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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA________ VARA

FEDERAL DA COMARCA DE ARAPIRACA-AL.

FARMÁCIA SÃO TIAGO LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no


CNPJ sob o nº 08.441.933/0001-26 e Inscrição Estadual 240.65515-0, com sede na Rua
Fernandes Lima, nº 327, Centro, Arapiraca-AL, neste ato sendo representada por o Sr.º.
EWERSON TIAGO SALGUEIRO MAIA, brasileiro, casado, portador do RG nº. 1623646 SSP/AL,
inscrita no CPF nº. 010.519.524-33, residente e domiciliado no Conjunto Residencial Espace,
na Rua Estelina de Macedo, nº. 505, Torre B, Santa Esmeralda, Arapiraca/AL, CEP nº. 57.312-
105, vem perante Vossa Excelência, por meio de sua procuradora propor a presente,

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS


MATERIAIS E MORAIS

em face de DATACARD GROUP DO BRASIL - PERSONALIZACAO E SERVICOS


EM EQUIPAMENTOS E SISTEMAS LTDA. (FABRICANTE), pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ nº 14.921.141/0001-51, localizada na Rua Jandiatuba, 630, Conj:
606 Torre A;, Vila Andrade, São Paulo, SP, CEP 05716-150, endereço eletrônico:
accounting2@neointeligence.com.br, Telefone (11) 3292-5050 / (11) 3292-5055, ZIPAC
DISTRIBUIDORA DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS LTDA. (EMPRESA DE
COMERCIALIZAÇÃO), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº
22.440.263/0001-54, inscrição Estadual nº 606157547116, localizada na Rua João Covolan
Filho, 420, Distrito Industrial I 13.456-134 - Santa Bárbara D'Oeste - SP Fone (11) 4000-1118
http://www.zipautomacao.com.br - atendimento@ciadigi.com.br, PSI TECNOLOGIA
LTDA (ASSISTÊNCIA TECNICA), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ
sob o número 45.795.796/0001-54, localizada na Rua Luís Góes, número 1833/1835, São
Paulo, estado de São Paulo, CEP 04043-400, e EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS
E TELEGRAFOS, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ n.º 34.028.316/1512-33, com endereço
na Praça Luiz Pereira Lima, S/N , Centro, Arapiraca –AL, Endereço eletrônico:
acgtescnpj@correios.com.br, pelos fatos e fundamentos que adiante passa a expor: Commented [LR1]: Irei adicionar as partes: ré :
assistência tecnica, fabricante e transportadora.

I- DOS FATOS
1.1. Na data de 30 de junho de 2017, o autor realizou a compra de uma impressora
de crachás SD260- Datacard Interface de Comunicação USB (A525228) junto a ré Zipac no
valor de R$ 4.220,00 (quatro mil duzentos e vinte reais), conforme se demonstra através da
nota fiscal anexa.
1.2. Em meados de agosto, o produto apresentou vício que inviabilizou sua
utilização pela parte autora, havendo, então, a necessidade de envio para a assistência técnica
para o devido conserto.

1.3. De acordo com a assistência técnica, de início foi trocada a peça “cabeça de
impressão”, conforme se demonstra através de e-mails trocados com a funcionária da mesma.
Vejamos:
2017-08-10 10:32 GMT-03:00 André Mendes
<tecnica@psitecnologia.com.br>:
Bom dia, Hugo.

A respeito da impressora que foi consertada em nossa assistência técnica


como garantia de fábrica onde foi trocado a peça “cabeça de impressão”,
realizado a limpeza geral e calibração, segue o código de
rastreio SC497720661BR para melhor controle.
Muito obrigado! Atenciosamente,

André Mendes
Assistência Técnica
tecnica@psitecnologia.com.br
Fone. (11) 5586-4876
Rua Luis Goes, 1833 - Mirandopolis - Sao Paulo / SPCEP: 04043-400
www.psitecnologia.com.br
(Grifo Nosso)

1.4. Ao receber o produto após a suposta resolução do problema, o autor se


deparou com a situação em que: as portas de energia USB e rede não estavam no local
adequado para o correto encaixe dos cabos. Diante disso, entrou em contato novamente com a
assistência técnica para informar o ocorrido e questionar como tal situação havia passado
despercebido pelo controle de qualidade da empresa.

