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A Laicidade e

Secularização. A
fratura entre os
reinos de Deus e
de César
Significados e origem das palavras
“secularização” e “Laicidade”
•O termo “secularização” é derivado do latim saeculum, palavra utilizada na
vulgata para traduzir o grego aion de “século” ou “mundo” que está presente no
livro de Rm 12,2; 1 Cor. 1, 20 etc. O termo designa inicialmente o processo de
laicização de um religioso que abandona sua ordem e retorna para o século.
• a passagem de atividades ou instituições públicas da esfera de influência da Igreja
para outros domínios que excluem as referências ou os valores religiosos.
• designa o processo que viu a dessacralização de atividades dependentes até
então total ou parcial da religião: a arte, a política, a técnica, os comportamentos
e as normas éticas.
•A secularização da igreja é como uma vulgarização da fé que favorece a
dessacralização do sagrado e usa a indústria cultural como veículo para propagar
um "evangelho sem Cristo" e um cristianismo sem a ética bíblica.
• Segundo MAX WEBER, a compreensão do “secularismo” está
relacionado com o surgimento de um modo de vida que não mais
está estruturado em torno de uma visão firmada em hábitos ligados
à religiosidade. Trata-se da separação dos âmbitos culturais que
estão ligados à crença das demais estruturas da vida social, como a
política, os aspectos monetários e os processos legais no âmbito do
Direito.
“laicidade”.
• A Laicidade vem do termo leigo/ laico que por sua vez vem do adjetivo grego
laikos (aquele que pertence ao povo ou provém dele) vindo do termo laos
(povo).
• lexicográfico leigo e seus derivados levam à dois campos semânticos:
• o primeiro, aquele que é independente de toda confissão religiosa,
concepção nova no qual se falará do Estado leigo ou de ensino leigo. Isto é,
toda referência religiosa estará ausente no sistema político ou educacional.
• Segundo, no qual o termo tem por referência sentido ligado à Igreja como
sociedade religiosa. Leigo é toda aquele que não pertence ao clero. Ato
pertinente aquele que por ora é batizado, sem exercer atos de governo. A
Laicidade garante a todo o indivíduo o direito de adoptar uma convicção, de
mudar de convicção, e de não adoptar nenhuma.
• Catroga diz ainda causa confusão, pois ainda há integralidade, já
que os campos semânticos conotam e denotam realidades
históricas diferentes.
• No caso da palavra “século” designa geração, lapso de tempo,
duração da vida, período máximo de cem anos.,
• Enquanto que “laico” vem de “laos” significa povo. O termo
“século” houve uma tradução, feita por S. Jerônimo, por “cosmos”.
Já o termo “laos” passou a significar “povo de deus”.
•A Laicidade do Estado não é, portanto, uma convicção entre
outras, mas a condição primeira da coexistência entre todas as
convicções no espaço público. Por esse ponto de vista, nenhuma
liberdade sendo absoluta e todo o direito supondo deveres, os
cidadãos permanecem submetidos às leis que se deram a si
próprios.
• Nos tempos atuais, a igreja está passando por um profundo
processo de secularização. A secularização da igreja é como uma
vulgarização da fé que favorece a dessacralização do sagrado e
usa a indústria cultural como veículo para propagar um
"evangelho sem Cristo" e um cristianismo sem a ética bíblica.
• Max Weber afirma que o secularismo está relacionado com o
surgimento de um modo de vida que não mais está estruturado
em torno de uma visão firmada em hábitos ligados à
religiosidade.
• somente após 1750 que se alarga os derivados saeculum as
esferas “exteriores” à Igreja. Nesta ocasião ocorre por meio
expropriação dos bens da Igreja, e depois, à questão do ensino e
à luta pela neutralização religiosa do Estado.
• surge o debate acerca da “dessecularização”
• O processo de secularização e o surgimento da visão moderna da
vida e do mundo na Europa deve existir de uma relação estreita
entre emergência e consolidação. Temos que compreender que
esse processo foi inseparável do impacto provocado pelas
transformações da modernidade nos seus diferentes níveis. “Foi
um processo quase espontâneo, sem autor, de longa duração”
• Os próprios textos sagrados sugerem e potenciam a não
confusão o mundo com o divino, a começar pela ideia de criação,
pela consequente historicização da revelação do sagrado, pela
desdivinização do universo, pelo convite à autonomização do
homem (filho de um Deus cada vez mais definido como Logos),
pela dessacralização da política – possibilitada pela secularização
das ideias de contrato social e de bem comum –, e pela
reapropriação moderna do preceito cristão “Dai a César o que é
de César e a Deus o que é de Deus”.
• Essa autonomização ocorrida entre o mundo secular e o
divino não pode ser entendida como antirreligiosa.
• No cenário de manifestações da Revolução Francesa e do
iluminismo que surge novos derivados da palavra “leigo”
“para definir melhor a intenção ideológica da
secularização no campo da formação das almas e do
consequente relacionamento das Igrejas com o Estado”
• Modernidade- período, influenciado pelo Iluminismo, em
que o homem passa a se reconhecer como um ser
autônomo, autossuficiente e universal, e a se mover pela
crença de que, por meio da razão, se pode atuar sobre a
natureza e a sociedade.
• As interpretações reformadas do cristianismo causaram a
“desclericalização” e, de certo modo, a
“despatrimonialização” das igrejas no século XVI e XVII
causando uma espécie de “secularização interna” da vida
religiosa.

