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Secularização. A
fratura entre os
reinos de Deus e
de César
Significados e origem das palavras
“secularização” e “Laicidade”
•O termo “secularização” é derivado do latim saeculum, palavra utilizada na
vulgata para traduzir o grego aion de “século” ou “mundo” que está presente no
livro de Rm 12,2; 1 Cor. 1, 20 etc. O termo designa inicialmente o processo de
laicização de um religioso que abandona sua ordem e retorna para o século.
• a passagem de atividades ou instituições públicas da esfera de influência da Igreja
para outros domínios que excluem as referências ou os valores religiosos.
• designa o processo que viu a dessacralização de atividades dependentes até
então total ou parcial da religião: a arte, a política, a técnica, os comportamentos
e as normas éticas.
•A secularização da igreja é como uma vulgarização da fé que favorece a
dessacralização do sagrado e usa a indústria cultural como veículo para propagar
um "evangelho sem Cristo" e um cristianismo sem a ética bíblica.
• Segundo MAX WEBER, a compreensão do “secularismo” está
relacionado com o surgimento de um modo de vida que não mais
está estruturado em torno de uma visão firmada em hábitos ligados
à religiosidade. Trata-se da separação dos âmbitos culturais que
estão ligados à crença das demais estruturas da vida social, como a
política, os aspectos monetários e os processos legais no âmbito do
Direito.
“laicidade”.
• A Laicidade vem do termo leigo/ laico que por sua vez vem do adjetivo grego
laikos (aquele que pertence ao povo ou provém dele) vindo do termo laos
(povo).
• lexicográfico leigo e seus derivados levam à dois campos semânticos:
• o primeiro, aquele que é independente de toda confissão religiosa,
concepção nova no qual se falará do Estado leigo ou de ensino leigo. Isto é,
toda referência religiosa estará ausente no sistema político ou educacional.
• Segundo, no qual o termo tem por referência sentido ligado à Igreja como
sociedade religiosa. Leigo é toda aquele que não pertence ao clero. Ato
pertinente aquele que por ora é batizado, sem exercer atos de governo. A
Laicidade garante a todo o indivíduo o direito de adoptar uma convicção, de
mudar de convicção, e de não adoptar nenhuma.
• Catroga diz ainda causa confusão, pois ainda há integralidade, já
que os campos semânticos conotam e denotam realidades
históricas diferentes.
• No caso da palavra “século” designa geração, lapso de tempo,
duração da vida, período máximo de cem anos.,
• Enquanto que “laico” vem de “laos” significa povo. O termo
“século” houve uma tradução, feita por S. Jerônimo, por “cosmos”.
Já o termo “laos” passou a significar “povo de deus”.
•A Laicidade do Estado não é, portanto, uma convicção entre
outras, mas a condição primeira da coexistência entre todas as
convicções no espaço público. Por esse ponto de vista, nenhuma
liberdade sendo absoluta e todo o direito supondo deveres, os
cidadãos permanecem submetidos às leis que se deram a si
próprios.
• Nos tempos atuais, a igreja está passando por um profundo
processo de secularização. A secularização da igreja é como uma
vulgarização da fé que favorece a dessacralização do sagrado e
usa a indústria cultural como veículo para propagar um
"evangelho sem Cristo" e um cristianismo sem a ética bíblica.
• Max Weber afirma que o secularismo está relacionado com o
surgimento de um modo de vida que não mais está estruturado
em torno de uma visão firmada em hábitos ligados à
religiosidade.
• somente após 1750 que se alarga os derivados saeculum as
esferas “exteriores” à Igreja. Nesta ocasião ocorre por meio
expropriação dos bens da Igreja, e depois, à questão do ensino e
à luta pela neutralização religiosa do Estado.
• surge o debate acerca da “dessecularização”
• O processo de secularização e o surgimento da visão moderna da
vida e do mundo na Europa deve existir de uma relação estreita
entre emergência e consolidação. Temos que compreender que
esse processo foi inseparável do impacto provocado pelas
transformações da modernidade nos seus diferentes níveis. “Foi
um processo quase espontâneo, sem autor, de longa duração”
• Os próprios textos sagrados sugerem e potenciam a não
confusão o mundo com o divino, a começar pela ideia de criação,
pela consequente historicização da revelação do sagrado, pela
desdivinização do universo, pelo convite à autonomização do
homem (filho de um Deus cada vez mais definido como Logos),
pela dessacralização da política – possibilitada pela secularização
das ideias de contrato social e de bem comum –, e pela
reapropriação moderna do preceito cristão “Dai a César o que é
de César e a Deus o que é de Deus”.
