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Pedro Manuel de Sousa Botelho
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Orientador: Prof. Gonçalo Dias
2017/2018
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Índice
Agradecimentos.............................................................................................................. 5
Fundamentação .............................................................................................................. 6
Subgéneros ............................................................................................................ 11
Conclusão ..................................................................................................................... 22
Bibliografia .................................................................................................................. 23
Anexos ......................................................................................................................... 24
Questionário ............................................................................................................. 24
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Índice de imagens
Figura 1. Árvore genealógica do jazz .......................................................................... 11
Figura 2. Recording Bell Tuba ..................................................................................... 13
Figura 3. Hélicon .......................................................................................................... 13
Figura 4. Sousafone ...................................................................................................... 13
Figura 5. Sérgio Carolino ............................................................................................. 15
Figura 6. Bob Stewart .................................................................................................. 16
Figura 7. Howard Johnson ........................................................................................... 17
Figura 8. Jon Sass......................................................................................................... 19
Figura 9. Red Callender ............................................................................................... 20
Figura 10. Ray Draper .................................................................................................. 20
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Agradecimentos
Por fim, quero agradecer aos meus amigos por me proporcionarem momentos
inesquecíveis.
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Fundamentação
Esta dissertação tem como principal objetivo alargar os meus conhecimentos sobre um
estilo musical do qual não tenho muito conhecimento, o Jazz. A elaboração deste trabalho tem
como objetivo não só dar a conhecer a importância da tuba no jazz, mas também alargar o
conhecimento sobre este estilo musical, tornando-me capaz de o conseguir interpretar não só
como ouvinte, mas também um pouco como músico.
Um dos aspetos que mais me motivou a desenvolver este tema foi o facto de,
atualmente, a tuba não ter um papel tão relevante como no início do nascimento do jazz, pois,
após algum tempo, o seu protagonismo passou a ser dividido com outros instrumentos, o
contrabaixo e até mesmo o baixo elétrico.
Este trabalho vai ser dividido em duas partes, sendo que, na primeira, irá constar um
enquadramento do surgimento do jazz e uma explicação da importância da cidade de New
Orleans para este estilo musical. Assim, foi necessário recorrer há génese do jazz, para assim
conseguir melhores resultados e, deste modo, inserir o mesmo num determinado contexto.
Posteriormente, irá surgir a segunda parte, na qual vai ser explicada a importância da
tuba no jazz, através da biografia de diferentes tubistas. É através do estudo da biografia destes
e com a ajuda de algumas entrevistas que pretendo desenvolver o tema principal deste trabalho.
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Capítulo I: Jazz, o Início
Como começou?
O início do jazz
Não é completamente seguro dizer ao certo a data para o nascimento deste estilo, no
entanto estima-se que tenha surgido há cem ou cento e cinquenta anos, embora os estudiosos
do jazz afirmem que este nasceu muito antes, no ano de 1865, data que marca o final da guerra
civil americana, a qual levou à emancipação dos escravos, facto este que esteve ligado com a
criação deste estilo.
Na verdade, a história deste estilo musical iniciou-se na época de escravidão negra nos
Estados Unidos da América, por isso, a vinda destes escravos para o continente americano
trouxe também as suas manifestações culturais. Assim, podemos considerar o jazz como uma
manifestação musical que se criou praticamente de um legado religioso afroamericano. O jazz
tem origem nos cantos dos escravos usados em cerimónias tribais, nas caçadas, no nascimento
das crianças e em tudo o que era festejado, sempre com a presença do instrumento fundamental,
que era o tambor. De certa forma, podemos afirmar que o jazz é também o encontro entre ritmos
e tradições tribais e religiosas.