• essas forças “que se declaravam portadoras do facho da


modernização das sociedades católicas alimentaram o
antijesuitismo, o anticongreganismo e o anti-
ultramontanismo, ao mesmo tempo, lutavam por
transformações políticas que possibilitassem a laicização
“externa” das instituições jurídico-políticas e a “laicização
interna” das consciências”
• começou-se uma luta pela laicização da escola, espaços
públicos, e retorno da separação das Igrejas e Estado em 1905.
• O reconhecimento do divórcio e o casamente como um
contrato.
• a escola laica devia ensinar as religiões somente como fatos
sociais e inculcar uma moral social e cívica em alternativa à
católica, que fomentasse valores como o amor à pátria, o
altruísmo e o solidarismo”.
• segundo o pensamento de Comte 1798-1857, altruísmo é a
tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser
humano à preocupação com o outro e que, não obstante sua
atuação espontânea, deve ser aprimorada pela educação
positivista, evitando-se assim a ação antagônica dos instintos
naturais do egoísmo.
• amor desinteressado ao próximo; filantropia, abnegação.
•A laicidade, sendo um neo-iluminismo,
nasceu para garantir respeito pela liberdade
de pensamento, bem como a liberdade
religiosa, que passava por uma
democratização cultural e política da
sociedade.
Reino de Deus e Reino de Cesar

• O choque de ideais de autonomia, emancipação e Igreja


foi grande e prolongado causou conflitos em que as
estruturas eclesiásticas foram classificadas como obscuras
e ultrapassadas, no qual o seu poder necessitava abater ou
secundarizar.

