Sei sulla pagina 1di 15

O bairro e o plano de conjunto na concepção do urbanista Luiz Ubatuba de Faria

Adriana Eckert Miranda

Introdução
A criação de planos que pretendiam organizar os espaços e as conexões entre
indústria e habitação correspondeu a um grupo diferenciado no campo do urbanismo,
dado que, o objetivo maior era o de estruturar, no período da industrialização brasileira,
novos bairros e mesmo cidades voltadas para esta produção, considerada o novo vetor
econômico do país. No Rio Grande do Sul, a produção destes espaços foi
conceitualmente diferente das soluções adotadas nos estados do Rio de Janeiro e São
Paulo desde o final do século XIX, que eram, em grande parte, o projeto das vilas
operárias construídas pelas próprias empresas e próximas as suas fábricas. Em Porto
Alegre, que viria a ser o principal pólo industrial do estado, as indústrias eram
instaladas na periferia urbana ou junto às suas radiais de expansão e ligação para o
interior, incentivando a produção de loteamentos próximos a estas radiais e
configurando núcleos com características basicamente industriais e operárias que, ao
longo do tempo, foram sendo integrados à cidade.1
Nesse contexto, este trabalho pretende analisar a trajetória e as idéias produzidas
pelo engenheiro urbanista Luiz Arthur Ubatuba de Faria (1908 – 1954) para um plano
de urbanização de um bairro industrial e operário em Porto Alegre - plano esse
encomendado pela iniciativa privada - mas que faria parte, a seguir, de outros trabalhos
para a cidade, reiterando a idéia de um “plano de conjunto” preconizada pelo autor.
O engenheiro Ubatuba de Faria pode ser considerado um dos pioneiros na
construção e difusão do urbanismo como campo de saber no Rio Grande do Sul, e
produziu trabalhos que vieram a influenciar os planos para a cidade de Porto Alegre.
Um desses trabalhos, como veremos, foi a Contribuição ao estudo da urbanização de
Porto Alegre (1938), elaborado em conjunto com seu colega - o urbanista Edvaldo
Pereira Paiva. Os métodos de análise da cidade e, principalmente, a sua evolução urbana
- estudados por Ubatuba de Faria - são temas já tratados em trabalhos de Rovati (2007)

1
A exceção, a ser destacada, seria a da Vila do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários -
IAPI(1943), cujo projeto previa a construção de diferentes tipologias habitacionais para o operariado
que seriam alugadas sob a coordenação do Instituto, órgão do Estado.

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 1
e Martins (2010); ambos destacam a noção que Ubatuba fazia de evolução urbana,
questão fundamental para a compreensão da cidade e, a seguir, para a elaboração de um
plano futuro.
No presente trabalho, no entanto, pretendemos fazer uma análise da fase inicial
da produção deste urbanista gaúcho, especificamente sobre um de seus primeiros
trabalhos profissionais na década de 30: o plano de um bairro industrial e operário a ser
implantado em uma área de aproximadamente 700 hectares do município de Porto
Alegre e na extensão do bairro industrial já consolidado. Tal trabalho destaca-se por ser
o primeiro de um grupo elaborado para uma mesma área, cujo objetivo de agregar
habitação e indústria se perpetuou até a década de 60 e que, apesar de não haver obtido
sucesso na sua implementação, é parte da história do urbanismo da capital, e pode
explicar as funções características atuais da área em questão2.
Esse plano corresponderia não só a um dos primeiros trabalhos do urbanista,
mas também a um reflexo prático de seu pensamento urbanístico e das idéias que o
inspiraram. Como este projeto veio a fazer parte de um plano de conjunto para a cidade
- a Contribuição, em 1938 - analisaremos ambos, considerando não somente a inserção
do projeto do bairro industrial, mas também sua contribuição para o plano de conjunto.

O Urbanista
Luiz Arthur Ubatuba de Faria formou-se na Escola de Engenharia de Porto
Alegre em 1932. Ainda como estudante, fez parte do quadro funcional da Prefeitura
Municipal, na Seção de Cadastro. Em 1928, na administração Otávio Rocha (1924-28),
assumiu o posto de topógrafo assistente, e acompanhou as obras realizadas nesta gestão
e na de Alberto Bins (1928-37).
O engenheiro participava dos trabalhos de levantamento e cadastro da cidade e
utilizava amplamente a fotografia como meio auxiliar na análise, interpretação e
apresentação.
Segundo Rovati (2007), iniciou-se ainda em 1933 uma relação de amizade e
colaboração entre Ubatuba de Faria seu colega na Seção de Cadastro – o Engenheiro

2
Nos referimos a “grupo” como o conjunto de outros projetos para a mesma área cujo objetivo era
semelhante: Benópolis (1948) de autoria do Eng. Fernando Mendes Ribeiro e a Cidade Industrial de
Porto Alegre (1961) de Edvaldo Pereira Paiva, Roberto Veronese e Marcos Hekman (MIRANDA,
2010).

