Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Carnaval
Apesar de ser lembrada apenas como uma festa pagã, o período chamado carnaval marca a vés-
pera da quarta-feira de cinzas, exatamente o dia em que se inicia a abstenção de carne (jejum da
Quaresma). O carnaval está, portanto, diretamente ligado à Quaresma, pois, é como se fosse uma
última oportunidade de dar vazão às compulsões antes do período de 40 dias de jejum e oração
que antecedem a Páscoa. Os Cristãos geralmente se abstêm de certos alimentos ou atividades que
gostam de praticar como penitência para se prepararem para a Páscoa.
A data da Páscoa define a data do carnaval e outras datas “móveis” (mudam a cada ano) do ca-
lendário. A Igreja Católica celebra a Páscoa (Ressurreição de Cristo) acompanhando o calendário
judaico que celebrava a libertação da escravidão do Egito para a liberdade da Terra Prometida
por Deus a Abraão. De acordo com Aquino (2008, p. 1): “...o calendário judeu era baseado na
Lua, então a data da Páscoa cristã passou a ser móvel no calendário cristão, assim como as de-
mais datas referentes à Páscoa, tanto na Igreja Católica como nas Igrejas Protestantes e Igrejas
Ortodoxas”.
Os países católicos do sul da Europa e América latina costumam celebrar todos os anos a festa de
carnaval e em cada lugar as manifestações são bastante diversificadas, mas, têm em comum a
alegria e a descontração.
As festas de carnaval nos contam muito sobre um povo e seus anseios, revelando em suas mani-
festações de folia seus costumes, modo de pensar e de viver, bem como por vezes revelam situa-
ções de crise política ou social.
O período de carnaval proporciona aos indivíduos uma sensação ilusória de igualdade e liberda-
de, diminuindo as diferenças entre as camadas sociais e indo também de encontro aos tabus e
regras da sociedade:
No Brasil fica muito evidente essa inversão de valores, o sarcasmo e a ironia que brincam com
situações da realidade. São várias as demonstrações do “mundo ao revés”, de acordo com Mi-
randa (1997, p. 134): troca-se o dia pela noite, a vida do bairro pelo centro da cidade, o território
do trabalho dá lugar ao território da dança e do prazer
Ainda de acordo com Miranda (1997, p. 126), a festa carnavalesca é um traço marcante quase
onipresente em várias práticas culturais e no imaginário do povo brasileiro, influenciando as ma-
nifestações artísticas tanto no cinema, como na literatura e na música.
A forma mais antiga de diversão nessa época do
ano era o entrudo, que foi trazida pelos coloni-
zadores portugueses em que senhores e escra-
vos saíam às ruas para participar de jogos e
brincadeiras onde aparentemente estavam em
situação de igualdade, porém, seus papéis defi-
niam bem em que posição estavam já que, co-
mumente, os escravos eram os “alvos” nas brin-
cadeiras de atirar limões e laranjas de cheiro,
por exemplo. Nessa época os negros costuma-
vam brincar entre si quando os senhores já ha-
viam se recolhido ou pela manhã bem cedo.
O Entrudo era uma forma primitiva e violenta de diversão que se baseava em atirar coisas uns
nos outros (água, farinha, frutas, etc.) e permaneceu até os anos de 1880, quando a intensa cam-
panha da imprensa juntamente com a ação repressiva da polícia tornou o carnaval mais “civiliza-
do”.
De acordo com (Galdin, 2000; p.49) na década de 1880, aconteceu uma junção do carnaval de
rua (o prétito) com carnaval de salão (os fantasiados dos bailes) e dessa união nasceram as asso-
ciações carnavalescas.
O Brasil recebeu influência dos bailes de carnaval de outros países, a exemplo da Itália, sobretu-
do de Veneza com seus desfiles de máscaras. Ainda hoje, quando se fala em carnaval na Itália,
normalmente são lembradas as festividades de Veneza e Viraggio, na Toscana, pois conquista-
ram fama mundial.
Muitos dos trajes e figurinos característicos do século XVIII, tentavam reproduzir o estilo e a
moda dos nobres desta época, as máscaras nobres, com caretas branca, roupa de seda negra e
chapéu de três pontas. Posteriormente somaram-se a essas o modelo das personagens da Com-
media dell’Arte (figuras de representações teatrais comuns na Itália e em toda Europa desde o
século XVI até meados do século XVIII – algumas cultuadas até os dias atuais):
...Arlequim (criado de roupa em losangos, inteligente, sedutor e trapalhão), a Colombina (criada,
sua apaixonada), Briguela (criado ganancioso e espertalhão), o Burratino (criado sagaz), o capi-
tão Scaramouche (aventureiro militar e navegador) , Doutor (médio ou aristocrata), Pantaleão
(mercador aventureiro estúpido), Polichinelo (corcunda enamorado, cruel e astuto), os Zanni
(criados espertos e atrevidos), os Jester ( palhaços, bobos ou tolos), as damas elegantes e requin-
tadas, a que se juntaram depois as máscaras do Pierrot (figura inocente, belo, charmoso e gentil)
e dos gatos, entre outras mais recentes. Recife, 28 de dezembro de 2016.
