O USO DE TECNOLOGIA NA APRENDIZAGEM DO PIANO

Paulo Rubens Gonçalves SANTOS1*, Marçal Fernando Castellão2

1
Graduando em Música
2
Professor Mestre do Curso de Música

Resumo
O presente artigo tem como objetivo pesquisar, discutir e avaliar como as atuais tecnologias podem ser úteis no
contexto de ensino-aprendizagem do piano. Foram pesquisados livros e artigos acadêmicos sobre o uso de tecnologias
na educação musical, disponíveis na internet. Por serem mais próximos à realidade do autor, as tecnologias analisadas
foram: Synthesia, IMSLP, YouTube e Encore. Constatou-se que tais tecnologias podem auxiliar em diferentes áreas e
níveis de dificuldade no ensino do piano, cabendo ao professor estar ciente de como e quando elas podem ser usadas
para benefício do aluno. Nesse sentido, o trabalho visa aproximar a prática de ensino às novas tecnologias disponíveis.

Palavras-Chave: educação musical; ensino do piano; novas tecnologias.

Abstract
O presente artigo tem como objetivo pesquisar, discutir e avaliar como as atuais tecnologias podem ser úteis no
contexto de ensino-aprendizagem do piano. Foram pesquisados livros e artigos acadêmicos sobre o uso de tecnologias
na educação musical, disponíveis na internet. Por serem mais próximos à realidade do autor, as tecnologias analisadas
foram: Synthesia, IMSLP, YouTube e Encore. Constatou-se que tais tecnologias podem auxiliar em diferentes áreas e
níveis de dificuldade no ensino do piano, cabendo ao professor estar ciente de como e quando elas podem ser usadas
para benefício do aluno. Nesse sentido, o trabalho visa aproximar a prática de ensino às novas tecnologias disponíveis .

Keywords: xxxxxxxxxxxxx; xxxxxxxx; xxxxxxxxxxx; xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