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 2
Edvaldo Pereira Paiva – parceria que gerou alguns trabalhos conjuntos, como a
Contribuição ao estudo da urbanização de Porto Alegre (FARIA, PAIVA, 1938).
No ano seguinte, como profissional autônomo, foi indicado pelo Engenheiro
Geógrafo da Carta Geral da República Tito Marques Fernandes para a firma de
Frederico Mentz S.A. Fez alguns levantamentos das terras da firma e, em 1935, foi
então convidado para elaborar um plano para um bairro industrial e operário em uma
extensa propriedade junto à confluência dos rios Gravataí e Guaíba – a Várzea do
Gravataí. Este trabalho, considerado por Ubatuba de Faria como “mais uma célula” em
um plano de conjunto, foi incluído no trabalho da Contribuição ao estudo da
urbanização de Porto Alegre em 1938, como parte do capítulo “Planos de Extensão”.
Ubatuba exaltou neste a importância das indústrias como “sustentáculos vigorosos do
equilíbrio das finanças Municipais – o elemento cooperador por excelência” (FARIA,
PAIVA, 1938: 114). Argumentava ainda que o incentivo no setor industrial
representaria o equilíbrio social, o progresso e o bem estar. O discurso, neste caso,
manifestava o seu discreto posicionamento com relação à doutrina positivista: a
indústria era considerada um dos pilares da sociedade e era destacada por ele como o
veículo responsável pela modernização e progresso e também garantidora da ordem
social através do trabalho.
Como comentamos, Ubatuba de Faria exerceu um papel pioneiro na difusão do
urbanismo como área do conhecimento no Rio Grande do Sul. Isto se deve não somente
pelos seus artigos em jornais, mas também pelo evento da Exposição de Urbanismo
realizada em 1936, tendo como responsáveis o próprio Ubatuba e seu colega Edvaldo
Pereira Paiva. Tal evento apresentava, além dos diversos trabalhos da Diretoria de
Cadastro, uma seção sobre a “Evolução da Cidade” e outra sobre o “Plano Geral de
Urbanização de Porto Alegre” - ou o plano de conjunto. Na realidade, este plano
correspondia a alguns projetos para a cidade e um plano de avenidas. Dentre os projetos,
estavam apresentados o bairro industrial e operário na Várzea do Gravataí, o bairro
residencial na Praia de Belas, a canalização do riacho, a entrada da cidade na chamada
Ponta da Cadeia, o túnel sob a Rua Conceição e um parque náutico.
Destacamos que Ubatuba conheceu, nesses primeiros anos da década de 30, os
planos de Francisco Prestes Maia para São Paulo – Estudo de um plano de avenidas
para a cidade de São Paulo (1930) e o plano de Donat Alfred Agache para o Rio de

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 3
Janeiro, intitulado Cidade do Rio de Janeiro, extensão, remodelação, embelezamento
(1930) (Edvaldo Pereira Paiva: um urbanista, 1985:13). Tanto o trabalho de Prestes
Maia como o plano Agache exerceriam grande influência - como veremos mais adiante
- sobre o plano do bairro operário e na Contribuição elaborada com Paiva em 1938.
A questão da investigação e pesquisa da cidade tornou-se um dos elementos
fundamentais nos trabalhos de Ubatuba, principalmente na análise do que ele chamou
de evolução da cidade. Esta era parte significativa de suas pesquisas, sendo fartamente
apresentada através de gráficos, estatísticas e fotografias comparativas. Colocava que
“no estudo histórico e geográfico devem ser compilados todos os dados sobre a origem
e o desenvolvimento da cidade”, e que a estatística era especialmente necessária porque
“devemos nos basear no passado para podermos prever o futuro” (FARIA, PAIVA,
1938:2).
Em 1937 foi contratado pelo Instituto Nacional de Estatística para fazer o
levantamento aerofotogramétrico do Rio Grande do Sul. Transferiu-se para o
Departamento de Balneários do Estado, elaborando também alguns planos para a
iniciativa privada em praias do litoral norte do estado como Imbé, Atlântida, Tramandaí,
Capão da Canoa e Cidreira (MARTINS, 2010:2).
Nos anos seguintes, a idéia do estudo do passado para a compreensão dos
problemas do presente foi reforçada pelo artigo intitulado Evolução Urbana de Porto
Alegre, em que Ubatuba de Faria utilizou o estudo da história da cidade e da sua
geografia para mostrar o panorama futuro e as tendências do seu crescimento. O artigo
fazia parte da publicação Porto Alegre: biografia de uma cidade (1940), um livro
comemorativo dos 200 anos de colonização de Porto Alegre, organizado pela Prefeitura
Municipal e apoiado pelo Governo do Estado e outras entidades.
As transformações da cidade foram fartamente ilustradas nesta publicação,
destacando a evolução da mesma e as questões do urbanismo tão em evidência naquele
período de modernização. Nesse sentido, Ubatuba de Faria sempre foi a favor da
propaganda dos projetos e obras como meio de educar a população e de tornar pública a
discussão sobre a cidade, reforçando que “urbanismo não se faz sem propaganda” e que,
para que isso acontecesse, pretendia produzir conferências, exposições, notícias em
jornais e até filmes (FARIA, 1935:1).

