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Hildegarda foi uma mulher extraordinária! Este trabalho, feito para o curso de
Teologia, Música e Liturgia, foi uma introdução ao conhecimento da vida e da obra de
alguém, que, como diz Luís de Camões, se foi da «lei da morte libertando». Ler os seus
textos, conhecer o seu pensamento, ouvir a sua música é em si já uma experiência
mística. Contudo, apesar da notabilidade que teve no seu tempo, não deixa de ser
estranho que esta mulher (e talvez este possa ser o motivo) seja tão desconhecida e que,
por tantos séculos, quase fosse ignorada. É interessante que, em tantas obras consultadas
de história da música, a maioria delas seja omissa no que se refere à abadessa de
Bingen.
Este trabalho foi uma pequena introdução. Nele, analisamos o conceito musical
de Hildegarda, procurando ver a sua especificidade, unicidade e novidade. Socorremo-
nos fundamentalmente do que outros disseram, sem deixar de procurar ver e conhecer
as obras originais de Hildegarda. Contudo, dado o espaço limitado de que dispomos,
sabemos ser um trabalho que peca por ser superficial e não entrar em profundidade na
riqueza dos seus escritos.
Ele está dividido em três capítulos. O primeiro procura expôr sumariamente a
vida de Hildegarda, bem como o seu contexto histórico, inserindo-a dentro da cultura
fervilhante de vida do século XII. O segundo, procura entrar diretamente no tema do
nosso trabalho, abordando a influência dos padres da Igreja sobre o seu pensamento,
analisando alguns dos aspetos da sua teologia e expondo algumas das características
formais da música da nossa autora. No terceiro capítulo, pareceu-nos ser importante
analisar três das suas obras que representam usos diferentes que ela fez da música.
Fazer este trabalho, ainda que tenha sido díficil, porque não é fácil sintetizar um
pensamento tão rico e profundo, revelou-se uma atividade extremamente gratificante,
porque nos fez descobrir a grandeza deste mulher, que soube estar muito à frente do seu
tempo. Deixa-nos o apelo de continuar a aprofundar a rica espiritualidade que podemos
encontrar ao ler os seus textos e ao ouvir a sua música.
CAPITULO PRIMO
VIDA E OBRA
1 Do ponto de vista político e social, este é o período em que se dá a perda da unidade política do império
e a sua desintegração e, com esta, nascem vários reinos por toda a Europa, que se afirmam com centros de
organização política. Se por um lado se dá a afirmação do feudalismo nos meios mais rurais, ao mesmo
tempo, dá-se a ascensão das cidades como centros de comércio e, com estas, dá-se o nascimento de um
novo grupo social, a burguesia. O século XI e XII é também o período em que se redescobrem, através
dos grandes pensadores árabes, Avicena e Averróis, os grandes filósofos do período grego,
particularmente, Aristóteles e Platão. É o periodo do nascimento das universidades na Europa, a de
Bolonha, em 1088 e a de Paris em 1150, que se afirmam como centros de cultura e saber. É também um
período onde, as mudanças climáticas, económicas e sociais, permitem um aumento considerável da
população europeia. Do ponto de vista religioso são tempos de tensão. Os séculos XI e XII, são marcados
por acontecimentos que redefinirão a face da Igreja. Por um lado, o século XI vê surgir a afirmação do
poder temporal do Papado, às mãos de Gregório VII, com o Dictatus Papae (1075). Nele se definem as
prerrogativas papais, a independência da Igreja face ao poder dos imperadores, e a dependência destes
face à autoridade papal. É um tempo em que se vive na Igreja uma grande desgradação moral ( cf.
TABAGLIO, Maria Emanuela, Carmina. Symphonia armonie celestium revelationum), particularmente
entre a hierarquia eclesiástica, que suscita no seu seio o desejo de mudança e de reforma. É também o
tempo das heresias cátara, valdense e albigense, nas quais é afirmada a igreja dos puros e dos santos,
contra a igreja dos pecadores. Estas arrastam multidões de homens e mulheres que buscam um ideal de
perfeição cristã e que não o encontram na Igreja hierárquica. Ao mesmo tempo que se vive um periodo de
crise, é também um tempo em que surgem muitas tentativas de reforma da Igreja e das suas estruturas.