Foi de África que vieram as influências sobretudo rítmicas que se interligaram com
elementos e interferências europeias, tais como a afinação temperada e os seus instrumentos e
noções de harmonia. Nas viagens de África para os Estados Unidos, os negros que não morriam
eram quase que obrigados a dançar para se mantarem saudáveis e, também, para dar um
"espetáculo melancólico". Alguns donos de escravos e os responsáveis pela sua venda
acreditavam que a dança e a música deixavam os negros mais saudáveis e em forma. Porém,
alguns fazendeiros, ignorando este pensamento, proibiam o uso de tambores, pois
consideravam que estes poderiam ser utilizados como meio para enviar mensagens de revolta
generalizada, o que podia levar à sua emancipação.
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a junção de ritmos europeus com os costumes dos negros. Por tudo isto, podemos dizer que o
jazz surgiu da junção forçada entre culturas dominantes e dominadas. Os escravos africanos
viajaram para a América do Norte sem saber falar inglês ou francês, desconheciam os
instrumentos da música europeia ocidental. No entanto, levavam com eles uma música nova
com novas sonoridades, novas acentuações rítmicas, muita improvisação e alegria.
O estilo musical Jazz é proveniente de uma fusão de estilos como: blues, ragtime e
spirituals, contudo, mais importante que estes géneros era a música hispânica e as músicas das
Caraíbas.
Foi com o término da Primeira Guerra Mundial que os americanos brancos descobriram
um novo estilo de vida. É também com esta viragem que se começa a fixar a indústria do show
business no cinema, no teatro e na música. Nesta altura, regista-se também uma grande
migração negra para as grandes cidades. Isto reflete-se num aumento do público negro,
formado por pessoas que iam à procura de melhores empregos.
A Lei Seca de 1920 foi também um fator que conduziu ao desenvolvimento do jazz.
Esta lei proibia a venda e o consumo de bebida alcoólicas. A maior parte dos americanos
opunham-se a esta lei em especial os artistas e os intelectuais, porque a viam como uma
resistência aos ideais liberais dos novos tempos.
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Foi a partir de 1935, que surgiu a orquestra de Benny Goodman, uma das grandes
bandas da era do swing. Esta foi a primeira banda composta tanto por músicos brancos, como
por músicos negros. O facto de ser uma orquestra heterogénea era visto como uma atitude
corajosa e inovadora, pois até ao momento, as orquestras eram compostas exclusivamente por
brancos ou exclusivamente por negros. Desta altura, também se pode referir as orquestras de
Count Basie, de Tommy Dorsey, de Duke Ellington e de Glenn Miller. Estas duas últimas eram
orquestras de baile, que tocavam todo o tipo de reportório popular e não apenas tipicamente de
jazz.
Louis Armstrong é referido como um dos grandes impulsionadores do jazz. Isto deve-
se ao grande destaque que teve na banda de King Oliver, que o levou até Nova Iorque, onde
teve oportunidade de demonstrar os seus dons enquanto showman, tocando e cantando. Louis
Armstrong e Bix Beiderbecke, foram dois grandes trompetistas desta altura.
O jazz tocava-se, inicialmente, em jam sessions (um ato musical em que os músicos se
juntam e começam a improvisar sem qualquer preparação, sem nada planeado), onde músicos
e plateia se unem, onde existem músicos que improvisam e uma plateia, incentivada pelos
próprios músicos, que participa, batendo os pés e as mãos.
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NEW ORLEANS!
New Orleans é uma cidade situada no delta do rio Mississipi, no estado da Luisiana,
Estados Unidos da América. Esta cidade foi fundada em 1717 por Jean-Baptiste le Moyne.
New Orleans foi fundada e colonizada pelos franceses por volta de 1717. Ficou, assim,
apelidada devido ao nome do Duque de Orleães, na altura Regente de França, mas depressa se
tornou uma cidade deserta. Por consequência, sofreu uma segunda colonização em 1722, mais
bem-sucedida, tornando-se a capital do território francês da Luisiana. O seu desenvolvimento
continuou após ter sido cedida à Espanha em 1763. Em 1800, foi tomada pela França, a quem
foi comprada em 1803 pelos Estados Unidos, juntamente com a restante área da Louisiana.