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 4
Esta questão da propaganda necessária do urbanismo e o discurso de Ubatuba de
Faria nos indicam que ele fazia coro às colocações do Engenheiro Luiz de Anhaia
Mello, professor da Escola Politécnica de São Paulo, na sua publicação Problemas de
Urbanismo, na qual, comentando sobre o plano de Chicago, argumentava que seus
autores promoveram uma grande campanha na exposição do plano, no sentido de
conquistar a opinião pública através de todos os meios ao seu alcance como jornais
ilustrados, revistas, conferências e cartazes e que, em São Paulo, uma campanha deste
tipo deveria ser implementada para a educação da sociedade (1929:20).
Consideramos que a posição de Ubatuba de Faria no que diz respeito à conquista
do apoio da população para os planos urbanos é um dos aspectos que o destacam não só
como um técnico consciente das dificuldades e dimensões da prática como também um
urbanista difusor de seu campo, com vistas ao apoio necessário em todos os níveis.
Em torno de 1942, realizou uma viagem de estudos ao Uruguai e visitou o
Instituto de Urbanismo de Montevidéu e conheceu os professores daquela instituição:
como Maurício Cravotto, um dos principais representantes do urbanismo sul-americano
e experiente com as propostas de renovações urbanísticas européias e americanas 3.
Ubatuba de Faria ainda faria parte do corpo docente do curso de especialização
em urbanismo do Instituto de Belas Artes (IBA) e da Faculdade de Arquitetura criada
em 1952, ministrando as disciplinas de Higiene da Habitação e Saneamento das
Cidades.
Sua trajetória, no entanto, foi interrompida precocemente aos quarenta e cinco
anos de idade e em plena atividade profissional.

O bairro industrial e operário 1935


Os planos da urbanização da Várzea do Gravataí tiveram origem em 1928,
quando da aquisição da propriedade chamada de “Fazenda Gravathay”, no quarto
distrito de Porto Alegre, por um grupo de industriais - todos eles membros do que,
segundo Singer, era “uma das mais importantes dinastias econômicas germano-rio-

3
Conforme o jornal Correio do Povo de 21 de abril de 1949, os urbanistas Edvaldo Pereira Paiva e Luiz
Arthur Ubatuba de Faria teriam se formado no Uruguai. Porém, segundo Almeida, a ida de Ubatuba
de Faria para Montevidéu não pode ser comprovada pela falta de registros de sua passagem pelo
Instituto de Urbanismo ou pela Faculdade de Arquitetura de Montevidéu, ainda que sua presença em
Montevidéu se confirme em depoimento do arquiteto Demétrio Ribeiro, na ocasião estudante de
arquitetura na mesma faculdade (2004:89).

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 5
grandenses: Mentz, Marquadt e Trein” (1977:165). A propriedade era constituída por
uma área de aproximadamente 700 hectares junto aos rios Guaíba e Gravataí e sujeita a
freqüentes inundações nos períodos de cheias; porém, configurava posição estratégica
do município com conexões com os rios, estradas e via férrea.
Tal área era sempre referida nas atas da empresa Mentz como o “imóvel do
Gravataí” e destacava-se em relação aos demais imóveis e loteamentos desta firma4.
Não conhecemos as razões pelas quais esta propriedade teve uma consideração especial
em relação aos demais empreendimentos da firma. Podemos supor que esta tomada de
decisão deu-se, primeiro: pelas consideráveis dimensões da área, se a observarmos
comparativamente aos limites urbanos da cidade de Porto Alegre da época; segundo,
pela intenção, firmada entre os sócios, da elaboração de um audacioso plano que
contemplasse a habitação operária e a indústria, atividades que viriam a reforçar e
ampliar a tendência industrial dos bairros da zona norte.
Como já comentado, o Engenheiro Luiz Arthur Ubatuba de Faria foi indicado
pelo Engenheiro Tito Marques Fernandes, sugerindo que “Ubatuba era um excelente
urbanista e que a firma não necessitaria da contratação de profissionais estrangeiros para
a elaboração do plano” (Atas da Empresa F. Mentz, no134 de 13/11/1933). Consta ainda
que, em ata da firma datada de 1934, a encomenda do trabalho foi feita ao “Dr. Ubatuba
de Faria, que conjuntamente com o Dr. Benno Hoffman e o Coronel Tito Marques
Fernandes, nos apresentarão em breve um ante-projecto” (Atas da Empresa F. Mentz,
no188 de 20/11/1934). Este comentário é significativo, pois Benno Hoffmann era um
engenheiro gaúcho formado na Alemanha que estudou, com renomados sanitaristas
alemães como Brix e Genzmer, sobre as obras de Camilo Sitte, Hénard, Stuebben,
Brown e Saturnino de Brito, influenciando por certo o jovem colega Ubatuba de Faria
no projeto do bairro industrial e operário (WEIMER, 2004:87).
Na apresentação do trabalho chamado de Projecto de um plano de urbanização
para um bairro industrial e operário na Várzea do Gravatahy, entregue à empresa em
setembro de 1935, Ubatuba de Faria comentou o tamanho de sua incumbência:

