Sei sulla pagina 1di 32

CADERNO DE PROCESSO CIVIL A

02/08 | 5ª feira

Teorias autonomistas da ação: separação da pretensão de direito material da


pretensão processual, que é o pedido de tutela de direitos. Então se verificou a
autonomia do direito processual em relação ao material.

Quando os processualistas suscitaram a autonomia do processo, chegou-se ao


ponto em que o processo tinha fim em si mesmo. O processo não tem fim em si
mesmo! Cada relação material é diferente, é necessário analisar partes, causa
de pedir, etc.

Se não se enxerga que há diferenças entre as ações, não se percebe porque


processo e pretensão material são autônomos, mas não independentes.

Presidente da comissão de redação do CPC de 73. Esse código trouxe uma


importante inovação no que diz respeito a condições de admissibilidade das
ações judiciais. Para que uma ação fosse conhecida (admitido processamento),
era necessário haver três condições: legitimidade das partes, interesse
processual e possibilidade jurídica do pedido.

CONDIÇÕES DAS AÇÕES


• Legitimidade “ad causam”.
Legitimidade para agir, para ser parte, para ser réu. Quem ostenta, no
caso concreto, legitimidade para estar no polo passivo ou ativo da ação?
Ora, quem tem legitimidade para participar de uma ação contratual são
as partes contratantes. Numa ação para reparação de danos, quem
possui legitimidade são os proprietários de veículos que se envolveram
no acidente.
Análise, ainda que precário, da existência de uma relação subjetiva com
a relação de direito material mencionada na inicial.
Todas as condições da ação devem ser analisadas instatus acerciones.
Juízo prévio de admissibilidade. Caso as condições não sejam
comprovadas, a petição inicial deve ser indeferida.
Art. 330 NCPC
II – legitimidade ad causam. Manifestamente ilegítima.
Art. 18 Ninguém pode pleitear direito alheio em nome próprio. Só pode
aparecer em juízo quem se afirme titular com exclusividade de uma
pretensão material lesada ou ameaçada de lesão.

!1
RGSC
RGSC

§ único
Uma ação popular é uma ação coletiva, não individual. Tem pretensões
difusas, transindividuais. Qualquer cidadão (eleitor ou eleitora) pode
impetrá-la. O autor de uma ação popular age em juízo como substituto
processual de toda uma coletividade. Em princípio ninguém pode entrar
em juízo em razão de direito alheio. Sindicatos podem ajuizar ações
coletivas substituindo toda a categoria dos trabalhadores sindicalizados
(pleiteia-se tutela para toda uma categoria), tanto quanto ações
representando um único sindicado. Outro exemplo é o MP, que ajuíza
ações coletivas, para tutela social, difusa, transindividual, da
coletividade. Porém, o MP pode estar em juízo em nome próprio,
tutelando uma única pessoa.

Quem se afirma na inicial como titular do direito lesado ou ameaçado de


lesão é o titular legítimo a figurar numa ação.

• Interesse processual (ou de agir)


Art. 330. Art. 17 deixa claro que se adotou a teoria eclética da ação, pois
afirma ser necessário interesse e legitimidade. Art. 485, VI.
Uma inicial não pode ser admitida se o autor não demonstrar interesse.

Fórmula para se descobrir pragmaticamente se o autor tem ou não


interesse de agir.
Necessidade: o autor, compondo a ação, demonstra ter necessidade
de invocar a tutela judicial? Quem simplesmente aceita que toda
ação impetrada é necessária, põe abaixo as condições da ação. A
maior parte da doutrina afirma que o NCPC abandona as condições
de ação (o que está bem errado). Ou entendo que I e II são
condições de admissão de uma ação judicial, subsistindo no código
condições para processamento, ou não: entendo que toda ação
merece uma resposta estatal. Há os que entendem que são
condições para recebimento de uma sentença de mérito.
Uma sentença resolve o mérito quando resolve o pedido, analisa a
demanda. Não tudo o que afirma, mas o que pede.
A atuação jurisdicional só é necessária quando demonstrado conflito
de interesses não solucionados de maneira extrajudicial. Se não há
narração (comprovação) de pretensão resistida, sequer se
demonstra a necessidade.
Se alguém quer se aposentar pelo INSS e busca tutela jurisdicional
antes de abrir um procedimento administrativo, não há pretensão
resistida.

!2
RGSC
Utilidade: o que o autor pede deve se demonstrar minimamente útil.
Se numa inicial se demanda algo que não revela utilidade jurídica,
não há que se considerar o pedido.

Adequação: as ações também devem se mostrar adequadas a


pretensão da parte. Não posso impetrar mandado de segurança com
pretensão de obrigar alguém a ágar quantia certa.

Destaca-se que essas condições são analisáveis em qualquer tempo e


grau de jurisdição. Art. 485, § 3º. Matéria de ordem pública é matéria que
deve ser analisada pelo judiciário ex officio. Primeiro e segundo grau se
discute matéria fática-probatória. Recurso especial ou extraordinário
invoca instância extraordinária, pois lá não se rediscute matérias fático-
probatórias.

No que concerne a petições iniciais fracas, hora ou outra a análise de


legitimidade “ad causam” e de interesse processual ou de agir pode
anular o processo.

• Possibilidade jurídica do pedido


Na Itália era impossível juridicamente obter o divórcio. Essa análise é
feita em sentido negativo. Tudo o que a lei não veda expressamente
está autorizado. O autor italiano retirou essa condição, desistiu, mas o
código brasileiro a adotou. O NCPC não repete essa condição,
remanescendo apenas as duas anteriores. Quando alguém vai ao juízo
em pede algo aparentemente impossível, isso resulta em improcedência,
não em inadmissão.

Sentença que não resolve o mérito não faz coisa julgada.

Indispensável uma análise preliminar dessas três condições. Teoria eclética da


ação (não a teoria romanista, nem a autonomista). A ação é um direito
público abstrato subjetivo (direito de invocar a tutela do Estado). A pretensão
processual é contra o Estado. Sempre há o direito de acessar o judiciário (art.
5º, XXXV, CRFB).

Mas é um poder de ação incondicionado ou condicionado? O direito de ação


não seria incondicionado, mas condicionado. Condicionado à determinação de
três filtros mínimos, que são as condições da ação citadas acima. São filtros
utilizados pelo Estado para averiguar quais são as ações “processáveis”,
eliminando pedidos sem fundamento.

