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INTRODUÇÃO AO CRISTIANISMO:

EM QUE CRIAM OS PRIMEIROS CRISTÃOS?1

José Aristides da Silva Gamito2

1. Introdução

O movimento do cristianismo teve início logo depois da morte de Jesus. Os


apóstolos animados pelas últimas palavras de Jesus (Mt 28,19), partiram de Jerusalém e
seguiram as rotas do Império Romano para divulgar a nova fé. Mas, bem lá no começo
os cristãos formavam apenas uma seita dentro do judaísmo. A diferença entre os judeus
ortodoxos e os cristãos era a aceitação de Jesus como o Messias. O culto cristão
acontecia dentro das sinagogas. O judaísmo do século I d. C. estava dividido em várias
partidos/seitas como os fariseus, saduceus, zelotas e essênios. Inicialmente, o
cristianismo era apenas mais um grupo. A ruptura entre cristianismo e judaísmo
acontecerá de modo mais definitivo após a destruição do Templo de Jerusalém no ano
70.
Quando o cristianismo sai do ambiente da Palestina, inicia-se uma missão de
conquistar as cidades mais influentes do mundo romano. O cristianismo deixa de ser um
movimento camponês para ser um movimento religioso urbano. Ao longo deste
processo de conquistas de novos adeptos, a fé cristã entrou em contato com as centenas
de religiões que eram seguidas no Império Romano. Um dos maiores desafios das
primeiras lideranças cristãs foi manter uma crença original e fiel à tradição dos
apóstolos.
Nos primeiros séculos, os cristãos se encontraram divididos entre gnósticos,
marcionitas, valentinianos e maniqueus. Isso somente para citar alguns nomes. Alguns
escritores dos séculos I e II que denunciaram as heresias enumeram diversos grupos.
Epifânio de Salamina, um escritor do século IV, cita 46 grupos na sua obra Panarion.
Na verdade, existiam igrejas diversas e não uma única igreja. Porém, havia um esforço
pela unidade em torno do conceito de tradição apostólica. Como a diversidade cultural
era grande e as distâncias geográficas eram igualmente enormes, manter uma fé

1
Texto a ser apresentado no estudo teológico na comunidade São Barnabé (Conceição de Ipanema/MG)
no dia 02/02/2019.
2
E-mail: joaristides@gmail.com.
uniforme mostrava-se bastante desafiador. Apareceram, então, as heresias. São elas
crenças cristãs que se diferiam da tradição apostólica.

2. A tradição dos apóstolos

Quando as igrejas apostólicas se viram desafiadas pela grande variedade de


ensinamentos que divergiam da tradição apostólica, começaram a formular os credos.
Os credos, símbolos ou profissões de fé são provas da crença dos cristãos antigos. Eles
já são, no entanto, resultado de uma evolução da fé daqueles primeiros cristãos da época
dos apóstolos. A fórmula básica de profissão de fé do começo da pregação apostólica
era: “Jesus é o Senhor” (Fl 2,11). Afirmar que Jesus é o Senhor significava alterar
profundamente o credo judaico fundamentado em Deuteronômio 6,4 (“Escuta, Israel, o
Senhor nosso Deus, o Senhor é um só”).
A afirmação de que Jesus é o Senhor é o divisor de credo entre cristãos e judeus.
Isso significa postular que Jesus é igual a Deus. A crença na unicidade de Deus
(monoteísmo absoluto) não permitia ao judeu crer na fé trinitária que desenvolveu mais
tarde no cristianismo. Os credos se desenvolveram todos como um desdobramento da fé
na trindade.
A Carta dos Apóstolos, um texto escrito por volta de 160-170, apresenta o
conteúdo da fé cristã nestes termos:

no Pai dominador do Universo, In Patrem dominatorem universi,


e em Jesus Cristo, [nosso Salvador], Et in Iesum Christum [salvatorem
e no Santo Espírito [Paráclito], nostrum],
e na Santa Igreja, Et in Sanctum Spiritum [Paraclitum],
e na remissão dos pecados.3 Et in sanctam Ecclesiam,
Et in remissionem peccatorum.

3
DENZINGER, p. 53.
Este antigo credo se divide em cinco artigos: 1º - a fé em Deus que domina o
Universo; 2º - em Jesus Cristo como Salvador; 3º - na Igreja; 4º - no perdão dos
pecados.
A mais famosa profissão de fé é o Símbolo dos Apóstolos. Seu conteúdo é aceito
pela maioria das igrejas cristãs. Segundo uma lenda, o texto teria sido composto pelos
doze apóstolos. De acordo com Ian Mcfarland, a versão atual difundida do Credo
Apostólico teve origem no sudoeste da França nos fins do século VI ou início do século
VII. Ele é uma versão modificada do Credo Romano Antigo que data do começo do
século III e serviu de base para os demais credos.
O uso do Credo Apostólico foi difundido durante o período de Carlos Magno para
uniformizar a liturgia.

