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de mercado
Microeconomia II – Nuno Moutinho – moutinho@fep.up.pt – Gab. 614
A Empresa
1
Lucro Económico
2
Análise da Receita Total
P
10 A (E=oo) P = 10-0,1Q
• Quando o preço baixa (sobe), a
quantidade procurada aumenta
B (E>1)
7,5 (diminui). Dado que o preço e a
5 F M (E =1) quantidade variam em sentido
2,5 RT = 250 C (E<1)
contrário, a RT [P(Q)xQ] pode
G H (E=0)
aumentar, diminuir ou não variar.
0
25 50 75 100 Q • Consideremos uma diminuição
RT no preço. O efeito sobre a RT
depende da relação entre o
M’
aumento percentual na
250
quantidade e a redução percentual
no preço. Se o aumento
percentual na quantidade for
maior (menor) que a diminuição
25 50 75 100
H
Q
percentual no preço, a RT
0
aumenta (diminui).
3
Elasticidade Preço da Procura e as Funções Receita Média e Marginal
∂RT ∂ Q ⋅ P ( Q ) ∂P ( Q )
Rmg = = = P (Q ) + ⋅Q ⇔
∂Q ∂Q ∂Q
∂P ( Q ) Q 1
⇔ Rmg = P ( Q ) 1 + ⋅ = P ( Q ) 1 − P
∂Q P ( Q ) εD
Ou:
1 P (Q )
Rmg = P ( Q ) 1 − P ⇔ Rmg = P ( Q ) − P ⇔
εD εD
P (Q ) P (Q )
⇔ = P ( Q ) − Rmg ⇔ ε P
D =
ε DP P ( Q ) − Rmg
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Estruturas de Mercado
4
Concorrência
Perfeita
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5
Empresa como Price-Taker
O preço é formado no mercado e constitui um dado para a empresa. Assim, se, por
exemplo, uma determinada empresa decidir aumentar a quantidade oferecida, o
preço de mercado não se altera; porém, se todas fizerem o mesmo, o preço de
mercado diminui. Ao preço de mercado, a empresa vende a quantidade que quer.
Assim, a curva da procura de mercado é negativamente inclinada, mas a curva de
procura com que se depara cada empresa individual é horizontal (logo, a receita total
é linear).
P P
Pm Pm d = Rmd = Rmg
D
X x
6
A Função Lucro Total
X1 X2 X
Condição de 1ª ordem:
dπ dRT dCT
=0⇔ - = 0 ⇔ P = Cmg
dX dX dX
Condição de 2ª ordem:
d 2π dCmg A maximização do lucro acontece na
2
<0⇔ >0
dX dX fase crescente do custo marginal
CT A e B verificam a condição de 1ª ordem
P P mas só B verifica a condição de 2ª ordem.
Cmg Cmg A corresponde ao mínimo lucro e B ao
máximo lucro.
Cmg
A B
Pm Pm
X1 X2 X X1 X2 X
7
Interpretação económica da situação de equilíbrio
• a empresa deve produzir até que P (Rmg) = Cmg, ou seja, até que a receita
adicional que se obtém pela venda de uma unidade adicional de produto iguale o
custo de produzir essa unidade adicional;
• se P (Rmg) > Cmg, aquilo que se obtém pela venda de uma unidade adicional de
produto é superior ao custo de produzir essa unidade adicional, pelo que compensa
produzir mais uma unidade (a última unidade vendida proporcionar-lhe-ia um
acréscimo de receita superior ao acréscimo de custo, pelo que deveria aumentar a
quantidade produzida);
• se P (Rmg) < Cmg, aquilo que se obtém pela venda de uma unidade adicional de
produto é inferior ao custo de produzir essa unidade adicional, pelo que a empresa
deve diminuir a produção (a última unidade vendida proporcionar-lhe-ia um
acréscimo de receita inferior ao acréscimo de custo, pelo que deveria reduzir a
quantidade produzida).
• se o Cmg for crescente e dado que a Rmg é constante e igual ao preço de
mercado, antes do equilíbrio, a Rmg > Cmg, logo deve aumentar-se a quantidade
de equilíbrio e depois do equilíbrio Rmg < Cmg, pelo que se deve diminuir a
quantidade produzida.