1 INTRODUÇÃO procura de maneiras mais eficientes de estudo,

e conteúdos que não tenham associação com
A tecnologia hoje desempenha um
alguma das tecnologias atuais podem causar
grande papel na sociedade. A evolução dos
desinteresse.
meios de comunicação e de transporte,
internet, computadores, tablets e smartphones Portanto, no tocante ao ensino do
trazem uma praticidade nunca vista antes. piano, buscou-se responder o seguinte
Existem softwares que são usados em todos os problema de pesquisa: Como os aplicativos
aspectos do cotidiano: lembrete de disponíveis hoje podem auxiliar na
compromissos, GPS, serviços de transporte, aprendizagem da música erudita? Com isso
organização de tarefas, pedidos de refeição, poderá ser contextualizado em que área cada
entre outros. E deste cenário, destacamos os um poderá ser de ajuda e problemas que
aplicativos que auxiliam a aprendizagem incentivem o uso de tais aplicativos. Por serem
musical. Os alunos estão cada vez mais a próximos à realidade do autor, os aplicativos
escolhidos foram: Synthesia, IMSLP, YouTube
e Encore. A pesquisa visa atender a demanda
de métodos que cultivem o interesse e que
sejam mais próximos da realidade das novas
gerações.
2 REVISÃO DE LITERATURA
A tecnologia faz parte de nossa
sociedade. Segundo Pinto (2004), criou-se
uma nova linguagem: a linguagem digital. Por
isso, não se pode ignorar a relação entre os
conhecimentos de informática e outros
conhecimentos pertinentes à nossa formação
social. Isso faz com que sejam necessárias
mudanças na forma de pensar e ensinar. As
instituições de ensino, principalmente, tem o
dever de manter seus alunos a par das
exigências de um domínio cada vez maior das
tecnologias e habilidades relacionadas a ela.
A escola, enquanto
instituição social,
convocada a atender de
modo satisfatório
exigências da modernidade.
Se estamos presenciando
estas inovações
tecnologia é de fundamental
importância que a escola
aprenda os conhecimentos
referentes a elas para poder
repassá-las a sua
clientela[...](PINTO, 2004,
p. 2).
O ensino do piano permite uma
perspectiva similar. Cabe ao professor decidir
qual tecnologia será ideal para o bom
desenvolvimento da aula. Ela deve servir
como um instrumento mediador de ensino,
com o objetivo de auxiliar a compreensão e
expandir os caminhos da busca à informação.
Para Leme (2007), o uso dessas tecnologias no
ensino da música deve exigir boa preparação e
reflexão. Apenas o conhecimento superficial
de certa ferramenta ou a falta de entendimento
sobre seu funcionamento didático pode fazer
com que as práticas sejam engessadas e até
mesmo confusas.
Com o passar do tempo, mais
tecnologias são criadas e adotadas pela
sociedade, o que dificulta a atualização do
professor. O aluno pode se sentir mais
confortável usando uma tecnologia que o
professor ainda não conhece, por isso é
necessário que o professor de música tenha
contato, o mais cedo possível, com as
alternativas tecnológicas que seu aluno tem à
disposição e já comece as inserir em suas
práticas educativas. Com isso, a defasagem do
conhecimento tecnológico que ele possui em
relação ao conhecimento do aluno se torna
é
menor, podendo ainda criar uma melhor
as
relação aluno-professor (LEME, 2007, p. 94).
da Segundo o mesmo autor, a grande
maioria dos currículos de licenciatura, para a
formação em música, apresentam um contato
com recursos tecnológicos musicais apenas de
cunho não formal, já que são oferecidos
apenas em forma de matérias complementares
opcionais ou em projetos específicos de