4
A firma Frederico Mentz S.A. funda uma sociedade especificamente para a exploração e loteamento de
seus imóveis a “Urbanizadora Mentz”. O “Imóvel do Gravataí” não fazia parte das propriedades desta
urbanizadora. Atas da Firma F. Mentz S.A.

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 6
A importância e envergadura da tarefa não permitiam que nos restringíssemos ao
projecto local e nos obrigou a abarcar uma vasta zona da cidade, cuidando muito especialmente
do traçado das futuras avenidas, que ligarão o centro urbano ao bairro industrial projectado.
Sem este prévio estudo, que a primeira vista, parece desnecessário, o trabalho pecaria
pelo que tem de fundamental, isto é, a sua continuidade para o futuro (FARIA, 1935:1).

Estabeleceu-se também, na apresentação do trabalho, um acordo tácito entre as


partes envolvidas no plano: o urbanista buscaria a promoção do trabalho e um possível
apoio da esfera pública, esclarecendo que tal plano havia sido exposto na sede da
Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul e que ele, como técnico, não pouparia
esforços neste tipo de realização:

A exposição do plano [...] interessou os técnicos ligados directamente aos problemas de


urbanismo de Porto Alegre, e nós cremos que isto significa o primeiro passo seguro para a
realização futura. [...]
Estamos directamente ligados, pelos laços de classe e pela função pública a tudo quanto
se refere – PORTO ALEGRE MAIOR E MELHOR – e assim sendo, como idealista e technico
não pouparemos esforços em prol das realizações de envergadura, que transformarão a capital do
Rio Grande do Sul em uma cidade digna do nosso progressista Estado (FARIA, 1935:1).

Ubatuba de Faria amplia ainda a questão da promoção do plano, argumentando


que seriam utilizados filmes, projeções, pranchas demonstrativas, noticiários em jornais
e conferências para torná-lo público (FARIA, 1935:1)
O plano, além dos comentários introdutórios, era organizado em: Relatório,
Porto Alegre histórico, Plano da Novas Avenidas, Trânsito Urbano, Bairro Industrial e
Operário na Várzea do Gravatahy e o projeto, que foi dividido em duas grandes zonas -
a industrial portuária e a residencial.
Constava na descrição que a cidade comportaria “um grande bairro industrial e
operário do futuro”, e que este seria mais uma “célula” dentro de um “plano de
conjunto” para a cidade (FARIA, 1936:89). É fato que a grande extensão de terra
contemplada pelo projeto e a importância das conexões com os rios, estrada e ferrovia
exigiriam do seu autor o planejamento das relações com a cidade e a região; o projeto
não poderia ser considerado da mesma forma que os vários loteamentos para habitação
que surgiam afastados do centro.
Reforçando e fundamentando sempre o valor deste trabalho para a cidade,
Ubatuba de Faria desenvolve o plano em duas partes:

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 7
a) a histórico–evolutiva: utilizando-se de mapas progressivos, fotos e quadros
estatísticos em que demonstra o crescimento da cidade.
b) a do sistema viário e conexões externas: possíveis ligações com municípios
vizinhos, ressaltando a importância desta área para o escoamento da
produção colonial. (Estrada de ferro para Santa Maria e São Leopoldo).
Necessidade de uma trama de novas avenidas, chamado de “Plano de Novas
Avenidas”, que ligasse a área central à Várzea, devido ao movimento
crescente de veículos e a demanda de ampla ligação com o bairro. Incluiu
outras propostas de traçados para a cidade, a ampliação na largura de vias e a
construção de um túnel sob a Rua da Conceição.
O plano era, portanto, bem mais abrangente que o projeto do bairro industrial e
operário encomendado, aprofundando-se em uma análise mais profunda dada através da
evolução e estatísticas da cidade e em novas proposições estruturais, como a trama de
novas avenidas que canalizariam o tráfego para a zona da Várzea e para as rotas para
fora do município; o “plano de conjunto” que articularia um projeto de extensão da
cidade (fig. 01).

Fig. 01: Plano de Urbanização para a Várzea do Gravataí, 1935. Fonte:


Boletim da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul no.15, 1936.