Relembrar:
8
Equilíbrio de Período Curto
$
CTM
CmgCP
p3 Rmd=Rmg=p3
CVM
CFM
X3 X
• P = p3 Condição de maximização do lucro ⇒ Cmg = p3 ∧ Cmg’>0 ⇒ X* = X3
• Receita Total
$
CTM
CmgCP
p3 Rmd=Rmg=p3
CVM
CFM
X3 X
• P = p3 Condição de maximização do lucro ⇒ Cmg = p3 ∧ Cmg’>0 ⇒ X* = X3
• Custo Total
9
Equilíbrio de Período Curto
$
CTM
CmgCP
p3 Rmd=Rmg=p3
CVM
CFM
X3 X
• P = p3 Condição de maximização do lucro ⇒ Cmg = p3 ∧ Cmg’>0 ⇒ X* = X3
$
CTM
CmgCP
CVM
p2 Rmd=Rmg=p2
CFM
X2 X
• P = p2 Condição de maximização do lucro ⇒ Cmg = p2 ∧ Cmg’>0 ⇒ X* = X2
• Receita Total
10
Equilíbrio de Período Curto
$
CTM
CmgCP
CVM
p2 Rmd=Rmg=p2
CFM
X2 X
• P = p2 Condição de maximização do lucro ⇒ Cmg = p2 ∧ Cmg’>0 ⇒ X* = X2
$
CTM
CmgCP
CVM
p1 Rmd=Rmg=p1
CFM
X1 X
• P = p1 Condição de maximização do lucro ⇒ Cmg = p1 ∧ Cmg’>0 ⇒ X* = X1
• Receita Total
11
Equilíbrio de Período Curto
$
CTM
CmgCP
CVM
p1 Rmd=Rmg=p1
CFM
X1 X
• P = p1 Condição de maximização do lucro ⇒ Cmg = p1 ∧ Cmg’>0 ⇒ X* = X1
• Custo Total
$
CTM
CmgCP
CVM
p1 Rmd=Rmg=p1
CFM
X1 X
• P = p1 Condição de maximização do lucro ⇒ Cmg = p1 ∧ Cmg’>0 ⇒ X* = X1
12
Equilíbrio de Período Curto
$
CTM
CmgCP
CVM
p1 Rmd=Rmg=p1
CFM
X1 X
• P = p1 Condição de maximização do lucro ⇒ Cmg = p1 ∧ Cmg’>0 ⇒ X* = X1
Se a empresa encerrar, tem
que suportar os custos fixos,
• Custos Fixos ⇒ ⇒ Empresa produz
que neste caso são
superiores aos prejuízos
$
CTM
CmgCP
CVM
p0
• Rmd=Rmg=p0
CFM
X0 X
• P = p0 Condição de maximização do lucro ⇒ Cmg = p0 ∧ Cmg’>0 ⇒ X* = X0
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Limiar de Encerramento da Empresa
No longo prazo, dado que a empresa não suporta custos fixos, então
deve encerrar se suportar qualquer prejuízo:
LT < 0 ⇔ RT < CTpl⇔ P < Cmdpl
(Limiar de encerramento no longo prazo = Limiar de rentabilidade)
14
Curva da Oferta Individual de Curto Prazo
Si CmgCP
CTM
CVM
P1
CFM
X1 X
Q D =QS ⇔ Q D =n × Si CP
O equilíbrio da indústria no período curto será determinado pelo
confronto entre a curva da procura e a curva da oferta de período
curto.
Deste modo, para cada nível de preços (dado pelo mercado) a
quantidade de equilíbrio de cada empresa pode ser vista na curva de
custo marginal.