1.5. Ante o questionamento da parte autora, a PSI Tecnologia informou que havia
constatado a violação do produto pela transportadora e passou os dados de contato para que o
próprio autor buscasse a resolução do problema.

1.6. Seguindo as orientações da própria empresa de assistência técnica, procurou


a transportadora para verificar o que ocorrera e foi informado que os danos poderiam ter sido
ocasionados pelos movimentos decorrentes do transporte do produto. Desta forma, deveria
encaminhá-lo novamente para assistência, para analisar prováveis danos aos cabos ou demais
vícios.

1.7. Sucede-se que a parte autora já estava arcando com as despesas de frete para
enviar o produto para assistência, e teria que fazê-lo novamente, sem ter dado causa aos fatos
que aconteceram, portanto, estaria suportando o ônus do conserto por eventuais danos
ocasionados pelo transporte ou falta da devida prestação de serviço correta pela assistência.
1.8. A parte autora pediu para a empresa de assistência verificar outras
possibilidades de resolução do problema sem que para isso o autor tivesse que arcar com as
despesas do envio do produto, contudo, a única alternativa ofertada foi o pagamento de 50%
(cinquenta por cento) do valor cobrado para o envio.

1.9. Não restando outra alternativa para o autor, enviou novamente o produto e
arcou com o pagamento de metade do valor, conforme se demonstra através dos comprovante
anexos.

1.10. Após a entrega pela assistência, novamente o autor verificou que o produto
encontrava-se com vício, impedindo-o de utilizá-lo, assim, não restou outra alternativa, senão
a propositura desta demanda para ter seus direitos resguardados e protegidos.

II- PRELIMINAR AO MÉRITO

2.1. O presente feito fora ajuizado em face de mais de um requerido, tendo em vista a
relação jurídica relacionada entre os requeridos na cadeia de obrigações em que os mesmos
se inserem, neste sentido dispõe os incisos I, II, III, e IV do CPC:

Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em


conjunto, ativa ou passivamente, quando:

I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente


à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de
direito.

2.2. Tem-se como primeiro requerido o Fabricante do produto, qual seja DATACARD
GROUP DO BRASIL - PERSONALIZACAO E SERVICOS EM EQUIPAMENTOS E
SISTEMAS LTDA. O segundo requerido é o local/site de comercialização do produto:
ZIPAC DISTRIBUIDORA DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS LTDA.. Por fim o
terceiro requerido trata-se da assistência técnica responsável pelo conserto do produto, PSI
TECNOLOGIA LTDA (ASSISTÊNCIA TECNICA). Como quarto requerido temos a
transportadora responsável pela busca e entrega, qual seja: EMPRESA BRASILEIRA DE Commented [M2]: Inserir a transportadora e qualificar.
CORREIOS E TELEGRAFOS (TRANSPORTADORA). Verificar competência.

2.3. Oportuno informar a categoria de fornecedor em que se inserem os Requeridos, na forma


do art. 3º do CDC, como sendo de distribuição de comercialização, in verbis:

Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,


nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços.
2.4. É correto afirmar que os fornecedores, sem distinção, são obrigados a responder
solidariamente pelo vício no produto ou no serviço, conforme nos ensina o
art. 18 do CDC, in verbis:
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis
respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os
tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com
a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou
mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza,
podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

2.5. Portanto, a necessidade de se incluir, no polo passivo da presente ação, a cadeia de


fornecedores decorre da relação jurídica que se criou entre consumidor e fornecedor, uma vez
que os fundamentos, causa de pedir e o pedido possuem direta relação entre
comerciante/distribuidor, criador e assistência técnica, sem contar o transporte do produto.
Sendo assim, necessária a aplicação dos artigos supra citados, tendo em vista a
responsabilidade solidária entre os fornecedores.

III- DO DIREITO

A. DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.

3.1. Conforme preconiza o artigo 2º do CDC, “consumidor é toda pessoa física ou jurídica
que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”, enquanto que para o
art. 3º do mesmo Código: “fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que desenvolve a distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”.

3.2. É notório que a relação estabelecida entre as partes, se encaixa perfeitamente nos artigos
acima citados, restando configurada a relação de consumo e a incidência clara do Código de
Defesa do Consumidor.

