Por Isabela Maria de Mello – aluna bolsista MEC/SESu –
PET
Com o fim do Império Romano, a Europa torna-se ruralizada devido às
condições precárias que a população estava sujeitada e às invasões bárbaras e o cristianismo acaba se expandindo por todo o continente. A Igreja católica passa então a ter enorme poder decisório, com o rei pedindo a sua opinião para poder tomar decisões, por exemplo. A pirâmide social é baseada na “Santíssima Trindade”, somente o clero era alfabetizado (controle cultural e intelectual) e o acúmulo de riquezas era corriqueiro. Somado a esses fatos, a Igreja ainda pregava que o sofrimento terreno garantia benefícios no céu. Neste contexto, surge a Inquisição, que teve seu auge na Idade Moderna. Com objetivos como a perseguição de judeus e protestantes, há a criação do Tribunal do Santo Ofício, incentivado pelas autoridades locais (sediam propriedades e militares), foi uma arma poderosa e uma das situações mais importantes dessa época, eram as delações anônimas, que fez com que milhares de pessoas, durante os séculos, fossem interrogadas. A crueldade encontrada nos métodos de tortura e execução é explicada pela purificação, isto é, acreditava-se que a pessoa só estaria liberta do pecado cometido contra a igreja se o seu corpo fosse condenado, se fosse ferido. A tortura era utilizada para confissão e alguns métodos para a mesma, eram usados. O Trono da tortura era composto por pregos e pelo calor irradiado por toda cadeira. A Roda de despedaçamento feria com pregos, agulhas ou brasas. A Dama de ferro era um sarcófago com pregos. O Berço de Judas feria a região genital. O Pêndulo foi o mais utilizado, a fim de deslocar os ombros e ferir coluna e membros inferiores. O Cavalete fazia a pessoa sufocar ou entrar em desespero psicológico. A Pera foi muito utilizada em adúlteros, acusados de incesto, homossexuais e relações sexuais satânicas, para ferir região oral e genital. Fora os outros métodos que esmagavam determinadas partes do corpo. Algumas outras formas de tortura levavam à morte, porém essa não era a intenção dos inquisidores. A execução só era realizada se a pessoa fosse condenada. Assim, a fogueira, era a técnica mais utilizada para esse fim; se a pessoa confessasse, era morta pela guilhotina e seu corpo era queimado, do contrario, era queimada viva. O empalamento foi resgatado que consiste em fazer com que uma estaca percorra o sistema digestivo. O Barco da tortura matava lentamente, deslocando cada articulação. A Submersão fazia com que o condenado fosse colocado lentamente em um caldeirão com água ou óleo fervendo. O Serrote tinha como principal vítima, os homossexuais, a pessoa era colocada em posição invertida e posteriormente, era serrada, eram comum que outras pessoas fossem obrigadas a assistir como uma forma de tortura também. O Garrote era uma cadeira que pressionava o pescoço sufocando a vítima ou furava as primeiras vértebras com um prego. O Machado e a espada decepavam, porém a espada só era utilizada nos nobres. Na Gaiola, os condenados ficavam até morrer, de inanição ou de frio. O papa João Paulo II, no dia 15 de Junho de 2004, pediu desculpas pelos crimes realizados durante a Inquisição.