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Atividade 02.

Essa tarefa pode ser respondida individualmente ou em grupo de até 3 estudantes. Caso optem
por responder em grupo, postem a resposta individualmente, indicando com quem
trabalharam.

Parte I: O sentido de um fim, de Julian Barnes. Questões adaptadas a partir de um roteiro de


leitura da obra.

1 - Qual o sentido do título do livro?

R: O título da obra remete ao fim de alguma fase na vida dos personagens, suas mudanças de
idade, personalidade, escola, professores, amigos ou companheiras. O título reflete o fim de
uma jornada ou mesmo a mudança, já que ao fim de etapa sempre há algo novo a
desempenhar. Podemos relacionar isso com as relações dos jovens com seus pais, seus amigos
mais íntimos e os que são apenas conhecidos do colégio, com os professores que são
diferentes em cada ano e matéria. Já na fase adulta do personagem narrador, podemos ver
suas mudanças de pensamentos no decorrer do livro, suas mudanças de humor, os novos
amigos, os novos lugares conhecidos e os relacionamentos que terminaram, como as amantes
que apareceram apenas por uma fase, ou como as mulheres passando de namorada ou esposa
à amiga, mas que por fim apenas mudaram de um estado de relacionamento para outro. Além
de o maior desfecho, que é o fim da vida, desde os personagens que se suicidam, aos ex-sogros
que morrem por idade... então o sentido de um fim é a mudança geral no decorrer da história,
tudo têm um fim, mas o seu sentido na maior parte são fins para mudanças até o estágio final,
o fim da vida.

2 - O romance começa com várias imagens relacionadas com a água (pág. 9). Qual o
significado de cada um desses enunciados? Como é que o autor usa a água como metáfora?

R: Na primeira relação com água o personagem diz que se lembra “do vapor subindo de uma
pia molhada quando se joga alegremente uma frigideira quente lá dentro;” essa relação sugere
um momento de felicidade após a preparação de uma boa refeição, que será degustada por ele
sozinho ou em companhia da esposa e filhos, de toda forma essa lembrança dele é clara
quando realizamos o ato, que trata de um estado de contentamento e, de certa maneira ou
ponto de vista, de agradecimento à vida pelo que será consumido ou foi bem preparado.

Nessa outra fala “de gotas de esperma girando em volta de um ralo, antes de serem tragadas
e descerem pelo cano de uma casa alta;” traz memórias sexuais frustradas, seja por uma fase
de solteiro por opção quando ele esta focado em ser melhor no trabalho e estudos, ou na fase
de falta de uma boa companheira, onde a solução é aliviar o estrese e tensão sexual com
masturbação, algo que também se relaciona com a memória da noite em que ele dormiu na
casa dos sogros, ficou excitado ao beijar a namorada, mas não pode se satisfazer por estarem
em quartos separados, e ele se “alivia” na pia do banheiro pensando no prazer que seria tê-la
aquela noite em um local onde a tensão de ser pego aumenta o exctase sexual.
Na fala “de um rio correndo sem sentido contra a corrente, o movimento das águas iluminado
por meia dúzia de lanternas em perseguição;” lembra memórias de momentos da vida onde as
coisas não fazem sentido algum, mas a pessoa ou pessoas continuam seguindo naquele
caminho na tentativa de que em algum momento elas acertaram o passo e conseguiram o que
anseiam, isso se reflete muito bem com a relação dele com a primeira namorada, um namoro
que anos após o seu fim ele continua a pensar o que ela queria dizer com aquilo, ou por quê
fez aquela outra coisa, ele é o rio correndo sem sentido na corrente da vida, que segue rumo
ao futuro, mas com ele ainda preso a vivências do passado.

Nessa fala, “de outro rio, largo e cinzento, a direção da sua corrente disfarçada por um vento
forte agitando a superfície;” parece que ele esta relacionando a metáfora com os momentos de
frustação, descontentamento, dúvidas, anseios e imcompreensão sobre coisas a seu redor.
Desde o término do namoro que não fazia sentido, a ter relações sexuais com a ex num
reencontro quando eles nunca tinha dormido juntos, ao suicídio do colega de escola aos 16
anos, deixando a namorada grávida, a visita a cada dos sogros quanto com a sogra, ao
relacionamento da ex-namorada com o seu melhor amigo algum tempo após eles terminarem,
ao suicídio do melhor amigo mesmo depois de dizer que vivia uma fase feliz com o seu
relacionamento, o distanciamento da sua filha após casar-se e ter filhos, o relacionamento de
amizade com a ex-esposa que faz parecer que eles podem voltar a ficarem juntos a qualquer
momento, a sua confusão de memórias após uma certa idade e o fato de não entender como
as pessoas se relacionam naqueles dias. Tudo remete a uma confusão de coisas, de sensações,
de pensamentos, dúvidas e vivências, a vida seguindo pelo rio do fim, algo nebuloso e agitado
quanto maior a idade e o fim dela se aproxima.