3.3. Destaque-se que, apesar do autor ser pessoa jurídica, deve ser considerado como
consumidor e destinatário final do produto, estabelecendo, assim, com as empresas rés desta
demanda, uma relação de consumo.

3.4. Cumpre mencionar ainda que a compra da impressora se deu para o próprio uso com os
seus funcionários, não havendo qualquer intuito ou objetivo de repassar, vender ou obter
qualquer tipo de lucro com o mesmo.

3.5. Ainda com esse postulado, o Código de Defesa do Consumidor consegue abarcar que
deve responder todos os fornecedores, sejam eles pessoas físicas, ou jurídicas, ficando
evidente que quaisquer espécies de danos porventura causados aos seus tomadores serão de
sua responsabilidade.

3.6. Com isso Excelência, fica espontâneo o vislumbre da responsabilização das empresas
requeridas sob a égide da Lei nº 8.078/90, visto que se trata de um fornecedor de produtos e
prestador de serviços que, independentemente de culpa, causou danos efetivos a um de seus
consumidores.

B. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

3.7. Percebe-se, outrossim, que a parte requerente deve ser beneficiada pela inversão do ônus
da prova, pelo que reza o inciso VIII do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, tendo
em vista que a narrativa dos fatos encontra respaldo nos documentos anexos, que demonstram
a verossimilhança do pedido, conforme disposição legal:

Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:


(...)
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências;

3.8. O requerimento ainda encontra respaldo em diversos estatutos de nosso ordenamento


jurídico, a exemplo do Código Civil, que evidencia a pertinência do pedido de reparação de
danos. Além disso, segundo o Princípio da Isonomia, todos devem ser tratados de forma igual
perante a lei, mas sempre na medida de sua desigualdade. Ou seja, no caso ora debatido, a
requerente realmente deve ser contemplado com a supracitada inversão, pois, apesar de se
tratar de pessoa jurídica, é o destinatário final do produto e manteve relação de consumo junto
às empresas requeridas, não havendo motivos plausíveis para a negativa de seu pedido.

3.9. A possibilidade de inversão, mesmo que para a pessoa jurídica, já foi amplamente
debatida e superada, conforme próprio entendimentos do Superior Tribunal de Justiça. A
título de exemplo, transcreve-se o seguinte acórdão:

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. SOCIEDADE EMPRESÁRIA.


CONSUMIDOR. DESTINATÁRIO FINAL ECONÔMICO. NÃO
OCORRÊNCIA. FORO DE ELEIÇÃO. VALIDADE. RELAÇÃO DE
CONSUMO E HIPOSSUFICIÊNCIA. NÃO CARACTERIZAÇÃO.
1 - A jurisprudência desta Corte sedimenta-se no sentido da adoção da
teoria finalista ou subjetiva para fins de caracterização da pessoa jurídica
como consumidora em eventual relação de consumo, devendo, portanto,
ser destinatária final econômica do bem ou serviço adquirido (REsp
541.867/BA). (Grifo Nosso)
2 - Para que o consumidor seja considerado destinatário econômico final, o
produto ou serviço adquirido ou utilizado não pode guardar qualquer conexão,
direta ou indireta, com a atividade econômica por ele desenvolvida; o produto
ou serviço deve ser utilizado para o atendimento de uma necessidade própria,
pessoal do consumidor. (...)'
CC 92.519/SP, Rel. Ministro Fernando Gonçalves, Segunda Seção, DJE
04/03/2009).

CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA - CONTRATO DE VENDA


COM RESERVA DE DOMÍNIO - EQUIPAMENTOS MÉDICOS -
RELAÇÃO DE CONSUMO NÃO CARACTERIZADA -
HIPOSSUFICIÊNCIA INEXISTENTE - FORO DE ELEIÇÃO -
PREVALÊNCIA - ADITAMENTO AO INCIDENTE - AUTORIDADE
JUDICIAL DIVERSA - INADMISSIBILIDADE.
(...) 2. Na assentada do dia 10.11.2004, porém, ao julgar o REsp nº
541.867/BA, a Segunda Seção, quanto à conceituação de consumidor e,
pois, à caracterização de relação de consumo, adotou a interpretação
finalista, consoante a qual reputa-se imprescindível que a destinação final
a ser dada a um produto/serviço seja entendida como econômica, é dizer,
que a aquisição de um bem ou a utilização de um serviço satisfaça uma
necessidade pessoal do adquirente ou utente, pessoa física ou jurídica, e
não objetive a incrementação de atividade profissional lucrativa.
3. In casu, o hospital adquirente do equipamento médico não se utiliza do
mesmo como destinatário final, mas para desenvolvimento de sua própria
atividade negocial; não se caracteriza, tampouco, como hipossuficiente na
relação contratual travada, pelo que, ausente a presença do consumidor, não
se há falar em relação merecedora de tutela legal especial. Em outros termos,
ausente a relação de consumo, afasta-se a incidência do CDC, não se havendo
falar em abusividade de cláusula de eleição de foro livremente pactuada pelas
partes, em atenção ao princípio da autonomia volitiva dos contratantes. (..).
(CC 46.747/SP, Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, SEGUNDA SEÇÃO,
julgado em 08.03.2006, DJ 20.03.2006 p. 189)

3.10. Segundo o artigo 4º, III, as relações de consumo devem sempre observar a boa-fé e o
equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores, para tal, necessária a inversão do
ônus da prova a fim de equilibrar as partes dessa relação.

C. DA RESPONSABILIDADE E DEVER DE REPARAÇÃO

3.11. Claro e evidente que há uma cadeia de sucessivos erros, quando na verdade deveria a
primeira demandada ter realizado o conserto do produto e averiguado se o mesmo não
apresentava mais nenhum vício antes de enviá-lo, além de ter a destreza de embalar o mesmo
de forma correta evitando danos no decorrer da viagem, e a segunda de ter zelo no envio do
produto. Porém, ambas, de forma infundada e sem amparo legal, violaram claramente
o Código de Defesa do Consumidor.

3.12. Devemos ressaltar ainda, que a responsabilidade das rés, além de solidária é objetiva,
não sendo necessário a comprovação de culpa, nos termos do artigo 18 do CDC.

3.13. É aplicável ao presente caso a Teoria do Risco do Empreendimento, de modo que


todo aquele que se disponha a exercer alguma atividade no campo do fornecimento de bens e
serviços, tem o dever de responder pelos fatos e vícios resultantes do empreendimento,
independente de culpa. A responsabilidade decorre do simples fato de dispor-se alguém a
realizar atividade de produzir, distribuir e comercializar produtos ou executar determinado.
Vejamos abaixo julgado à respeito do assunto:

APELAÇÃO CÍVEL. SUMÁRIO. OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


INDENIZATÓRIA. APARELHO DE TELEVISÃO. RELAÇÃO DE
CONSUMO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. Com fundamento na
teoria do Risco do Empreendimento, aquele que se disponha a exercer
qualquer atividade no mercado de consumo deverá suportar os ônus
decorrentes dos vícios e defeitos do produto ou do serviço oferecido.
Responsabilidade que somente poderá ser ilidida, verificada a
ocorrência de uma das hipóteses de excludente de responsabilidade. De
acordo com o art. 18 do CDC, quando o produto adquirido pelo consumidor
apresentar vício de qualidade, em que impeça o seu uso normal, tanto o
fabricante quanto o comerciante são responsáveis pelo ressarcimento dos
danos ocasionados. Considerando, entendo que o quantum arbitrado
observou os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Sentença que
se mantém. Recurso improvido. (TJRJ:2009.001.18502 – Apelação Des.
CHERUBIN ELCIAS SCHWARTZ – Julgamento: 09/06/2009 – Décima
Segunda Câmara Cível). (Grifo nosso)

3.14. De acordo com o artigo 18, do Código de Defesa do Consumidor:

Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não


duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou
quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se
destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem,
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes
de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes
viciadas. (Grifou-se).

3.15. Dessa forma, o autor exige que as rés sejam responsabilizadas pelos vícios do produto
por elas colocados no mercado, bem como pela assistência técnica e transportadora do
produto, por fazerem parte da relação de consumo ora debatida.

3.16. Estabelece, por sua vez, o art. 84 do CDC, in verbis: “na ação que tenha por objeto o
cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da
obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento".