!3
RGSC
RGSC

Uma vez admissíveis, processáveis e julgáveis.

03/08 | 6ª feira

CONDIÇÕES DA AÇÃO
• Legitimidade ad causam
Legitimidade/ilegitimidade passiva. A prova de ilegitimidade não resulta
em sentença de resolução de mérito (julgar procedente / improcedente).
É sentença de extinção sem julgamento de mérito.

• Interesse processual
o Análise de necessidade da atuação jurisdicional
o Análise de utilidade
o Análise de adequação

A separação de um casal implica eficácia desconstitutiva de um casamento. A


pretensão é de uma eficácia jurídica desconstitutiva da relação matrimonial.
Sendo consensual a separação não cabe aos cônjuges entram com uma ação
judicial para obtê-lo. Afinal, a lei autoriza obter tal eficácia, em tal situação, no
cartório. A atuação jurisdicional é desnecessária.

Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:


I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação
jurídica;
II - da autenticidade ou da falsidade de documento.
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que
tenha ocorrido a violação do direito.
Inexistência de relação jurídico-tributária – sentença declaratória de
inexistência de tal relação. Pretensão anulatória, por invalidade, por
exemplo, e de eficácia desconstitutiva. Ação condenatória imputa
obrigação.
Ação declaratória, constitutiva, condenatória, mandamental. Na
mandamental se pede que, procedente a demanda, por sentença se
expeça uma ordem para que faça algo sob pena de coerção. Para
todas essas ações o autor deve demonstrar legitimidade ad causam
e interesse processual.

Ação de mandado de segurança contra o INSS. Você foi ao INSS,


teve o pedido indeferido perante procedimento administrativo. Busca
o judiciário. O INSS, via administrativa, revê o pedido e concede o
benefício. Perda do objeto da ação, com extinção sem resolução de
mérito. Não há formação de coisa julgada material, e nada impede
que no mês seguinte o INSS volte atrás de novo e corte o benefício.

!4
RGSC
Na verdade, seria reconhecimento jurídico do pedido. Extingue-se o
processo com sentença com resolução de mérito homologando a
procedência do pedido – transitando em julgado, forma coisa julgada
material.

Se há uma comunicação do autor, sem intimação do réu, de perda


de interesse na ação, extingue-se o processo sem resolução de
mérito. CUIDADO COM AS FALSAS CARÊNCIAS DE AÇÃO.

As condições da ação são filtro, mas devem ser aplicadas de


maneira razoável. Não é interessante se apegar nela para simples e
padronizadamente indeferir petição inicial.

Em abstrato tenho legitimação para defender hipossuficientes (sou


defensor público). Ingresso com a ação em juízo para defender a
pessoa. É necessário verificar a legitimidade pra certa ação.
Diferença entre legitimidade e legitimação – a legitimidade está
ligada ao caso concreto.

ABUSOS À TEORIA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO


Ação individual trata de direitos individuais. Uma ação coletiva tem por objetivo
sentenças com eficácia erga omnes.

Se há relevância social na causa, a falta de legitimidade por uma entidade em


ação coletiva pode levar à substituição do polo ativo da ação. Em ação
coletiva, a eventual perda de legitimidade ad causam não conduz à extinção do
processo por carência de condição da ação. Isso em homenagem às pessoas
legítimas de tutela jurisdicional.

Legitimidade e interesse são filtros de racionalização do exercício da jurisdição.


Pouco importa se for no decorrer do processo que se comprove que uma das
partes seja ilegítima. Sem eles não seria razoável.

09/08 | 5ª feira

CONDIÇÕES DA AÇÃO
▪ Legitimidade ad causam
▪ Interesse processual
Necessidade
Utilidade

!5
RGSC
RGSC

Adequação

Necessidade de mensurar também a composição da lide (adequação das


partes) para que a ação se encaminhe à resolução de mérito. Além da filtragem
da condição das ações há ainda a filtragem quanto à pressupostos
processuais de existência e validade da relação jurídica.

Petição inicial válida e regular; citação regular; jurisdição. Além de existentes,


válidos. Competência jurisdicional absolutas. Ausência de litispendência,
perempção, coisa julgada, cláusula de arbitragem.

Observa-se um exagero quando da filtragem das ações. A ciência do processo


como um fim em si mesmo.

Sentenças terminativas são aquelas que extinguem o processo sem resolução


de mérito – art. 485 CPC. Porém, questiona-se: a quem interessa uma não
resolução de mérito? Aos réus, ora. Sentença terminativa, porém, não impede
uma problemática reproposição da demanda.

Primazia da resolução de mérito sobre a sentença terminativa (vide arts. 4º, 6º


e 488). Os tribunais no Brasil, porém, pouco se esforçam para julgar mérito no
Brasil.

Sistemas de processo coletivos. No abandono de causa por parte do autor de


ação coletiva, deve ser substituído o ocupante do polo ativo da ação popular
(geralmente termina com o MP sendo ocupando o polo).

16/08 | 5ª feira

Parte autora: toda pessoa que aparece como proponente da demanda. Parte
ré: contra quem se deduz pretensão. Uma coisa é o conceito processual de
parte, outra coisa é parte legítima.

Causa de pedir: alicerça a pretensão do autor exibida na petição inicial,


substanciação, fundamentação da petição com matéria de fato e de direito.