O “plano de novas avenidas” proposto ligaria o centro ao novo bairro, e tinha o


objetivo de alargar e estender ruas existentes, melhorando o tráfego e tornando-se vias
de ligação rápida para uma zona onde, segundo o autor, se estenderia Porto Alegre no
futuro. As avenidas, portanto, seriam uma trama de quatro: Avenida Farrapos, ligação
Farrapos – Minas Gerais, Avenida Minas Gerais e ligação Minas Gerais com a Estrada
do Passo d’Areia. Como o próprio nome sugeria, este plano reflete as preocupações que,
em maior escala, decorreram na proposição do Plano de Avenidas para a cidade de São
Paulo de Francisco Prestes Maia na remodelação e extensão do seu sistema viário.

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 8
O plano de avenidas inicialmente proposto no projeto do bairro industrial e
operário seria ampliado no seu trabalho da Contribuição ao estudo da urbanização de
Porto Alegre, finalmente fazendo parte de um esquema de novas avenidas que
organizaria todo o tráfego a partir da península do centro da cidade e as ligaria através
de perimetrais, em uma associação semelhante ao sistema radial-perimetral proposto por
Prestes Maia.
A preocupação com o tráfego, como vimos, foi um dos aspectos da proposta de
plano de conjunto que embasariam o projeto do bairro. Por outro lado, a configuração
do Projecto era, no que se refere ao traçado e à sua descrição, uma nova extensão para a
cidade, com conceitos e referências - que o precederam - tanto do urbanismo europeu
como do Brasil. A exemplo de outros planos de extensão urbanos do início do século
XX na Europa e nos Estados Unidos, o plano da Várzea previa um extenso bairro novo,
com a utilização do zoning como princípio da organização do espaço e a integração do
mesmo no tecido da cidade. A noção de zoning citado neste plano por Ubatuba de Faria
foi difundida por Agache em 1930, na remodelação da cidade do Rio de Janeiro: dever-
se-ia reconhecer a existência de certos elementos funcionais particulares da cidade e
distribuí-los da melhor forma, o que se denominava zoning 5. O princípio e a finalidade
buscados pelo zoning exigiam uma nítida separação entre os bairros residenciais,
comerciais e industriais, o que permitiria, a partir desta separação, definir os níveis de
intervenção sobre a cidade (AGACHE, 1930).
No plano do bairro industrial, o seu autor organiza o zoning em duas funções
principais: a industrial portuária, junto aos rios Guaíba e Gravataí, e a de habitação. A
primeira seria uma ampla faixa atendida por docas e rede ferroviária de escoamento; a
segunda, referente à zona de habitação, seria separada pela linha férrea principal, a de
manobras e as avenidas de maior tráfego, que acabariam por formar segmentos de
habitação com praça, escola e quadra comercial chamados por Ubatuba de “centros com
vida própria” (FARIA, 1935:33). Consideramos que a proposição de tais segmentos - ou
centros -determinados no projeto teriam conceito semelhante ao de unidade de
vizinhança difundido por Clarence Arthur Perry, na monografia The Neighborhood Unit
que integrava o plano de Nova York editado entre 1923 e 1929 e utilizado amplamente

5
O instrumental do zoning planing (teoria do zoneamento urbano) foi proposta originalmente por Franz
Adikes em Frankfurt em 1893 com o objetivo de controlar as rendas fundiárias urbanas e ao valor do
solo urbano (COSTA, 2003:105).

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 9
no desenvolvimento das novas áreas suburbanas dos Estados Unidos6. A unidade de
vizinhança neste caso seria limitada pelo raio de distância até a escola primária, e o
sistema de vias internas deveria ser traçado de modo a desencorajar a circulação de
passagem, com ruas de pouco volume de tráfego (PERRY,1929).
Os centros de habitação propostos não foram detalhados no projeto,
impossibilitando-nos de avaliar a proximidade destes com a unidade de vizinhança de
Perry. No entanto, podemos inferir que Ubatuba tivesse tido neste caso alguma
influência dos modelos alemães de Cidade–jardim e moradia operária: os siedlungen7.
Neles, propunham-se espaços coletivos com equipamentos como escolas, lavanderias
coletivas e algum comércio de primeira necessidade, propondo uma associação direta
com o caso do bairro industrial.
No zoneamento residencial foi projetado um largo de forma elíptica com eixos
de 300 e 200 metros. Para este largo, confluiriam as avenidas principais do plano de
avenidas com 30, 40 e 50 metros de largura e amplo raio de curvatura. Naquele se
localizaria o centro cívico com agências de correio, filiais de bancos, cartórios,
departamentos da prefeitura, cafés, bares e cinemas.
A localização e articulação das duas grandes zonas industrial e residencial
trazem a associação formal ao modelo de cidade-jardim de Ebenezer Howard: as
avenidas radiais, os anéis de indústrias e a viação férrea, o centro cívico e comercial em
torno da grande elipse (fig. 04). A proposição de jardins internos aos quarteirões de
habitação descritos no plano remete aos jardins comuns das cidades-jardins e aos
loteamentos-jardim de Barry Parker em São Paulo8.
A execução do projeto começou em 1938, com as obras de aterro da Várzea e a
abertura de um canal mestre para o saneamento da área. A iniciativa do projeto e o
início dos trabalhos foram divulgados em jornal local ainda no final de 1937,