Dez anos mais tarde, foi incorporada no território dos Estados Unidos, tendo-se tornado no ano
anterior um porto de entrada de navios e produtos. Por isto, pode dizer-se que New Orleans é
uma mistura de influências francesas, espanholas e afroamericanas. Era também uma cidade
onde se via a dualidade da realidade económica, onde a pobreza convivia com a fartura. New
Orleans era uma cidade repleta de bandas, de bailes e de feiras. Deste modo, sempre foi um
sinónimo de festa e diversão, sendo como um dos lemas da cidade "Laissez les bons temps
rouler", que significa: “Deixe os bons tempos rolarem”.
Foi neste ambiente multicultural que, no final do século XX, surgiu um novo estilo
musical, o Jazz. Foi em New Orleans que, posteriormente, ao jazz surgiu o estilo ragtime e o
blues, que contribuiu, em grande parte, para o surgimento e popularidade do Rock n' Roll. No
entanto, todos sabemos que muitos impulsionadores deste estilo musical não são oriundos de
New Orleans. A elevada quantidade de testemunhos é uma forte certeza que esta cidade
cosmopolita foi uma forte "escola" para a criação de vários músicos, como Buddy Bolden,
Bunk Jonhson, Joe "King" Oliver (que lançou Louis Armstrong), Jelly Roll Morton e Bubber
Miley. Louis Armstrong tornou-se um nome famoso em todo mundo pela sua versatilidade
tanto ao nível do canto como do trompete, corneta e saxofone, tendo sido considerado "a
personificação do Jazz".
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Este estilo musical desenvolveu-se também nos clubes e bordéis. Foi lá que surgiram
alguns dos principais intérpretes do jazz desta altura, tais como: Original Dixieland Jass Band
e Original Creole Jazz Band e também alguns dos principais interpretes, tais como Louis
Armstrong, Bix Beiderbeck, Fats Waller e Fletcher Henderson.
Subgéneros
New Orleans
Este estilo musical foi aprofundado
no início do século XX, pois a libertação dos Figura 1. Árvore genealógica do jazz
escravos, a legalização do jogo e da prostituição e, por outro lado, a influência dos blues e do
ragtime foram um forte impulso deste género. O ritmo era lento ou médio. O seu grande artista
foi Buddy Bolden.
Blues
O Blues retira muita da música africana, pois usa padrões de "chamada e resposta". Esta
música expressa sentimentos e vive em constante desenvolvimento. Este género data
aproximadamente do ano de 1890 e teve comos músicos influentes Robert Johnson e Bessie
Smith.
Dixieland
Este estilo teve como forte importância a improvisação e deixou, assim, um pouco de
parte os ritmos africanos. O uso do piano e do saxofone é introduzido. Ficou muito popular na
década de 15 a 30, tendo um grande destaque com a orquestra Original Dixieland Jass Band.
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Swing
O termo Swing significa balanço e oscilação. É um tipo de música derivado do jazz,
caracterizado por melodias de tempo médio/rápido e por ritmos sincopados. Ficou bastante
popularizado nos Estados Unidos da América por volta da década de 1930 e, rapidamente, se
converteu num dos estilos mais relevantes do país. Dois dos nomes mais relevantes deste estilo
foram Duke Ellington e Benny Goodman.
Bebop
Este estilo pauta-se pela velocidade e pelo jazz aberto a qualquer tipo de harmonia e
ritmo. A noção rítmica é particularizada voltando, assim, ao polirritmo africano. O Bebop serve
também para enaltecer a capacidade do músico. Este género data-se a partir de 1941/42 e teve
como fortes impulsionadores Charlie Parker, Dizzy Gillespie e Kenny Clarke.
Cool Jazz
O Cool Jazz engloba o jazz atual, com revoluções nos baixos e dá um tom sentimental
e relaxado. Teve principal importância nos anos 50 e alguns artistas em destaque são Miles
Davis e Bill Evans.
Funk
Este género é a ligação entre o Funk, o soul e o R&B. É muito característico pois
introduz muitos sons elétricos e sintetizantes, por esta razão, é fácil distinguir-se do Funky Jazz.
