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Subprojeto Química
Coordenador de área: Marciano Henrique de Lucena Neto
Professora Supervisora: Aline dos Santos Silva
Nova Floresta – PB
2019
Sumário
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3
2 - OBJETIVOS ........................................................................................................................ 4
3 - JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 5
4 - METODOLOGIA ............................................................................................................... 6
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 15
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1 - INTRODUÇÃO
Uma situação que pode ser destacada é a observação das produções de monografias nos
cursos de licenciatura. Tem-se observado que, apesar de estarem em um curso de Licenciatura
em Química, muitos discentes fazem suas pesquisas de monografia voltadas a área de
Pesquisa Laboratorial e com, aumentam-se as discussões e reflexões com o intuito de que
estes alunos passem a fazer suas pesquisas na área de ensino para que não haja divergências e,
consequentemente, não desestruture a proposta do curso de Licenciatura. De acordo com
Silva (2004), nas concepções críticas e pós-críticas sobre educação, o que mais chama a
atenção em relação ao currículo é o questionamento sobre o porquê dar destaque a
determinado conhecimento, e tipos de identidades e não a outros, considerando-se que o mais
considerável são as ligações constituídas entre o saber e o poder.
Deste modo, esta pesquisa foi realizada com o intuito de verificar e discutir a proposta
de formação inicial de professores de Química por meio da análise do PPC e das monografias
produzidas no curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de Campina
Grande Campus Cuité, considerando-se sua estrutura curricular e seu compromisso com a
formação de professores de Química para a educação básica.
2 - OBJETIVOS
2.1 GERAL
Identificar a importância da estruturação curricular como fator imprescindível para uma
formação de excelência do discente do curso de licenciatura em química.
2.2 ESPECÍFICOS
3 - JUSTIFICATIVA
4 - METODOLOGIA
5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observa-se que, a cada período, na maior parte, apenas duas disciplinas com foco na
formação docente são ofertadas. Isto nos leva a refletir se, pelo fato de se tratar de um curso
de licenciatura, não deveria haver uma atenção maior para tais disciplinas pedagógicas.
Tratando-se de um curso de formações de professores, cujo saber pedagógico é
imprescindível, vale salientar que esse saber não depende apenas da prática em sala de aula e,
ainda que sejam construídos no cotidiano escolar, isso não nos permite afirmar que a profissão
seja aprendida na prática, pois demanda uma formação prévia, específica, para o seu exercício
(ZABALZA, 2004), além de um investimento constante em seu aperfeiçoamento (TARDIF;
LESSARD, 2011).
Soma-se à crença de “aprender a ser professor na prática”, o desenvolvimento da
profissão como um ofício divino ou vocação (NÓVOA, 1999; ZABALZA, 2004),
desconsiderando a necessidade da formação pedagógica específica para a prática da profissão.
Esses saberes trazem questões importantes que contribuem para a formação de professores,
conhecimentos que só são adquiridos com as disciplinas voltadas para a educação, visando
assim a valorização dessas disciplinas. No entanto, um fato visto na grade curricular do curso,
é que a maioria das disciplinas pedagógicas têm como base Política e Educação, Ética e
Diversidade, as quais são muito importantes para a formação de professores, porém pouco
escolhidas pelos alunos, em decorrência de serem disciplinas pouco citadas ou ministradas
pelo corpo docente.
listadas na ementa. Desse número, 06 disciplinas pertencem a área pedagógica, entre elas 05
possuem 45hrs e outras com 60hrs. As que possuem 45hrs são: Política e Educação, Ética e
Diversidade, Ensino Inclusivo, Profissão Docente e Currículo Educacional. Língua
Portuguesa é a disciplina com carga horária de 60hrs.
Com base nessas informações, e mediante as observações práticas de nosso cotidiano
acadêmico, notamos que a maioria dos alunos preferem cursar uma disciplina específica de
conhecimento científico do que uma voltada para a área pedagógica.
Outro ponto importante a ser citado, é o fato de que, apesar de constatarem no Projeto
Curricular do Curso, as disciplinas acima mencionadas são ofertadas muito esporadicamente
no decorrer dos períodos do curso. Por ser um curso de licenciatura, é muito importante que
essas disciplinas sejam ofertadas já que são disciplinas de caráter pedagógico e que fazem
parte da formação de professores. Uma disciplina muito importante, e que não faz parte da
grade do curso, por exemplo, é a disciplina de Didática, que é responsável por possibilitar a
compreensão sobre os processos de ensino e de viabilizar a aprendizagem.