Empresa Mercado
$ $
Cmg CP
S
CTM
P2 P2
CVM
D
P1 P1
q1 q2 q n.q1 n.q2 Q
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Excedente do Produtor de Curto Prazo da Empresa
O preço é definido pelo mercado. A empresa típica aceita o preço e maximiza o seu
lucro, produzindo q*. Por cada unidade adicional vendida, o produtor incorre num
custo indicado pelo custo marginal, obtendo-se um valor agregado representado no
gráfico da empresa típica e definido
q*
analiticamente por:
∫ cmg ( q ) dq
0
P P
S
Cmgpc
p* p*
Q q*
Q*
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P P
S
Cmgpc
p* p*
Q q*
Q*
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Excedente do Produtor de Curto Prazo da Empresa
Assim, por cada unidade do bem que vende, o produtor beneficia de um excedente
correspondente à diferença entre a quantia que efectivamente recebe por essa
unidade e o que estaria disposto a receber por ela (custo marginal). O excedente do
produtor corresponderá então à área do gráfico abaixo indicada e definido
analiticamente por: q*
EP = p* × q* - ∫ cmg ( q ) dq
0
P Cmg
S
Cmgpc
p* p*
Q q*
Q*
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P Cmg
S
Cmgpc
p* p*
Q q*
Q*
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Excedente do consumidor
Da mesma forma, por cada unidade do bem que adquirem, os consumidores
beneficiam de um excedente correspondente à diferença entre o que estariam
dispostos a pagar por ela e aquilo que efectivamente paga.
O excedente do consumidor do mercado, a agregação de todos estes valores,
corresponderá então à área do gráfico abaixo indicada. Relativamente às
quantidades de equilíbrio produzidas por cada empresa, o excedente do
q*
consumidor será definido analiticamente por:
P EC = ∫ p ( q ) dq − p * ⋅ q *
S 0
Cmg Cmgpc
p* p*
Q q*
Q*
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p × q - ∫ cmg ( q ) dq + ∫ p ( q ) dq − p ⋅ q =
* * * *
∫ p ( q ) dq- ∫ cmg ( q ) dq
0 0 0 0
Usando a condição de 1ª ordem de maximização do bem-estar
social (w):
p ( q ) = cmg ( q )
O valor atribuído à última unidade transaccionada no mercado feita
pelos consumidores é igual ao valor atribuído à última unidade
transaccionada no mercado pelos produtores.
Logo, o mercado perfeitamente concorrencial garante a maximização
do bem-estar social.
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Maximização do Bem-estar Social
P
S
p*
Q*
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O Equilíbrio da Empresa no Longo Prazo
u.m. A empresa que se encontra na
CMg(Q,K1)
CMg(Q,K3) dimensão 1, está a maximizar os
lucros em período curto, a ter
lucros supranormais (área marcada
CTM(Q,K1)
no gráfico) ao produzir Q1, mas
p* • • • pode ter mais lucros se se ajustar a
sua dimensão.
CTM(Q,K3) O mesmo acontece, àquele preço,
se produzir na chamada dimensão
óptima (mínimo do Cmd de
período longo, neste caso, usar a
• dimensão 2 na produção de Q2):
Cmdpl(Q)
• • está a ter lucros supranormais, mas
não está a minimizar os seus custos
•
CTM(Q,K2)
de produção; poderá aumentar os
Cmgpl(Q) lucros e minimizar os custos de
CMg(Q,K2) produção.
0 Q1 Q2 Q3 Q
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CTM(Q,K1) CTM(Q,K3)
p* • • •
Dado que, no longo prazo, a
empresa pode ajustar todos
• os factores produtivos, então
Cmdpl(Q)
• deve escolher a dimensão 3 e
produzir Q3, por forma a
•
CTM(Q,K2)
Cmgpl(Q) maximizar o seu lucro (área
CMg(Q,K2) marcada no gráfico)
0 Q1 Q2 Q3 Q
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O Equilíbrio da Empresa no Longo Prazo
u.m.
CMg(Q,K1)
CMg(Q,K3)
CTM(Q,K1) CTM(Q,K3)
p* • • •
0 Q1 Q2 Q3 Q
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Cmgpl(Q)
CTM(Q,K1)
Cmdpl(Q)
CTM(Q,K3)
•
p* • • O mercado estabelece um preço de
• equilíbrio tal que, se a empresa estiver
a utilizar a dimensão 1 no curto prazo,
produz Q1 e aufere lucros normais. No
entanto, no longo prazo, escolherá a
• dimensão 3, produzirá Q3 e os lucros
passam a ser supranormais.
0 Q1 Q3 Q
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O Equilíbrio da Empresa no Longo Prazo
u.m.