Art. 319. A petição inicial indicará:


I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união
estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de

!6
RGSC
Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o
endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; (causa de pedir.
Fundamentação em fatos e de direito. Fundamentação remota –
fatos, afinal o juiz só atua nos limites em que a demanda foi
proposta; e fundamentação próxima – direito, incidência
normativa). “O que não está nos autos não está no mundo”.
Assim, o autor deve trazer aos autos toda a matéria fática, pois o
juiz não conhecerá de ofício matéria fática não apresentada.
Partir do princípio de que o juiz não conhece o direito, e ensinar
ao juiz (conduzir a interpretação em relação ao que se entende
ser aplicável). Não é causa de inépcia da inicial deixar de narrar
o que se julga ser o direito aplicável, mas não se aconselha
deixar de fazer.
IV - o pedido com as suas especificações; (é necessário que o
autor peça o que deseja. A doutrina faz uma classificação entre
pedido, ou remoto - o bem da vida que se pretende - e imediato -
que é o pedido de aplicação de técnicas processuais na sua
ação, como o pedido de sentença condenatória, de sentença
declaratória de paternidade, sentença desconstitutiva, sentença
mandamental. Impetrado mandado de segurança: pedido
mediato é a anulação do ato administrativo ou sentença que
obrigue e a emitir a certidão, o pedido imediato é a expedição de
uma ordem pela qual se ordena a ré a emitir CND.
O objeto da ação é a união das causas de pedir e do pedido.
Especificações, como técnica processual a ser empregada.
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade
dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de
conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II,
poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências
necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta
de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação
do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento
ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais
informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o
acesso à justiça.

!7
RGSC
RGSC

CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES


O que pode pretender uma ação penal e uma ação civil. A ação penal é
ajuizada perante a jurisdição criminal que tem por pretensão a aplicação de
sanções específicas, de cunho criminal, tipificadas pelo código penal e leis
federais. Tem como possíveis sanções a reclusão, restrição de direitos e multa.
No caso das ações penais públicas (que perseguem os crimes mais graves),
quem tem competência para propô-las é o Ministério Público.

As ações civis têm por pretensão pagamento/cobrança de quantia certa,


entrega de coisa, fazer/não fazer etc. Ainda, a ação cível pode ser de
conhecimento – visa discutir em juízo quem tem razão e obter sentença de
mérito – ou de execução – parte da ideia de já haver título executivo a justificar
a ação. Se antes de exigir o pagamento tenho que provar ser titular do direito
pleiteado, preciso propor ação de conhecimento.

Quem já tem título executivo tem a ação de execução viabilizada. Quem


precisa formar título executivo precisa ajuizar ação de conhecimento.

Sobre tipo de tutela


Sobre tipo de sanções aplicáveis

Ações de conhecimento (solução da crise sobre a pretensão do autor)


- Declaratórias
- Constitutivas
- Condenatórias
o Mandamentais
o Executivas lato senso

Cada uma dessas modalidades tem sistema próprio.

17/08 | 6ª feira

CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES


Ação declaratória

Ação meramente declaratória é imprescritível.

Importante destacar que uma mesma petição pode se referir a diferentes


pretensões. Ex.: ação de rescisão contratual junto à perdas e danos.

!8
RGSC
Vantagens: imprescritível (muito embora eu não obtenha título executivo algum
a partir de sentença meramente declaratória – nas condenatórias, declara-se
algo e se propõe condenação.), não há prazo prescricional para ação
meramente declaratória. Vale lembrar que uma ação pode ser declaratória
positiva ou negativa. Além disso, são autossuficientes, a eficácia desse tipo de
sentença é auto satisfatória, pois não depende de comportamentos da parte
contrária. Não se fala em execução forçada de ação meramente declaratória. A
sentença condenatória, por outro lado, depende da ação do réu em cumprir a
obrigação designada ou da intervenção do Estado.

Caso do indivíduo playboy que teve um filho com uma prostituta e não quis
registrá-lo. O avô da criança, general, a registra como filha. Quando o avô
falece, deixa patrimônio notável. O pai da “criança” ajuíza ação declaratória
que reconheça paternidade, a fim de não ter que dividir a herança como a filha,
que juridicamente era irmã. CANALHISSE.

Ação constitutiva: modificação, criação ou extinção de situação jurídica. O


exemplo mais comum é o das ações anulatórias ou rescisórias. Ação de
falência, concordata, que não se limita à declaração da falência, mas cria uma
situação específica. As ações constitutivas também são autossuficientes.

As ações declaratórias e as constitutivas são autossuficientes, não dando


ensejo à execução forçada.

Por ação condenatória se entendia ações que imputavam ao réu obrigação de


pagar quantia certa, fazer ou não fazer e entregar coisa. Trata-se de ação de
conhecimento, pela qual se almeja sentença de mérito que reconhece ato ilícito
e danos, constituindo o réu a pagar quantia. Restringe-se a pagamento de
quantia.

Nas ações cognitivas não se permitia intervenção física ou psíquica do Estado


(valor do Estado liberal). Isso, porém, condiciona/limita o autor a esperar uma
eficácia em razão de ação de execução forçada.

Ações inibitórias. Ação de inibição de conduta. Ex.: reiterado assédio de ex-


companheiro(a).

Da necessidade, ressuscita-se as ações mandamentais e executivas “lato


senso”.

Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a


exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de
ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a

!9
RGSC
RGSC

obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as


medidas necessárias à satisfação do exequente.
§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar,
entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a
remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o
impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário,
requisitar o auxílio de força policial.
§ 2o O mandado de busca e apreensão de pessoas e coisas será
cumprido por 2 (dois) oficiais de justiça, observando-se o disposto
no art. 846, §§ 1o a 4o, se houver necessidade de arrombamento.
§ 3o O executado incidirá nas penas de litigância de má-fé quando
injustificadamente descumprir a ordem judicial, sem prejuízo de sua
responsabilização por crime de desobediência.
§ 4o No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de
obrigação de fazer ou de não fazer, aplica-se o art. 525, no que
couber.
§ 5o O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao
cumprimento de sentença que reconheça deveres de fazer e de não
fazer de natureza não obrigacional.

Possibilidade de ajuizamento de ação mandamental, aquela que narra a


pretensão do autor de que o devedor faça ou deixa de fazer alguma coisa.
Mediante ordem, não mera condenação. O habeas corpus é típica ação
mandamental, pois trata-se de ordenação que implica em soltar ou não
prender. Ainda, o mandado de segurança: imposição de ordem, comando, para
que se abstenha de ato com sentido ilegal/abusivo.

Mandamental: ação cabível, cuja pretensão implica um fazer, desfazer ou não


fazer, entregar. Não cumprimento a liminar em mandado de segurança implica
desobediência.

As ações executivas lato senso. Ação possessória de reintegração de posse.


Sou o proprietário e possuidor justo de um imóvel que foi invadido, esbulhado.
O juiz deve declarar a existência do esbulho e, subsequentemente, determina a
desocupação do imóvel sob pena de a polícia ir à força e expulsar os
ocupantes.