3.17. Outrossim, em se tratando de produto o consumidor poderá fazer uso imediato das
alternativas do parágrafo 1º, do artigo 18 do CDC, in verbis:

Art. 18.Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis


respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os
tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com
a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou
mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza,
podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas
condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada,
sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
“(...)”
§ 3º O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1º deste
artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes
viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto,
diminuir-lhe o valorou se tratar de produto essencial.

3.18. O mesmo Código, em seu art. 14, dispõe sobre o fundamento da péssima prestação de
serviços desempenhada pelas requeridas, que diz:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência


de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.

3.19. Vê-se que o autor foi vítima de falha na prestação de serviço por parte das empresas rés e
sofreu não só aborrecimentos como preocupações e prejuízos financeiros, o que causa grande
transtorno e revolta, além disso está absolutamente impossibilitado de utilizar um produto caro
que somente adquiriu porque era necessário às suas atividades administrativas rotineiras.

3.20 Tendo em vista os atos ilícitos e abusivos que lhe acometeram requer o autor a condenação
das rés na presente ação.

D. DA TROCA DO PRODUTO

3.21. Como fora dito em tópicos anteriores, a responsabilidade civil do fornecedor está prevista
no artigo 18 do Código de defesa do consumidor, a saber:

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis


respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os
tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem
publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o
consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o


consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I – a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas
condições de uso;
II – a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III – o abatimento proporcional do preço.
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto
no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e
oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser
convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do
consumidor.
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1°
deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das
partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do
produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.(…)
(Grifei)

3.22. No caso dos fornecedores, a responsabilidade é objetiva. Não há necessidade da


comprovação de culpa. Ademais, vê-se que no presente caso, configura-se a extensão do vício,
pois, conforme já mencionado, inicialmente o vício se deu pelo não desempenho da impressora
às tarefas dela esperadas e, posteriormente ao envio à assistência técnica, outros vícios vieram
a acometer o produto.

3.23. O tópico em apreço é mera questão de lógica e bom senso, pois, conforme preconiza o
art. 18 do CDC, nos casos em que houver a extensão do vício, poderá o consumidor, fazer uso
imediato das alternativas trazidas pelo próprio artigo.

3.24. Veja que a parte autora não propõe a presente demanda obter enriquecimento ilícito ou
amontoar o poder judiciário com questões irrelevantes, mas sim fazer os seus direitos serem
respeitados e corrigidos.

3.25. Pretende-se através desta, a troca imediata do produto por outro com as mesmas
características, ou, na falta deste, outro com características superiores. Caso não haja a
possibilidade, requer, então, o ressarcimento do valor pago, devidamente atualizado e corrigido.
Destacando-se, também, os demais pedidos constantes nesta peça processual.

3.26. Vide jurisprudência que corrobora com o entendimento acima exposto:

CONSUMIDOR. VÍCIO DO PRODUTO. NOTEBOOK. MAU USO.


PROVA. DIREITO AO DESFAZIMENTO DO NEGÓCIO. I.
Notebook adquirido na loja recorrente que vem a apresentar defeito
aproximadamente dois meses após a compra, sendo remetido à
comerciante, em três oportunidades, sem solução para o problema. II.
Não havendo prova do mau uso do equipamento, como fato do
consumidor apto a afastar a responsabilidade do fornecedor, mas antes
evidenciando o contexto probatório a existência de vício do produto,
que o torna imprestável à finalidade a que se destina, surge o direito ao
desfazimento do negócio, com restituição da importância paga pelo
bem. Sentença mantida pelos próprios fundamentos. Recurso
desprovido. Unânime. (TJRS – RCív 71001720390 – 1ª T.R.Cív. – Rel.
João Pedro Cavalli Junior – DJ 18.09.2008).

3.27. Cabe informar que a parte autora abriu procedimento administrativo junto ao órgão
PROCON Arapiraca para tentar solucionar o problema, contudo, apesar de serem realizadas as
tentativas necessárias, não houve êxito. Deste modo, devem as requeridas, realizar a troca
imediata do produto/impressora por outra com as mesmas ou qualidades superiores, ou, realizar
a restituição do valor pelo pela parte autora, corrigido e atualizado. Commented [M3]: Lygia, poderia ser acrescentado um
tópico sobre a diligência realizada no PROCON pela autora,
mas que nenhuma empresa atendeu à reclamação.
E. DOS DANOS MATERIAIS – DOS VALORES PELO ENVIO DO PRODUTO À
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E DO ALUGUEL DE OUTRO PRODUTO.

