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rela de Criagdo - Nucleo de Oramaturga - Se Ervicpunumarigs VertdopraimoretsdoComunzarero RES. Tere Processo Colaborativo: Relato e Reflexdes sobre uma Experiéncia de | Criagao °° | soe opouero | ULTIMAS NOTICIAS: possa servir como base @ objeto de estudo para outros grupos e pessoas interessadas , reflexdo. de estudo e desenvolvimento na Escala Livre de Teatro, de Santo André, com 9 name de processo colaboratvo (@ no método colaborativo) ndo 86 para preservar 0 caréler vvasto ¢ intulivo da criagdo, como pelo culdado, nunca desnecessério, de nao objetivar ‘excessivamente o fim pretendido. Nao era, e nem &, nossa pretensio estabelecer um ‘conjunto de regras para levar a bom termo a ctiagao de um espetaculo teatral. Sabemos Fique por dent de todas as i i por experiéncia que a criacdo artistica, embora seja uma geometria racional possul novidades do Nicloo do Dramaturgia ‘elementos imponderdveis,e no queriamos proceder como se estivéssemos diante de um abjoto de estudo apenas cientiic. Isso ndo significa que o processo colaboralive ‘abra mao alguns principios norteadores, sem os quals os riscas do processo de criagso cal num subjetivismo vazio sdo por demais evidentes. O que prelendemos com este ‘artigo 6 balizar o caminho percorido @ abrir uma reflexdo teérica sobre uma prética |6 ‘consagrada como bastante oficionte om nosso trabalho. Breve histéico (0 processo colaborativo provém em inhagem direta da chamada criagdo coletva, proposta de construpso do espetdculo teatral que ganhou destaque na década de 70, do século 20, e que se caracterizava por uma paricipagdo ampla de todos os integrantes do grupo na exiago do espeticulo. Todos traziam propostas c&nicas, escreviam, improvisavam figurinos,discutiam idéias de luz e cenério, enfim, todos pensavam coletivamente a construcdo do espeticule dentro de um regime de liberdade imestrits @ mitua interferéncia. Era um processo de criagao totalmente experimental mmuitas vezes sem contrale, evjos resultados, quando havia, lam do canhestra a0 razodvel, com algumas boas, vigorosas e estimulantes excegies de praxe. Esses bons resultados ostimulavam a continuagao da busca de um novo proceso de trabalho cratvo, prinipalmente porque resultados canhestros apareciam tamibém no process tradicional - 0 teatrao, como era chamado -2 que se caraclerzava por forte obediéncia ‘0 texto teatral e por uma divisdo de trabalho comandada pelo diretor, hip :slwwnsesipr.org.brirucleodedramaturgialFreaComponent9545content77392,shiml wn Sas Sobre uma Experiéncia de Criago - Nacleo de Dramaturgia- Set leva possula, no entanto, alguns problemas de método. Um deles era a iva informalidade do proprio proceso. Nao havia prazos, muilas vezes os sm nebulosos @ se a exerimentagSo criatva era vigorosa, nfo havia uma lacumulada que pudesse fixar a prépriatrajetéria do processo. Era, ainda, fsem da criagao totalmente empirica que se resumia, muitas vezes, em |¢d0 sobre experimentagao, Por outta lado, tavez a auséncia de alguém =S3b organizar idélas, apdes e personagens, todo material proveniente das improvisagdes num texto prévio- dramaturgos eram escassos na época- fez com que co diretor comumente concentrasse em suas maos @ em sua ética, o resultado, & “amarragaé final’, como so costumava dizer. lsg0 fazia com que 0 proceso pardesse, ‘em determinado momento, seu cardter collivo, assumindo a visSo, ou @ proposta de sou diretor. Nesse caso, se anteriormente 0 grupo dependia totalmente de como o dramaturgo pré-organizava o espetdculo alravés do texto - © que acontecia no proceso tradicional -, agora o coletivo também corra orisco de ter um outro criador quo, isoladamente, cumpria essa funcdo, 0 que fazia com que o ideal de um cole criador no se cumprisse integralmente ‘Questo igualmente importante era que a eriagae coletiva, em sua propasta de dar voz ‘direitos a todas os criadores, muitas vezes conduzia o resultado artistico @ uma ‘Somatéria das criagdes dos individuos, multas vazes sem sintese o clareza. A ferocidade da critica da época convencionou comparar alguns desses espetdculos a fastas escolares de final ae ano. Durante os anos 1980, 8 aventura de chegar a uma criagéo coleiva que se pudesse ccontrapor ao sistema funcionalista vigente pareceu esqotarese dentro de suas préprias contradigées. Por sua vez 0 dretor assumiu de vez 0 papel de condutor do proceso da ‘riagao teatral, substtuindo, mutes vezes, o dramaturgo como geémetra das agses © pensador do corpo de valores élicos @ estéticas do espeticula, Ao contrério do que ossa parecer, este foi