Surgem neste período várias reformas religiosas e novas fundações de mosteiros que buscam uma maior
radicalidade evangélica. Entre elas destacam-se a reforma Chartreuse por S. Bruno; e a de Citeaux por S.
Roberto de Molesme, promovida em toda a Europa às mãos de S. Bernardo, abade de Clairvaux (cf.
VAUCHEZ, André, Apogeo del Papato ed Espansione della cristianità (1054-1274), Borla/Città Nuova,
volume 5, Roma 1997, 168-170; cf. JEDIN, Hubert, Storia della Chiesa. Il primo medio evo, vol. IV, Jaca
Book, 1978, 431-439). É ainda o tempo em que surgem os primeiros grandes teólogos escolásticos, como
Anselmo de Aosta, Pedro Abelardo ou ainda os teólogos da Escola de Chartre, que contribuem para o
desenvolvimento e fixação da doutrina cristã nos seus conceitos fundamentais (cf. GARBINI, Luigi,
Breve Storia della Musica Sacra. Dal canto sinagogale a Stockhausen, Il Saggiatore, Milano 2005, 121-
123). É o período da pregação das Grandes Cruzadas e do sonho de recuperar os lugares santos do
domínio muçulmano, que mobilizam toda a Cristandade. Por último, é também o tempo da separação da
Igreja do Oriente da Igreja do Ocidente, com o Cisma de 1054. Todas estas circunstâncias, juntamente
com todo um ambiente de misticismo que se vive neste período, vão exercer a sua influência na vida e na
obra de Hildegarda, que, em muitos aspetos, será uma mulher fruto do seu tempo, mas fundamentalmente,
à frente do seu tempo.
contexto do seu lugar natal, mas no contexto cultural, político e religioso de uma
Europa densa de acontecimentos»2.
Hildegarda é a décima filha de Hildepert e de Mechtide de Bermersheim, uma
família da baixa nobreza rural, no seio da qual passa toda a sua infância 3. As suas visões
frequentes e a suas experiências místicas, bem como a sua frágil saúde, levam a sua
família a consagrá-la a Deus e a pô-la ao cuidado de Jutta de Sponheim, no mosteiro
beneditino de Disibodenberg, a 1 de novembro de 11064.
Os anos que passa no mosteiro são tempo de formação. Sob a orientação de Jutta
e segundo a regra de S. Bento, Hildegarda dedica-se à oração, aos trabalhos manuais, à
cozinha, ao cultivo e conservação de ervas medicinais, ao canto e ao estudo. Quando
Jutta morre, em 1136, Hildegarda assume a orientação da comunidade, com a ajuda do
monge Volmar, como diretor espiritual, e com a colaboração da noviça Richardis. A
partir deste momento, Hildegarda começa e pôr por escrito as suas visões. Tendo sido
apresentado um dos seus escritos a S. Bernando de Claraval, este incentiva-a a continuar
a escrever e recomenda-a ao Papa Eugénio IV, que a cita durante o Sínodo de Treveri
(1147-1148). São deste período as suas primeiras composições musicais5.
Com o proteção do Papa, a fama de Hildegarda espalha-se por toda a Europa. Tal
facto, faz crescer o número de monjas que procuram a sua comunidade, levando-a à
fundação de um novo mosteiro em Bingen; fá-la estabelecer correspondência com os
grandes do seu tempo que procuravam os seus conselhos (papas, imperadores, bispos,
irmãs religiosas, santos mestres e pastores, homens de poder e de responsabilidade
civil); e leva-a, ainda, a ser chamada para visitar dioceses, conventos, comunidades,
onde era convidada a discursar em catedrais, igrejas e praças, coisa absolutamente
impensável naquele período. Os seus discursos eram fortes e inquietantes, denunciando,
como um verdadeiro profeta, os vicíos dos seus contemporâneos, sem poupar ninguém6.
