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Curso
GESTÃO PÚBLICA
Disciplina
ECONOMIA E
MERCADO
Curso
GESTÃO PÚBLICA
Disciplina
ECONOMIA E
MERCADO
www.avm.edu.br
Meu nome é JOSÉ EDUARDO PEREIRA FILHO e sou graduado em
Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense. Em 1997
concluí o mestrado em Ciência Política na mesma instituição e em
2005 formei-me doutor em Planejamento Urbano e Regional,
também na UFF. Sou professor na Faculdade São Camilo, nas
Faculdades São José e na UniverCidade. Ministro disciplinas nos
cursos de Pós-Graduação do Instituto A Vez do Mestre. Minhas
principais áreas de interesse na docência são Sociologia da Saúde,
Metodologia da Pesquisa, Ética e Filosofia.
Pública.
Se eu pudesse resumir minha formação acadêmica eu diria que
esta se iniciou com minha graduação em Ciências de Gestão pela
Faculté des sciences Economiques et de Gestion da Universidade
de Togo (1997). Já no Brasil terminei no ano de 2000 meu
mestrado em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e
por fim conclui meu doutorado em Engenharia de Transportes pela
UFRJ mais recentemente no ano de 2006. Desde 2001 atuo como
professor auxiliar da Universidade Estácio de Sá onde ministro
aulas em diversas disciplinas voltadas para as áreas de
Administração e Gestão de Programas e Políticas Públicas.
Também nessas áreas tenho algumas publicações além de atuar
ainda como pesquisador dos paradigmas organizacionais na esfera
da Administração Pública nas instituições no Instituto A Vez do
Mestre e na Universidade Estácio de Sá.
Um dos projetos mais interessantes que pude trabalhar foi como
coordenador do projeto de desenvolvimento sustentável local no
Projeto Rondon na Amazônia (2006) no município de Nova Ipixuna
em Pará, onde nessa experiência pude implementar com a minha
equipe composta de alunos de diversas áreas cadeias de produção
locais de: agroestrativista; hortas comunitárias, costura e
artesanato.
Depois dessa breve apresentação, onde foi possível nos conhecer
melhor espero que gostem do caderno, que ele possa servir como
auxiliar para o aprendizado na área de conceitos, instrumentos e
práticas na esfera da Administração Pública. Contem comigo para
o que precisar!
Sucesso a todos!
07 Apresentação
Aula 1
09 Economia do setor público
Aula 2
23 Função do estado
Aula 3
55 Gastos públicos
Aula 4
73 Privatização e concessão – parte I
Sumário
Aula 5
95 Privatização e concessão – parte II
Aula 6
113 Modelos de regulação de mercado
Aula 7
147 Agências reguladoras
AV1
179 Estudo dirigido da disciplina
AV2
182 Trabalho acadêmico de
aprofundamento
AULA
Economia do Setor
Público
Koffi Amouzou
Apresentação
BEM PÚBLICO
BENS ECONÔMICOS
Dica do
professor Ficou devidamente acentuado, quando
examinamos o conceito de necessidades, que a
Bens em sentido atividade econômica do homem está na dependência
econômico são todos
aqueles objetos constante do mundo exterior. Tal ocorre porquanto o
relativamente
escassos, suscetíveis indivíduo, para satisfazer as suas necessidades, precisa
de posse e que
servem, direta ou de toda uma série de bens materiais, oferecidos pelo
indiretamente, para
a satisfação das mundo externo. E como tais bens, como sabemos, “não
nossas
necessidades.
se encontram em todas as partes (ou pelo menos em
quantidade suficiente em todas as regiões), impõe-se
uma atividade preliminar, que será a de localizá-los”
(Kleinwatchter, 1990). Posteriormente, como segunda
fase da atividade econômica, defrontamo-nos com a
seleção desses bens, passando, em seguida, para a
fase transformativa, pois comumente os bens naturais
dependem de um processo econômico para a sua
transformação em bens efetivamente aptos para o
consumo.
NECESSIDADES ECONÔMICAS
Importante
Vejamos, agora, os fundamentos da atividade
Fatores econômica. Umbreit, Hunt e Kinter assinalam, com
fundamentais da
atividade econômica propriedade: mostrou-se que a atividade econômica
expressão de Guitton.
