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1.

Problema do livre-arbítrio
O problema do livre-arbítrio resulta da incompatibilidade entre duas das nossas
crenças – a crença de que dispomos de diferentes alternativas de ação e de que
podemos fazer escolhas diferentes daquelas que fazemos; e a crença de que
tudo o que acontece é causado por acontecimentos anteriores, de acordo com
as leis da natureza, e de que não dispomos de diferentes alternativas de ação.
No meu ponto de vista, a tese que melhor responde à questão do livre-arbítrio é
a do libertismo.
Assim, é verdade que temos motivos para agir e que esses motivos são causados.
Contudo, temos o poder de controlar os nossos motivos para agir, aceitando-os
ou rejeitando-os. Se, além deste poder, tivermos ainda o poder de realizar as
ações correspondentes, por não haver impedimento externo, então as nossas
ações são livres.
Em conclusão, termos o poder de exercer controlo sobre os nossos motivos para
agir e termos o poder de realizar as ações correspondentes são as duas
condições requeridas para que uma ação seja livre. Ainda que todas as ações
sejam causadas pela hereditariedade e pelo ambiente, e tenham assim uma
história causal que pode ser explicada pelas leis da natureza e por condições
antecedentes, os casos de ações que satisfazem as condições referidas
constituem uma razão a favor da crença de que temos livre-arbítrio.

2. Problema da natureza dos valores


O problema da natureza dos valores consiste em saber se os valores são
preferências pessoais, padrões culturais ou critérios objetivos.
Do um ponto de vista relativista, os valores são os padrões e costumes
geralmente aprovados em cada sociedade ou comunidade, ou seja, a conceção
de bem depende de cada cultura e não das preferências pessoais nem de
critérios objetivos. A intolerância decorre da convicção de superioridade cultural
que algumas sociedades ou comunidades têm acerca dos seus padrões e
costumes, verificando-se sempre que uma cultura procura impor os seus valores
a outra cultura. A oposição à intolerância requer que se tenha a perspetiva do
relativismo, de que não há valores melhores nem piores, mas apenas valores
aprovados pelas diferentes comunidades, e que se encarem as divergências de
valores entre comunidades como normais e inevitáveis. Se as preferências que
os indivíduos exprimem são as preferências dominantes numa comunidade,
então a proteção dos valores das comunidades, e não a proteção de supostas
preferências pessoais, como defendem os subjetivistas, é a defesa adequada
contra a intolerância.

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