6
Este plano chamou-se Regional Plan of New York and its environs sob a coordenação de Thomas
Adams. A seguir, Clarence Stein e Henry Wright a fazem a primeira aplicação da idéia no plano
urbano de Radburn, Nova Jersey, em 1929, coincidentemente o ano da publicação da monografia de
Perry, onde inclusive constam ilustrações do plano de Radburn (BARCELLOS, s/d).
7
Os siedlungen alemães foram financiados pelo Estado Alemão através de cooperativas e sindicatos entre
1918-1933 e as idéias de cidades-jardim estavam presentes na qualificação da moradia operária,
conjugando-se também com idéias racionalistas (Cidades jardins,1997).
8
O bairro Jardim América era de 109 hectares e foi loteado em 1913 com projeto de Barry Parker e
Raynond Unwin. O loteamento-jardim, não tinha a auto-suficiência da Cidade-jardim, sendo mais
próximo a um subúrbio com alguma infra-estrutura (HOWARD, 1996:71).

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 10
comentando os benefícios do empreendimento e prevendo que o tempo para a execução
do projeto de urbanização seria de aproximadamente dez anos (Diário de Notícias,
11/12/1937). Porém, segundo ata de reunião da firma de junho de 1941, devido aos
danos da enchente sofrida no mesmo ano, foi decretada “inutilidade de todo o serviço de
urbanização”. Como os custos foram de grande monta para a empresa, os sócios
resolveram por terminar definitivamente as obras com a venda da draga, bomba de
sucção, canos e trilhos (Ata da Empresa F. Mentz, no510 de 23/06/1941).

A Contribuição ao estudo da urbanização de Porto Alegre 1938


Depois do Plano Geral de Melhoramentos de Porto Alegre de João Moreira
Maciel aprovado em 1914 e, mais precisamente, a partir da administração Otávio Rocha
(1924-28), a Prefeitura Municipal passou a implementar grandes obras públicas que
estruturavam principalmente o seu centro. Na administração Alberto Bins (1928-37)
ampliou-se a cidade, principalmente ao longo das suas principais radiais, e
prosseguiram-se as obras iniciadas na gestão anterior e as novas, focadas no
saneamento.
É neste período que os engenheiros Luiz Arthur Ubatuba de Faria e Edvaldo
Pereira Paiva começam a discutir os problemas da cidade e a elaborar estudos e projetos
que inicialmente viriam a fazer parte da Exposição de Urbanismo em 1936 e, depois em
1938, no trabalho intitulado Contribuição ao estudo da urbanização de Porto Alegre.
Este estudo era composto por nove partes, além de uma introdução: A evolução
da cidade de Porto Alegre (I), As linhas gerais do Plano Diretor (II), O Plano de
Avenidas (III), os Planos de Extensão (IV), Espaços Livres (V), Parque Náutico (VI), O
Problema das Enchentes (VII), Canalização do Riacho (VIII), O problema do tráfego
(IX), todas elas subdivididas em capítulos.
Os engenheiros e colegas na Divisão de Cadastro da Prefeitura partem do
conhecimento de duas obras do período: Estudo de um Plano de Avenidas para a cidade
de São Paulo de Francisco Prestes Maia (1930) e Cidade do Rio de Janeiro, extensão,
remodelação, embellezamento, de Alfred Donat Agache (1930). Além destes trabalhos
como referencial, os urbanistas organizam a sua base de pesquisa - os levantamentos da
seção de Topografia da Diretoria de Cadastro e as análises baseadas nas estatísticas e
nas fotografias que construíam um panorama evolutivo da capital.

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 11
A proposta do Plano de Avenidas – a questão central do trabalho - pretendia
descentralizar o centro da cidade e fazer a distribuição do tráfego através do chamado
“perímetro de irradiação”: anéis concêntricos de vias a quatro e oito quilômetros do
centro que fariam a ligação das suas radiais em forma de leque a partir da península.
O modelo então formado foi chamado de Esquema Teórico de Porto Alegre (fig.02) -
um diagrama de radiais e perimetrais. Os autores citaram no trabalho o urbanista francês
Eugene Hénard como o pioneiro na proposição do perímetro de irradiação como meio
de regular o trânsito convergente. Prestes Maia também usou tal modelo em 30, com o
mesmo nome e com semelhanças aos modelos de Hénard para as cidades de Moscou,
Berlim e Paris; o Plano Avenidas de São Paulo foi confirmado, pelos autores da
Contribuição, como a referência mais direta (fig.03).
A pesquisa sobre a cidade e sua evolução correspondeu também a um outro
aspecto fundamental do plano do bairro que foi retomado na Contribuição: o método
de abordagem da cidade. O capítulo Porto Alegre Histórico,
que continha mapas, estatísticas e fotografias tratados
analiticamente por Ubatuba foi retomado à semelhança na
Contribuição, na parte chamada de Evolução da Cidade de

Porto Alegre, que continha os seguintes capítulos: Os


componentes antropogeográficos (I) e A análise da situação
urbana (II) (FARIA,PAIVA, 1938).
Ainda que as fotografias referentes às avenidas do
plano do bairro operário de Ubatuba de Faria não fossem
anexadas integralmente, o seu traçado foi introduzido Fig. 02 e 03: Acima Esquema para
Porto Alegre e abaixo para São
plenamente no modelo teórico do Plano de Avenidas de Porto Paulo.