Comentários finais
EXERCÍCIO 1
( A ) De não-rivalidade; da não-exclusão;
( B ) Dos bens típicos; de não-rivalidade;
( C ) Da não-exclusão; dos bens típicos;
( D ) Da não-exclusão; de não-rivalidade;
( E ) Dos bens-típicos; da não-exclusão.
Aula 1 | Economia do setor público 21
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
EXERCÍCIO 4
RESUMO
AULA
Função do Estado
Koffi Amouzou
Apresentação
Introdução
Importante
câmbio.
FUNÇÃO ALOCATIVA
Portanto, a aplicação
do princípio de De fato, à medida que um consumidor é apenas
exclusão, implícito
neste sistema de um dos membros de um grupo de pessoas, a oferta
trocas, tende a ser
uma solução disponível de um serviço público para ele não será
adequada.
significativamente afetada por sua contribuição ao
custo total.
FUNÇÃO REDISTRIBUTIVA
Importante
Conquanto não se possa fazer uma
generalização simples quanto ao melhor instrumento Economia do Bem-
Estar
fiscal para distribuir renda, existem indicações que
Uma preocupação
favorecem a utilização de impostos gerais sobre a básica da economia
do bem-estar está
renda ou o consumo. Estes, ao contrário de impostos ligada à definição de
eficiência.
seletivos, não interferem na escolha entre produtos Entretanto, este
conceito exclui
e/ou atividades.
considerações que
envolvem
redistribuição de
Embora os mecanismos de impostos gerais (por renda.
exemplo, o imposto de renda) possuam um custo de
eficiência, à medida que a escolha entre renda e lazer
e/ou consumo presente e futuro possa ser afetada, as
possibilidades são de que a distorção seja menor do
que com imposto seletivo. Importante
Aplicação do critério
Existe todo um campo da teoria econômica de eficiência:
chamada economia do bem-estar (welfare economics) O critério de
voltada para a questão da eficiência e da eqüidade. eficiência não pode
ser aplicado a uma
política de
redistribuição
A propósito, uma modificação nas condições da porque, por
definição, esta
economia é considerada eficiente (isto é, aumenta o política melhora a
posição de um
bem-estar) se, e somente se, o bem-estar de pelo indivíduo, ou grupo
de indivíduos, à
menos um indivíduo é melhorado sem piorar o bem- custa dos demais.
estar dos demais.
Aula 2 | Função do estado 32
FUNÇÃO ESTABILIZADORA
Importante
A política fiscal é um instrumento da política
econômica, porque o pleno emprego e a estabilidade de
Função preços não ocorrem automaticamente na economia.
estabilizadora
A função
estabilizadora do Nesse sentido, a política econômica é orientada
governo está
essencialmente para atingir objetivos como equilíbrio no balanço de
relacionada com a
manipulação dos
pagamentos, aceitável taxa de crescimento econômico,
níveis de preços e bem como objetivos de pleno emprego e grau razoável
emprego da
economia. de estabilidade de preços.
Dica do
O modelo de divisão fiscal delineado acima é útil professor
Comentários finais
Importante
Dica do
professor A economia produziria o máximo possível dada a
quantidade de recursos disponíveis. Dessa forma, para
Falhas de mercado
produzir mais de um bem qualquer, seria necessário
O máximo de
eficiência é diminuir a produção de outro(s) bem(ns).
conhecido como
ótimo paretiano ou
ótimo de Pareto: Basicamente, as condições são as que
não é possível
melhorar o bem- asseguram que o sistema de mercado funcione. Isto é,
estar de um
indivíduo sem piorar todos os agentes devem poder participar do mercado
o de outro.
de forma clara e nenhum agente domina o mercado.