Fonte: http://basilio.fundaj.gov.br//>. Acesso em: 08.02.2019
a) Pudemos ver, com o texto, que o Carnaval era um tempo de despedidas dos prazeres da
carne e originalmente era o período anual das festas profanas na Europa, aquelas que não tinham
vínculos com a religião. Mais tarde, o carnaval foi incorporado pela igreja católica, pois precedia
o tempo da Quaresma. Chegando aqui, a festa se misturou a vários outros festejos do mundo e
nunca mais foi um só. Recebeu influências das culturas africanas, donde deriva a música brasi-
leira mais popular: o samba!
Mesmo com o passar do tempo, o samba não deixa dúvidas da relação entre o Brasil e
a África. Desde sua origem até hoje, brasileiros e africanos procuram enfatizar a seme-
lhança que os dois têm quando o assunto é samba. Os dois continentes irmãos traba-
lharam juntos para terem hoje, em suas culturas, um dos gêneros mais apreciados pelo
mundo, transformando o samba em um símbolo da cultura afro-brasileira.
Explicações são o que não faltam sobre a origem do termo “samba”. Enquanto uma
linha de pesquisa afirma que o termo nasceu da língua árabe, sendo no início “zambra”
ou “zamba”; outros afirmam que é originário de uma das diversas línguas africanas
existentes, o quimbundo. Neste caso, morfologicamente, “sam” significa “dar” e “ba”
significa “receber”, ou então, “coisa que cai”. Há, ainda, uma terceira versão, que afir-
ma que o termo é de procedência angolana ou congolesa, que conta com a grafia
“semba” (umbigada). Versão, que no Brasil, é a levada mais a sério.
Chiquinha Gonzaga
Em razão das deficiências imobiliárias, as pessoas com baixa renda passaram a se des-
locar para os morros do Rio de Janeiro, O samba acompanhou o processo e dessa nova
estrutura social surgiram novos ta-
lentos musicais. A consolidação do
gênero vem com o surgimento das
“tias baianas”, peças fundamentais
na composição do samba urbano. Os
instrumentos que formaram a base e
foram essenciais para a composição
do samba foram os de percussão,
como pandeiros e chocalhos. Ao
passar dos anos, outros instrumen-
tos ganharam espaço, como cava-
quinho e cuíca. Além disso, para que
as escolas realizassem seus desfiles
na passarela do samba com o tempo
determinado pelo regulamento, um
novo formato foi introduzido – o rit-
mo mais acelerado, aquele que hoje
deixa qualquer um com vontade de dançar.
Fonte: http://www.afreaka.com.br/notas/a-historia-do-samba-unindo-brasileiros-e-
africanos/ Acesso em: 14.02.2019.
b) O ser humano é um ser social, histórico e também um sujeito festivo. Em todos os cantos do
mundo as pessoas fazem festa, seja aqui, seja em outros países, nós festejamos! Tais festas são
manifestações culturais de um povo, que se articulam com sua história, geografia e produções
artísticas. Mas, afinal, o que Carnaval tem em comum com os brasileiros? O que você entende
quando se afirma que o ser humano é um ser social?
c) Você ouviu falar sobre os blocos de carnaval? Blocos de carnaval são grupos organizados de
pessoas que saem às ruas no período de festa e percorrem vários trechos da cidade. Também co-
nhecidos como blocos de rua, geralmente são acompanhados por bandas, que entoam marchinhas
tradicionais e também aquelas produzidas especialmente para determinado bloco. Durante o car-
naval, os carros saem de cena e a rua é ocupada pelos carnavalescos. Veja alguns tipos de blocos
existentes:
- Blocos de enredo: são muito comuns no Rio de Janeiro. Possuem samba-enredo e uma relativa
organização no desfile. Muitos deles são embriões de escolas de samba.
- Blocos líricos: são comuns em Pernambuco. O destaque é para as músicas, frevos e marchinhas
carnavalescas antigas. As pessoas desfilam nas ruas, geralmente usando fantasias.
- Blocos de sujo: são comuns em São Paulo e Rio de Janeiro. São descontraídos e propositalmente
desorganizados e improvisados. As pessoas desfilam nas ruas usando fantasias geralmente feitas
por elas mesmas. Cantam marchinhas carnavalescas, sambas-enredo ou até mesmo músicas relaci-
onadas ao cotidiano ou com temas envolvendo críticas políticas com tom bem humorado.