Hildegarda escreveu vários livros, fruto das visões místicas que acompanham
toda a sua vida. Escreveu livros de teologia, livros de ciências naturais, livros de poesia
e de música. Entre as suas obras mais importantes encontramos o Liber Scvias Domini,
o Liber vitae meritorum, o Liber Divinorum operum, o Ordo Virtutum, o Symphonia
armonie celestium revelationem. Relativamente às suas composições musicais, estas
têm particular importância, se tivermos em conta que do mesmo período são poucos os
2 Cf. ILDEGARDA DI BINGEN, Carmina. Symphonia armonie celestium revelationum, ed. M. Tabaglio,
Gabrielli, Verona 2014, 10
3 ILDEGARDA DI BINGEN, Ordo Virtutum. Il cammino di Anima verso la Salvezza, ed. M. Tabaglio,
Gabrielli editori, Verona 1999, 23
4 ILDEGARDA DI BINGEN, Ordo Virtutum. Il cammino di Anima verso la Salvezza, 24-25.
5 Cf. FROSINI, Giordano, Ildegarda di Bingen. Una biografia teologica, EDB, Bologna 2017, 16
6 Cf. FROSINI, Giordano, Ildegarda di Bingen. Una biografia teologica, 16
6
que dão o seu nome a qualquer obra musical; e daqueles que chegaram até nós, nenhum
outro tem uma obra tão vasta como Hildegarda. Também não podemos esquecer que
este facto é notável, considerando a sua condição feminina num tempo e num contexto,
essencialmente masculino.
CAPITULO SECONDO
A música de Hildegarda, ainda que ela sempre se definisse como uma mulher
desconhecedora da ciência musical, revela-se como inspiradora e cheia de novidade. Por
um lado insere-se dentro da tradição do canto gregoriano, que remota à reforma
gregoriano do século VIII e que surge como o canto religioso por excelência, onde a
música aparece como serva da Palavra. A música tem como finalidade expressar aquilo
que a palavra procura revelar. Podemos dizer que o canto gregoriano, não canta Deus
em Si-Mesmo, mas Deus como é formulado, especialmente nos textos litúrgicos 7. Por
outro lado, o canto de Hildegarda reveste o gregoriano de um carácter novo e único,
particularmente como consequência da sua experiência mística. «Muito simplesmente
“inventa” um gregoriano adaptado à sua inspiração e à nova fluidez de comunicação
que é necessária. Simpifica-o e ao mesmo tempo retoma o espírito vital, que improvisa
sob a inspiração da palavra: previsivelmente o mesmo da sua criação originária»8.
Este segundo capítulo, subdividido em três pontos, quer entrar especificamente
no tema do nosso trabalho, isto é, estudar e compreender a dimensão musical de
Hildegarda, procurando conhecer a sua especificidade e novidade. Um primeiro ponto,
aborda a música como síntese mais elevado do espaço e do tempo, segundo o
pensamento dos padres da Igreja, particularmente S. Agostinho; um segundo ponto
analisa a concepção teológica e mística de Hildegarda, para compreender a forma como
a música está ao seu serviço; por fim, no ultimo ponto, ocupar-nos-emos de alguns
aspetos mais práticos da sua composição musical, procurando elencar algumas das suas
características formais.
7 Cf. SEQUERI, Pierangelo, Musica e mistica: percorsi nella storia occidentale delle pratiche estetiche e
religiose, Libreria Editrice Vaticana, Città del Vaticano 2005, 107-108
8 SEQUERI, Pierangelo, Musica e mistica: percorsi nella storia occidentale delle pratiche estetiche e
religiose, 109
8
2.1. O espaço e o tempo: a música como síntese
Hildegarda é devedora do pensamento dos padres da Igreja. «No que diz respeito
ao significado teológico da música, o século XII aprofunda, elabora e desenvolve as
teorias formulados no passado, em particular, aquelas atribuídas a Santo Agostinho e a
Boézio»9. A música, particularmente a cristã, torna-se instrumento para elevar-se para
Deus, para superar a realidade sensível e atingir a realidade espiritual.