CMg(Q,K3)
CMg(Q,K1)
•
Cmdpl(Q)
CTM(Q,K3)
• • Se o mercado ditar este preço de
equilíbrio e a empresa estivesse, no
CTM(Q,K1) período curto, a utilizar a dimensão 3,
p* • • então teria prejuízos (ver área a
vermelho) ao produzir Q3 (quantidade
• maximizadora do lucro). No longo
prazo, escolheria a dimensão 1 e
passaria a produzir Q1, auferindo lucros
Cmgpl(Q)
supranormais (área a azul).
0 Q1 Q3 Q
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Equilíbrio da Indústria no Longo Prazo
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A Função Oferta da Indústria a Custos Constantes no Longo Prazo
u.m.
Scp No longo prazo, a
S'cp função oferta da
E'
indústria é uma linha
E E'' horizontal ao nível
Slp ⇔ P = min Cmdlp do mínimo custo
médio de longo
D D'
prazo.
Q
u.m.
Scp
S'cp
E'
E E''
Slp ⇔ P = min Cmdlp
D D'
Q
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Efeitos da Deslocação da Função Procura numa Indústria a Custos Constantes
Admitamos que o mercado está em equilíbrio no longo prazo. Admitamos ainda que há
um aumento da procura de D para D’. Então:
• no curto prazo, P = P2, (E→E’) e a quantidade óptima é X2 (P2=Cmgcp), sendo o lucro
supranormal;
• no longo prazo, os lucros supranormais são um incentivo à entrada de empresas,
registando-se uma expansão da oferta e, portanto, uma descida do preço, até que este
volte ao nível inicial e os lucros económicos sejam nulos (E’’). Assim, no longo prazo,
o preço mantém-se, assim como a quantidade produzida por cada empresa. A
quantidade transaccionada no mercado aumenta, o que é possível devido ao aumento do
nº de empresas. No fundo, o nº de empresas é a variável de ajustamento.
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Efeitos do Imposto Fixo Sobre o Equilíbrio da Indústria
Efectuando a análise dos seus efeitos pela via da oferta, este imposto tem a
natureza de um custo quase fixo: é invariável com a quantidade produzida, mas
quando decide não produzir, a empresa não paga o imposto. Como é afectado o
equilíbrio da indústria?
• No curto prazo, porque a função Cmg não se altera, então a oferta individual e da
indústria não se altera, pelo que a quantidade e o preço de equilíbrio são os
mesmos, só se reduzindo o lucro das empresas. O imposto é pago à custa do
excedente do produtor.
Empresa Mercado
$ $
q* q n.q* Q
CmdPL
p2*
S’PL
S PL
p1*
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Preâmbulo à Análise dos Efeitos do Imposto Específico
A análise dos efeitos do imposto específico pode ser feita pela via da oferta ou da
procura, usando a relação:
pc = p p + t
em que pc designa o preço que o consumidor paga e pp preço que o produtor recebe.
• Análise via oferta – a quantidade oferecida terá que aparecer em função do preço
que o consumidor paga (a função oferta desloca-se paralelamente para a esquerda e
para cima).
• Análise via procura – a quantidade procurada terá que aparecer em função do preço
que o produtor recebe (a função procura desloca-se para baixo e para a esquerda)
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Efectuando a análise dos seus efeitos pela via da oferta, no curto prazo, o
lançamento de um imposto unitário faz deslocar o custo médio e o custo marginal
paralelamente para cima. A oferta de período curto da indústria diminui (desloca-
-se para a esquerda e para cima), o que faz com que o preço pago pelo consumidor
(pc2*) aumente e que o preço recebido pelo produtor diminua (pp2*). A quantidade
transaccionada no mercado diminui, assim como a quantidade produzida por cada
empresa.
27
Efeitos do Imposto Específico Sobre o Equilíbrio da Indústria
CVM p1*
• •
• pp2*
• D (preço que o consumidor
paga)
D’ (preço que o produtor
recebe)
q2*q1* q n.q2* n.q1* Q
• p1*
S PL
28
Efeitos do Imposto Específico Sobre o Equilíbrio da Indústria
• p1* • • S PL
29