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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

MESTRADO PROFISSIONAL EM LINGUÍSTICA E ENSINO - MPLE

LINGUÍSTICA GERAL – 2018.2

ALUNA: NATÁLIA HELENA NERY E SILVA - 10/10/2018

Fichamento Comentado:

SAUSSURE, F. de. Curso de Linguística Geral. Primeira Parte - Capítulos I e II

Capítulo I:

Natureza do Signo Linguístico

“O signo linguístico une não uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem acústica.
Esta não é um som material, coisa puramente, coisa puramente física, mas a impressão (empreinte)
psíquica desse som, a representação que dele nos dá o testemunho de nossos sentidos; tal imagem
é sensorial e, se chegamos a chamá-la “material”, é somente neste sentido, e por oposição ao outro
termo da associação, o conceito, geralmente mais abstrato.”

Conforme observa-se no trecho acima e também segundo o que foi explanado em sala de
aula pelo professor Denilson, a imagem acústica é a imagem que nos vem à mente quando
lemos ou lembramos daquele signo, o que não é igual aos fonemas, pois o signo não está
ligado à uma ação vocal.

“O signo linguístico é, pois, uma entidade psíquica de duas faces, que pode ser representada pela
figura:


“Propomo-nos a conservar o termo signo para designar o total, e a substituir conceito e imagem
acústica respectivamente por significado e significante; estes dois termos têm a vantagem de
assinalar a oposição que os separa, quer entre si, quer do total de que fazem parte.”

Para que não haja ambiguidade de termos, Saussure resolveu substituir os termos,
conforme explicitado no trecho citado acima. O ‘conceito’ passa então a ser chamado
de significado e a ‘imagem acústica’ passa a ser chamada de significante a partir de
então.

“O laço que une o significante ao significado é arbitrário ou então, visto que entendemos por signo
o total resultante da associação de um significante com um significado, podemos dizer mais
simplesmente: o signo linguístico é arbitrário.”

A afirmação acima significa dizer que a ideia de qualquer palavra (signo), como “mar”
não está ligada por relação alguma interior à sequência de sons m-a-r, que aqui serve
como significante, ou seja, a ideia poderia ser representada por qualquer outra
sequência, não importa qual. Isso pode ser visto no fato de, por exemplo, uma palavra
ter uma representação por meio de um significante diferente em casa língua, por
exemplo: janela (pt.), ventana (es.), window (en.), fenêtre (fr.), bem como um mesmo
signo ter significantes diferentes em países falantes da mesma língua, porém com cultura
e localização geográfica diferentes, exemplo: fila (BR), bicha (PT).

“A palavra arbitrário requer também uma observação. Não deve dar a ideia de que o significado
dependa da livre escolha do que fala (...); queremos dizer que o significante é imotivado, isto é,
arbitrário em relação ao significado, com o qual não tem nenhum laço natural na realidade.”

Ou seja, o signo é arbitrário, mas não no sentido de que qualquer pessoa pode escolher
o signo que deseja utilizar, mas ela é estabelecida por um grupo linguístico, regendo
sobre essa escolha fatores históricos e geográficos do desenvolvimento da própria língua.

Capítulo II:

Imutabilidade e Mutabilidade do Signo

“Nunca se consulta a massa social nem o significante escolhido pela língua poderia ser substituído
por outro." p. 85
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Vemos que os indivíduos não podem modificar em qualquer ponto a escolha feita, assim
como a massa não pode exercer soberania sobre uma palavra que seja. O signo não está
sujeito a nossa vontade, mas é uma herança da época anterior.

“o único objeto real da Linguística é a vida normal e regular de um idioma já constituído.” p. 86

Entendemos que a Linguística se interessa por estudar o idioma em um determinado


momento no tempo. Ou seja, é um estudo sincrônico.

“o signo está em condições de alterar-se porque se continua."

Percebemos que é justamente o fator tempo e continuidade que garantem à língua a


possibilidade de alteração, ao lado da continuidade da língua. Podem acontecer
mudanças de diferentes ordens em relação ao signo, pode ser mudança da imagem
acústica, do conceito, pode também haver outro tipo deslocamento da relação entre a
ideia e o signo.

“Em nenhum momento, e contrariamente à aparência, a língua existe fora do fato social, visto ser
um fenômeno semiológico. ” p. 92

Sausurre afirma que que seu objeto de estudo seria a língua menos a fala, porém, essa
definição deixaria a língua fora de sua realidade social, pois, só abrange o aspecto
individual da língua. Por outro lado, é essencial que exista uma massa falante para que
existe uma língua. A mesma é social, ou seja, está interligada aos seus falantes.

“A língua já não é agora livre, porque o tempo permitirá às forças sociais que atuam sobre ela
desenvolver seus efeitos, e chega-se assim ao princípio de continuidade, que anula a liberdade. A
continuidade, porém, implica necessariamente a alteração, o deslocamento mais ou menos
considerável das relações. ” p. 93

Se a língua for tomada no tempo sem considerar-se a massa falante, ou seja, por um só
indivíduo vivendo por vários séculos sozinho, não se registraria qualquer mudança.
Também, se considerássemos apenas a massa falante, sem o tempo, não seria possível
observar as forças sociais agindo sobre a língua.

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