De acordo com Libâneo (2012) a didática se apresenta como uma disciplina científica
relacionada à Pedagogia. Segundo o mesmo autor, a didática tem como objeto de estudo o
processo de ensino e aprendizagem em sua globalidade, em suas finalidades sociais e
pedagógicas. Dessa forma, considera os princípios, as condições, os meios da direção e a
organização do ensino e da aprendizagem. São nesses elementos que os objetivos, conteúdos,
métodos, formas de gestão do ensino se asseguram a mediação docente com vistas a
apropriação das experiências humanas e historicamente desenvolvidas.
Visto que é nela que os alunos dos cursos de licenciatura aprendem métodos,
direcionamento do ensino para quando forem para as salas de aula, melhorando assim o
processo de ensino e aprendizagem, levando melhorias no ensino e métodos de aprendizagem
diferente, mais pedagógicos para as salas de aula. Contudo, os alunos do curso de licenciatura
devem priorizar as disciplinas de formação docente, tendo em vista sua importância como as
da área específica.
Esta análise nos permitiu um maior aprofundamento da nossa discussão, uma vez que,
por meio desta, através de uma averiguação realizada no site da biblioteca do Campus de
Cuité, buscamos a informação de quantitativos de monografias objetivando o levantamento de
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quantas delas seriam na área de Pesquisa Laboratorial e quantas foram na área do Ensino de
Química. No decorrer da pesquisa, foi constatado que, ao todo, são dispostas 64 monografias
na área de química do Campus. Destas 64 monografias, apenas 22 são na área de Ensino de
Química e 41 na área de Pesquisa Laboratorial (Figura 1).
A apuração comprovou que a prática docente está sendo respectivamente rejeitada por
seus licenciados. Particularmente nesse curso, talvez se faça necessária uma ampla reflexão
entre formadores e licenciandos sobre os motivos pelos quais ainda imperam as condições
desfavoráveis da profissão docente na educação básica. É preciso que os licenciandos se
conscientizem de que, ao contrário do docente da educação superior, o professor da educação
básica ainda é representado socialmente como um simples repassador de conteúdos na aula,
não como um profissional autônomo, criativo, reflexivo, construtor do conhecimento e de sua
prática.
Faz-se necessário reforçar no curso que as identidades profissionais docentes serão
valorizadas à medida que os professores da educação básica batalharem pelo seu espaço/lugar
específico na escola e se esforçarem para divulgar a ideia de que suas atividades se constituem
em um trabalho intelectual similar a tantos outros, de fundamental importância social e que,
portanto, deve ser assim reconhecido.
O crescimento das investigações na área de ensino de química demonstra que tem
havido um grande empenho dos educadores químicos do país para aperfeiçoar as licenciaturas
e alterar a carência de professores na área, mas esses esforços precisam ser corroborados por
ações públicas capazes de reverter profundamente a representação social construída no país
sobre os professores da educação básica.
A alteração dessa representação demanda: que o salário desses docentes seja equiparado
com o salário de outras carreiras de nível superior; um plano de carreira específico e o
estímulo à formação continuada; a criação de condições de trabalho dignas, o que inclui a
dedicação exclusiva a uma única escola, com tempo determinado dentro da carga horária para
estudo e reflexão sobre sua prática, planejamento, elaboração de atividades, bem como para
correções de trabalhos e avaliações de aprendizagem; menor carga horária em sala de aula e
salas com menos estudantes; ambiente escolar seguro, organizado e confortável, enfim, um
local em que professores, funcionários e estudantes sintam prazer de estar e possam
desenvolver suas potencialidades.
A ausência de professores de química para a educação básica vem sendo apontada há
anos e tem-se buscado identificar quais seriam suas causas (Andrade et al., 2004; Zucco,
2005). Especialmente para a redução desse desprovimento, nos últimos anos foram
empregados cursos de Licenciatura em Química por vários institutos de formação tecnológica.
No plano geral, foram implantadas políticas públicas pelo governo federal para ampliar
a oferta de novos cursos e incentivar a formação de professores. A preocupação com a
formação inicial de docentes aumentou a partir das últimas décadas do século passado, e a
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6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANDRADE, J. B.; CADORE, S.; VIEIRA, P. C.; ZUCCO, C.; PINTO, A. C. A formação do
químico. Química Nova, São Paulo: SBQ, v. 27, n. 2, p. 360-362, 2004.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011. p. 280.
GAUCHE, R.; SILVA, R. R.; BAPTISTA, J. A.; SANTOS, W. L. P.; Mól, G. S.;
MACHADO, P. F. L. Formação de professores de química: concepções e proposições.
Química Nova na Escola, São Paulo: SBQ, n. 27, p. 26-29, fev. 2008.
NÓVOA, A. O Passado e o presente dos professores. In: NÓVOA, António (Org.). Profissão
professor. Porto, Portugal: Porto Editora, 1999, p. 13-34.
PIMENTA, Selma G.; LIMA, Maria S. L. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2012.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo.
Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
TARDIF, M.; LESSARD, C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência
como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes, 2011.