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Parte geral
- Princípios: estabelece uma série de princípios que deverão ser
respeitados no processo civil, como a duração razoável do processo, o
incentivo à conciliação, o direito de defesa, entre outros.
- Processo eletrônico: cria regras gerais de processo eletrônico,
obrigando, por exemplo, os tribunais a usar sistemas de código aberto e
as intimações a serem feitas preferencialmente por meio eletrônico.
- Honorários: equipara o honorário pago ao advogado a salário.
Determina o pagamento de honorários também na fase de recursos e
cria uma tabela com a quantia devida nas causas que o governo perde.
- Ordem cronológica: a regra geral é que os processos serão julgados na
ordem de conclusão, impedindo que uma ação seja esquecida ou fure a
fila dependendo dos interesses.
- Bens dos sócios: dá direito de defesa para os sócios antes de qualquer
decisão que possa atingir os bens dos donos para quitar dívidas das
empresas, criando o chamado instituto de desconsideração da
personalidade jurídica.
- Acordo de procedimentos: o juiz e as partes podem, em acordo, fixar o
calendário para a prática dos atos processuais e mudar outros
procedimentos no andamento da causa.
- Mediadores e conciliadores: obriga os tribunais a criar centros
judiciários para realização de audiências de conciliação.
- Prazos: a pedido dos advogados, o novo CPC estabelece a contagem
de prazos em dias úteis e determina a suspensão dos prazos no final do
ano, garantindo descanso para os defensores.
- Amigo da corte: entidades representativas poderão ser chamadas a
opinar em processos com repercussão social. É o chamado amicus
curiae, ou amigo da corte, que hoje já participa de processos no
Supremo Tribunal Federal e agora poderá ser convocado por qualquer
juiz ou tribunal.
4ª parte – Execução
- Bancos Públicos: garante ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica o
monopólio sobre os depósitos judiciais, quantias que estão depositadas
em juízo a depender do resultado da ação.
- Máquinas agrícolas: as máquinas e equipamentos agrícolas que não
sejam garantia de empréstimos não poderão ser confiscados pela
Justiça para quitar dívidas.
- Seguro: a carta de fiança ou o seguro de garantia judicial terão o
mesmo valor do dinheiro para fins de penhora. Quem responde a
processos poderá recorrer a esses títulos para garantir que o seu
dinheiro não será confiscado.
- Contas bancárias: o confisco de contas e investimentos bancários é
limitado pelo projeto – não poderá ser feito em plantão judicial, o juiz tem
24 horas para devolver o valor penhorado que exceder a causa, a
penhora do faturamento não poderá comprometer o negócio.
5ª parte – Recursos
- Ações repetitivas: o projeto cria uma ferramenta para dar a mesma
decisão a milhares de ações iguais, como ações contra planos
econômicos, planos de saúde, bancos ou operadoras de telefonia. O TJ
ou o TRF será chamado a decidir o pedido e a decisão será aplicada a
todos já na 1ª instância.
- Multa: recursos apresentados com o único objetivo de adiar a decisão
serão multados.
- Admissibilidade: o projeto elimina a análise da admissibilidade na
apresentação dos recursos especiais, extraordinários e da apelação.
Esses recursos serão enviados diretamente ao tribunal a que são
destinados, que decidirá se aceita ou não.
- Agravo retido: esse recurso é extinto e as questões que hoje são
questionadas por ele serão apresentadas de uma só vez, antes da
apelação.
- Julgamento não unânime: o embargo infringente, que discute
julgamento não unânime, é extinto e substituído por uma técnica e
julgamento em que novos magistrados serão chamados para decidir a
controvérsia.
Alterações no novo CPC trazidas pela Lei 13.256/16:
1. Ordem cronológica: Não haverá mais a obrigatoriedade dos
julgamentos em ordem cronológica. Isso porque, o texto agora determina
que a ordem de chegada deve ser seguida “preferencialmente”.
2. Limite de saque de valores pagos a título de multa: A nova lei
também limita o saque de valores pagos a título de multa, pela parte
contrária, ao trânsito em julgado da ação. Salienta-se que pelo CPC de
1973 era permitido o saque também na pendência de alguns tipos de
agravo, mas havia temor de que, em caso de reversão da decisão, fosse
impossível recuperar os valores já sacados.