A sua origem data-se de 1950 a 1955 e destaca-se Herbie Hancock e Donald Byrd.
Hardbop
O Hardbop iniciou-se como uma variação de outro estilo, o Bop. As secções rítmicas
são mais homogéneas e mais ágeis, dando maior importância ao rigor do tempo. Os seus
maiores impulsionadores foram Jonh Coltrane e Charles Mingus
Ragtime
É um tipo de música em que os acentos melódicos ocorrem entre as batidas métricas,
por isto, Ragtime significa estilo musical muito sincopado. O Ragtime é um género musical
que foi popular entre 1870 e 1910 e foi inspirado pelas marchas de Jonh Philip Sousa. Por outro
lado, a sua origem também está ligada aos bares e juke-joints. O "Rei do Ragtime" foi o
compositor e pianista Scott Joplin.
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Capítulo II: A Importância da Tuba no Jazz
Nos primórdios do jazz, a tuba basicamente sempre assumiu a função de um baixo,
logo o seu protagonismo era menor do que qualquer instrumento solista. Ao desempenhar as
linhas de baixo, suportava, assim, as progressões harmónicas.
Figura 4. Sousafone
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para se fixar ao corpo, pois foi projetado para encaixar no tronco do músico.
No Jazz, o Sousafone surge nas primeiras bandas de rua dentro dos estilos “Dixieland
ou até mesmo nas Brass Bands de New Orleans.
A tuba, ao longo dos tempos, foi mostrando que era uma mais-valia para este estilo
musical, pois é um instrumento muito versátil e ágil, com uma sonoridade flexível devido ao
seu registo de cinco oitavas. Além de ser um instrumento, com variadíssimas cores sonoras,
pode ainda usar pedais eletrónicos e processadores de efeitos para criar novas sonoridades.
Sendo certo que a tuba ocupou um lugar de destaque nas formações dos alvores do jazz,
não é menos verdade que o seu papel foi empalidecendo com o decurso da história deste estilo,
à medida que outros instrumentos foram ocupando o seu lugar (em parte por limitações técnicas
da própria tuba).
Em todos os períodos da história do jazz, sempre houve, porém, tubistas que fizeram
questão em manter viva a chama deste corpulento instrumento de som grave e rude: Bill Barber,
Howard Johnson, Ray Draper, Don Butterfield, Bob Stewart, Sam Pilafian, Red Callener, Kurt
Josef, entre outros. Nos últimos anos, tem-se assistido a uma redescoberta da tuba, com alguns
músicos a darem cartas, como Marcus Rojas, François Thuillier, Michel Massot e o português
Sérgio Carolino.
A tuba possui algumas particularidades que podem superar o contrabaixo, tais como a
potencia sonora e não estar dependente de amplificação.
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Creio que no futuro a tuba não irá perder o seu papel no jazz, mas sim encontrar novas
vias e meios para poder ressurgir em vários cenários jazzísticos desde o tradicional até ao
experimental e em projetos inovadores.
Sérgio Carolino
Nasceu em Alcobaça e iniciou os seus estudos na Escola de Música da Banda de
Alcobaça. Passados dois anos, foi admitido na Escola de Música do Conservatório de Lisboa,
progrediu os seus estudos no Conservatório de Música de
Genebra.
Thuillier (tuba) e Anthony Caillet (eufónio), The Postcard Brass Band, Surrealistic
Discussion com João Barradas, o Duo Moderato Tangabile com o pianista Daniel Schvetz,
entre outros.
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É ainda o fundador, diretor artístico e musical do Ensemble Português de
Metais MASSIVE BRASS ATTACK! e diretor artístico do Festival e Academia Internacional de
Metais Graves de Alcobaça - GRAVÍSSIMO!
Bob Stewart
Nasceu em Sioux Falls, Dakota do Sul, Bob Stewart é um tubista jazz.
Howard Jonhson
Howard Johnson nasceu a 7 de agosto de 1941, em Montgomery. O pai dele trabalhava
numa fábrica de aço e a mãe era cabeleireira.