A música, no pensamento de Agostinho, não é só revestida de elementos
matemáticos, como no pensamento dos filósofos clássicos. Acima de tudo, a música
traduz o inefável mistério de Deus, que não se pode explicar com palavras; mistério
pelo qual o homem pode chegar a uma certa compreensão da realidade na sua
profundidade. Pela música, segundo Agostinho, o homem tem uma certa experiência do
mundo divino, pois ela encerra em si, uma certa dimensão sacramental 10. Ao mesmo
tempo, a música traduz, a experiência inefável do encontro pessoal com o Mistério, que
as palavras não podem manifestar. Por isso, música e mística são duas realidades que
caminham juntas, que se iluminam mutuamente. O elemento musical deve traduzir a
beleza, a profundidade e a autenticidade desse encontro pessoal e, por isso mesmo, o
homem deve cantar, como diz o próprio Agostinho, “com arte e com alma”.
A música em Agostinho é reflectida também no contexto litúrgico. A liturgia
condensa no tempo presente o evento passado, antecipando o seu elemento profético.
No culto, «cada presente cristão incorpora em si a memória entre a origem e a meta, o
principio e a plenitude»11.
Sintetizando a concepção linear da pensamento hebraico com a circularidade do
pensamento grego, o tempo cristão, compreende-se à volta do Mistério Pascal de Jesus.
A história acontece numa permanente referência ao passado, antecipando o futuro para o
qual se caminha. A liturgia desempenha um papel fundamental neste processo, onde
passado e futuro e se unificam no presente celebrativo. E, dentro da liturgia, o texto-
cantado, como diz Sequeri, corresponde a uma espécie de mise-en-abîme do acto
celebrativo, pelo qual, no presente se participa na totalizante relação com Deus.
Assim, a palavra cantada torna-se o vértice mais elevado do encontro entre o
Homem e o mistério do Deus incarnado em Jesus Cristo, que se celebra na liturgia. Por
ela, a memória do evento passado, torna-se atual no presente celebrativo, antecipando o
9 Cf. ILDEGARDA DI BINGEN, Carmina. Symphonia armonie celestium revelationum, 67
10 Cf. PIQUÉ, J. Collado, Teología y Música: Una contribucíon dialéctico-trascendental sobre la
sacramentalidad de la percepción estética del Misterio (Agustín, Balthasar, Sequeri; Victoria, Schönberg,
Messiaen), Editrice Pontificia Università Gregoriana, Roma 2006, 108-109
11 SEQUERI, Pierangelo, Musica e Mistica. Percorso nella storia occidentale delle pratiche estetiche e
religiose, 113
momento pleno e definitivo, da participação da liturgia da Jerusalém Celeste, na qual a
criatura cantará o cântico novo, diante do seu Criador.
tinha em comum com os anjos a voz para cantar os louvores (...). Adão perde esta
afinidade com as vozes angélicas, que tinha no paraíso, quando se fez enganar pelo
diabo, opondo-se à vontade do seu Criador. Por culpa da sua iniquidade, foi envolto nas
trevas da ignorância interior: foi como se tivesse dormido profundamente durante todo o
tempo no qual tinha possuído a ciência e agora, acordando, fosse titubiante e inseguro
das coisas que tinha visto nos sonhos13.
12 Esta carta é enviada na sequência de um interdito que o clero de Mogúncia fez ao mosteiro de
Hildegarda. Pelo facto de ela ter feito sepultar no mosteiro um nobre que estaria excomungado,
Hidelgarda e a sua comunidade foram proibidas de cantar na acção litúrgica. A carta mandata ao bispo,
procura mostrar a injustiça dessa decisão, fazendo-a comparar a uma insídia do diabo.