Indivíduo 1 Indivíduo 2
Importante
R$ R$
Bem privado p
1
Podemos notar uma p
importante 2
diferença. No caso D D
1 2
do bem privado, a q q
eficiência requer a 0 q 0 q
igualdade na 1 2
margem dos
benefícios derivados Figura 1: Curvas de demanda individuais
por indivíduo no
consumo desse bem
com o custo de Para ilustrar a diferença entre bens públicos e
provisão, enquanto,
no caso do bem privados, é útil a Figura 1. Em primeiro lugar,
público, o benefício
marginal derivado colocamos dois indivíduos, o 1 e o 2, com suas
pelos consumidores
difere e é a soma respectivas demandas por um bem qualquer.
dos benefícios
marginais usufruídos
no consumo desse
bem que deve ser
Na Figura 2, representamos como seria a soma
igualada ao custo das duas demandas caso o bem em questão fosse
marginal.
privado ou público. No primeiro caso, somamos
Aula 2 | Função do estado 39
BEM PRIVADO
BEM PÚBLICO
R$ R$
p p
1 1
p D +D p D +D
1 2 2 1 2
2
D D D
1 D 1 2
2
0 q q 0
q q
1 2
1 2
Sem exclusão, a
provisão de bens
REGULAMENTAÇÃO DE FALHAS DE MERCADO
rivais através do
mercado não pode
funcionar, mesmo
Consideramos agora situações em que o quando estes não
violam as condições
governo intervém regulamentando para corrigir falhas usuais de tecnologia.
operação.
Aula 2 | Função do estado 48
COMENTÁRIOS FINAIS
Efeito substituição
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Aula 2 | Função do estado 53
RESUMO
AULA
Gastos Públicos
Koffi Amouzou
Despesas de Custeio
Importante Despesas Correntes Transferências correntes
Distribuição dos
gastos por função Investimentos
MODELOS MICROECONÔMICOS
Dica do
deterioração dos serviços
professor
Comentários finais
Quer
saber mais?
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
Relacione as colunas:
EXERCÍCIO 3
EXERCÍCIO 4
RESUMO
Os modelos de desenvolvimento e
crescimento dos gastos públicos que tentam
associar o crescimento dos gastos públicos
com os estágios de crescimento do país. Estes
são representados pelos trabalhos de
Musgrave, Rostow e Herber;
AULA
Privatização e
Concessão – Parte I
Koffi Amouzou
capaz de:
INVESTIDORES
INVESTIDORES
INFORMAÇÕES SETORIAIS
Petroquímica
PETRÓLEO
MINERAÇÃO
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
( A ) Dívidas securitizadas;
( B ) Debêntures da Siderbrás;
( C ) Certificados de Privatização;
( D ) Obrigações do Fundo Nacional de Desenvolvimento;
( E ) Todas as respostas acima estão corretas.
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Aula 4 | Privatização e concessão – parte I 92
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
RESUMO
AULA
Privatização e
Concessão – Parte II
Koffi Amouzou
capaz de:
Considerações finais
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
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RESUMO
Vimos até agora:
AULA
Modelos de Regulação
de Mercado
José Eduardo Filho
Apresentação
capaz de:
Mercado – o que é?
VISÃO MARXISTA
1
Karl Marx nasceu em 1818, em Trier (Prússia renana). Depois de ter terminado os seus estudos no Liceu
de Trier, Marx entrou na Universidade de Bona e depois na de Berlim; aí estudou direito e, sobretudo
história e filosofia. Em 1841, terminava o curso defendendo uma tese de doutoramento sobre a filosofia
de Epicuro. As concepções de Marx eram influenciadas pelo idealismo hegeliano. Sua obra é vasta
incluindo os campos da filosofia, economia e política. Apontou que a história da humanidade é a história
da luta de classes e defendeu que o capitalismo seria uma fase do desenvolvimento econômico da
humanidade, sendo suplantado pelo socialismo.
http://www.marxists.org/portugues/lenin/1914/11/karlmarx/index.htm. Acesso em 27 de fevereiro de 2007.