3.28. Cumpre reiterar a informação de que, no primeiro envio do produto para a assistência
técnica, a parte autora arcou com as despesas unilateralmente. No que diz respeito ao segundo
envio, a mesma arcou com metade do valor, conforme se demonstra através dos comprovantes
anexos.

3.29. Conforme preconiza o próprio artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, através


da sua interpretação, cabe ao fornecedor arcar com os custos do envio do produto quando não
há assistência técnica na cidade do consumidor.

3.30. Vejamos que, pelos comprovantes de envio, a parte autora arcou com o pagamento no
montante total de R$ 541,55 (quinhentos e quarenta e um reais e cinquenta e cinco centavos).
Portanto, deve a primeira ré, ressarcir o autor no que diz respeito aos valores pagos, pois,
além de suportar o ônus de ter o produto com vício, não pode suportar as despesas decorrentes
para o devido conserto do mesmo.

3.31. O pedido ora exposto nada mais é que óbvio e justo, pois, ao efetuar a compra no site
da ré, esperava receber um produto com as mesmas qualidades e funções discriminadas,
contudo, foi surpreendido com um produto que vem apresentando problemas desde o seu
recebimento, frustrando todas as expectativas depositadas no momento da sua aquisição.

3.32. Nessa hipótese, é inaceitável que o consumidor, hipossuficiente da relação, tenha que
arcar com os custos de envio do aparelho para a assistência técnica localizada em outro estado,
há de se considerar que o mesmo já foi lesado no momento em que adquiriu a impressora
defeituosa.

3.33. Como fato agravante da situação da parte autora, devemos destacar que, diante da
inequívoca necessidade do produto, não restou outra alternativa ao reclamante, senão, o
aluguel de outra impressora para realizar o trabalho que havia planejado. Ou seja, além das
despesas oriundas do envio do produto à assistência técnica, ainda suporta aquelas
decorrentes do ora aluguel ante a inevitável necessidade. Commented [M4]: Lygia, solicita à Polyana Syntia essa
informação e a cópia do contrato de aluguel.

3.34. Tais alegações são facilmente comprovadas através dos documentos anexos a esta peça, Commented [LR5R4]: Não há contrato de aluguel.
Solicitei o recibo retroativo.
no qual deixam claro que a parte autora desta demanda efetuou o pagamento de R$ 541,55
(quinhentos e quarenta e um reais e cinquenta e cinco centavos), referente ao envio do
produto. No que diz respeito aos gatos referente ao aluguel de outro produto/impresso, este
só poderão ser liquidados após restituição do valor ou a troca do produto, conforme preconiza
o próprio CDC.

3.35. Diante dos fatos abordados, não se ode olvidar que as reclamadas vem se aproveitando
da situação, sem contar que demonstram total irresponsabilidade junto ao autor.

3.36 Ante o exposto, requer a restituição dos valores pagos para o envio do produto,
atualizado e corrigido. Commented [M6]: Lygia, veja, por favor, a possibilidade
de incluir jurisprudência sobre a responsabilidade dos
correios enquanto transportadora.
E. DA RESPONSABILIDADE DA EMPRESA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS
Commented [LR7R6]: Incluí tópico E
3.37. Convém destacar que a Empresa de Correios e Telégrafos deve, também, ser
responsabilizada pelos danos e transtornos sofridos pela parte autora, pois, tem a
condição de empresa pública prestadora de serviços públicos, assim, a ECT é responsável,
objetivamente, por eventuais danos causados aos consumidores. Dessa forma, deve indenizar
os usuários de seus serviços pelos danos materiais e morais causados pela ineficiência da
entrega da correspondência que lhe foi confiada, nos termos do arts. 5º, V, e 37, parágrafo 6º,
ambos da Constituição Federal, e DO art. 22, parágrafo único, do CDC.

3.38. Ainda, nos termos do artigo 14, caput, e parágrafo 3º do CDC, o prestador de serviços
responde, independentemente de culpa, pelos danos causados aos consumidores, salvo quando
provar a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro ou, ainda, a inexistência de defeito
no serviço.

