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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO: ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: TRATAMENTOS DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
PROFESSOR: MARCELO PRATA VIDAL

RESSALTO HIDRÁULICO E VERTEDORES RETANGULARES COM


MISTURADORES RÁPIDOS

DISCENTES:
DAVID ASSIS SILVA DOS SANTOS
IANA LÍVIA DE OLIVEIRA CASTRO
VITOR PHABLO DE ARAÚJO DANTAS

MOSSORÓ, RN
2018
Sumário
1 RESSALTO HIDRÁULICO ............................................................................ 4
1.1 Tipos de ressalto.....................................................................................3

1.2 Dimensionamento ............................................................................... 5


1.2.1 Número de Froude ............................................................................ 5
2 VERTEDORES............................................................................................... 8
2.1 Fórmulas para vertedouros retangulares ........................................... 10
2.2 Condições básicas necessárias para todos os tipos de vertedouros
...................................................................................................................... 12
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 14
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: vertedouros empregados em ETAS....................................................8

Figura 2: vertedouros utilizados pelos autores em projetos de estações de


tratamento de água...........................................................................................10
1 RESSALTO HIDRÁULICO

O ressalto hidráulico é um fenômeno rapidamente variado responsável


pela transição do regime supercrítico (rápido) para o regime subcrítico (lento)
em escoamentos a superfície livre. Trata-se de uma transição intensamente
turbulenta, marcada pela forte incorporação de ar a partir do rolo formado
superficialmente (DAI PRÁ, 2011).

1.1 Tipos de ressalto hidráulico

Ainda de acordo com Dai Prá (2011), a formação do ressalto hidráulico


ocorre de acordo com as condições de contorno hidráulicas ou geométricas
que o escoamento de entrada ou saída está sendo submetido.
De posse dessas condições é possível identificar algumas formas
diferentes de formação do ressalto hidráulico, como;

 Quanto ao controle de montante o ressalto hidráulico pode se formar:


- a partir de descargas de fundo (comportas descarregadoras);
- a partir de escoamentos a superfície livre em canais (vertedouros), e
- a partir do impacto de jatos (dissipadores tipo salto de esqui).

 Quanto às condições de nível d’água de jusante do ressalto hidráulico, o


mesmo pode ser:
- livre: quando se desenvolve integralmente no trecho plano horizontal
do canal;
- afogado: quando se desenvolve parcial ou integralmente sobre o
paramento inclinado que antecede o trecho plano horizontal do canal;
- submergido: quando se forma a jusante de descargas de fundo
submersas;
- forçado: quando paramentos estruturais implantados frontalmente ao
escoamento antecipam a sua formação.

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 Quanto à declividade do contorno sólido de montante, o ressalto
hidráulico pode ser formado:
- a partir de um trecho plano, como é o caso das descargas de fundo, e
- a partir de um trecho com declividade ou raio de curvatura vertical,
como é o caso de vertedouros.

1.2 Dimensionamento

1.2.1 Número de Froude

Segundo Mendonça (1987), as forças gravitacionais são importantes em


qualquer conduto que funcione como sendo livre. Desde que a pressão na
superfície seja constante, as forças gravitacionais são, sob condições
uniformes, as únicas forças que causam o escoamento.
Rodrigues (2006) cita que de acordo com Henderson (1966), o número de
Froude é definido como a relação entre a velocidade média de escoamento e a
velocidade de uma onda, que Mendonça (1987) cita como sendo uma pequena
onda (superficial) gravitacional que se propaga na superfície livre do líquido.
Este parâmetro é adimensional. Quando for igual a unidade, a
velocidade de onda de perturbação (superficial) e a do escoamento são as
mesmas, estando o escoamento no estado crítico. Quando o número de
Froude for maior que a unidade, a velocidade de escoamento é maior que a
velocidade da onda superficial percorrendo a superfície livre, estando o
escoamento no estado supercrítico. Se o este número for menor que a
unidade, a situação das velocidades se inverte e o escoamento encontra-se no
estado subcrítico (RODRIGUES, 2006).
Porto (2001) define este parâmetro como a raiz quadrada da relação
entre a força de inércia e força da gravidade, expresso pela equação abaixo:

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Em que Fr é o número de Froude, v é a velocidade média na seção e Lc
é uma dimensão característica do escoamento, embora, segundo Porto (2001),
em canais é comum definir como dimensão característica a altura hidráulica da
seção.

Empregando o conceito básico de energia específica, é possível concluir


sobre as condições necessárias para que ocorra o ressalto hidráulico.

No caso de ressalto hidráulico em que o número de (ressalto oscilante),


deve ser previsto dispositivo que anule as oscilações de velocidade a jusante
do ressalto (NBR 12216).

