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Metodologia da pesquisa
Professor: Herbert Martins
Teixeira de Freitas – BA
2018
Tema
Problemática
Daí faz-se importante reconhecer outras habilidades humanas como fontes de dados
de grande relevância nos processos de conhecimento da realidade social.
Metodologia
1) Pesquisar com todo o corpo: O ser humano apreende o mundo para muito
além de sua racionalidade. Nos relacionamos com a vida, desde sempre,
através dos toques, olhares, cheiros, gostos, histórias ouvidas, palavras ditas
etc. Possuímos uma história, individual e coletiva e raízes ancestrais atuantes
e vivas que nos permitem, cada um ao seu modo e ao seu tempo, descobrir e
conhecer a realidade. É preciso ampliarmos a nossa precária noção para o
conhecimento: a emoção pensa; a sensibilidade e as sensações pensam; a
razão também pensa; a intuição pensa. “A sociopoética é uma teoria do
pesquisar complexa (...) Como nos parecem pobres os que pensam somente
com sua razão, pura, muito pura!” (GAUTHIER, 1999, p.30).
2) Pesquisar com categorias e conceitos oriundos das culturas dominadas
e de resistência: A sociopoética é um projeto de ciência que dialoga: com
algumas conquistas da razão ocidental (como o direito a priori e sem limite de
criticar todos os resultados, métodos e conceitos já existentes) e com o que
as culturas de resistência preservam por milênios: a espiritualidade, a
humanidade e a ligação com a natureza na pratica de pesquisa e de
aprendizagem.
Nosso desejo de conhecer quer encontrar o que foi silenciado, aquele saber
de raízes que dorme na terra do povo e, às vezes, brota ou explode em
rebentos novos. Há saberes triunfantes de luz (como na expressão
consagrada “a luz da razão”), mas também saberes escuros de lama, que
são somente reconhecidos por culturas antigas tais como a africana e a
índia. Inclusive, o fato de serem dominadas obrigou essas culturas a
enfatizar o trabalho lento da lama no conhecimento, enquanto a cultura
europeia dominante podia se alimentar somente de luz, de visibilidade, de
poder, isto é, de força e sedução (GAUTHIER, 1999, p.33).
REFERÊNCIA