A técnica mandamental implica emissão de comunicação ao obrigado, ao


demandado. No caso da executiva a comunicação se faz, por exemplo, junto à
polícia (para execução forçada). A mandamental direciona uma ordem ao
próprio obrigado.

Ação inibitória inibe conduta antijurídica. Diferença entre ação inibitória VS


ação de tutela cautelar.

!10
RGSC
23/08 | 5ª feira

Faltei.

24/08 | 6ª feira

NATUREZA JURÍDICA DA EXCEÇÃO EM SENTIDO AMPLO OU AMPLA


DEFESA

Ampla defesa não se equipara à ação. A ação é direito constitucional público e


abstrato de postular tutela jurisdicional. Da mesma forma a defesa é garantia
constitucional e direito público, subjetivo, abstrato.

O máximo que o réu pode requerer é o não julgamento da causa (extinção sem
resolução de mérito) ou a não procedência da ação. O réu, no mesmo
processo em que é atacado pode fazer pedidos em relação ao autor, mas
nesse caso se trata de convenção.

Reconvenção não é defesa, é ação proposta pelo réu contra o autor no mesmo
processo. Não é defesa, é contra-ataque.

A ação ou ampla defesa é direito público porque é proposta ao judiciário, ao


Estado juiz, pois são deduzidas pretensões ao Estado em face dos réus.

Contestação é apenas uma forma de defesa, apenas um dos caminhos


possíveis – a ampla defesa não se restringe à contestação.

Princípio da eventualidade, segundo o qual compete o réu suscitar toda


matéria de defesa mesmo que incompatível entre si. A ideia do atual código é
que o processo vire algo cooperativo (muito bonito, legal, ético e razoável: mas
o processo é um jogo).

Todo processo, em geral, é formado em uma estrutura. É legitimado pelo


princípio do contraditório. Não houvesse contraditório, o processo não poderia
ser considerado justo.

Em princípio, as provas documentais do autor devem ser juntadas aos autos


com a inicial, e o réu deve juntar as suas com a contestação, sob a ressalva da
incidência da preclusão (perda do direito). Há exceções: o caso de surgir uma

!11
RGSC
RGSC

prova posteriormente, por exemplo. Ocorre, de todo modo, que a parte


contrária deve ser intimada da juntada “atemporal” da prova, podendo
impugná-la.

EXCEÇÕES EM SENTIDO ESTRITO (DEFESAS EM SENTIDO ESTRITO)


A defesa, além de garantia constitucional, jamais corresponde a um dever ou
obrigação do réu. Tanto é assim que em processos cíveis, se o réu por citado e
não constituir advogado para apresentar contestação, não será penalizado
(claro que sofrerá as consequências de sua escolha).

Revelia é a não contestação que leva ao reconhecimento da pretensão da


outra parte. Citado o réu, este tem direito a apresentar contestação, mas não o
dever, sob pena de tornar-se revel e, consequentemente, presumir-se a
veracidade dos fatos apontados pelo autor.

Ônus é uma faculdade processual, diferenciando-se de deveres processuais.

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição,


é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento
para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus
ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o
processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade
das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente
nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou
em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.

A apelação não e dever, mas é direito, ônus. O mesmo se aplica à produção de


provas.

Quais tipos de defesas o réu pode apresentar?

Antes de tudo, lembremos: uma coisa á a relação jurídica material entre duas
ou mais partes, e outra é a relação jurídica processual. O detalhe está no fato
de que posso impugnar a relação material e/ou a relação processual.

Uma exceção material em sentido estrito ataca a relação de direito material que
é alvo do processo. Materialmente, alegar que houve adimplemento.
Processualmente, alegar incompetência do juízo, ou que uma das partes é
incapaz e que não se encontra adequadamente representada, etc.

As defesas materiais se classificam em:


- Diretas: nega os fatos afirmados pelo autor na inicial ou suas
consequências jurídicas. Ex.: nego que tenha realizado qualquer

!12
RGSC
contrato com a parte, ou reconheço o contrato, mas afirmo que se
tratava de contrato de doação – não nego o fato de que houve a relação,
mas suas consequências jurídicas.
- Indiretas: aduz-se fatos impeditivos, modificativos ou extintivos da
pretensão do autor. Incumbe ao réu.

Em regra, as defesas materiais diretas são de oneração probatória do autor, já


que por conceito dizem respeito a uma negativa de fato constitutivo de direito
do autor.

À réplica à contestação só se dá se na contestação o réu alegou fatores


modificativos, impeditivos ou extintivos.

As defesas processuais, ou procedimentais: preliminares à discussão do


mérito (pedido ou causa de pedir).

Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:


I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia 1 da petição inicial; (claro que o autor tem direito a apresentar
emenda à inicial)
V - perempção; (sanção aplicada a quem por três vezes propôs ação e a
abandonou)
VI - litispendência; (duas ou mais ações idênticas estarem sendo
processadas)
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação
anteriormente ajuizada.

1Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:


I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o
pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na
petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de
quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo
contratados.

!13
RGSC
RGSC

§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a


mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão
transitada em julgado.
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o
juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na
forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e
renúncia ao juízo arbitral.

As defesas processuais se dividem em


- Dilatórias: não encerra o processo, mas o dilata.
- Peremptórias: tem por objetivo encerrar o procedimento, como é o caso
da alegação de convenção de arbitragem.

Por último, há ainda as defesas consideradas objeções – ex officio – e aquelas


consideradas exceções em sentido estrito – precisam sempre ser invocadas
pela parte interessada.

Matérias de ordem pública são analisáveis pelo judiciário a qualquer tempo e


grau de jurisdição.

30/08 | 5ª feira

Concepção contratual do processo


Concepção do processo como relação jurídica
Pressupostos processuais e condições da ação, distinção entre relação
material e relação processual. Autonomia do processo, cientificismo.
Condições de existência da relação processual não são as mesmas da
existência da relação material. Aos sujeitos da relação material se adiciona
o Estado. A demanda deve ser proposta perante um órgão jurisdicional.
Necessidade de citação válida e regular do réu.

Porém, na medida em que o processo é encarado como relação jurídica


processual, questiona-se em que isso implica.