pesquisa. Corroborando com esse ideia, Frizon
(2015) sugere uma revisão curricular que
apresente disciplinas que contemplem a
utilização de tecnologias como mediadoras de
ensino e uma mudança no fazer pedagógico
onde sejam atendidas as demandas trazidas
pelos alunos para o contexto escolar.
Uma das tecnologias comumente
usadas é a gravação. Segundo Monteiro: "A
prática mostra que, em geral, o refinamento de
escuta de um músico tende a diminuir quando
ele está no processo de execução, sobretudo
durante o aprendizado de uma nova obra
(MONTEIRO, 2009). Muitas vezes
executante não ouve a mesma coisa que uma
pessoa que está na plateia ouve. A atenção
dividida entre a antecipação da música e os
movimentos mecânicos e interpretativos pode
fazer com que haja uma defasagem no que se
tem intuito de emitir e o som que realmente é
emitido. Com a gravação, conseguimos ouvir
nossa própria execução e consertar pontos que
muitas vezes não percebemos na execução, ou
nuances que achamos estar bem feitos quando
na realidade estão pouco destacados. Com esse
tipo de ajuda, se nota um aumento cada vez
maior na expectativa do que se pode esperar de
uma interpretação pianística de alto nível
(MONTEIRO, 2009).
Contudo, Monteiro (2009) destaca que
alguns professores de piano acreditam que
ouvir gravações de outros pode atrapalhar o
desenvolvimento da personalidade do aluno,
especialmente quando se trata de uma nova
peça. Mas ouvir uma gravação não é o único
fator que irá determinar como o executante irá
desenvolver tal peça. O conhecimento sobre o
autor, sobre o período da obra, o nível de
conhecimento teórico e até mesmo o gosto
pessoal também influenciam em como será a
caracterização empregada na obra. Quando
várias gravações são comparadas, talvez se
perceba detalhes em cada uma que trarão
novas ideias, se perceba detalhes que passaram
despercebidos na leitura ou pontos em comum
que irão fixar passagens não resolvidas.
No que se diz respeito a ouvir a própria
o
gravação, Monteiro destaca:
Aqueles alunos de piano
que já gravaram suas
próprias aulas, ao escutarem
novamente esses registros,
certamente se
surpreenderam com
inúmeros detalhes da fala
do professor que haviam
passado despercebidos ou
sido mal compreendidos.
Por outro lado, essa audição
também evidencia,
eventualmente, sua própria
teimosia ou sua insuspeita
incapacidade ao realizar
aquilo que está sendo
solicitado (MONTEIRO,
2009, pág 113).
É comum que o professor peça diferentes
interpretações e receba a mesma resposta
sonora. Muitas vezes o aluno não distingue se
está executando as mudanças pedidas ou não,
com a gravação é possível que o estudante veja
como ele lida com os conselhos do professor,
com isso poderá entender como mostrar mais
claramente o que tem em mente. Isso poderá
auxiliar a refinar sua performance.
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Foram feitas pesquisas básicas e
exploratórias por meio da revisão de livros e
artigos acadêmicos sobre tecnologia na
educação musical disponíveis na internet, com "(...) o registro amador
coexiste lado a lado com o
o intuito de encontrar experiências e ideias profissional. Vale aqui
observar que a gravação de
relevantes sobre o tema. Análise dos qualidade artística inferior
pode igualmente ser um
aplicativos por investigar suas funções internas instrumento eficaz em
e por colher informações dos artigos termos didáticos, desde que
o aprendiz seja capaz de
pesquisados. Discussão acerca de aspectos identificá-la."
(MONTEIRO, 2009, p.
ligados diretamente ao ensino de piano. 114)