 Cálculo da Velocidade da água no início do ressalto:

 Cálculo da Altura de água no início do Ressalto:

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 Cálculo da altura conjugada do ressalto:

 Cálculo da Perda de Carga no Ressalto Hidráulico:

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2 VERTEDORES

Vertedouros são muito utilizados em estações de tratamento de água.


Geralmente servem como dispositivos de controle de nível, a fim de mantê-lo
invariável, ou com pequena variação, a montante. Têm sido também utilizados
para a medição da vazão afluente e para a mistura rápida de coagulantes, ver
Figura 1(a), ou como estabilizadores e reguladores de nível da coleta de água
decantada, sob a forma de vertedouros triangulares, ver Figura 1(b). Bordas
vertedouras de calhas coletoras de água de lavagem dos filtros também
funcionam como vertedouros retangulares, ver Figura 1(c). Pela sua presença
repetida na planta e por estarem diretamente ligados à vazão e altura do nível
d’água nas unidades que os precedem, o dimensionamento dos vertedouros
necessita de um nível de precisão adequado.

A Figura 2 apresenta cinco tipos diferentes de vertedouros utilizados em


projetos de estações de tratamento de água: triangular, trapezoidal,
proporcional, circular e retangular. A análise a seguir contempla apenas os
tipos retangular, triangular e trapezoidal.
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A vazão Q de água através de um vertedouro depende de sua geometria
e da elevação do nível d’água h acima da soleira. Assim, para cada formato de
vertedouro, uma formulação diferente das relações entre as variáveis foi
desenvolvida. De maneira geral, a vazão sobre os vertedouros pode ser
descrita como função da altura da carga. Assim:

𝑸 = 𝒇(𝒉) (1.1)

Tem-se observado nos vários estudos hidráulicos realizados com


vertedouros, que a vazão varia proporcionalmente com a variação da altura. No
entanto, para a maioria dos formatos, essa relação não é de proporcionalidade
direta, pela presença notável de uma potência sobre a altura da carga.

𝑸 = 𝒇(𝒉𝒏 ) (1.2)

Essa potência deve ser multiplicada por um coeficiente de descarga Cd,


que “incorpora todas as hipóteses simplificadoras e os efeitos secundários da
viscosidade, tensão superficial, rugosidade da placa e do padrão de
escoamento a montante” (PORTO, 2003). O Cd é obtido, quase sempre,
através de ensaios laboratoriais que visam à calibrar determinado vertedouro.
Assim, pode-se definir a vazão sobre um vertedouro genérico como:

𝑸 = 𝑪𝒅 . 𝒇(𝒉𝒏 ) (1.3)

A equação (1.3) resume todas as fórmulas mais usuais para cálculo de


vazão em vertedouros, não levando em consideração a velocidade de
aproximação. No entanto, conforme Bureau of Reclamation (1997), os efeitos
da velocidade de aproximação do fluxo não devem ser desconsiderados.
Sendo assim, fórmulas que levam em conta a velocidade da água no canal
podem ser resumidas (eq. 1.4):

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𝒗𝟐
𝑸 = 𝑪𝒅 . 𝒇 [𝒉𝒏 (𝟐𝒈)] (1.4)

A velocidade de aproximação só poderá ser considerada desprezível


quando a área da seção transversal do canal de aproximação excede muito a
área do vertedouro.

2.1 Fórmulas para vertedouros retangulares

No caso de vertedouros retangulares, a vazão é também proporcional à


largura da soleira. Assim, na equação 1.3, deve-se inserir a variável L (largura
do vertedouro):

𝑸 = 𝑪𝒅 . 𝑳. 𝒇(𝒉𝒏 ) (1.5)

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A fórmula teórica para vazão no vertedouro retangular que envolve o
fator de correção, o coeficiente de descarga, Cd, mas não considera a
velocidade de aproximação é (AZEVEDO NETTO, 1998; PORTO, 2003):

𝟐
𝑸 = 𝑪𝒅 . 𝟑 . √𝟐𝒈. 𝑳. 𝒇(𝒉𝒏 ) (1.6)

A partir desse formato básico, diversos ensaios e experimentos têm sido


realizados a fim de torná-la utilizável para fins práticos. A mais frequentemente
empregada é a fórmula desenvolvida pelo engenheiro James B. Francis,
publicada em 1868:

𝟑
𝑸 = 𝟏, 𝟖𝟑𝟖. 𝑳. 𝒉𝟐 (1.7)

que não leva em consideração a velocidade de aproximação da água.

Segundo o Bureau of Reclamation (1997), os limites de aplicação dessa


fórmula são os reproduzidos na Tabela 1.