Teoria da tutela inibitória. Não tem explicação pelo parâmetro da tese da


responsabilidade civil enquanto relação jurídica. Do mesmo modo, não é
possível entender o processo apenas como relação jurídica. A mera
participação do Estado na relação jurídica processual a torna sui generis.
Se o processo é o meio de atuação estatal, não é possível abstrair da
ilustração triangular história quem é A, B ou o Estado juiz.

!14
RGSC
Distinção entre processo e procedimento. Todo processo envolve um
procedimento, nem todo procedimento é um processo. Um procedimento é
uma concatenação de atos destinados a uma finalidade. Processo judicial
abarca a noção de procedimento, sempre em contraditório, tendo por finalidade
a obtenção de decisão judicial para tutela de direitos.

Porém, a maior distinção entre processo e procedimento está em quem os


legisla.

Então o que é um regra processual e uma procedimental. Aquela é a que incide


diretamente sobre condições da ação, provas, decisão judicial, etc. – todas as
matérias afeitas ao exercício da função jurisdicional.

Já houve tempo no Brasil em que cada estado possuía seu código de processo
civil – bizarro. Matéria tipicamente processual só pode ser legislada pela União
federal.

Por outro lado, procedimentos em matéria processual dizem respeito apenas


às matérias tempo, forma e lugar de matéria processual.

Procedimento, sem contraditório, jamais pode ser considerado como processo.

Ex.: inquérito policial. Tem por objetivo investigar autoria e materialidade


criminal. Conclusos os autos, estes são remetidos ao MP, que verifica se
arquiva os autos ou se abre ação. O inquérito não é processo, mas
procedimento, pois não há contraditório. Assim, o inquérito policial se classifica
como procedimento administrativo. Assim, todos os indícios apresentados no
procedimento administrativo devem ser reapresentados na respectiva
denúncia. Tudo o que é produzido na fase procedimental é início, não prova.

A prova é produzida durante o processo, com direito ao contraditório e ampla


defesa.

Alguns órgãos públicos podem instaurar inquéritos civis públicos, para colheita
de informações e investigação de fatos que podem ter desaguado em quebra
de direitos difusos.

O contraditório que qualifica o processo, porém, tem suas caracterizações. É a


certificação de alguém com possibilidade de reação. Implica em cientificação e
possibilidade de reação.

O CPC sempre foi feito para que o Estado tutelasse direitos individuais, não
como procedimento de tutela coletiva. Então como é que se admite que a lei da

!15
RGSC
RGSC

ação civil pública remeta o rito ao procedimento comum do CPC. Qual a


legitimação processual de uma ação coletiva que, correndo sobre o
procedimento comum do CPC, sem abrir espaço a uma audiência pública, por
exemplo?

31/08 | 6ª feira

Arts. 190 c/c 139, VI.

Problemas da rigidez procedimental.

Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo


disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos
demais procedimentos especiais e ao processo de execução.

Ações que devem tramitar de maneira especial (a partir do art. 539).

Rito comum VS Ritos especiais


Rito comum
Etapa postulatória: petição inicial, citação do réu, contestação. Se
suscitadas matérias de modificação, extinção ou criação de direitos, abre-se
possibilidade para réplica. Com ou sem réplica, encerra-se a fase
postulatória.
Etapa de saneamento (saneadora): pode ocorrer de o juiz julgar sem abrir
fase instrutória. Ora, o juiz saneia quando percebe que não há passibilidade
de, desde o primeiro momento, proferir sentença. Porém, havendo
requisição de produção de prova oral, abre-se para a etapa instrutória.
Etapa instrutória: colheita de provas não documentais.
Etapa decisória: sentença tende a extinguir o processo com ou sem
resolução de mérito.
Etapa recursal:

A prova incide sobre fatos, não sobre direitos (sob rara exceção).

Questões incidentais podem surgir a qualquer momento, questões de urgência.


Pedido de tutela antecipatória ou cautelar. O novo código trouxe a possibilidade
de decisões de mérito sobre questões autônomas a ação judicial. Ex.: o autor
propõe ação que cumula quatro pedidos. O NCPC permite antecipação de
julgamento sobre pedidos pontuais, não contestados. Com o novo CPC, uma
liminar pode transitar em julgado e constituir coisa material.

!16
RGSC
Ritos especiais
Ocorrem recortes, alterações circunstanciais em relação à tradicional
classificação em cinco fases do rito comum. Ocorre que se verifica diversa
essencialidade de algumas ações em relação a outras.

Mandado de segurança
Não se admite em mandado de segurança produção de prova oral. Admite-se
apenas provas documentais pré-constituídas. Isso leva ao rápido julgamento
de mandados de segurança.

➢ Estudar um pouco sobre.

Todo processo envolve procedimento.

Ações de cognição
Declaratória
Constitutiva
Condenatória
Mandamental
Executiva lato senso
Ações de execução
Título executivo
Ações cautelares
Urgência

Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz,


independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o
pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior
Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior
Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se
verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado
da sentença, nos termos do art. 241.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do
processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a
citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.

Como encaixar, perante esse artigo, o actio trio personarum?

!17
RGSC
RGSC

Ninguém pode ser prejudicado por decisão judicial resultante do processo do


qual não foi instado a participar. Contrário senso, terceiro pode ser favorecido
por decisão judicial resultante de processo do qual não tenha sido instado a
participar. (Modificação em relação ao CPC de 1973)

Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não
prejudicando terceiros. Assim, mesmo quem não tenha sido parte da
relação processual pode se beneficiar da decisão nele proferida.

Assim, as decisões podem ter eficácia para terceiros. Também implica


“exceção” à estrutura triangular as possibilidades de intervenção de terceiros
interessados.

13/09 | 5ª feira

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE EXISTÊNCIA


Art. 332 – exceção à necessidade de comporem a relação processual autor,
juiz e réu.

Em uma situação de notificação por edital, a relação processual é existente


faticamente, mas não juridicamente. Se o processo sequer existiu
juridicamente, também não houve coisa julgada.

Cabe ação declaratória que declare a nulidade da tal relação processual.