3. A Trindade

O primeiro artigo dos credos é a profissão de fé em Deus Pai. O núcleo da fé cristã é


a crença de que Deus é uno e trino. O tratamento de Deus enquanto Pai, Filho e Espírito
Santo aparece no Novo Testamento. Isto corresponde ao período de 50 até 100 depois
de Cristo. Os primeiros já expressavam através destas palavras, mas a explicação e o
desenvolvimento de termos próprios para tratar desta doutrina surgiram somente mais
tarde.
A ocorrência mais antiga deste termo Trindade (em grego, Trías) aparece na obra
“Autólico” de Teófilo de Antioquia por volta de 170 d. C. 4 O escritor Tertuliano utiliza
a palavra Trindade dizendo que: “Como se estivesse desta forma também não foi tudo,
em que todos, pela unidade (isto é) de substância; enquanto o mistério da dispensação
ainda está guardado, que distribui a Unidade em uma Trindade, colocando em sua
ordem, as três Pessoas - o Pai, o Filho e o Espírito Santo”.5
No Novo Testamento, há muitas menções dos três nomes divinos: Pai, Filho e
Espírito Santo. Jesus é compreendido como o filho de Deus no episódio do batismo (Mt
3, 16-17). O evangelista João retrata as palavras de Jesus ao falar da promessa do envio

4
A palavra Trindade é utilizada pela primeira vez por volta de 170 ou 180 depois de Cristo: “Os três dias
que precederam aos corpos luminosos são a imagem da Trindade, quer dizer, de Deus, de seu Verbo e de
sua Sabedoria.” (ANTIOCH, Theophilus of. Ad Autolycum. In: SCHAFF, Philip. Fathers of Second
Century. P. 157).
5
TERTULLIANUS. Adversus Praxeam. In: SCHAFF, Philip. Latin Christianity: Its Founder, Tertulian.
P. 1044.
do Espírito Santo como pessoas distintas: “Mas, quando vier o Consolador, que eu da
parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele
testificará de mim.” (Jo 15, 26). Neste texto, o Pai, o Filho e o Espírito Consolador têm
atividades diferentes.
Portanto, os textos do Novo Testamento expressam a identidade divina através dos
nomes do Pai, do Filho e do Espírito. Porém, a doutrina da Trindade foi desenvolvida
somente a partir do século II. Mas até início do século IV as formulações dos credos
eram apenas locais.6 A síntese da fé cristã se desenvolveu a partir das práticas litúrgicas.
Os rituais de batismo continham um questionamento do candidato sobre a fé que estava
processando. Geralmente, iniciavam com três perguntas ao candidato ao batismo: “Crês
em Deus Pai? Crês em Jesus Cristo? Crês no Espírito Santo?” A preparação catequética
dos cristãos antigos consistia no conhecimento de um formulário semelhante aos credos.
Mas as fórmulas apareciam também na eucaristia e no rito de exorcismo.
A partir dos concílios, houve um esforço para superar as divergências doutrinárias
entre as igrejas antigas. O concílio de Niceia formulou um credo com o propósito de ser
válido para toda a Igreja.7 A definição sobre a doutrina fundamental do cristianismo
aconteceu de modo coletivo a partir do concílio de Niceia (325 d. C.) e de
Constantinopla (381 d. C). As declarações destes concílios foram sintetizadas no
chamado Credo niceno-constantinopolitano.
A compreensão da identidade e da natureza do Pai e do Espírito Santo não foi objeto
de tanta discussão, mas a pessoa de Jesus Cristo foi alvo de muita disputa. Surgiram
várias explicações e doutrinas para explicar como Jesus era homem e deus ao mesmo
tempo. Estas são as chamadas controvérsias cristológicas. Os credos de Niceia e de
Constantinopla foram elaborados para porem fim aos debates que dividiam os cristãos.

4. A Igreja

5. A Salvação

6
KELLY, J. N. D. Early Christian Creeds. London; New York: Continuum, 2008, p. 205.
7
KELLY, 2008, p. 205.
Referências:

KELLY, J. N. D. Early Christian Creeds. London; New York: Continuum, 2008.

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