3.39. Vejamos jurisprudência a respeito:

A responsabilidade civil dos Correios é objetiva (art. 37, § 6º da CF/88e


arts. 14 e 22 do CDC). STJ. 2ª Seção. EREsp 1.097.266-PB, Rel. Min.
Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 10/12/2014 (Info 556).

3.40. Não obstante, dispõe também neste sentido, o art. 43 do Código Civil, determinando
que as pessoas jurídicas de direito público respondem civilmente por atos de seus agentes,
que imbuídos desta qualidade, causem danos. E ainda garante o direito de regresso do ente
público contra o efetivo causador do dano.

Art. 43 - As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente


responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a
terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se
houver, por parte destes, culpa ou dolo.

3.41. Além destes dispositivos, há que se falar na existência de relação de consumo entre a
ECT e o usuário de seus serviços, o Resp nº 1.210.732-2 - SC (2010/0155558-9) julgado em
2010 pelo Superior Tribunal de Justiça (Relator: Ministro Luis Felipe Salomão), entendeu
pela aplicação do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, veja-se:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.210.732 - SC (2010/0155558-9) RELATOR:


MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO RECORRENTE: FELISBERTO
VILMAR CARDOSO ADVOGADO: FELISBERTO VILMAR CARDOSO
(EM CAUSA PRÓPRIA) RECORRIDO: EMPRESA BRASILEIRA DE
CORREIOS E TELÉGRAFOS ADVOGADO: SANDRO OSNI DA SILVA
GOMES E OUTRO (S) EMENTA RESPONSABILIDADE CIVIL.
RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO QUE CONTRATA SERVIÇOS
DOS CORREIOS PARA O ENVIO DE PETIÇÃO RECURSAL. SEDEX
NORMAL. CONTRATO QUE GARANTIA A CHEGADA DA PETIÇÃO
AO DESTINATÁRIO EM DETERMINADO TEMPO. NÃO
CUMPRIMENTO. PERDA DO PRAZO
RECURSAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DOS CORREIOS PARA
COM OS USUÁRIOS. RELAÇÃO DE CONSUMO. DANO MORAL
CONFIGURADO. DANO MATERIAL NÃO PROVADO. TEORIA DA
PERDA DE UMA CHANCE. NÃO APLICAÇÃO NO CASO CONCRETO.
[...]

2. As empresas públicas prestadoras de serviços públicos submetem-se ao


regime de responsabilidade civil objetiva, previsto no art. 14do CDC, de
modo que a responsabilidade civil objetiva pelo risco administrativo,
prevista no art. 37, § 6º, da CF/88, é confirmada e reforçada com
a celebração de contrato de consumo, do qual emergem deveres próprios
do microssistema erigido pela Lei n. 8.078/90. No caso, a contratação dos
serviços postais oferecidos pelos Correios revela a existência de contrato de
consumo, mesmo que tenha sido celebrado entre a mencionada empresa
pública e um advogado, para fins de envio de suas petições ao Poder
Judiciário.
[...]

3.42. A responsabilidade objetiva do Poder Público, descrita no art. 37, § 6º, CF, adota a
teoria do risco administrativo. Assim, os Correios não têm o dever de indenizar sempre,
como os fornecedores comerciais comuns, contudo, presente os indícios e provas de danos,
observar-se-á o caso concreto.

DO DANO MORAL

3.43. A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais
a devida proteção, inclusive, estando amparada constitucionalmente pelo
artigo 5º, V da Carta Magna/88:
Artigo 5º - (...)
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem.

3.44. Além disso, devemos destacar ainda os artigos 186 e 927 do Código Civil de 2002 que
assim estabelecem:

Artigo 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Artigo 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

3.45. Finalmente, o Código de Defesa do Consumidor, no seu art. 6º também protege a


integridade moral dos consumidores:

Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:


(...)
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos;
3.46. O dano moral, como sabido, deriva de uma dor íntima, uma comoção interna, um
constrangimento gerado naquele que o sofreu e que repercutiria de igual forma, em uma outra
pessoa nas mesmas circunstâncias. Apesar de se tratar de pessoa jurídica, não se pode negar
que a mesma suporta o ônus da falta de prestação de serviço de acordo com as regras
consumeristas e, por isso, é submetida a uma situação de desrespeito.