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE VALIDADE


Primeiro pressuposto de validade é a petição inicial não inepta, isto é, válida e
regular.
Competência e imparcialidade do órgão julgador. Arts. 144 e 145, impedimento
e suspeição do juiz. Nas hipótese do a45 a presunção é relativo, e no 144
absoluta.
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

!18
RGSC
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se
permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente
de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob
pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações
contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito.
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser
pago no tempo e modo contratados.

CAPACIDADE DE SER PARTE E DE ESTAR EM JUÍZO


É sujeito de direito quem tem personalidade jurídica. Uma criança pode ser
parte, mas não pode estar em juízo sem representante legal.

Condomínio, sociedade de fato, massa falida, não têm personalidade jurídica,


mas tem capacidade de estar em juízo.
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem
capacidade para estar em juízo.

20/09 | 5ª feira

21/09 | 6ª feira

SUJEITOS PROCESSUAIS
Poderes instrutórios dos juízes. Imparcialidade e equidistância em relação às
partes.

Além de poderes instrutórios, poderes decisórios. Antes de der um poder, o


decidir é um dever do juiz. Art. 140.

Art. 140.  O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico.
Parágrafo único.  O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

O poder instrutório deriva do dever/poder de decidir. Verticalização da


jurisdição – hoje cada vez mais os juízes são compelidos a seguir precedentes

!19
RGSC
RGSC

obrigatórios. No que diz respeito a uma interpretação do sistema é uma


verticalização. Tribunais superiores definem o sentido pelo qual se dá
determinadas interpretações.

Stare decisis.

Súmulas nada mais são que uma coletânea de jurisprudências reiteradas por
um mesmo tribunal acerca de certo tema de direito. Porém as súmulas não são
vinculantes, são orientações. Um juiz pode até decidir de maneira a afrontar
uma súmula de seu próprio tribunal, mas provavelmente estará dando azo a
apelação que terá por consequência a reforma de sentença.

Súmulas vinculantes. São súmulas editadas somente pelo Supremo Tribunal


Federal em procedimento especial em que maioria absoluta dos ministros
votam. Nem toda súmula do STF, porém, são vinculantes, só as assim
qualificadas pelo STF.

O novo CPC aumentou as espécies de súmulas consideradas vinculantes.


Decisões proferidas em recursos repetitivos. RE e REsp. Quando uma mesma
matéria de direito é repetidamente levada ao STJ, verifica-se um tema
repetitivo. Seleciona os representativos da controvérsia, suspende-se o
andamento nas instâncias inferiores, e aprecia-se a questão. Assim, a decisão
final se torna precedente vinculante.

Dois novos institutos: incidente de resolução de demandas repetitivas,


incidente de assunção de competência.

Assim, estamos caminhando na direção de um sistema semelhante ao dos


EUA.

Se houver precedente vinculante, o magistrado tem o dever de segui-la.

Para que um precedente vinculante seja alterado, há ritos característicos.

O maior beneficiado de um sistema de precedentes vinculantes é o


jurisdicionado, que desfruta de maior segurança jurídica. A lógica da segurança
jurídica, da previsibilidade, vai sendo adquirida.

O problema é que para que um sistema de justiça se baseie em precedentes,


os tribunais precisam saber formular precedentes. Os tribunais precisam
aprender a julgar colegiadamente. Cada magistrado ou ministro parece uma
ilha em si mesmo.

!20
RGSC
Art. 139.  O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
Diferença entre igualdade procedimental e material. O princípio da igualdade tem
como grande lógica o tratamento dos iguais como iguais e o tratamento dos
diferentes como diferentes. Ex.: ação de consumo. Distribuição diferenciada do ônus
da prova. Art. 6º, VIII, CDC. Distribuição dinâmica da carga probatória. Além disso, a
igualdade deve ser viabilizada sem que o juiz saia de uma posição de equidade.
II - velar pela duração razoável do processo;
Falta de preparo dos juízes para administrar a vara.
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir
postulações meramente protelatórias;
Tutela inibitórias (multas pecuniárias, prisão por desobediência de ordem judicial –
descumprir ordem judicial em mandado de segurança é crime).
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas
ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
Dá poder aos juízes para que de oficio induzam partes a fazer ou n fazer sob o título
de cumprimento de decisão.
O juiz n pode condenar a pagar quantia certa, mas ordenar que pague quantia certa.
Decisão de eficácia mandamental sujeita a N prevenções para garantir seu
cumprimento.
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio
de conciliadores e mediadores judiciais;
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova,
adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à
tutela do direito;
Flexibilidade procedimental.
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além
da segurança interna dos fóruns e tribunais;
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para
inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso;
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros
vícios processuais;
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o
Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados
a que se referem o art. 5oda Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei
no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da
ação coletiva respectiva.
Parágrafo único.  A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser
determinada antes de encerrado o prazo regular.

!21
RGSC
RGSC

27/09 | 5ª feira

Sucessão de sujeitos do processo.

Terceiros não têm poder de aumentar o objeto da demanda, de alterar o objeto


da demanda.

A ação personalíssima não admite sucessão processual. Ações penais, por


exemplo, são personalíssimas; habeas data;

Quem tem capacidade de ser parte: art. 1º do CC/2002.


Quem tem capacidade de estar em juízo: art. 70 e ss.

Representação e assistência são formas de integração da capacidade


processual de estar em juízo.

Sucessão e substituição processual são coisas diferentes. Sucessão é causa


mortis ou inter vivos, nos termos acima.

Substituição processual. Ex.: ação popular, tutela bens difusos,


metaindividuais. O autor popular propõe a demanda em nome próprio, mas não
se encontra em juízo representando somente a si mesmo. Assim, o autor
popular é substituto processual dos outros representados, isto é, de toda uma
coletividade.

Legitimidade ativa/passiva ad causam ordinária e extraordinária.


Ordinariamente, o titular do direito. Extraordinariamente, a quem incumbir a
representação judicial do direito de outrem.

O autor é livre para alterar o polo passivo enquanto não tiver sido citado o réu.
Depois de citado o réu e saneado o processo (estabilização da demanda), não
se aceita alteração objetiva nem subjetiva sem o consentimento do réu.

Problemática em ações coletivas.

DOS DEVERES DAS PARTES E DE SEUS PROCURADORES. Foco no art.


77.

28/09 | 6ª feira

!22
RGSC
AVALIAÇÃO 3º BIM.