• após Concílio Vaticano II que Roma reconheceu que a


laicidade não atenta o preceito evangélico que convida à
não confusão entre o reino de Deus e o reino de Cesar.
• será possível se a laicidade for bem entendida e
complementa dizendo que “nem toda a
secularização implicou uma laicidade e muito
menos um laicismo, embora toda a laicidade
pretendesse acelerar a secularização”.
• os adeptos da laicidade apresentaram-se como
uma tendência universal e irreversível da
história da humanidade.
Laicização em Portugal
• Sob eco do que acontecia na França o laicismo português
formou-se como movimento, nas últimas décadas do século
XIX.
• alimentado por grupos de livre-pensamento, por associações
maçônicas, por organizações republicanas, socialistas,
anarquistas, e por alguns setores monárquico-liberais mais
progressistas.
• diferente do que no ocorrido da França
• Portugal possuía uma população em que o clero detinha uma
forte aliança.
• Uma convicção de que a liberalização e a democratização
política, social e cultural do país só seriam realizáveis com a
separação das Igrejas tanto do Estado como da Escola.
• Surge a laicidade Republicana
• recuperou a memória do antijesuitismo do Marquês
de Pombal, do anticongregacionista da Revolução
Liberal, bem como o antiultramontanismo e do
anticlericalismo em geral.
• Poder republicano decretou em sete meses leis
análogas ao do movimento do III República Francesa.
Deriva do Grego analogon que significa
“semelhante”, ana “igual” junto com leigen
“recolher”.
• Após o Concilío Vaticano II houve consenso em
relação aos direitos fundamentais e ao aspecto a
confessional do poder político em meio a uma
Revolução Democrática de 1974 [...]
•O documento de 1940 foi revisto para permitir a
legalização do divórcio.
• Estado democrático de Portugal é religiosamente
neutra, com incidência laicista evoluíram para
“quase-laicidade”
Apoio a Mussolini (Duce)

• Por causa da I guerra há aproximação do catolicismo com os


ideais patrióticos.
• Em 1929 no IV Concílio de Latrão trouxeram algumas
consequências para a questão da organização laicista.
• O “Tratado de São João de Latrão”, ou simplesmente conhecido
como “Tratado de Latrão”, foi um acordo assinado entre a Itália e
a Santa Sé. O tratado criou um novo Estado, o Vaticano, o qual
tem o Papa como chefe soberano.
• a recatolização da parte da Itália mais laicizada,
• retornando com os cruxifixos e do ensino da religião
católica à escola primária pública,
• tornou personalidade jurídica os organismos eclesiásticos e
às congregações religiosas,
• o reconhecimento do valor civil do casamento pela Igreja,
• a elevação de festas do calendário religioso e feriados
nacionais,
• aceitou válido os diplomas em Teologia, etc.
•A Santa Sé concordou que a Ação Católica não se
transformaria em partido.
• O fascismo italiano colocou o catolicismo e a sua Igreja a
funcionar como complemento espiritual de uma “religião
civil” cheias de aspirações pagãs e centradas no culto de
Mussolini.
• primeira década do século XX a sociedade italiana depois da
II guerra mundial secularizou-se rapidamente, enquanto que
não ocorreu do mesmo modo com a laicização.
“Religião civil” e sua relação com secularização e
laicização.
• o cristianismo defendia a ideia de Deus e Cesar, mas se aliou
ao imperador e subordinar o poder temporal ao espiritual.
• Rousseau defendendo sobre tolerância propôs uma “fé
civil”, mas avisando para não confundir com as religiões de
padres, etc.
• “necessária uma interiorização do compromisso dos
cidadãos para as virtudes cívicas, teria de exigir que estes
acreditassem na existência de Deus, na imortalidade da
alma e no Juízo final”
• a “religiões civis”, atribuem formas simbólicas que
visam “santificar o contrato social”. Isto é, uma
entidade coletiva secular (pátria, nação, classe, etc)
ainda que não convoquem qualquer ser divino e se
limita a glorificar mitos de origem ou de destino e a
consagrar à volta de bandeiras, desfiles, oratórias.

• a secularização e a laicidade podem coexistir com as


“religiões civis”, desde que estas não se afirmem em
conflitualidade com as religiões propriamente ditas,
procurando substituí-las ou extingui-las.
A laicidade num mundo dilacerado
por Yves Charles Zarka