13 HILDEGARDIS BINGENSIS, Epistolarium (Pars Prima I-XC). Hildegardis ad praelatos Moguntienses,
ed. L. Van Acker (Corpus Christianorum. Continuatio Mediaevlis XCI), Brepols, Turnholti 1991, 63
10
2.3. Características formais da música de Hildegarda
Este terceiro capítulo quer analisar concretamente, ainda que de forma muito
sumária e susperficial, três das obras de Hildegarda de Bingen. Uma obra teológica;
uma obra não litúrgica, que entra dentro da dimensão didática da sua música; e uma
obra litúrgica, que se insere na dimensão espiritual da sua música.
18 HILDEGARDA DE BINGEN, Scivias: conosce los caminos, Editorial Trotta, Sagaste (Madrid) 1999, 10
19 HILDEGARDA DE BINGEN, Scivias: conosce los caminos, 11
20 HILDEGARDA DE BINGEN, Scivias: conosce los caminos, 487
12
Toda a obra acontece sob a beleza do canto. Ao longo das visões, muitas são as
refrências musicais onde se atesta a sua importância e o seu significado. Ao longo do
último capítulo, vemos as contínuas exortações ao canto, feitas à criatura humana, para
que louve o seu Criador, com a voz e com todos os instrumentos; para que O louve com
um cântico que celebre, em harmonia e concórdia, a glória e o esplendor. Porque
O Ordo virtutum é um drama não litúrgico, que se insere naquilo que podemos
chamar a dimensão didática da obra de Hildegarda. Este, para além de uma dimensão
lúdica, tem também uma função pedagógica de exortar os ouvintes a escutar a voz que
os quer encaminhar para Deus. Neste drama, «uma Alma procura no mundo terreno a
razão da própria existência, a realização da própria essência, reconhecendo o erro e
voltando-se, pelos seus próprios passos, em direção ao reino das Virtudes no qual tem
direito a viver em virtude da sua origem divina»22.
Todo o drama, desenvolvido em quatro partes, é marcado pelo caminho que a
Alma faz de reconhecimento dos seus erros, o arrependimento e a conversão. Esta é
motivada pelo canto das virtudes que procuram elevar a alma de forma a que esta se
afaste de todos os vícios e reencontre a harmonia da comunhão com Deus. Ao mesmo
tempo, o Diabo procurar seduzir a alma de forma a que esta se perca. No fundo, o
drama deste Alma é imagem do drama de toda a humanidade que, entre as vicissitudes
23 Cf. ILDEGARDA DI BINGEN, Ordo Virtutum. Il cammino di Anima verso la Salvezza, 59-60
24 Cf. PIQUÉ, J. Collado, Teología y Música: Una contribucíon dialéctico-trascendental sobre la
sacramentalidad de la percepción estética del Misterio (Agustín, Balthasar, Sequeri; Victoria, Schönberg,
Messiaen), 122
25 Cf. ILDEGARDA DI BINGEN, Carmina. Symphonia armonie celestium revelationum, 25
14
toda a composição musical un efeito simultaneamente dinâmico e dramático ainda que a
sua interpretação seja alternada entre um solista e o coro 26.
Contudo, também é fácil concluir que, dado o seu carácter de “ruptura” com o
estilo gregoriano tradicional, a sua utilização caiu rapidamente em desuso e permaneceu
desconhecido e ignorado por quase um milénio.
16
BIBLIOGRAFIA
GARBINI, Luigi, Breve Storia della Musica Sacra. Dal canto sinagogale a
Stockhausen, Il Saggiatore, Milano 2005.
JEDIN, Hubert, Storia della Chiesa. Il primo medio evo, vol. IV, Jaca Book,
1978.
18
20
ÍNDICE
Introdução..............................................................................................................3
Capitulo Primo...................................................................................................5
vida e obra.........................................................................................................5
Capitulo Secondo...............................................................................................9
A música em Hildegarda Von Bingen: “sacramento” do mistério.....................9
Capitolo Terzo.................................................................................................13
A composição musical de Hildegarda.............................................................13
Conclusão............................................................................................................17
Bibliografia..........................................................................................................19
Índice...................................................................................................................21