um momento bastante rico para a cena brasileira, O diretor ndo ‘se resumia mais a simples montador de texts. Libertos da servida a escrita do ‘dramaturgo, 0s encenadores tomaram.se os verdadeiros criadores do espetacula, azendo avangar a pesquisa cénica a limites alé ent&o inexplorados. Quando no criavam os préprios textos onde se assentavam os espetaculos, apropriavamese da dramaturgia de autores classicos ou contempor’neos como suporte para sua criagdo, remodelando, cortando, fundindo cenas, muitas vezes dando outra coniguragao a0 trabalho original do dramaturgo. Resultados belissimos, oiginais © contundentes foram ‘riados a partir da arquitetura cénica. No entanto, um processo coletivo de ciagéo ccontinuava sollctando reflexao e aprofundamanto. Se o processo de criagdo ‘convencional havia encontrado seu equllirio baseado na hierarquia representada pelo texto e na especiaizagdo das fungdes, a busca de um proceso coletve eficiente Ccontinuou seu percurso a procura de respostas aos problemas que sua auséncia de método apresertava, (© que chamamos hoje de proceso colaborative comegou a se aprofundar no comeco {dos anos 1990 . 0 Teatro da Vertigem, de Sa0 Paulo, clrigido por Antonio Aratijo, ¢ 2 Escola Livre de Teatro de Santo Andeé, sé referéncias na busca da horizentalidade de relagées artisticas entre seus integrantes, Experiéncias foram desenvolvidas, dentro do “Ambito da Escola Live, por criadores como Tiche Vianna, Cac Carvalho, Antonio -Acaijo, Luis Femando Ramos, Luls Alberto de Abreu, Francisco Medsiras ¢ outras, na busca de refleti © desvendar alguns principios que pudessem ordenar um trabalho de intensa criagao @ a0 mesmo tempo sem hierarquias fxas @ desnecessérias Um novo olhar © processo da construgio do espetaculo de forma partihada por varios criadores levou, logo de inicio, 8 necessidade da revisdo de uma série de conceltos relacionados & arte twatral. Percebsu-se, loge a principio, que esse novo processo de criagso no poderia Cconviver como subjetivismo exacerbado que comumente acompanha o trabalho attstica. Num processo de criaco partlhada no ha muito espaco para "minha cena", “meu texto", “minha idéia". Tudo ¢ jogado numa arena comum @ examinado, cconfrontado e debatida até o estabelecimenta de um "acorda” entre os eriadores, claro que esse acordo nao significa reduzir a eriagéo ao senso comum, nem transformar ‘0 Vigor da crlaglo artistic num acordo de cavalheiras. E um acordo tenso, precatio, sujeito, muitas vezes, a constantes reavaliagdes durante 0 percutso. Confrontagao (de idéias © materal crativo) ¢ acordo so pedras angulares no processo colaborativo. © principal conceito a se fazer revisdo diz respeito ao proprio entendimento do fenémeno teatral. O principio nerteador do proceso colaborative 6 @ canceite de que hip :slwwnsesipr.org.brirucleodedramaturgialFreaComponent9545content77392,shiml ant hitp:slwwn:sesip org brinucleodedramaturgialFre bsso para conduair uma série de confites subjetivos para um campo hrias, visées estéticas, impresses, sontimentos, informagées, todas esses lue sto trazidas por atores,dirtores, dramaturgos, cenégrafos, figurinistas \dores, para a arena do pracesse de crlagao tisham agora referencials J espetéculo ¢ o publico. Aparentemente situaro fendmeno teatral na relagao efémera do espetculo com 0 piiblco 6 uma obviedade. No entanto, essa obviedade produz profundas mudangas, De um lado recolaca o publice como elemento importante a ser levado em conta no proceso de criagao. De outro, afasta a ilusdo narcisista de que toda complexidade do fendmeno teatral possa ser reduzida um dnico artista (seja ele dramaturgo, dirlor, ator ‘u outro qualquer). Arte teatral, dentro desso conceito, nda ¢ apenas expresso do attista (qualquer que soja ela), mas uma complexa relagdo entre a oxpressio do artista 20 publico. A.essa concepedo parecem estranhas tanto as defines do teatro como aaarte do ator quanto texto dramatirgico ou geometria cénica. € claro que o oxo principal de um espetaculo pode ser 0 dramaturgo, 0 diretor, 0 ator, o cendgrafo ou ‘outro crlader, mas nenhum deles, soladamente, define a totaidade do fendmano teatal, {que permanece por sua prépria historia e maneira de ser ums arte coletva feta para ser parthada por um outro coletivo, publica, ‘A resintrodugae do piblico como valor a ser considerado num processo de criagao artstica & assunto complexo @ que pede rellexdio maior que no cabe no momento. Por ‘ora, basta levantar que 0 pdblico, em geral, ndo tem sido incluldo como elemento fundamental nas discus:

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