• cada religião é portadora de uma visão do mundo


totalizante em maior ou menor grau.
• Toma estes dogmas como verdades e por isso excluem o
ateísmo e outras religiões.
• nenhuma religião tem disposição espontânea de coexistir
com outras religiões ou com uma visão não religiosa do
mundo.
• A lei de 1905 da Republica francesa conduziu a um consenso nos últimos dez
anos sobre o princípio da laicidade,

parece ter rompido por causa

de duas
razões

Razões de
de fato ideológicas.
De fato ideológicas
está ligado ao fato de mudança na
paisagem religiosa ataques sofridos pela laicidade por
parte de inimigos muito diferentes

presença do Islã que se tornou a


segunda religião do país.
o inimigo explícito, ou seja, o
fundamentalismo religioso,
isolamento da laicidade francesa principalmente islâmico
no mundo diante “de um
multiculturalismo amplamente o inimigo mascarado, isto é, a
difundido nas sociedades extrema direita francesa, que
democráticas em que a laicidade instrumentaliza a laicidade em seu
ainda não é entendida” discurso populista.
• incompatibilidade da religião com a laicidade, já que não
se aceita que exista um domínio político-público não
religioso.
• cada religião entende como totalizante no seu pensar e
seus ritos e dogmas desconsiderando as demais religiões
ou o ateísmo. Tendo por assim dizer a pretensão de ter
valor universal, isto é, de que sua crença seja aceita em
nível mundial.
• as religiões é um dos elementos centrais da identificação
simbólica dos indivíduos, indivíduos e das comunidades.
• lugar fundamental nos modos de representação e de
identificação.
• Temos o caso do judaísmo que no tempo antigo os
juízes e dos profetas que detinha não só função
religiosa, mas política e social.
• Até mesmo no atual Estado de Israel é separado do
político e do religioso e que é um Estado em que há
religiosos, mas não é um Estado religioso.
O caso do Islã na Europa
•o islamismo nunca fez um trabalho autocritico de seus
textos fundadores e de transformação político e social
• O Cristianismo (mesmo nas suas diferentes confissões) e o
judaísmo fizeram.
•E as críticas que surgiram não surtiram nenhum efeito
sobre as sociedades islâmicas.
• O islã numa sociedade europeia democrática encontra um
desafio de ser uma religião nem dominante, nem
majoritária.
LAICIDADE, SECULARIZAÇÃO E O LUGAR NA
RELIGIÃO NA SOCIEDADE
• a sociedade atual não é mais um conjunto de massas
conduzidas por estruturas tradicionais e modernas, mas uma
sociedade que caminha para a sua unicidade secular e
moderna, podendo vivenciar a religião de vários modos
possíveis.

• a laicização e a secularização não se implicam


necessariamente e muito menos são sinônimas.
• Secularização é a relação dos distintos campos da sociedade atual,
que diferentemente do estado laico, o estado secular não está
organizado pelas estruturas tradicionais, como aquelas criadas pela
igreja, comum e unitária para todos.

• o direito e a economia, não são organizados por uma narrativa


teológica ou discurso metafísico, a qual o imanente não passa de
uma resposta ao âmbito transcendente.
• no século XIII era a primeira instituição a organizar a
si própria com uma ordem jurídica, onde se constitui
uma lei comum para todos.

• anos depois cairia numa secularização onde o estado


começa a elaborar uma lógica própria. Pois, com a
prática e a técnica de cada campo da sociedade foi-
se excluindo o âmbito transcendente de cada uma
delas.
•no início da modernidade, foi aprimorando-se
nas suas práticas e técnicas, dando
consequência a uma individualização constante.

•a sociedade se viu obrigada a conversar com


cada uma delas, de modo, a tornar novamente o
estado único.
•Tais âmbitos sociais recebem uma identidade de
grupo fechados entre si, em que cada umas
delas estabelecem uma relação de hierarquia.

•os campos sociais e as pessoas não podem ou


não conseguem mais construir um estado de
caráter transcendental, a qual são fundadas
sobre narrativas religiosas e metafísicas.
•este procedimento por trás da secularização não
exclui por completo a religião da sociedade, pelo
contrário, a religião se torna uma experiência
social, vivida individualmente ou em pequenos
grupos, tornando a religião um problema a ser
questionado diante deste processo.