Por fim há a fala da lembrança, “da água do banho já fria por trás de uma porta trancada. Este
último não é algo que eu vi de verdade, mas o que você acaba lembrando nem sempre é a
mesma coisa que viu.”, parece que o personagem relaciona essa memória com suas
recordações confusas, onde fatos e pensamentos do que poderia ser feito se misturam e ele
não sabe mais o que foi real e o que não, ou mesmo das memórias que ele têm por ouvir ou ler
da vida e/ou experiências de outras pessoas, essa relação de fatos com pensamentos e
histórias de terceiros, parecem mesmo que ele esta vendo a vida do outro lado dos
acontecimentos, ele é a água por trás da porta trancada do que é real e o que não, e mais
ainda a questão de a lembrança não ser realmente o que aconteceu, como por exemplo o que
ele diz ter ocorrido entre ele e a ex, onde muitos das lembranças são mais de coisas que ele
pensou que devia fazer ou dizer.

3 – Em uma das aulas, Adrian diz, “nós precisamos conhecer a história do historiador a fim de
entender a versão que é colocada diante de nós” (p. 18). Como isso se aplica à narração de
Tony?

R: Essa relação retorna ao relaciomento dele com a ex e ao próprio Adrian de certa forma, ele
passou o restante de seus dias tentando entender o que o cunhado quis dizer quando
confirmou para a irmã que ele ia servir, o que a sogra quis dizer com aquela conversa de não
deixar a filha o enrolar, o quê a frase da ex “você não entende, nunca entendeu e nunca vai
entender” realmente significava e qual o motivo para o suicídio do amigo, essas perguntas
tinham respostas exploradas por ele em seu entendimento das coisas e pessoas a seu redor,
mas que ele jamais saberia o fato real já que as histórias dos historiadores narrados por ele não
lhe foram concedidas, isso se mostra na realação de como ele narra toda a história, mas sem
nunca ter certeza se as histórias contadas por e para ele são realmente as verdadeiras.

4 - Quando a Sra. Ford disse a Tony, "Não deixe Veronica fazer gato e sapato de você" (p. 35),
que ela quis dizer? Por que esse dizer é tão importante?

R: Com o desenvolvimento da história vemos que mesmo após suas morte a mãe de Veronica
manteve uma simpatia por Tony, deixando inclusive dinheio para ele. Isso soa como uma visão
boa por parte dela referente à ele, com um conhecimento e descontentamento pelo estilo de
vida da filha, algo que se expressa bem no fato de ela nunca ter relações sexuais com ele
enquanto eles ainda namoram, o que o faz pensar que ela o controlava assim, mantendo a
vontade dele de tê-la, e depois quando se reencontram e a o ato acontece, ele sentir como
uma nova tentativa de o controlá-lo e dominá-lo novamente, mas agora pelo sexo, e mais a
frente temos o relacionemento dela com o melhor amigo dele, algo que a maioria das pessoas
veem como um ato de mal carater, já que as pessoas sempre carregam um certo “código” de
que ex de amigos (as) não servem para um relacionamento, seja por saberem de algo ou por
respeito. Além da piada dela ao irmão de que “ele ia servir” como se o namorado fosse apenas
um meio para um fim, essa fala da mãe então torna-se importante por soar como desacordo
ao estilo de vida trilhado pela filha e o que ela interpretou de Tony e seu caráter, seguindo por
essa linha de pensamento, essa única fala coloca em check o carater de Veronica aos olhos de
quem a realmente a conhece.

5 - Discuta o último parágrafo do romance: “Existe acumulação. Existe responsabilidade. E


além de tudo isso, existe inquietude. Existe grande inquietude” (p. 159).