- Blocos afro: valorizam a cultura afro-brasileira nas músicas, ritmos, vestimentas e fantasias. São
muito comuns na cidade de Salvador (BA).
1.2. Que tal formarmos aqui na Escola nossos blocos de carnaval? O convite é de que cada funde
o seu bloco, organizado por temática, vestimentas semelhantes e músicas. É como se nossa Esco-
la fosse, então, a rua, vamos ocupá-la?
1.3. No texto que lemos as autoras afirmam que o carnaval, remontando à sua origem, é o mo-
mento em que os papeis sociais podiam ser invertidos, pois nesse festejo homens e mulheres
escravizados brincavam e se divertiam junto dos senhores, os moradores de regiões periféricas
das cidades iam ao centro, os trabalhadores deixavam seus locais de trabalho para viver um mo-
mento de fantasia. No entanto, quando findava o carnaval, na quarta-feira de cinzas, todos volta-
vam às suas rotinas. Para você, criança brincante, é importante viver momentos de brincadeira e
fantasia? Pensando no trabalhador comum, o que o momento do carnaval pode significar para
ele? É importante sair um pouco da rotina e poder brincar, dançar e fantasiar? Por quê?
“A gente trabalha
O ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira”
As principais regiões do Carnaval em Goiânia produziram, no sábado (10), domingo (11) e se-
gunda-feira (12) cerca de oito toneladas de lixo. No período de pré-carnaval e nos outros dias
da folia, segundo o presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Denes
Pereira, os resíduos aumentaram em 10%.
Para recolher os resíduos deixados pelos foliões foram necessários mil sacos de 100 quilos
cada, segundo Denes. O presidente ressalta que o aumento da quantidade de lixo produzida
ocorre em toda a capital, no entanto, cinco regiões exigem ação especial dos funcionários da
Comurg: Praça Cívica, Rua 115, Cepal Setor Sul, Parque Vaca Brava e Ginásio Goiânia Arena.
No período do carnaval, conforme Denes, os materiais mais comuns são latinhas de cerveja,
embalagens de alimentos, copos plásticos e garrafas de vidro. Estas últimas são fonte de pro-
blema para os funcionário da Comurg, uma vez que, quando mal acondicionadas, podem cortar
os responsáveis pelo recolhimento do lixo.
Denes ressalta ainda outro problema típico do lixo de carnaval, os bueiros entupidos. Os resí-
duos quando jogados de forma irresponsável nas bocas de lobo podem, por conta da chuva,
entupir as mesmas e transbordar causando alagamentos, enxurradas e outros transtornos.
Durante o carnaval, segundo o presidente da Comurg, a companhia precisa do dobro de seu
efetivo para conseguir dar conta de todo o lixo. Denes explica que após cada evento uma equi-
pe faz a limpeza do local e depois do carnaval os funcionários realizam uma ação especial em
toda a cidade em busca dos pontos que mais precisam de atenção.
Para Denes, se divertir durante o carnaval é um direito de todos, mas ter responsabilidade com
o lixo deve ser um dever. “Todas as pessoas podem pular o carnaval, nós não queremos que
isso acabe. Mas é preciso ter mais responsabilidade com a destinação correta do lixo. Algumas
atitudes simples podem ser tomadas
como levar seu próprio copo para a
festa e evitar os copos plásticos,
guardar o lixo até encontrar uma lixei-
ra e optar por materiais descartáveis”,
orienta o presidente da Comurg.
Fon-
te:https://www.emaisgoias.com.br/prin
cipais-regioes-do-carnaval-em-
goiania-produziram-oito-toneladas-de-
lixo/
7. Junto com os seus colegas, pensem em soluções sustentáveis para o nosso já tradicional Griti-
nho de Carnaval. Há alternativas para o uso do confete e serpentina? Quais materiais podemos
utilizar para construir as fantasias? Elenque essas possíveis soluções em seu caderno para que
depois, juntos, cheguemos a uma conclusão sobre o tema.
8. Como vimos no início da Atividade, Carnaval é uma comemoração que surgiu há muito tem-
po, no início da civilização, na Grécia Antiga. Festejava-se, em agradecimento aos deuses, coisas
boas da vida, como a fertilidade do solo, que lhes proporcionava alimentos nutritivos e saboro-
sos. Essa palavra "carna-val" significa prazer da carne, do corpo. É mais um momento de cele-
brar nossos sentidos, experimentar e nos alegrar com as belezas do mundo que habitamos. De
que forma podemos fazer isso? Agora que já conhecemos um pouco mais sobre o carnaval, re-
presente com imagens, em seu caderno: o que esta festa desperta em você?
Referências:
VERARDI, Cláudia Albuquerque; NOGUEIRA, Lara. Carnaval: origem e evolução. Pesquisa
Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível
em:< http://basilio.fundaj.gov.br//>. Acesso em 10.02.2019.