•onde a religião não se mistura mais com os


campos sociais.
• a religião não estrutura mais a economia, o poder, o
judiciário e as estruturas hierárquicas, Holmes se pergunta:
Pode a sociedade viver com planos transcendentes no
imanente?

• Como lidar com aquilo que foge da compreensão da


comunicação imanente?

• Holmes responde: assim como direto se ocupa com lícito e o


ilícito, cabe a religião se preocupar somente com
transcendente.
ESTADO LAICO
• Laicização está ligado diretamente ao estado laico a qual quer dizer a proibição de discutir os
temas religiosos dentro do estado em geral ou problematizar ideias transcendentes e
experiências religiosas nas esferas políticas, jurídicas e públicas. Que segundo Holmes está
ligado a gag rule, que significa a proibição de temas religiosos.

responsável por caracterizar a


política de tal região
contrariando no primeiro
momento com processo de
secularização.
visa o bem da sociedade como
um todo.

contexto identidade
e gag rule laicista
religiosa
A
religião
quer sempre quer sempre
discutir temas se desviar de
que assume problemas
dimensões sociais
étnicas

ea
política
vemos uma No olhar político, é mais
questão fácil lidar com conflitos
quando estão dentro do
religiosa nas seu campo de interesse
mãos do poder e atuação, de modo a
político, a extrair benefícios e
exclusão social. vantagens dentro do
âmbito de negociações
de interesse.
LAICIDADE E LIBERDADE RELIGIOSA NA
FRANÇA

• a situação atual da França de um Estado extremamente laico, onde


não beneficia qualquer tipo de culto, ou manifestações religiosas,
mas não proíbe a criação de partidos políticos sob bases religiosas.

• O diferencial da liberdade religiosa da França é:


• é a falta de apoio por parte do estado nas bases religiosas.
a Declaração
dos Direitos
do Homem e
do Cidadão

praticar
é livre atividades
para crer religiosas
com a sua crença num
ambiente totalmente privado
• E a partir do infográfico anterior que o Estado não
apresenta uma religião oficial, e menos ainda, dá
apoio para tal culto.

• uma relação entre laicização e comunitarismo na


França, onde a maioria das vezes essa ideia foi
concebida como expressão do universalismo da
ideia republicana, em que há a necessidade de lutar
contra o comunitarismo.
o comunitarismo ea
e a laicização democracia

dizem respeito é uma forma de organização


à estrutura religiosa do Estado política.
e da sociedade

fortalecem a democracia ou, ao


elas não compartilham do
contrário, a fragilizam, ou ainda não mesmo sentido e muito menos
exercem nenhuma influência sobre o se adequam a ideia de
democracia
seu modo de organização.
PECULIARIDADES DE UMA
SECULARIZAÇÃO ‘À LA BRÉSILIENNE’
• chamo de secularização à la brésilienne: a necessidade de dialogar
com mentalidades muito diferentes, dentro de um processo
ultradinâmico.
• A secularização surgiu no âmbito a história das sociedades europeias
para entender o fenômeno. Não se trata de algo metafísico, mas
muito concreto, nascido de processos sociais que se acumularam.
• A ideia de agir racionalmente ou também de apelar para a própria
subjetividade já apresentava importantes indícios na Grécia Clássica
•O processo da secularização se apoiou na crescente
urbanização, na ascensão da burguesia europeia, na revolução
comercial e na invasão de novos continentes.
•A partir do século XVI, a ciência aperfeiçoou seus métodos,
primeiro na observação sistemática dos astros e na linguagem
matemática; aos poucos, os resultados surgiam na física e,
paralelamente, nas ciências humanas, como a filosofia, política e
economia. A partir da segunda metade do século XIX, a ciência
debruçou-se sobre o ser humano, destacando-se os estudos, em
áreas diferentes, de Marx, Darwin e Freud.
• Com enorme poder que a Igreja detinha surgia Lutero com sua
teses que causaram uma revolta contra as indulgências.
• A secularização hoje é compreendida mais na perspectiva de
Max Weber da autonomização das várias esferas da vida
social, que foram “sacudindo” para fora de si a tutela
religiosa.