R: O último parágrafo realça toda a memória de vida do personagem até aquele momento.
Acumulação esta em tudo, acumulamos idade, conhecimento, relacionamentos, lembranças
em coisas que temos, memórias, amigos, filhos, ex, estudos, dinheiro, objetos e afins, a vida é
o acumulo de coisas que conseguimos adquirir enquanto nossos anos passam, mas no fim não
é mais que isso, acumulos, alguns bons e outros nem tanto, mas todos conosco de uma forma
ou de outra. Responsabilidade é o reflexo de uma vida compartilhada, mantemos nossa
responsabilidade com nossa família, com nosso emprego, com nossos amigos, e tentamos
passar isso para os nossos filhos e alguém mais que creia em nosso senso de responsabilidade,
é o comprometimento do ser humano com aquilo que o cerca, é fazer algo que não queremos
ou não podemos para ser responsáveis aos olhos de alguém ou a nossos olhos, é a base social
da humanidade, um homem sem responsabilidade é um homem sem propósito, e um homem
sem propósito não consegue suportar a vida. E por fim vem a inquietude, a mente do ser
humano não para de questionar o que poderia ter sido diferente, como seria o fim de seus dias
se ele tivesse seguido outra carreira, se estivesse com outra mulher, como seriam seus filhos, e
mesmo como seria se ainda vivessem todos os juntos, como seria ter viajado para tal lugar, ter
ficado bebado naquela festa de família, se fosse mais ousado em suas relações, se devia ter
saido com mais mulheres, vivido mais como solteiro, a inquietude, o mastro do barco do
descontentamento da mente que por fim só precisa aceitar uma coisa, tudo ocorreu como
podia ou deveria ter sido e não há retornos, a vida continua sendo o caminho para frente e o
que faremos amanhã, que deveria na verdade o que faremos agora, nesse exato momento, e
isso eliminaria a inquietude, mas, não somos inquietos por essência e isso é o que nos move
dia após dia.

Parte II: Tradução – ato desmedido, de Boris Schnaiderman

No tópico “O mistério da tradução” (pág. 71), Schnaiderman cita uma passagem de Sobre os
diferentes métodos de tradução, de Friedrich Schleiermacher. Que essa passagem do teórico
alemão pode nos ensinar sobre a natureza da linguagem e a mudança linguística? Justifique
sua resposta, reportando-se aos tópicos de nosso módulo.

R: O trecho reflete sobre a importância do desempenho do tradutor em conseguir uma


tradução que fuja do simples palavra por palavra, mas que elabore um contexto tão comum na
língua alvo, que ao ler o nativo daquele idioma não sinta que aquilo foi traduzido e sim como
se o autor escrevesse para o seu povo, ao mesmo tempo que a tradução fique tão próxima do
original, que o autor também se orgulhe de ver seu livro tão bem traduzido, essa ideia de
adaptação de linguagem é questionada durante o livro de Schnaiderman, e o exemplo da
página 71 é um dos dos comentários bem refletidos por outro mestre da tradução. Essa
absorção de outra língua por parte do tradutor remete também a evolução da própria língua
portuguesa, como estamos vendo em aulas, já que o nosso idioma era originalmente de
Portugal e sofreu mesclagem de palavras das línguas indigenas e africanas, é a apropriação de
um idioma por um falante de outro, e essa absorção das palavras, é o que dá a pessoa o poder
de usar melhor a fala e criar contextos coerentes, mais simples e de acordo com o que as
pessoas falam no dia-a-dia, um ponto importantíssimo para um tradutor, e que exige dele
experiência e paciência para adquirir essa habilidade e conhecimento com o tempo e práticas
de tradução.

Parte III

‘The sense of an ending’ pertence ao sistema literário de expressão inglesa. A obra traduzida
‘O sentido de um fim’ pertence ao sistema literário de expressão portuguesa? Justifique sua
resposta.

R: A obra pertence ao sistema literário de expressão inglesa mesmo em sua versão, apesar de
haver tradução de um livro, isso não faz dele uma nova obra, ou diferente de seu idioma
original. O mesmo acontece com qualquer tradução de livros, sempre saberemos que a obra
que adquirimos é uma tradução, assim aquele versão pode fazer parte do sistema literário do
português, por exemplo, mas nunca desviará ou tirará os merecidos créditos do autor original.
Um bom exemplo de livros assim são a Bíblia, o livro Dom Quixote e o Senhor dos Anéis, que
são obras muito traduzidas pelo mundo, mas que seus leitores sabem que de onde vêm o
original, e mesmo quando estes ficam em dúvida, com uma rápida busca na internet essa será
sanada.

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