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Howard Johnson aprendeu a base da música com um professor do ensino médio.
Naquela altura, começou a integrar a banda da escola, começando por tocar címbalos, tarola e
bombo. No entanto, nunca tentou tocar numa bateria, até porque nem mesmo o diretor
considerava que ele teria grande futuro na música.
Passado algum tempo, apresentaram-lhe o saxofone barítono e ele começou a ter aulas
para aprender a tocá-lo. Mais tarde, o professor disse que já não o podia ensinar mais. Por isso,
ele levou o saxofone para casa, na esperança de que fosse capaz de descobrir o que lhe faltava
aprender.
Foi enquanto tocava na banda da escola, no ano seguinte, que a tuba lhe despertou o
interesse, pois descobriu que havia muitas partes do saxofone barítono que eram iguais às partes
de tuba. Ele começou a aperceber-se de que existiam partes das músicas que ambos os
instrumentos tinham em comum. Então, o interesse foi crescendo e começou até a aprender as
posições de cada nota por observação.
A banda tinha regras restritas no que dizia respeito a tocar em instrumentos que não os
próprios. Então, Howard esperava até todos terem
saído para testar as suas capacidades no que dizia
respeito a tocar tuba. No entanto, ele foi apanhado
pelo diretor da banda e teve de prometer que nunca
mais repetia aquilo. Apesar de tudo isto, e mesmo
sem o demonstrar, o diretor da banda ficou bastante
contente por perceber as capacidades de Johnson.
Figura 7. Howard Johnson
Foi então que, mais tarde, Johnson foi convocado pelo diretor da banda que, ao contrário do
que ele pensava, lhe começou a falar sobre a sua história de tuba e lhe deu um sousafone, tendo
pedido para ele tocar alguma coisa. Howard tocou a escala cromática, e o diretor da banda
pediu que ele tentasse articulá-la em quatro números de três, o que ele fez. Em seguida, pediu-
lhe para ler na clave de fá. O último passo foi dar-lhe um sousafone para ele levar para casa.
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não se sentiu motivado, o que garantiu o fim da sua carreira musical na marinha, pois foi
reprovado no seu exame.
Nos três anos seguintes, Howard teve a sorte de ter aquilo que considerou valiosas
experiências musicais. Uma delas foi ter conhecido Steve Griffiths, aquele que o levou para o
mundo do jazz e que o fez atingir o nível musical que ele tem.
Howard Johnson viveu durante três anos em Boston e foi lá que conheceu muitos
músicos, sendo alguns deles Tony Williams, Sam Rivers e Alan Dawson.
Howard considerava que não estava a tocar jazz seriamente antes de estar na Marinha e
desenvolveu as suas capacidades enquanto lá estava. No entanto, sentia que precisava de provar
para si mesmo aquilo de que era capaz. Foi em Chicago que encontrou um centro de recreação
de bairro, que tinha como dirigente do departamento de música Richard Abrams. Howard
costumava ir a todas as noites de jam e conseguiu aprender muito lá.
Mais tarde, Howard conheceu Eric Dolphy que o fez mudar de ideias quanto à sua
estadia prolongada em Chicago. Após Dolphy ter ouvido Howard tocar, este disse-lhe que o
melhor para ele seria dirigir-se para Nova York, pois lá não havia ninguém capaz de fazer
aquilo que ele fazia. Por esta altura, Howard ainda não tinha uma tuba própria, porém,
continuava a treinar as posições de cada nota mesmo sem uma.
O primeiro trabalho regular de Howard em Nova York foi em bandas e a sua primeira
gravação foi feita na época em que ele tocava lá. Outra das suas grandes influências foi alguém
que conheceu também em Nova York, Charles Mingus, com quem teve a oportunidade de
tocar.
Em 1975, Howard montou a banda "Saturday Night Live,onde ele tocou até 1980.