• com quase 400 anos de atraso a Igreja deu a sua resposta às


questões levantadas pela Modernidade do século XVI foram
dadas apenas no século XX com o Concílio Vaticano II

• o catolicismo não tem conseguido responder com agilidade às


demandas da vida contemporânea.
• A “sacudida” da tutela da igreja católica para fora de esferas
da vida social – como a economia, a política, as artes e a
subjetividade (e o primado da consciência individual) – já
ocorrera em várias áreas da cultura humana.

•A supremacia da racionalidade é considerado uma das


certidões de nascimento da Modernidade. René Descartes,
Discurso do Método, publicado em 1637.
Racionalização
vida considerada a
contemporânea
principal guia
durante a era
medieval,
Diante dos
desafios que a passou a ser
vida humana nos Fé
encarada por
apresenta, Igreja
muitos como um
assunto
individual,
podemos confiar
na razão, desde
que orientada cada vez menos
pelo método tutelada pelas
correto. religiões.
SECULARIZAÇÃO NO BRASIL

• setrata de uma realidade muito desigual, a sociedade


brasileira é arcaica em enormes áreas, mas também apresenta
avanços na democracia, cultura e universidade.
• ora tranquila, ora conflituosa – entre setores arcaicos e outros
ultramodernos e até pós-modernos.
• As pessoas que cursaram boas universidades estão “assinadas”
com a marca da pós-modernidade. poucas dessas pessoas
deverão ir ao encontro com o Papa, por exemplo.
•A secularização tem avançado desde 1889 através da separação
entre Estado e Igreja. Isso se deu no fervor da proclamação da
República, já movida por um espírito republicano que tem avançado
com dificuldade ao longo da história brasileira

• Agrega Visão
elementos Posições firmes • definir políticas
nesse campo compreensiva
arcaicos e
elementos pós- • quanto à • diante mulheres
modernos. necessidade do que vivem
uso de métodos situações que
contraceptivos e resultam em
A secularização direitos Reconhece que aborto.
à la brésilienne reprodutivos cabe ao Estado
educação

várias instâncias,
estadual e
municipal, por
ordens religiosas
é regulada pelo
e pela iniciativa
governo, via Ministério privada.
da Educação, mas que é
praticada em
• parlamentares estão usando a coisa pública para fins particulares,
religiosos.

Grupos
religiosos
seguem o
líder para
eleger uma
bancada
religiosa ASSUMEM Comunicações
e a dos
comissões Direitos
parlament Humanos.
ares

Para
interesses
desse grupo
•a presença de símbolos religiosos
em repartições públicas ou da
frase “Deus seja louvado” nas
cédulas de dinheiro é incômoda
para cada vez mais gente.
• Essa postura mistura as áreas
prejudica uma visão mais clara
das instâncias que atuam na
realidade.
dão suporte a
sua vida
parlamentar e
partidária

defendendo comandado por


as ideias de Marcus um partido ou
umgrupo de
sua restrita Feliciano pressão
igreja evangélico

é um “mau
evangélico”

se trata de um retrocesso
• Issonão ajuda a democracia, pois fica algo muito
setorizado, e a sociedade democrática é
necessariamente aberta.
• o segmento evangélico é muito numeroso se configura
numa audiência significativa.
• a Globo, muito “católica” agora começa a adular a
audiência evangélica, que não pode mais ser
desprezada e que tem sido atendida
DIÁLOGO ECUMÊNICO
• As religiões devem ser estimuladas a contribuir para
a sociedade, e não para elas mesmas.