Alegre. Como parte das soluções de tráfego havia ainda o Túnel da Conceição, cujo
projeto proposto por Ubatuba no plano do bairro foi incluído no capítulo do perímetro
de irradiação.
Obviamente, a Contribuição foi um trabalho de dois autores que elaboraram seus
projetos anteriores considerando-os como parte de um plano de conjunto. A introdução
de seus projetos, como o do Bairro industrial e operário no caso de Ubatuba de Faria e
o Novo bairro residencial e Entrada da Cidade de Edvaldo Pereira Paiva propuseram o
desenvolvimento de áreas fora do centro – os planos de extensão, destacando a

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 12
singularidade da Contribuição no sentido da expansão da cidade, aspecto que só seria
novamente contemplado no Ante-projeto de planificação de Porto Alegre em 19519.
Consideramos clara a decisão dos autores do trabalho sobre questões fundamentais
relativas à infraestrutura de Porto Alegre como, por exemplo, da localização e expansão
do seu porto para a zona norte, junto ao bairro industrial previsto.

O discurso e os reflexos
Ubatuba de Faria, como técnico da Divisão de Urbanismo, pensa e articula o
Plano do bairro industrial e operário como parte de um plano de conjunto para a cidade
– a futura Contribuição - que vinha sendo discutido na mesma época com seu colega
Edvaldo Pereira Paiva. Estas duas situações, o bairro e o estudo do plano de conjunto
que resultaria na Contribuição, dividem o plano: uma era a análise histórico-evolutiva e
o plano das novas avenidas para a cidade, que fariam a ligação com o bairro; outra, mais
restrita e objetiva, era a extensão da cidade, o projeto do bairro modelo agregando a
indústria e a habitação.
A área relativa ao projeto tinha grandes proporções. A empresa, receosa do
tamanho do seu investimento, viu na afirmação de Ubatuba - “Urbanismo não se faz
sem propaganda” a divulgação do projeto, e possivelmente, o apoio de outras esferas
(FARIA, 1935:1).
Em 1936, Ubatuba ao divulgar o trabalho do bairro operário “do futuro” no
artigo no Boletim da Sociedade de Engenharia ele sugeriu que: “o projeto pede o auxílio
dos técnicos especializados e nós contamos com a crítica constructora para corrigir os
erros e melhorar a obra concebida” (1936: 95). Ele expõe, portanto, uma análise
precedente para o plano de conjunto que, através da propaganda do plano do bairro
operário, alcançaria o meio técnico e incitaria uma discussão sobre a cidade.
A questão da indústria e da habitação ainda permanece um plano a ser
empreendido em Porto Alegre e, em 1961, foi a vez do Governo de Estado elaborar uma
proposta para a Várzea do Gravataí: a Cidade Industrial. Os seus autores foram Roberto
Veronese, Marcos Hekman e o urbanista Paiva, que participou também da elaboração da
Política de Industrialização, dentro de uma meta desenvolvimentista do Estado voltada

9
O Ante-projeto de planificação de Porto Alegre foi uma proposta pautada nos princípios da Carta de
Atenas, considerando as principais funções da cidade: habitação, circulação, trabalho e recreação. Este
plano serviu de base para planos posteriores da cidade (PAIVA, 1951).

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 13
para a indústria (PAIVA, 1961). A área abrangida por este trabalho foi ampliada na
direção leste, mas ainda assim o zoneamento permaneceu similar ao do plano Ubatuba.
Esses projetos urbanos industriais não foram implementados pelas mais diversas
razões, que não discutiremos neste trabalho. Apesar disso, como visto, os planos do
urbanista Ubatuba de Faria abordados representam, no estudo do urbanismo, um
período de idéias e conceitos semelhantes também no contexto brasileiro. Além de
publicações como os planos de São Paulo e Rio de Janeiro, Ubatuba sofreu influência
direta de seus colegas: do engenheiro Benno Hoffmann, cuja formação no urbanismo
alemão teve reflexos sobre o projeto do bairro, e do engenheiro Edvaldo Pereira Paiva,
com quem realizou pesquisa e estudos em conjunto, tornando impossível limitar com
exatidão que idéias pertenceram a um ou a outro.
No entanto, urbanistas como Ubatuba de Faria foram pioneiros na abordagem da
cidade como conjunto e na construção do campo de conhecimento do urbanismo no Rio
Grande do Sul, sendo que os seus planos aqui abordados - fundamentais no quadro
evolutivo do pensamento urbanístico - revelam as suas ressonâncias na cidade de Porto
Alegre se considerarmos que muitas de suas idéias ainda que com alterações, vieram a
ser retomadas em outros planos para a cidade.