Três décadas após o início de sua carreira, ele fez seu primeiro álbum com seu próprio
nome: "Arrival", da Nubia de Howard Johnson, é sua homenagem a Sanders. Howard canta,
toca bari, clarinete, clarinete baixo, corneta e flugelhorn.
Howard acabou por ensinar jazz no Bard College, onde possuía instrumentos poucos
convencionais, tocando apenas com o que tinha disponível e com as pessoas que estavam
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realmente interessadas. Johnson optou por uma banda de sopro, constituída por dois saxofones
- um alto e um tenor, clarinete e flauta.
Jon Sass
Jon já tocou, gravou com o crème de la crème de músicos como Ivan Neville, Vince
Mendoza, Peter Wolf, Ricky Ford, Bobby Shew, Steven Mead, grupos de câmara da
Filarmónica de Viena e Berlim, em duo com Dave Taylor, Arkady Shilkloper, Wolfgang
Puschnig e Milagros Pinera. Ainda trabalhou com artistas como Ray Anderson, Michelle
Rosewoman, David Murray, Sunny Murray, Butch Morris, James Spaulding, Leon Thomas,
Peter Erskine, Frank Foster, Erika Stucky, HenryThreadgill, Linda Tillery e o Cultural Cultural
Choir, Eric Bibb e Howard Johnson 'Gravity.
Ele compõe a sua própria música e arranjou música para os James Brown Horns.
Desenvolveu uma base para o pensamento criativo/progressivo chamado Creative Impulse,
escreveu peças da Editions BIM e TMV Records, desenvolveu um programa para crianças
multimédia chamado “Sassy the Tuba” and in recent years, a team building seminar called The
Corporate Groove.
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Red Callender
Nasceu a 6 de março de 1916 em Haynesville,
Virginia. Estudou tuba, contrabaixo, trompete e, em 1933, já
tocava em bandas de New Jersey. Aos 19 anos, estreou-se
nas gravações com Louis Armstrong. Após esta gravação,
passou a tocar com outros colossais do Jazz como Duke
Ellingtonn, Lester Young, Charlie Parker, Dexter Gordan e
Benny Goodman.
Teve um papel preponderante em mostrar que o baixo tanto podia ser um instrumento
solo como rítmico. No entanto, a sua influência no jazz não fica por aqui, pois foi um dos
primeiros músicos negros a gravar em Hollywood.
Para além de todas estas “conquistas”, Red Callender ainda formou o lendário Charles
Mingus.
Ray Draper
Nasceu a 3 de agosto de 1940, em New York. Em meados da década de 50, frequentou
a Manhattan School of Music. Aos 16 anos gravou o
seu primeiro álbum, “Tuba Sounds”, com o seu
quinteto (“Ray Draper Quintet”). No ano seguinte,
volta a gravar outro álbum, mas com uma pequena
alteração nos intérpretes, incluiu Jonh Coltrane.
No final dos anos 60, Ray Draper é libertado da Figura 10. Ray Draper
prisão onde tinha estado devido ao consumo de drogas.
Draper foi o pioneiro das bandas de Jazz Rock Fusion,
antecedendo-se, assim, a Bitches Brew, de Miles Davis. Os membros da banda de Ray Draper
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eram George Bohannon, Hadley Caliman, Jonh Duke, Paul Lagos e Tom Trujillo. Ray Draper
ainda gravou com o grupo de Howard Jonhson, Gravity.
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Conclusão
Com a conclusão do meu trabalho considero ter atingido o meu principal objetivo,
alargar os meus conhecimentos sobre o jazz. Este foi um tema enriquecedor para mim, pois
não foi um tópico abordado ao longo dos meus anos escolares.
Mostrei um pouco da génese do jazz e os pontos mais marcantes da sua história. Como
resposta ao meu tema procurei saber mais sobre os impulsionadores deste estilo musical, tanto
os que proporcionaram o inicio do mesmo, como aqueles que ajudam a mantê-lo vivo.
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Bibliografia
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Anexos
Questionário
Questões:
Gil Gonçalves
Qual a importância da tuba no jazz?