4 RESULTADOS e DISCUSSÃO Todas essas explorações da música

4.1 YouTube erudita adicionam recursos no
O YouTube é um site que
ensino/aprendizagem do piano dos quais o
disponibiliza uma plataforma gratuita de
professor pode inserir em sua prática de
compartilhamento de vídeos na internet. Com
docência. Quando se estuda uma peça,
ele, o usuário pode tanto assistir vídeos de
podemos achar algum intérprete que
outras pessoas como enviar os seus próprios
admiramos a tocando e analisar suas escolhas
vídeos abordando temas diversos. Segundo a
interpretativas. Podemos também fazer
Google, empresa proprietária do YouTube, em
comparações entre as gravações percebendo as
2017 o tempo gasto pelos usuários assistindo
sutilezas de cada uma, a fim de que se possa
vídeos passou de 1 bilhão de horas. Isso
apurar a capacidade de análise, percepção do
mostra o quão relevante essa ferramenta é no
que se pede na partitura, sensibilidade e
que se refere ao tempo gasto pelos usuários de
criação da própria interpretação. Podemos,
internet.
através da imagem, perceber o gesto usado em
Os gêneros dos vídeos presentes no
certa passagem e até mesmo o dedilhado, isso
YouTube são dos mais variados possíveis, mas
pode despertar ideias que solucionarão
abordaremos somente os temas relativos à
passagens difíceis, seja por uma troca de dedo,
música erudita em conformidade com a
movimento que permita um maior relaxamento
delimitação do tema deste trabalho. A música
etc. Há usuários que dedicam seu tempo
erudita é explorada de diversas formas, das
fazendo tutoriais passo a passo de músicas
quais encontramos: apresentações, concertos,
específicas e até mesmo aceitam requisições
vídeos amadores e masterclasses em
de peças. Alguns desses tutoriais se limitam ao
praticamente qualquer instrumento. Os vídeos
processo mecânico (dedilhado e marcação de
não apresentam validade, ou seja, uma vez
tempo), mas outros vão a fundo em questões
postado na plataforma, eles ficam disponíveis
interpretativas de época e harmonia. Tal foco
para serem assistidos até que o usuário decida
em campos específicos da música não irá
excluí-lo ou encerre sua conta. A esse respeito,
contribuir, apenas, para melhorar a
Monteiro (2009) ressalta:
performance na peça específica,
possibilitará o aumento de conhecimento
teórico que será capaz de auxilia-lo em
diversas ocasiões em sua carreira musical.
O YouTube é um ambiente muito
explorado pelos músicos. Com certeza ele traz
mais dinamicidade ao ensino
aprendizagem. Pode-se explorar esse recurso e
delimitar quais de suas características podem
ser incorporadas a um ensino
tecnológico.
4.2 IMSLP
O IMSLP, sigla para International
Music Score Library Project, é um projeto que
tem como objetivo a criação de uma biblioteca
virtual de partituras musicais de domínio
público. Para encontrar esse acervo basta
acessar o site que leva seu nome.
Como é da práxis,
ensino/aprendizagem de música erudita é
calcado na leitura de partitura, dessa forma, é
imprescindível a partitura da música que se
pretende estudar. Em muitos contextos o
acesso a uma biblioteca de música erudita é
restrita de modo que o site se mostra uma
ferramenta útil por dar acessibilidade a esse
tipo particular de obra musical.
O IMSLP oferece, quando disponível,
várias versões e edições de partituras para a
mesma peça. Isso pode ser útil porque vários
editores tem o costume de colocar sua visão
sobre a interpretação na partitura. Alguns
inserem o dedilhado segundo o seus
entendimentos assim como marcações de
dinâmica e agógica que consideram
mas, condizentes com o estilo musical abordado, e
ainda deixam notas de rodapé ou textos
introdutórios explicando seu ponto de vista.
Isso se torna mais um recurso de comparação e
análise de estilo que mais se adapta ao gosto
ou experiência do usuário. Diante disso, se vê
e a a necessidade de cautela. Por se tratar de um
domínio público as informações disponíveis
podem não condizer com o entendimento
mais convencional sobre certo assunto ou apresentar
ideias estritamente pessoais, se valendo da
necessidade de critério para a escolha.
Tal escolha de material pode ser feita
individualmente ou, em um ambiente escolar,
junto ao aluno. Será necessário um
entendimento maior para que se diferencie as
marcações pessoais do editor com as
marcações originais do compositor. Nesse
o caso, o acompanhamento do professor é
essencial. A ferramenta YouTube, já citada,
pode ser de ajuda. Ao se perceber escritos
pessoais de um usuário, pode-se compará-los à
gravações de pianistas considerados
experientes. Assim, com auxílio auditivo e
visual, professor e aluno poderão tirar suas
conclusões.
 MIDI. O objetivo do jogo é acertar as notas
fielmente como estão na partitura. Ele pode ser
baixado gratuitamente no site que leva seu
nome.
Hoje, esse jogo é utilizado
majoritariamente como recurso para produção
de tutoriais que mostram visualmente as notas
sendo tocadas no piano. Ele pretende fornecer
uma ideia visual e ritmicamente precisa de
toda a peça. Com as notas que devem ser
tocadas com a mão direita e esquerda de cores
diferentes, o programa envia retângulos que
devem ser pressionados assim que atingem as
teclas representativas do piano, que estão na
Figura 1: Parte da página inicial do site IMSLP
tela. O comprimento desses retângulos é
proporcional ao tempo da nota correspondente
na partitura. A Figura 3 ilustra esse
funcionamento.