Aula 6 | Modelos de regulação de mercado 115
2
Considerado o pai da teoria da economia moderna, nasceu em 1723, na Escócia. Ele freqüentou a
Universidade de Oxford e, nos anos de 1751 a 1764, ensinou filosofia na Universidade de Glasgow, onde
publicou seu primeiro livro, A Teoria dos Sentimentos Morais. Adam Smith foi o primeiro a lançar os
fundamentos para o campo da ciência econômica por meio da sua principal obra intitulada A Riqueza das
Nações, que pode ser considerado como a origem do estudo da Economia. Ele enfatizou que uma divisão
apropriada da mão-de-obra pela sociedade, com cada pessoa exercendo especificamente o que sabe fazer
melhor, seria a melhor forma de ampliar a produtividade e a riqueza de uma determinada sociedade.
Adam Smith criticou, também, a intervenção e as restrições do governo sobre a economia, apontando que
as economias planejadas eram um entrave para o crescimento.
3
http://www.esfgabinete.com/dicionario/?completo=1&conceito=ESCOLA_NEOCLÁSSICA. Acesso em
27 de fevereiro.
Aula 6 | Modelos de regulação de mercado 117
4
Friedrich August Von Hayek - Britânico de origem austríaca (1889-1992), era um defensor da corrente
neoliberal e crítico, portanto, do pensamento keynesiano, sendo contra a intervenção do Estado na
economia. Procurou explicar as crises cíclicas de superprodução, dando destaque ao papel dos fatores
bancários no processo recessivo.
Pela sua importância para o cenário econômico, ganhou, em 1974, o ‘Nobel de Economia’, juntamente
com outro economista Gunnar Myrdal.
As suas principais obras fora do campo econômico foram O caminho da servidão (anos 40), Os
fundamentos da liberdade (anos 50) e Direito, Legislação e Liberdade (anos 60/70).
www.insitutoliberal.org.br. Acesso em 25 de fevereiro de 2007.
Aula 6 | Modelos de regulação de mercado 118
A VISÃO KEYNESIANA
5
John Maynard Keynes - Nasceu em Londres, é um economista que elaborou uma ampla teoria econômica
para salvar o capitalismo da depressão em que se encontrava no início da década de 30 do século passado. De
1930 até 1936, ele publicou uma série de artigos e livros. O mais famoso deles foi Teoria geral do emprego, do
juro e da moeda procurando mobilizar seus colegas economistas e influenciar os políticos para que seguissem
sua receita. Keynes considerava que a crise decorria do fato de os empresários recusarem a investir na medida
em que não viam nenhuma perspectiva de retorno lucrativo no que aplicassem. O investimento, pois, dependia
sempre das expectativas futuras. O capitalista, para decidir-se, tinha que levar em conta a evolução e o
comportamento do mercado, quanto pagaria de salário, e qual seria o preço das matérias-primas necessárias à
produção. Havendo sérias dúvidas a respeito, ele optava por não correr o risco. Era preferível guardar o
dinheiro, entesourá-lo. A falta de investimento agravava as lutas sociais e as greves e as ameaças
revolucionárias. Keynes defendeu o crescimento do consumo, uma baixa taxa de juros, o crescimento dos
investimentos públicos, medidas que reconheciam como importante a intervenção do Estado. Nas
circunstâncias da década de 30 do século passado, caracterizada pela falta de demanda efetiva, Keynes pregou
a necessidade de o Estado tomar para si as rédeas da arrancada. Caberia ao Estado, já que o mercado por si só
não o fazia, assumir a função da demanda. Ao encomendar grandes obras públicas, ao estimular determinados
projetos de infra-estrutura, o Estado fazia com que o setor privado voltasse a ter vida. Tais investimentos
tinham, também, um impacto social imediato na medida em que ampliavam os níveis de emprego. Estas
medidas possibilitavam o crescimento. A poupança dos capitalistas, entesourada, voltava a ser aplicada. As
engrenagens econômicas voltavam, então, a girar e saía-se da crise, porque se restabelecia a confiança no
futuro e com isso retomavam-se os investimentos. É evidente que havia um custo. O estado era obrigado a
recorrer ao déficit público e a uma moderada inflação, mas era um preço módico para sair-se da depressão.
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/crise_economia6.htm. Acesso em 27 de fevereiro.
6
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_keynesiana. Acesso em 25 de fevereiro de 2007.
Aula 6 | Modelos de regulação de mercado 119
CONCORRÊNCIA PERFEITA
Oligopólio
Monopsônio
Oligopsônio
Concorrência monopolística
regulamentação”.