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2.2 Condições básicas necessárias para todos os tipos de vertedouros

O Bureau of Reclamation (1997) lista os requisitos transcritos a seguir,


aplicáveis aos vertedouros.
a. A face de montante do vertedouro deve fazer ângulo de 90 graus com a
base do canal, deve ser plana,regular e normal ao eixo do canal.
b. A soleira deve ter formato retangular ou trapezoidal no plano horizontal,
e a bissetriz do ângulo do vertedouro triangular deve ser perpendicular à
base.
c. A crista de abertura do vertedouro deve ser localizada em um plano, e
ser biselada em ângulos especificados.
d. A espessura do topo da crista deve ter entre 0,7mm e 2mm.
e. A placa inteira deve ter a mesma espessura que a crista do vertedouro.
Se a placa é mais espessa que o especificado em (d), seu limite superior
deverá ser chanfrado em um ângulo à jusante de pelo menos 45 graus;
para um vertedouro triangular, 60 graus é altamente recomendável, a fim
de prevenir a adesão da água à parede a jusante do vertedouro.
f. A extremidade a montante da crista do vertedouro deve ser reta e
afiada. Exige, assim, usinagem ou limadura perpendicular à face de
montante para remover rebarbas e arranhões. Evitar bordas muito finas
porque elas podem trazer riscos para a segurança e podem causar
danos com facilidade.
g. A lâmina d’água deve tocar apenas a face de montante da crista e da
placa.
h. A elevação do nível d’água a jusante deve ser de pelo menos 6 cm
abaixo da crista. Contudo, ao realizar medições próximas a crista, deve-
se garantir a contínua ventilação da lâmina d’água e evitar ondas que
preencham a cavidade abaixo dela.
i. Para evitar a adesão da lâmina d’água à face de jusante do vertedouro,
a carga a montante deve ser de no mínimo 6 cm. As condições (d), (e) e
(f) também previnem a adesão. Se as medições tiverem de ser feitas
com cargas próximas a esse valor por períodos consideráveis, os
operadores devem garantir a precisão do sistema de medição de carga
e monitorar a adesão continuamente.

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j. Mede-se a carga sobre o vertedouro através da diferença da elevação
entre a soleira e o nível d’água em um ponto localizado a montante em
uma distância de no mínimo quatro vezes a carga máxima sobre o
vertedouro.
k. O canal de aproximação deve ser conservado livre de sedimentos.

Deve-se considerar que o regime de escoamento deve ser subcrítico e


deve-se manter a lâmina d’água ventilada à jusante a fim de minimizar
flutuações do nível d’água a montante.

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3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12216: Projeto


de estação de tratamento de água para abastecimento público. Rio de
Janeiro. 1992.

AZEVEDO NETTO, José Martiniano de. Manual de Hidráulica. 8ª ed. São


Paulo: Edgard Blucher, 1998.

BUREAU OF RECLAMATION. U.S. Department of the Interior. Water


Measurement Manual. 3rd ed.Washington, DC: U.S. Government Printing
Office, 1997.

HENDERSON, F. M. Open Channel Flow. New York: Mac Millan, 1966. 522 p.

FRANCIS, James B. Lowell. Hydraulic experiments: Being a selection from


experiments on hydraulic motors, on the flow of water over weirs, in open
canals of uniform rectangular section, and through submerged orifices
and diverging tubes. 2nd ed. London: Trübner & Co., 1868.

MENDONÇA, S. R. Tópicos Avançados em Esgotos Sanitários. Associação

Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES; Companhia de água e

esgotos da Paraíba. Rio de Janeiro: ABES, 1987. 259 p.

PORTO, R. M. Hidráulica Básica. 2ª. ed. São Carlos: EESC/USP, 2001. 519
p.

PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica básica. São Carlos: Escola de


Engenharia de São Carlos da USP, 2003.

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PRÁ, Mauricio Dai. Uma abordagem para determinação das pressões junto
ao fundo de dissipadores de energia por ressalto hidráulico. 2011. 208 f.
Tese (Doutorado) - Curso de Pós-graduação, Pós-graduação em Recursos
HÍdricos e Saneamento Ambiental, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 2011. Disponível em:
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/49156/000816296.pdf?seque
nce=1>. Acesso em: 27 fev. 2018.

RODRIGUES, Gustavo Paiva Weyne. COMPUTAÇÃO GRÁFICA E


MODELAGEM COMPUTACIONAL APLICADAS AO TRAÇADO E
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO
SANITÁRIO. 2006. 166 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em
Saneamento Ambiental,
Http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/16769/1/2006_dis_gpwrodruigues.pdf,
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2006. Disponível em:
<http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/16769/1/2006_dis_gpwrodruigues.pdf>.
Acesso em: 27 fev. 2018.

VIANNA, M. R. De Tratamento De Água: Aplicações. n. April, 2016.

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