Figura 3: Programa Synthesia

Ele possui recursos para aumentar ou
diminuir a velocidade de execução, o que pode
ajudar a superar dificuldades encontradas em
Figura 2: Exemplo de partituras disponíveis: Sonatas de
certos trechos. Opção para praticar apenas a
Beethoven
melodia da música, onde o programa irá
4.3 Synthesia
esperar o usuário tocar a nota certa. Praticar o
O Synthesia é um software que
ritmo em velocidade constante e tocar a
simula a execução de peças musicais do piano
música na velocidade original. Também,
usando o teclado do computador ou até mesmo
mostra um gráfico de linhas com as
um teclado ou piano digital, usando um cabo
pontuações obtidas para uma melhor
visualização do progresso.
O Synthesia executa arquivos MIDI,
arquivos padrão para execução em
instrumentos musicais eletrônicos, o que
facilita a busca por novas peças para serem
executadas. Há pessoas que se especializam
em disponibilizar arquivos nesse formato,
especialmente para usuários do programa.
Todos os estilos de música podem ser
encontradas incluindo músicas eruditas, temas
de filmes e novelas, músicas populares, entre
muitos outros estilos.
Acreditamos que o programa seja
uma boa opção para o professor quando se
trata daqueles que estão iniciando o inserção de cifras e texto na partitura, o que
aprendizado do piano, que ainda estão no
processo de aprendizado da notação musical, e
por isso, sentem dificuldades na leitura de
partituras tanto em seu aspecto melódico
quanto rítmico. O professor pode utilizar o fato
das instruções de como executar o próximo
trecho aparecerem antes de ele ser executado
para auxiliar o aluno a antecipar mentalmente
como o trecho terá que soar. Isso poderá
aumentar as relações que o aluno possui de
figuras e ritmos, o auxiliando até mesmo
quando for iniciar o estudo de uma partitura
nova ou ler uma à primeira vista.
4.4 Editores de partitura: Encore
Encore é um programa pago
disponível no site que leva seu nome, caso o
usuário não tenha interesse em salvar seus
trabalhos, as ferramentas do programa são
gratuitas. Ele foi escolhido porque esteve
presente na formação musical do autor. Com
ele é possível criar e reproduzir músicas de
texturas, formações instrumentais e estilos
variados. Ele conta com um banco de
instrumentos, sendo possível associar cada
pauta a um instrumento desejado. Possui
também todos os recursos necessários para a
colocação de dinâmicas, ornamentos, trinados,
arpejos, indicações de pedal, linhas de oitava,
armaduras de clave, coda e repetições,
compassos numerados e articulações, podendo
em algumas de suas versões reproduzir essas
indicações abstratas que compõe a
interpretação musical.
O programa também permite a
torna possível a escrita de músicas populares e
auxilia aqueles que não têm uma boa leitura na
partitura. Possui uma seção de vozes onde é
possível inserir individualmente cada linha
melódica e, caso o usuário não queira utilizar o
mouse para inserir cada nota em sua respectiva
linha ou espaço, possui um piano virtual que
ao clicar na nota ela é automaticamente
enviada para a partitura.
Na sala de aula, o Encore pode ser um
recurso proveitoso para o treino de
composição. Ele também possibilita o
treinamento e aperfeiçoamento com a notação
e escrita musical, além de desenvolver a
criatividade do aluno. Pinto (2007) cita alguns
auxílios que o software pode trazer para o
aprendizado notacional e musical:
"(...) ao dar um comando
como, por exemplo, clicar
em uma nota, o aluno
 obtém a resposta sonora musical sem ter contato com o instrumento em
correspondente à nota
simultaneamente à imagem si.
gráfica da nota, o que com
certeza auxilia na formação
do ouvido musical do 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
aluno; a possibilidade do
aluno digitar com o mouse
O desenvolvimento do presente
cada símbolo musical, trabalho possibilitou uma análise de como o
procedimento este, que
permite a associação das site e os softwares escolhidos podem auxiliar
imagens visuais das notas
com o seu referido som; a no método de ensino-aprendizagem do piano.
facilidade nas correções de
operações erradas através De um modo geral, o professor, usando
do clique com o mouse
(assim o aluno pode corrigir
de tais meios, poderá auxiliar o aluno em
imediatamente qualquer características como o desenvolvimento da
erro durante o processo de
criação); os limites criatividade, composição, notação e escrita
impostos pelo próprio
programa: se o compasso já musical, leitura rítmica e melódica, além de
estiver completo, ou o
tempo vazio for menor do estimular o ato da pesquisa de diferentes
que a figura que se deseja
partituras e performances em vídeo. Pela
incluir, não será possível
inserir uma nota ou pausa. grande maioria dos recursos serem gratuitos, o
Este recurso faz com que o
aluno reflita sobre a professor não encontrará dificuldades em os
situação e, nessa reflexão,
construa o conhecimento adquirir e inserir em seus métodos de ensino.
através da prática (PINTO,
2007, pág 51). Nesse sentido, a utilização de tais
recursos tecnológicos se mostrou proveitosa.
No caso da composição, o professor
Mas não basta apenas utiliza-los, o professor
pode pedir para que o aluno componha uma
deve estar ciente de como cada recurso que
peça e a transcreva para o programa ou até
escolheu se insere na realidade do aluno e
mesmo que componha diretamente no
como isso o auxiliará positivamente. Assim, de
programa. Assim o aluno poderá verificar se
forma pensada, professor e aluno poderão tirar
sabe passar para a partitura aquilo que ele tem
benefícios dos avanços que a tecnologia
em mente ou se consegue criar um trecho
possibilita.

REFERÊNCIAS

LEME, Gerson Rios; BELLOCHIO, Cláudia
Ribeiro. Professores de escolas de música:
um estudo sobre a utilização de tecnologias.
Revista da ABEM, Porto Alegre, V. 17, 87-96,
set. 2007.
MONTEIRO, Eduardo. O impacto das novas
tecnologias sobre o estudo do piano. O
Futuro da música depois da morte do CD. São
Paulo: Momento Editorial, p. 107-115, 2009.
PINTO, Aparecida Marcianinha. As novas
tecnologias e a educação. ANPED SUL, v. 6,
p. 1-7, 2004.

PINTO, Mirim Corrêa. TECNOLOGIA E

ENSINO-APRENDIZAGEM MUSICAL
NA ESCOLA: uma abordagem construtivista
interdisciplinar mediada pelo software Encore
versão 4.5. 2007. (Pós-Graduação em
Educação Musical, Mestrado em Música) -
Universidade Federal de Minas Gerais. Belo
Horizonte. 2007. Disponível em:<
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/b
itstream/handle/1843/ECOA-
7KGPLD/texto_tese_pdf.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 31 maio 20018.