19/10 | 6ª feira

MP não pode ser polo passivo, de modo algum. O MP, quando ajuíza uma
ação, age representando “grupos, classes, categorias ou de toda a sociedade”.
É uma parte sui generis.

Ação coletiva no brasil.

Uma das formas do MP atuar no processo civil é como parte autora. A outra
forma é como “custos iuris”.

Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30


(trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses
previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que
envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura,
por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.

Quando o MP é chamado a intervir custos iuris, atua na defesa do interesse


público.

CUMULAÇÃO SUBJETIVA DO PROCESSO (LITISCONSÓRCIO) E


INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Litisconsórcio: litigar em consórcio, litigar em conjunto. Litisconsórcio passivo,
ativo e misto (ambos os polos).

Vários motivos levam o advogado a escolher o litisconsórcio ativo facultativo:


celeridade, efetividade, evitação de decisões contraditórias.

Quando é que a demanda é estabilizada? Saneamento do processo,


estabilização da demanda. Para fins de segurança jurídica.

Partes são os sujeitos que integram a ação processual (polo ativo ou polo
passivo). Terceiros não são partes.

Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo,


em conjunto, ativa ou passivamente, quando:

!23
RGSC
RGSC

I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações


relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de
pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de
direito.
§ 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número
de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou
na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou
dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
§ 2o O requerimento de limitação interrompe o prazo para
manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão
que o solucionar.

A lei não impede que no polo ativo ou no polo passivo figure uma multidão de
pessoas. Uma ação não se torna coletiva por ter no polo ativo uma multidão de
pessoas. Litisconsórcio ativo facultativo multitudinário.

Possibilidades de litisconsórcio obrigatório ou necessário: quando a lei


determina (força de lei) ou a situação (natureza da relação jurídica material)
exige. Para a primeira hipótese: ação de usucapião (litisconsórcio passivo);
ação do MP para anulação de casamento entre irmãos (autor será ministério
público, réus serão os cônjuges).
Art. 6º da lei da ação popular.

Concurso público p/ magistratura.

Litisconsórcio simples ou unitário. Simples, quando o conteúdo da decisão


judicial não tiver que ser uniforme para todos os componentes do litisconsórcio.

25/10 | 5ª feira

Assistência simples e assistência litisconsorcial. Pode ser assistente


litisconsorcial todo aquele que poderia ter sido litisconsorte em um dos polos
do processo.

Parte numa ação judicial é quem é autor ou quem é réu.

26/10 | 6ª feira

Hoje, é uma faculdade do réu citado em processo que se discute propriedade


de bem alienado trazer outrem à lide por denunciação.

!24
RGSC
Ação de regresso. Por lei ou por contrato pode se dar a estipulação de direito
de regresso. Denunciação da lide à seguradora.

A ação principal deve ser analisada antes da ação regressiva. Caso do cidadão
que postula ação indenizatória contra o governo do Estado, sendo denunciado
à lide servidor público.

Em regra, o poder público responde objetivamente por fato (atos e condutas)


atribuído a seus servidores. Omissão implica imputação subjetiva.

Limitação a uma denunciação sucessiva, totalizando três ações: a originária, a


primeira regressiva e a segunda regressiva.

A preclusão para a denunciação é a inicial (autor) e a inicial de contestação


(réu).

01/11 | 5ª feira

PERDEU METADE DA AULA (7h50)

Chamamento ao processo (réus poderem chamar mais devedores solidários,


ou subsidiários, para que sobre todos incida a sentença condenatória,
independentemente de processos separados).

Art. 132 CPC.

Quarta hipótese de intervenção de terceiros: incidente de desconsideração da


personalidade jurídica.

A pessoa jurídica tem uma função social, de modo que a pessoa física dos
sócios não se confunde com a pessoa jurídica.

Dívidas contraídas pelas pessoas físicas não afetam o patrimônio da pessoa


jurídica da qual a pessoa física é sócia (em situações normais).

➢ Desconsideração inversa da personalidade jurídica.


➢ O incidente de desconsideração da personalidade jurídica é julgado por
decisão interlocutória.

!25
RGSC
RGSC

08/11 | 5ª feira

Não havendo dolo, não havendo fraude, não há que se falar em incidente de
desconsideração de pessoas jurídicas.

Amicus curiae, “amigo da corte”. Art. 138 do CPC.

Processo subjetivo é aquele em que há lide, diversos aos processos objetivos,


em que não há interesses subjetivos, mas pretensão de acertamento da
aplicação das leis. Não há partes, mas interessados, não há coisa julgada.

Amicus curiae jamais será parte no processo no qual intervém, mas mero
interessado.

O assistente simples tem interesse jurídico em atuar no processo para auxiliar


na posição processual do autor ou do réu.

Normalmente quem é chamado a atuar como amicus curiae não tem interesse
no desfecho da causa, mas tem conhecimento técnico útil à discussão.
Com bastante ocorrência se convoca amicus curiae em recursos especiais e/ou
extraordinários, principalmente em recursos repetitivos.

Amicus curiae não pode apresentar recurso (a exceção é o embargo de


declaração), vez que é mero interventor, não parte. O amicus curiae não pode
impugnar a decisão judicial, não tem legitimação recursal.

A intervenção do amicus curiae não altera definição de competência.


Instaurado o processo, a admissão de alguém como amicus curiae não
possibilita alteração de competência.

Em julgamentos de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas o amicus


curiae têm legitimidade recursal.

09/11 | 6ª feira

Atos processuais.

Art. 188.

!26
RGSC
A finalidade do processo é tutelar direitos. Nenhum ato processual poderia ser
invalidade sem atingida a finalidade.

Segredo de justiça: reserva de publicidade.

Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de


forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir,
considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial.
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam
em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos,
divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de
crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito
constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento
de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na
arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em
segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às
partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer
ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e
de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam
autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular
mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e
deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará
a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes
aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em
manifesta situação de vulnerabilidade.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar
calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele
previstos somente serão modificados em casos excepcionais,
devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato
processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido
designadas no calendário.
Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório
o uso da língua portuguesa.
Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira
somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de
versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela
autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.

Lei 11.419/2006 regula os processos eletrônicos.


