2019 Rochas Carbonáticas de Apuí - AM

Localização e Acesso

Geologia Regional

As áreas de sedimentação pré-cenozoicas da porção sul do Cráton Amazonas (Escudo Brasil Central) têm
sido foco de variadas propostas de denominações estratigráficas (Prosperança, Acari, Cubencranquém,
Gorotire, Beneficente, Prainha, Palmares, Jatuarana, Riozinho do Anfrísio, Triunfo, Buiuçu etc.),
estabelecimentos cronológicos (proterozoico, paleozoico e mesozoico), caracterização litológica (presença
de rochas carbonáticas e tufáceas) e aspectos regionais como metamorfismo e/ou dobramento.

O Grupo Beneficente foi originalmente definido por Almeida & Nogueira Filho (1959) no Rio Aripuanã
(localidade do Seringal Beneficente). Liberatore et al. (1972) mencionaram a existência no Rio Camaiú de
uma unidade vulcanossedimentar, tabular, sobrejacente e em discordância ao Beneficente. A extensão do
grupo à região do Alto Tapajós deveu-se a Santos et al. (1975), que revelaram analogias com a Formação
Gorotire, originalmente descrita por Barbosa et al. (1966) na região Xingu - Araguaia, centenas de
quilômetros à leste.

Na Bacia do Tapajós, a SUDAM/GEOMITEC (1976) inferiu parte das rochas sedimentares na Formação
Prosperança, cabendo a Bizinella et al. (1980) mencionar sua inaplicabilidade para as rochas além da borda
sul da Bacia do Amazonas e retomar a definição "Beneficente", estabelecendo-o ao Proterozoico. Santiago
et al. (1980) identificaram duas distintas sucessões sedimentares na região dos rios Tapajós, Teles Pires e
Juruena: inferior, representada por rochas de origem continental da Formação Palmares, cronologicamente
equivalentes ao Grupo Beneficente; e superior, representada por litologias dominantemente marinhas,
atectônicas e de provável idade paleozoica, que agrupou as formações Borrachudo, Capoeiras, São
Benedito, Ipixuna e Navalha.

As formações São Benedito e Navalha já haviam sido descritas por Moura (1932). Sob a designação de

http://www.cprm.gov.br/publique/Recursos-Minerais/Recursos-Minerais-do-Brasil/Rochas-Carbonaticas-de-Apui---AM-259.html 3/5
03/01/2019 Rochas Carbonáticas de Apuí - AM

Grupo Jatuarana, Bizinella et al. (1980) congregaram as formações provavelmente siluro-devonianas


(fossilíferas) das bacias dos rios Tapajós (alto curso) e Aripuanã (afluente esquerdo Jatuarana). Carvalho &
Figueiredo (1982) estenderam a denominação "Beneficente" para o Rio Sucundurí, reunindo rochas
siliciclásticas e carbonáticas na localidade de Terra Preta. Por meio de furos de sondagem, estabeleceram
uma discordância erosiva entre o Beneficente e uma unidade sedimentar arbitrariamente relacionada à
Formação Cubencranquém de Barbosa et al. (1966), na região do Rio Xingu. Na bacia do Rio Jamanxim,
Pessoa et al. (1977) mencionaram a presença de tufos cineríticos na porção mediana da Formação
Cubencranquém, bem como seu recobrimento sobre o Grupo Beneficente e Formação Gorotire, esta
considerada como uma possível variação lateral do grupo e secionada pela soleira básica Crepori.

Reis et al. (2002) estendem a quase totalidade da estratigrafia da Bacia do Alto Tapajós ao Paleozoico,
mencionando a existência de um embasamento sedimentar mais antigo relacionado à Formação Buiuçu (ao
norte) e ao Grupo Beneficente (ao sul). Ferreira et al. (2003) registraram duas principais unidades
sedimentares na região de Apuí - Grupo Beneficente (paleoproterozoico) e Formação Ipixuna (permiano) -
não revelando, contudo, critérios lito e cronoestratigráficos na sua distinção.

Resultados Esperados

Contribuição à lito, bio e cronoestratigrafia da região; identificação e avaliação do potencial mineral


para rochas carbonáticas e fosfáticas de parte das bacias dos rios Jatuarana, Juma, Acari e
Sucundurí, além de trecho da BR-230 e vicinais da área de Assentamento do Projeto Juma (INCRA).
Implementar base de dados e cartografia geológica em SIG, de modo a possibilitar o acesso aos
informes de geologia e recursos minerais, em especial às ocorrências de rochas carbonáticas, por
órgãos públicos e entidades privadas, para estudos de planejamento territorial, agrário, ambiental e
hidrogeológico, dentre outros.