Referências Bibliográficas
ABREU FILHO, Silvio B. de (2010). Urbanismo às margens : revendo a "Contribuição ao
estudo da urbanização de Porto Alegre" [recurso eletrônico]. In: XI Seminário de História da
Cidade e do Urbanismo, Vitória.
AGACHE, Alfred Donat (1930). Cidade do Rio de Janeiro: extensão, remodelação,
embellezamento. Paris: Foyer Brasilien.
ALMEIDA, Maria S.(2004). Transformações urbanas: atos, normas, decretos, leis na
administração da cidade de Porto Alegre 1937/1961. São Paulo: Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, USP. (Tese de Doutorado).
BARCELLOS, Vicente Q. Unidade de Vizinhança: notas sobre sua origem, desenvolvimento e
introdução no Brasil. Disponível em:
http://vsites.unb.br/fau/pos_graduação/paranoa/edicao2001/unidade/unidade.htm acesso em:
09.01.2011
Cidades jardins: a busca do equilíbrio social e ambiental 1898-1998 (1997). São Paulo:
Fundação Bienal de São Paulo, FAUUSP.
COSTA, Luiz A. M (2003). O ideário urbano paulista na virada do século: o engenheiro
Theodoro Sampaio e as questões territoriais e urbanas modernas. 1886-1903. São Carlos: RiMa,
FAPESP.

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 14
Edvaldo Pereira Paiva: um urbanista (1985). Porto Alegre:UFRGS/IAB/RS.
PERRY. Clarence Arthur (1929). The Neighborhood unit. In: Regional Plan of New York and
its Environs, Regional Survey, volume VII, New York.
FARIA, Luiz Arthur Ubatuba de (1934). Cadastro e urbanismo. In: Boletim da Sociedade de
Engenharia do Rio Grande do Sul. No6, jan. p.32-41.
FARIA, Luiz Arthur Ubatuba de (1936). Urbanização da Várzea do Gravataí. In: Boletim da
Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul. No15, jan.,p.51-95.
FARIA, Luiz Arthur Ubatuba de., PAIVA, Edvaldo Pereira (1938). Contribuição ao estudo da
urbanização de Porto Alegre. Porto Alegre: Secretaria de Planejamento Urbano.
FARIA, Luiz Arthur Ubatuba de (1940). A evolução urbana de Porto Alegre. In: FRANCO,
Álvaro (org). Porto Alegre, biografia de uma cidade. Porto Alegre: Tipografia do Centro,
p.344 -353.
HOWARD, Ebenezer (1996). Cidades-jardins de amanhã. São Paulo: HUCITEC Ltda.
LEME, Maria Cristina da Silva (1999). Urbanismo no Brasil 1895-1965. São Paulo: Studio
Nobel; FAUUSP; FUPAM.
MAIA, Francisco Prestes (1930). Estudo de um Plano de Avenidas para a cidade de São
Paulo. São Paulo: Companhia de Melhoramentos de São Paulo.
MARTINS, Thaís M. B (2010). Evolução Urbana por Ubatuba de Faria [recurso eletrônico]. In:
XI Seminário de História da Cidade e do Urbanismo [recurso eletrônico], Vitória.
MELLO, Luiz Ignácio R. de Anhaia (1929). Problemas de urbanismo: bases para a resolução
do problema technico. São Paulo: Escolas Profissionais Salesianas.
MIRANDA, Adriana E. (2010). O ideal urbano-industrial: os projetos para a Várzea do Gravataí
em Porto Alegre. [recurso eletrônico] In: XI Seminário de História da Cidade e do
Urbanismo. [recurso eletrônico], Vitória.
ROVATI, João F. (2007). Caminhos da evolução urbana [recurso eletrônico]. In: XII Encontro
da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e
Regional, Belém, Anais [recurso eletrônico], UFPA.
SITTE, Camilo (1992). A construção das cidades segundo seus princípios artísticos. São
Paulo: Ática.
WEIMER, Günter (2004). Arquitetos e Construtores no Rio Grande do Sul 1892-1945.
Santa Maria: Ed. UFSM.

Fontes Primárias
 FARIA, Luiz Arthur Ubatuba de. Projecto de um plano de urbanização para um bairro
industrial e operário ma Várzea do Gravatahy. Porto Alegre: Acervo Benno Mentz,
Acervo DELPHUS, PUCRS.
 Atas da Empresa Frederico Mentz & Cia. de 1928 a 1943. Acervo Benno Mentz,
Acervo DELPHUS, PUCRS.

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011 15

Potrebbero piacerti anche