Um bom exemplo de
regulação:
O referido dicionário ao traduzir a concepção de
De acordo com o
regular aponta que o termo se origina do latim portal do Ministério
da Saúde, regulação
regulares, de regula (regra), em sentido jurídico, quer é a ordenação do
acesso aos serviços
exprimir legislar ou estabelecer nova ordem jurídica, de assistência à
saúde. Onde esta
mediante instituição de regras ou princípios ordenação atua pelo
lado da oferta,
disciplinadores dos fatos ou das coisas. Desse modo, buscando otimizar
os recursos
em sentido amplo, regular é disciplinar pela lei ou
assistenciais
submeter ao regime da lei, instituindo novo preceito ou disponíveis, e pelo
lado da demanda,
regra, ou estabelecendo outra regra ou preceito em buscando garantir a
melhor alternativa
substituição ao existente. assistencial face às
necessidades de
atenção e
Destacando os aspectos econômicos e levando assistência à saúde
da população.
em consideração o caso brasileiro, Grijó (2001) destaca
que, na virada do milênio, o Brasil vivenciou, uma
intensa discussão em torno da privatização da
Aula 6 | Modelos de regulação de mercado 122
Dica da
professora De acordo com o artigo do BNDES intitulado “A
Regulação dos Setores de Infra-Estrutura no Brasil”7
Resumo deste
(1999), de José Cláudio Linhares Pires e Maurício
artigo:
Serrão Piccinini, a substituição do Estado pela iniciativa
Este artigo analisa
os principais privada na operação dos setores de infra-estrutura vem
aspectos da
reestruturação do exigindo o desenvolvimento de novos marcos
setor de
telecomunicações no regulatórios para garantir os investimentos necessários,
Brasil, com ênfase
nos instrumentos promover o bem-estar dos consumidores e usuários e
regulatórios que
visam, de forma aumentar a eficiência econômica.
concomitante,
promover a
competição nesse
De acordo com os autores, a reestruturação dos
mercado e a
universalização dos setores de infra-estrutura no Brasil, como resultado da
serviços. O objetivo
do artigo é substituição do Estado pela iniciativa privada na sua
contribuir para um
melhor operação, vem exigindo o desenvolvimento de novos
entendimento dos
desafios regulatórios marcos regulatórios. Consideram, ainda, que a
impostos por um
segmento de infra- regulação deve, fundamentalmente, ter como objetivos
estrutura em rápida
transformação e de centrais o incentivo e a garantia dos investimentos
elevado dinamismo
tecnológico.
necessários, a promoção do bem-estar dos
consumidores e usuários e o aumento da eficiência
econômica.
7
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/livro/eco90_07.pdf. Acesso em 01 de março de 2007.
Aula 6 | Modelos de regulação de mercado 129
8 Monopólio natural: situação na qual uma única firma provê o mercado a um menor custo do que qualquer
outra situação, dado um determinado nível de demanda, devido ao aproveitamento máximo das economias de
escala e de escopo existentes.
Aula 6 | Modelos de regulação de mercado 130
Agências independentes;
Controle da entrada e saída do mercado, por
intermédio da concessão de licenças para as
operadoras, quando for o caso;
Defesa da concorrência definição do valor e
do critério de revisão de reajuste tarifário,
com a introdução de mecanismos de
eficiência;
Monitoramento dos contratos de concessão
(particularmente no que concerne à qualidade
do serviço e ao cumprimento de metas de
expansão dos serviços e de universalização
do atendimento) (Pires, Piccinini, 1999).
Considerações Finais
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Aula 6 | Modelos de regulação de mercado 144
RESUMO
AULA
Agências Reguladoras
Koffi Amoudou
Apresentação
Introdução
Você sabia?
Sendo os serviços mencionados de
responsabilidade, em última análise, do Estado, pois se As agências
reguladoras são
traduzem em serviços essenciais ao bem comum, foram órgãos criados pelo
Governo para
criadas, para sua segurança e controle, Agências regular e fiscalizar
os serviços
Reguladoras cuja função é ditar as normas de condução prestados por
empresas privadas
entre os agentes envolvidos, ou seja, o Poder Público, o que atuam na
prestação de
prestador dos serviços e os usuários. serviços que, em
sua essência, seriam
públicos.