Referências Bibliográficas

Almeida F.F.M. de, Nogueira Filho J. do V. 1959. Reconhecimento Geológico do Rio Aripuanã. DNPM, Rio de
Janeiro, Boletim da Div. Geol. Min., 199: 1-43.

Barbosa et al. 1966. Geologia estratigráfica, estrutural e econômica da área do "Projeto Araguaia". Rio de
Janeiro, Monografia da Div. Geol. Min., 19: 1-94.

Bizinella G.A., Santiago A.F., Melo A.F.F. de, Santos A. dos, Borges F.R., Godoy H.K., Yamaguti H.S.,
Oliveira J.R. de, Carmona J.R.M., D'Antona R. de J.G., Oliveira R.L. 1980. Projeto Tapajós - Sucundurí. In:
BRASIL, Ministério das Minas e Energia. Convênio DNPM/CPRM, Relatório Inédito (s. ident.) 8 v.

Carvalho M.S. de, Figueiredo A.J. de A. 1982. Caracterização Litoestratigráfica da Bacia de Sedimentação
do Grupo Beneficente no Alto Rio Sucundurí-AM. In: SBG/Núcleo Norte, Simp. Geol. Amaz., 1, Belém,
Anais: 26-44.

Ferreira A.L., Rizzotto G.J., Quadros M.L.E.S., Bahia R.B.C., Oliveira M.A. 2003. Folha SB.21- Tapajós. In:
Schobbenhaus, C. et al. (eds). Carta do Brasil ao Milionésimo, Programa Levantamentos Geológicos
Básicos do Brasil, CPRM, Brasília, CD-Rom.

Liberatore G., Alecrim J.D., Medeiros J.B. de, Malouf R.F., Pinheiro S. da S., Achão S.M., Santos J.O.S.
1972. Projeto Aripuanã-Sucundurí. In: BRASIL, Ministério das Minas e Energia. Convênio DNPM/CPRM,
Relatório Inédito (s. ident.), 8 v.

Moura P. de 1932. Reconhecimentos geológicos no Vale do Tapajós. MA/SGM. Rio de Janeiro.

Pessoa M.R., Santiago A.F., Andrade A. F. de, Nascimento J. O. do, Santos J. O.S., Oliveira J.R. de, Lopes
R. da C., Prazeres W.V. 1977. Projeto Jamanxim. In: BRASIL, Ministério das Minas e Energia. Convênio
DNPM/CPRM, Relatório Inédito (s. ident.), 8 v.

Reis N.J., Riker S.R.L., Pinheiro S. da S. 2002. Terrenos sedimentares da região dos rios Tapajós, Teles
Pires e Juruena. In: SBG, Cong. Bras. Geol., 41, João Pessoa, PB. Anais: 392.

Riker S.R.L. 1997. Avaliação sobre a Potencialidade de Calcário para Agricultura no Estado do Amazonas.
In: PIMA - Programa de Avaliação Geológico-Econômica de Insumos Minerais para a Agricultura no Brasil,
CPRM, Manaus, Relatório Interno, 13 p.

Santiago A.F., Santos J.O.S., Maia R.G.N. 1980. Estratigrafia Preliminar da Bacia Sedimentar do Alto
Tapajós. In: SBG, Cong. Bras. Geol., 31, Camboriú, Anais 2: 786-797. Santos D.B. dos.

http://www.cprm.gov.br/publique/Recursos-Minerais/Recursos-Minerais-do-Brasil/Rochas-Carbonaticas-de-Apui---AM-259.html 4/5
03/01/2019 Rochas Carbonáticas de Apuí - AM

Fernandes P.E.C.A., Dreher A.M., Cunha F.M.B. da, Basei M.A.S., Teixeira J.B.G. 1975. Geologia da Folha
SB.21-Tapajós. In: BRASIL, DNPM. Projeto RADAMBRASIL. Cap. I - Geologia. Rio de Janeiro.
(Levantamento de Recursos Naturais, 7).

Execução do Projeto

Superintendência Regional de Manaus

© Copyright CPRM 2016-2019. Todos os direitos reservados.

http://www.cprm.gov.br/publique/Recursos-Minerais/Recursos-Minerais-do-Brasil/Rochas-Carbonaticas-de-Apui---AM-259.html 5/5

Potrebbero piacerti anche