Advogados e advogadas precisam estar habilitados no tribunal.
Sentença publicada hoje (6ª feira) no DJe. O dia da publicação oficial é o
primeiro dia útil subsequente (2ª feira). O prazo começa a contar oficialmente
3ª feira.

!27
RGSC
RGSC

Seção III

Dos Atos das Partes
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações
unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a
constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos
após homologação judicial.
Art. 201. As partes poderão exigir recibo de petições,
arrazoados, papéis e documentos que entregarem em cartório.
Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou
interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as
escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo.

Ônus processual (via de regra, assim se classificam os atos do processo),


dever processual, direito processual.

Compete ao autor comprovar fatos modificativos dos seus direitos (ônus


processual). O ônus é faculdade para prática do ato.

Sentença encerra a fase cognitiva de conhecimento, ou o cumprimento de


sentença. Tudo o que não for sentença, é decisão interlocutória.

22/11 | 5ª feira

Atos processuais.

Citação é o ato judicial que dá conhecimento ao réu de que contra ele foi
proposta uma demanda, convidando-o a comparecer aos autos. Sem citação
não há processo válido e regular.

Quando o juiz entender que a situação é totalmente improcedente, é possível


decidir sem citar o réu (exceção), mas o réu deve ser citado de tal sentença
judicial, a posteriori.

Em regra, quem é citado é o réu, mas o código também fala no executado


(processo de conhecimento e de execução).

O processo de conhecimento é considerado sincrético: cumprimento de


sentença (nessa hipótese não há nova citação do réu, mas mera citação do
advogado do devedor). Diferente de quando alguém propõe uma ação de
execução, em que se inaugura o processo.

A citação pode ser utilizada para convocar réu, executado ou interessado.


Sempre que alguém tem que ser cientificado a comparecer e assumir condição

!28
RGSC
de parte (seja originária ou subsequente), esse ato será de citação, não de
mera intimação.

A intimação, por outro lado, é um ato de comunicação processual sobre todos


os atos que ocorrem no processo. A citação, em princípio, deve ser pessoal, ao
passo que intimações são dirigidas aos representantes da parte (advogados).

Art. 239. Outra hipótese é o indeferimento liminar da inicial. Também não


apenas para a validade do processo, mas também para o plano de existência e
inexistência. O ônus de demonstrar que não houve citação, ou que se deu
irregularmente, é do réu.

Se a citação é feita e a pessoa não tem capacidade de compreendê-la a


citação não é válida.

Art. 245.

Art. 240: a citação é que torna litispendente a ação. Torna litigiosa a coisa:
eventual alteração da titularidade do bem. Constitui em mora o devedor: a
mora do devedor implica qualifica-lo a ser onerado com multas processuais,
etc.
§ 1º Ainda, a citação causa a interrupção da prescrição. Interrompe-se a
prescrição pela citação válida e regular. O despacho que determina a citação
do réu interrompe a prescrição. Com retroação à data da propositura da ação
(distribuição da petição inicial). A retroação do prazo prescricional também se
aplica à decadência e outros prazos extintivos.

Art. 242. Observar o § 3º (citação de órgãos do poder público).

Art. 243.

Art. 246, IV, citação fictícia (edital).

23/11 | 6ª feira

Atos processuais.

Citação real é aquela que realmente chega às mãos do citado. As fictícias ou


fictas são fórmulas de citações aplicadas em último caso, quando não se
encontra ou não se consegue acessar o réu.

!29
RGSC
RGSC

Art. 247. Não se faz citação pelo correio em ações de estado (que envolvem
relações familiares). Também não se fazem pelo correio citações quando o réu
é incapaz (deve ser feita pelo mandado). Também quando o citado é o poder
público. Também quando o citando tiver domicílio não atendido pelo correio.

A outra forma de citação real é por oficial de justiça (citação em mãos).

Art. 252. Citação por hora certa (fictícia). Se após duas tentativas e a (não)
citação por hora certa, entende-se por aperfeiçoada a citação. Por fim, a
secretaria da vara emite ainda uma carta destinada ao réu informando-o de
que foi citado.

Arts. 256 e 257. Citação por edital. Quando desconhecido ou incerto o citando.

O uso irregular da citação por edital (qualquer que seja a falha da forma da
citação ou do seu aperfeiçoamento, pode acarretar a anulação do processo).

Em princípio, pelo princípio da substanciação, a contestação não pode ser


geral, tem que ser substanciada. No caso da curadoria especial, porém, a
fundamentação pode ser mais genérica, afinal, não seria razoável exigir do
curador especial nomeado que fizesse uma contestação especificada.

TEMPO E PRAZOS PROCESSUAIS


Regulados a partir do art. 212.

Art. 214. Durante as férias forenses (recesso judiciário – 20/12 a 20/01) e nos
feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se:
Os prazos processuais ficam suspensos, mas atos processuais podem ser
praticados.

Prazos próprios e impróprios. Os prazos próprios, se descumpridos, implicam


sanção, algum prejuízo ou invalidade, ineficácia do ato processual.

Prazo dilatório e prazo peremptório.


Prazos legais seriam peremptórios, inalteráveis. Prazos judiciais seriam
dilatórios e legais peremptórios. Prazos legais são os legalmente definidos,
enquanto que aqueles prazos que devem ser designados pelo juiz não têm
previsão legal.

Art. 222, § 1º.

!30
RGSC
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o
transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses.
§ 1o Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
Assim, os prazos peremptórios podem ser dilatórios conforme o interesse das
partes. Convenção processual, negócio jurídico processual.

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,


incumbindo-lhe:
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de
prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior
efetividade à tutela do direito;

A preclusão serve como uma forma de sanção e inadmissão. Três espécies:


em função da passagem do tempo, em função da prática consumada do ato,
em função de prática do ato incompatível com o que se deseja produzir. Art.
223.

Preclusão temporal, consumativa e lógica (inviabilidade de se determinar


determinado ato processual em razão de já se ter praticado outro em relação
ao qual o novo é incompatível).

Embargos declaratórios interrompem os prazos processuais para recursos


cabíveis. Art. 1.026. A intimação do julgamento de embargos declaratórios é o
dia inicial

!31
RGSC
RGSC

!32
RGSC

Potrebbero piacerti anche