3. Ação rescisória: Foram acrescentados os §§ 5º e 6º ao artigo 966. A
ação rescisória será cabível no caso de: Violação de manifesta norma
jurídica; Contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão,
proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado
a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o
padrão decisório que lhe deu fundamento.
4. Instituto da reclamação: O instituto da reclamação sofreu alterações,
sendo os incisos III e IV do artigo 988 modificados. Pelo novo CPC de
2015 era inadmissível a reclamação proposta após o trânsito em julgado
da decisão, de acordo com o § 5º do art. 988. Já com a nova lei, o § 5º
do artigo 988 foi desmembrado em duas hipóteses de inadmissibilidade
da reclamação: A) passa a ser inadmissível se proposta após o trânsito
em julgado da decisão reclamada; B) se interposta para garantir a
observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão
geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos
extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as
instâncias ordinárias.
- Sendo assim, fica considerada inadmissível a reclamação proposta
para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com
repercussão geral reconhecida ou ainda de acórdão proferido em
julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando
não esgotadas as instâncias ordinárias.
5. Duplo juízo de admissibilidade: Entre as mudanças, a nova lei
restabelece a adoção do chamado duplo juízo de admissibilidade dos
recursos especiais, dirigidos ao STJ, e dos extraordinários, ao STF.
Desse modo, fica permitido que os tribunais de Justiça ou tribunais
regionais federais analisem a admissibilidade de recursos
extraordinários e especiais, antes de encaminhá-los para o STF e STJ,
como já acontece no CPC de 1973.
6. Recurso Extraordinário e Recurso Especial: Foram alterados os
incisos I e III do § 5º do artigo 1029, que trata sobre à formulação do
pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a
recurso especial. Em relação a manifestação e julgamento do recurso
extraordinário ou a recurso especial também houve alterações.
Foi alterado o § 7º do artigo 1035. Pela a nova redação, é possível
interpor agravo interno da decisão no caso de indeferimento do pedido
que excluir da decisão de sobrestamento e inadmitir o recurso
extraordinário interposto intempestivamente, ou ainda, que aplicar
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em
julgamento de recursos repetitivos.
7. Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial
Repetitivos: Conforme o § 3º do artigo 1036, é permitido apenas a
interposição do recurso de agravo interno da decisão que exclua a
decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso
extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente. No novo
CPC 2015, o § 3º do artigo 1038 previa que o acórdão deveria abranger
a análise de todos os fundamentos da tese jurídica discutida, favoráveis
ou contrários. Com a nova redação, o acórdão deve alcançar a análise
dos fundamentos, independentemente de serem favoráveis ou
contrários.
A nova redação altera o § 2º do artigo 1041, que trata sobre a relação à
manutenção do acórdão divergente pelo tribunal de origem, e à
possibilidade de remessa do recurso especial ou extraordinário ao
respectivo tribunal superior. Dessa maneira, a partir de agora, o
presidente ou vice-presidente do Tribunal deve determinar a remessa do
recurso ao tribunal para julgamento, quando o órgão que proferiu o
acórdão recorrido, na origem, reexaminou o processo de competência
originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado,
com acórdão que contraria a orientação do tribunal superior.
8. Do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário : A
nova lei alterou o caput do artigo 1042. De acordo com a nova redação
caberá agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do
tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso
especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado
em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos
repetitivos. Houve alteração no § 2º do referido artigo, e pela nova
redação a petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-
presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e
despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de
recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e
do juízo de retratação.
9. Artigos revogados: A nova lei revogou o artigo 945, que tratava
sobre a possibilidade de julgamento por meio eletrônico dos recursos e
dos processos de competência originária que não admitem sustentação
oral e diversas hipóteses de cabimento de agravos e embargos no STF
e no STJ.
- Além do artigo 945, ainda foram revogados os seguintes dispositivos do
novo Código de Processo Civil: § 2º do art. 1.029; inciso II do § 3º e § 10
do art. 1.035;§§ 2º e 5º do art. 1.037; incisos I, II e III do caput e § 1º,
incisos I e II, alíneas a e b, do art. 1.042; incisos II e IV do caput e § 5º
do art. 1.043.