• Essa autonomização ocorrida entre o mundo secular e o
divino não pode ser entendida como antirreligiosa.
• No cenário de manifestações da Revolução Francesa e do
iluminismo que surge novos derivados da palavra “leigo”
“para definir melhor a intenção ideológica da
secularização no campo da formação das almas e do
consequente relacionamento das Igrejas com o Estado”
• Modernidade- período, influenciado pelo Iluminismo, em
que o homem passa a se reconhecer como um ser
autônomo, autossuficiente e universal, e a se mover pela
crença de que, por meio da razão, se pode atuar sobre a
natureza e a sociedade.
• As interpretações reformadas do cristianismo causaram a
“desclericalização” e, de certo modo, a
“despatrimonialização” das igrejas no século XVI e XVII
causando uma espécie de “secularização interna” da vida
religiosa.
de duas
razões
Razões de
de fato ideológicas.
De fato ideológicas
está ligado ao fato de mudança na
paisagem religiosa ataques sofridos pela laicidade por
parte de inimigos muito diferentes
contexto identidade
e gag rule laicista
religiosa
A
religião
quer sempre quer sempre
discutir temas se desviar de
que assume problemas
dimensões sociais
étnicas
ea
política
vemos uma No olhar político, é mais
questão fácil lidar com conflitos
quando estão dentro do
religiosa nas seu campo de interesse
mãos do poder e atuação, de modo a
político, a extrair benefícios e
exclusão social. vantagens dentro do
âmbito de negociações
de interesse.
LAICIDADE E LIBERDADE RELIGIOSA NA
FRANÇA
praticar
é livre atividades
para crer religiosas
com a sua crença num
ambiente totalmente privado
• E a partir do infográfico anterior que o Estado não
apresenta uma religião oficial, e menos ainda, dá
apoio para tal culto.
• Agrega Visão
elementos Posições firmes • definir políticas
nesse campo compreensiva
arcaicos e
elementos pós- • quanto à • diante mulheres
modernos. necessidade do que vivem
uso de métodos situações que
contraceptivos e resultam em
A secularização direitos Reconhece que aborto.
à la brésilienne reprodutivos cabe ao Estado
educação
várias instâncias,
estadual e
municipal, por
ordens religiosas
é regulada pelo
e pela iniciativa
governo, via Ministério privada.
da Educação, mas que é
praticada em
• parlamentares estão usando a coisa pública para fins particulares,
religiosos.
Grupos
religiosos
seguem o
líder para
eleger uma
bancada
religiosa ASSUMEM Comunicações
e a dos
comissões Direitos
parlament Humanos.
ares
Para
interesses
desse grupo
•a presença de símbolos religiosos
em repartições públicas ou da
frase “Deus seja louvado” nas
cédulas de dinheiro é incômoda
para cada vez mais gente.
• Essa postura mistura as áreas
prejudica uma visão mais clara
das instâncias que atuam na
realidade.
dão suporte a
sua vida
parlamentar e
partidária
é um “mau
evangélico”
se trata de um retrocesso
• Issonão ajuda a democracia, pois fica algo muito
setorizado, e a sociedade democrática é
necessariamente aberta.
• o segmento evangélico é muito numeroso se configura
numa audiência significativa.
• a Globo, muito “católica” agora começa a adular a
audiência evangélica, que não pode mais ser
desprezada e que tem sido atendida
DIÁLOGO ECUMÊNICO
• As religiões devem ser estimuladas a contribuir para
a sociedade, e não para elas mesmas.
disperso
GRUPOS
pulverizado
maior
escolaridade,
renda
familiar e
menos idade
perdidos
os mais ocupam as quanto à
pobres periferias orientação
de vida
SOBRE A DES-SECULARIZAÇÃO
• cada situação tem sua irredutível especificidade
• Não dá para se dizer que está havendo uma
secularização ou uma res-secularização “em geral”.
• Algumas sociedades apresentam um grau maior de
secularização, em outras se fala em re-secularização,
des-secularização etc.
• O que importa é questionar até que ponto as religiões
estão, entre elas, ou em diálogo com outras instituições
não religiosas, contribuindo para a paz e a felicidade
humana.
•As pessoas é que devem ser servidas
pela religião, e não o contrário;