• Seria altamente desejável um diálogo entre as


religiões nessa visita de Francisco ao Brasil.
fragmentado

disperso
GRUPOS
pulverizado
maior
escolaridade,
renda
familiar e
menos idade

oriundos de maior parte


imigração são jovens

perdidos
os mais ocupam as quanto à
pobres periferias orientação
de vida
SOBRE A DES-SECULARIZAÇÃO
• cada situação tem sua irredutível especificidade
• Não dá para se dizer que está havendo uma
secularização ou uma res-secularização “em geral”.
• Algumas sociedades apresentam um grau maior de
secularização, em outras se fala em re-secularização,
des-secularização etc.
• O que importa é questionar até que ponto as religiões
estão, entre elas, ou em diálogo com outras instituições
não religiosas, contribuindo para a paz e a felicidade
humana.
•As pessoas é que devem ser servidas
pela religião, e não o contrário;

•A religião é mediadora entre uma crença


superior e as necessidades cotidianas
da humanidade. Isso precisa ser levado
em conta de modo mais duro, decisivo.
O Estado secular e sua base
autolegitimadora
■ A perda da “convincibiliade dos pilares
teológicos”
■ A secularização atinge outras esferas que não
somente o fenômeno religioso?
■ Complexo de Deus
■ Como podemos compreender a secularização do
tempo?
■ Cabeça de Janus: Há um nexo que une a
secularização e o avanço da modernidade? Por
quê?
■ Em que medida o desenvolvimento da técnica e a
exacerbação de um determinado tipo de
racionalismo estão na raiz da secularização?
■ Até que ponto é correto e coerente aproximar
secularização e niilismo? Trata-se de fenômenos
que se realimentam?
■ Em que aspectos a secularização está em processo?
■ Tomando em consideração a laicidade, como podemos
compreender a imanentização do Estado, ou ainda, as
raízes teológicas da política?
■ Nesse contexto, qual é a contribuição de Hans
Blumenberg, Carl Schmitt e Karl Löwith para
compreender as raízes teológicas da política?
■ Em que medida é plausível um Estado neutro, como
aquele apontado por Carl Schmitt, no contexto da
laicidade e da intrincada relação entre política e
economia?
■ Até que ponto pode-se situar em Maquiavel as raízes da
laicidade?
■A secularização como uma das
possibilidades da modernidade

■Em que aspectos a filosofia de Charles


Taylor traz um aporte para o debate entre
secularização e o aprofundamento do
liberalismo em nossas sociedades?

■Secularização: uma possibilidade na


modernidade
O NEXO ENTRE POLÍTICA DO RECONHECIMENTO
E SECULARIZAÇÃO

• A secularidade é, nesse sentido, uma resposta do Estado democrático


à ampla diversidade de crenças, religiosas e não religiosas.
• Nessa discussão sobre a religião na esfera pública, o liberalismo
político é reconhecido como a abordagem padrão por estar apoiado
em noções de legitimidade política e de ética da cidadania claramente
vigentes nas democracias constitucionais bem estabelecidas.
• Qual é a diferença entre laicidade e secularização? E o que podemos
compreender por pós-secularismo?

• Sendo a democracia “herdeira” política do cristianismo, na concepção de


Nietzsche , como podemos compreender o fenômeno da laicidade?
• Quais são os principais aspectos que mudam na política a partir da
perspectiva da laicidade?
• A partir do horizonte da laicidade, como podemos compreender a
consolidação e representatividade da bancada evangélica no Congresso
brasileiro?
• Em que sentido há um nexo entre laicidade e liberalismo? Esta é uma das
premissas que fundamenta esse sistema político? Por quê?
• Em que medida os valores que norteiam a vida social moderna
se baseiam em critérios seculares?

• Quais são os nexos entre o racionalismo da ética argumentativa


em face da secularização moderna?
• Em que medida a política do reconhecimento está imbricada
com o fenômeno da secularização?
• Em que aspectos as ideias de Rawls e Habermas fornecem
elementos para pensarmos o papel da religião na esfera pública?

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