“A tuba é um instrumento extremamente importante no jazz, devido à sua versatilidade na música
ao ser inequivocamente ágil e sonoro possibilitando, através do seu enorme registo de 5 oitavas, a sua
transformação quer num instrumento solista interpretando qualquer melodia, quer num instrumento de
acompanhamento ao suportar qualquer tema fazendo o papel de baixo.
A tuba através da sua amplitude sonora é capaz de ser executada a marchar; esta particularidade
forneceu um carácter itinerante ao repertório de jazz, o qual podemos verificar pela existência das
tradicionais bandas de Dixieland e Brass Bands de New Orleans.
Ainda podemos constatar a presença da tuba nas Big Bands modernas acrescentando uma nova
sonoridade e suportando o voicings do naipe de trombones oferecendo a esta formação jazzística novas
texturas.”
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Thuillier mas também de forma indireta Bob Stewart, Howard Johnson, Michel Godard, Dave Bargeron,
Oren Marshall, Matt Perrine e Michel Massot.”
Howard Johnson
“Nos primeiros grupos de jazz a tuba tocava a linha do baixo e também marcava o tempo em
conjunto com a bateria. A tuba foi substituída no jazz pelo baixo acústico, no entanto nos anos 60 os solistas
de tuba voltaram a integrar os grupos de jazz e continuam a evoluir.”
“Em toda a minha vida ouvi jazz e outras músicas afroamericana. O jazz foi estilo musical mais
inspirador para mim e também descobri a musica clássica, que é igualmente inspiradora.”
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Do you find your contribution positive to the evolution of the tuba in Jazz?
“I take pride in being a contributor to the music I love. I followed the work of many great players
and now some people are following me and my work, so that is satisfying.”
“Eu sinto-me orgulhoso por contribuir para a música que eu gosto. Eu segui o trabalho de muitos
músicos e, agora, algumas pessoas seguem-me a mim e ao meu trabalho, o que é satisfatório.”
“O papel que a tuba virá a ter no futuro depende da capacidade de a audiência se sentir tocada
pelo que ouve.”
Sérgio Carolino
Graças a alguns tubistas como Bob Stewart, Howard Johnson, (falta nomes), Joe Tarto, Don
Butterfield. a tuba foi ganhando um protagonismo relativamente importante.
Houve uma altura em que a tuba perdeu um pouco da sua importância, só voltando a tê-la na
década de 60/70 com a Big Band do Bill Evans e com o aparecimento do Bob Stewart e do Howard Johnson
nos clubes de jazz para mostrarem o instrumento é que começou a ser utilizada no pós-pop, Funky e na
música mais livre com a improvisação.
Portanto, agora a tuba cada vez mais a tem um papel preponderante nas bandas da nova geração
devido ao facto de ser um instrumento muito versátil e podemos utilizar a tuba contrabaixo, a tuba baixo, a
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tuba tenor (eufónio), sousafone. Assim, com um leque de várias cores podemos usar pedaleiras e criar novas
sonoridades.
Nesta nova geração podemos destacar François Thuillier, Oren Marshall, Marcus Rojas.
Em quase todos os projetos que há tuba, a tuba, apesar de não ter o protagonismo, tem sempre um
papel fundamental. No entanto, mesmo não sendo sempre a protagonista, a tuba faz a parte harmónica que
está na linha do baixo, a parte rítmica. A tuba pode funcionar ainda melhor que o contrabaixo de cordas,
porque funciona sempre acusticamente, pode ter as mesmas capacidades técnicas e ainda mais poder
sonoro. No entanto não sei até que ponto a tuba tem que ter um protagonismo excessivo, pois existem vários
tipos de grupos nesta área que apelidamos de jazz em que a tuba não tem que ter destaque. Como tubista
admito que procuro que exista algum protagonismo para este instrumento, mas acho que não se deve
exagerar neste objetivo, devemos sim trabalhar mais. Essa grandeza tem sido conquistada ao longo destes
últimos 10/15 anos também com François Thuillier, Marcus Rojas, Michel Massot, entre outros.
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