3.47. Além do já exposto, convém mencionar que deve ser comparada ao consumidor pessoa
física, pois, comprou o produto como destinatária final, portanto, houve danos morais sofridos
pela mesma decorrentes da situação de descaso demonstrada pelas empresas rés.

3.48. Apesar de ter tentado chegar a uma solução amigável por diversas vezes junto as
reclamadas, não logrou êxito. Lembrando ainda que, durante esse tempo, não pode utilizar
aparelho e ainda necessitou alugar um outro para suprir a falta. Commented [M8]: Lygia, há um contrato de aluguel de
outra impressora. É necessário mencionar, e acrescentar no
pedido de danos materiais. Vou lhe enviar.
3.49. Diante de todas as razões aqui explanadas o autor pretende uma indenização à título de
danos morais, de modo que o mesmo seja compensado pelos prejuízos que lhe foram e Commented [LR9R8]: Informei no tópico acima. Aguardo
você enviar.
permanecem causados pelas empresas demandadas, por culpa da desídia, falta clareza e
honestidade destas para com seus clientes, de modo que tal punição seja exemplar a coibir
reincidência da conduta praticada pelas rés.

3.50. Ante o exposto, requer a condenação das demandadas ao dever de indenizar o autor no
montante de R$ 8.000,00 (oito mil reais), conforme entendimento dos tribunais brasileiros, a
saber:
TJ-PE - Apelação APL 4091807 PE (TJ-PE)
Data de publicação: 19/01/2016
Ementa: PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR.
LINHA TELEFÔNICA NÃO CONTRATADA. DÍVIDA INEXISTENTE.
INSCRIÇÃO IRREGULAR. DANO MORAL IN RE IPSA
CONFIGURADO. PESSOA JURÍDICA. POSSIBILIDADE.
INDENIZAÇÃO ARIBTRADA EM VALOR RAZOÁVEL E
PROPORCIONAL. APELO DESPROVIDO. 1. Não comprovada a efetiva
contratação da linha telefônica pela concessionária, deve se reputar inexistente
a relação jurídica e as eventuais dívidas que dela supostamente decorreram.
Ilícitos, pois, os atos de cobrança de dívida inexistente. 2. A jurisprudência do
STJ já se pacificou no sentido de que a negativação indevida
gera dano moral in re ipsa, independentemente se pessoa física ou jurídica,
desde que não haja outra inscrição legítima e preexistente. 3. O valor de R$
8.000,00 (oito mil reais) arbitrado na sentença de piso, em meu sentir,
obedece aos parâmetros de fixação do quantum indenizatório e ao que
vem decidindo esta E. Corte em casos semelhantes. 4. Apelação conhecida,
mas desprovida.

III- DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer o autor:


a) A citação das rés, pelos correios, através de AR, no endereço declinado no preâmbulo da
exordial para, querendo, responderem e, caso queiram, contestarem, os termos da ação
proposta, sob pena de lhe serem aplicadas as penas decorrentes da revelia;

b) inversão do ônus da prova, com base no art. 6º, inc. VIII do Código de Defesa do
Consumidor;

c) a condenação das rés à troca do produto por um idêntico, da mesma marca e com as mesmas
características e sem apresentar vícios ou defeitos;

d) Sendo impossível o cumprimento do contido no item anterior, que seja então recolhido o
aparelho em questão pelas rés, e devolvido o valor pago por este, correspondente à quantia
de R$ 5.413,51 (cinco mil quatrocentos e treze reais e cinquenta e um centavos) devidamente
atualizado e corrigido;

e) A condenação solidária das rés ao pagamento de indenização a título de danos morais no


valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais);

f) A condenação das rés ao pagamento dos danos materiais no valor de R$ 541,55 (quinhentos
e quarenta e um reais e cinquenta e cinco centavos), referente ao transporte para envio do
produto à assistência técnica, devidamente corrigido e atualizado, ficando desde já
estabelecido o dever de restituir o valor pago em decorrência do aluguel de outra impressora,
devendo este valor ser liquidado posteriormente, quando da entrega da nova impressora ou a
restituição do valor pago;

g) A condenação das rés ao pagamento de custas e honorários advocatícios;

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, quais sejam,
documental, testemunhal e depoimento pessoal da parte ré.

Atribui à causa o valor de R$ 17.955,06 (dezessete mil novecentos e cinquenta e cinco reais
e seis centavos).

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