Desta forma, esta aula se propõe a fazer uma
análise sobre as características que envolvem as
agências reguladoras no Brasil, tais como sua função e
natureza jurídica.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Importante
Até o início da execução do programa de
desestatização, o Brasil contava apenas com regulações Deve sempre ser
preservado o
o Banco Central do Brasil, do Conselho Administrativo objetivo de
harmonizar os
de Defesa Econômica e da manutenção de estoques interesses do
consumidor, como
produtivos, tais regulações eram realizadas preço e qualidade,
com os do
basicamente com o aumento ou diminuição de impostos fornecedor, como a
viabilidade
para beneficiar este ou aquele setor, com o controle de
econômica de sua
fusões e incorporações, e com a venda de produtos no atividade comercial,
como forma de
mercado interno para o controle da elevação de seus perpetuar o
atendimento aos
preços. interesses da
sociedade.
Você sabia?
A Lei de Concessão dos serviços públicos cuidou
PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE
Importante
Importante
Contudo, também não raro, as agências
Uma das reguladoras assumem o papel de poder concedente,
características mais
importantes das hipótese em que se torna extremamente desconfortável
agências
reguladoras, como ao investidor que ela atue como parte e julgadora ao
anteriormente
demonstrado, é o mesmo tempo.
papel da arbitragem
nos conflitos
oriundos do contrato Embora haja grande discussão acerca da
de concessão.
aplicabilidade do arbitramento no âmbito das agências
reguladoras, pois a lei de arbitragem exclui de sua
abrangência os contratos administrativos, nos parece
mais acertado o posicionamento defendido por Diogo
de Figueiredo Moreira Neto, que toma como base o
voto do Ministro Godoy Ilha, onde se sustenta que,
restringir o juízo arbitral do Estado, é restringir-lhe sua
própria autonomia contratual e sua capacidade de
Aula 7 | Agências reguladoras 157
Exemplos
Importante
Importante
Outro aspecto relevante diz respeito à
especialização do ente regulador, ou seja, a criação de É importante
considerar que há
uma agência para cada atividade, ou a criação de um segmentos de
atividades em que o
único órgão para a regulação e fiscalização dos serviços serviço público é
prestado de forma
públicos concedidos, dividido em departamentos monopolística -
como, por exemplo,
específicos para cada um dos setores de atividades. na área da
eletricidade–,
exigindo, muitas
Com efeito, há uma grande diversidade de vezes, da ação
regulatória uma
serviços públicos, em vários segmentos de atividades verdadeira
simulação das
econômicas, com características diferenciadas de condições de uma
concorrência perfeita
demanda, de investimento, de tecnologia como, por ao mesmo tempo
em que deve adotar
exemplo, água, eletricidade, telecomunicações, mecanismos para
estimular a
rodovias, gás, petróleo. eficiência, a
competição e a
concorrência, a
eficiência na
Constata-se em outros países a tendência pela
prestação de
especialização. No exemplo argentino, cada uma das serviços e a
alocação adequada
entidades regulatórias tem a sua competência dos investimentos.
Importante
Salientamos que o controle exercido pelos
Tribunais de Contas restringem-se à gestão dos Como pessoa
jurídica integrante
recursos financeiros, não podendo ser exercido em da administração
pública, os contratos
nenhuma outra atividade das agências reguladoras. realizados e o
controle financeiro
das agências
reguladoras ficam a
Os demais atos das agências que não cargo dos Tribunais
de Contas
constituam gestão de recursos sofrem o controle
competentes que,
externo do Poder Judiciário, quanto a sua legalidade ou anualmente, devem
apreciar os
abuso, devido ao mencionado controle jurisdicional da balanços, contratos,
e todas as
administração pública. atividades realizadas
pelas agências.
DIREITO COMPARADO
Você sabia?
Considerações finais
ESTUDO DE CASO
Aperfeiçoamento
Unidade
Principais mudanças
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
RESUMO
1983.