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Revista A Glória

Abril/2018 - Edição 04

X Encontro do
Centro-Oeste e Sudeste
Uberlândia - MG

Quando as portas se fecham


Tiradentes, herói do Brasil e de Portugal foi Maçon
A fraternidade como motor de construção
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Expediente
Expediente SUMÁRIO
REVISTA A GLORIA
REVISTA A GLORIA
03 Quando as portas se fecham
Ir. Kleber Branquinho Adorno
Publicação maçônica trimestral, de SGMG Glória do Ocidente
Publicação
circulação maçônica
Nacional, trimestral, de
da Maçonaria
Glória circulação
do Ocidente Nacional, da Maçonaria
do Brasil, pertence 04 e 05 Tiradentes Herói do Brasil e de Portugal foi Maçon
Glória-do
ao CLIPSAS Ocidente
Centro do Brasil,e
de Ligação Amândio SIlva
pertence ao CLIPSAS - Centro de Presidente da Associação Mares Navegados
Informação das Potências Maçônicas
Ligação e Informação das Potências
signatárias do Apelo de Strasburgo.
Maçônicas signatárias do Apelo de 06 Maçonaria Espiritismo e sua afinidades
Strasburgo. Ir. Emerson Lopes Brotto
Conselho Editorial: A.R.L. Glória do Rio Grande
Ir. Ângelo GomesEditorial:
Conselho Correa
Ir. Jean Arildo
Ir. Ângelo Martin
Gomes Correa 07 O Nome Gloria do Ocidente
Ir. Rangel
Ir. Rangel de Camargo
de Camargo Rodrigues
Rodrigues Ir. Rangel de Camargo Rodrigues
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Ir. Leonardo Biazoto Gomes Sbardeloto Martin Diretor Geral de Educação MECC
Ir. Leonardo Biazoto Gomes Sbardeloto
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10 O paradoo da Felicidade: Uma Reflexão
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total ou parcial de seus trabalhos sem a C. O. Loja Glória do Rio Grande
Tiragem: 1.000 exemplares
previa autorização ou citação da fonte.
Impressâo: Passografic
12 A Fraternidade Como Motor de Construção
João Alves Dias
PODER
CriaçãoCENTRAL
e Editoração: Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho REAA para Portugal e
Grão-Mestre Geral: suas Jurisdições
Kleber Branquinho Adorno Grande Oriente Lusitano
Grão-Mestre Geral Adjunto:
Joaquim Nunes Martins
Ministro da Liturgia:
Editorial
EDITORIAL
A Maçonaria nos convida a reflexão, a introspecção e ao trabalho profundo sobre nós mesmos. Nela
José Ary Wanderley Aboulhosn;
A editora não autoriza a reprodução temos a oportunidade de polir nossas asperezas aperfeiçoando assim nossa existência e nos tornando
Ministro da Administração, Patrimônio
total ou parcial de seus trabalhos sem A Maçonaria
pessoas nos sensíveis,
melhores, mais convidamaisa reflexão,
preparados a introspecção e do
e mais conscientes ao nosso
trabalho
papelprofundo so-
na sociedade.
e Informática:
a previa autorização ou citação da breregras
Suas nós emesmos. Nela
suas práticas nostemos
levam a aumoportunidade
labor coerente, de polirenossas
objetivo asperezas
prático daquilo aperfei-
que precisamos
Valdir Mendonça corrigir,
çoando construindo e contribuindo
assim nossa ao mesmo
existência tempo
e nos para quepessoas
tornando os demais melhores,
também cresçam,maispois não
sensí-
fonte.Alves
somos
veis,ilhas
maise dependemos
preparados unse dos
maisoutros para avançardo
conscientes e fazer
nossocrescer a construção
papel da vida.
na sociedade.
Ministro da Educação, Cultura e Suas regras
Através do estudopráticas
e da prática constante
Comunicação:
PODER CENTRAL e suas nos levamda a Arte
um Real
laborpodemos avançar,
coerente, então, de
objetivo forma
e prático
consciente e consistente naquilo que nos propomos ao adentrar o umbral do Templo em busca da Luz.
daquilo que precisamos corrigir, construindo e contribuindo ao mesmo tempo
Valdir Grão-Mestre
Mendonça AlvesGeral: O maçom assim se faz sujeito, protagonista de sua existência, ao mesmo tempo em que
Kleber Branquinho Adorno para
deve que os
transmitir demais
a seus também
semelhantes cresçam, pois
o conhecimento não somos
adquirido para queilhas e dependemos
com estes possam aprimoraruns
Ministro do Planejamento, Contas e dos outros parae avançar
Grão-Mestre Geral Adjunto: métodos, estratégias condições e fazer
para crescer
elevar a construção
a humanidade ao combate daaos
vida.
vícios, à ignorância e as
Finanças: Através do estudo e da prática constante da Arte Real podemos avançar, então,
injustiças.
Joaquim Nunes Martins
Geosvane Fonseca da Cunha de forma Somos seres, portanto
consciente de luz buscandonaquilo
e consistente a superação
queemnostodos os sentidos,ao
propomos melhorando
adentrarpelo o
Ministro da Liturgia:
Ministro das Relações Públicas,
José Ary Wanderley Aboulhosn
desbastar
umbraldado pedra bruta,em
Templo cuidadosa
buscae dasutilmente
Luz. a cada oficina, para que não se perca tempo, material
ouOa maçom
própria construção.
Chancelaria e Hospitalaria:
Ministro da Administração,
assim se faz sujeito, protagonista de sua existência, ao mesmo tempo

Oswaldo Morales em queAssim,
devecumprindo
transmitir nosso dever, enquanto trilharmos o verdadeiro caminho do aprendiz
a seus semelhantes o conhecimento adquirido para que
Patrimônio e Informática: alcançaremos dias melhores e a sonhada felicidade.
Superior Tribunal deGomes
Justiça Maçônica: com estes possam aprimorar
Esperamos que nossa publicação métodos,
vos seja deestratégias e condições para elevar a
proveito e prazer!
Ângelo Côrrea
humanidade ao combate aos vícios, à ignorância e as injustiças.
Osvaldo
Ministro daAlves FreireCultura e
Educação,
Somos seres, portanto de luz buscando a superação em todosde
Ir. Rangel osCamargo
sentidos, me-
Rodrigues
Delegado Comunicação:
Distrital RS:
lhorando pelo desbastar da pedra bruta, cuidadosa e sutilmente aEditor cadaresponsável
oficina,
Valdir
Rogel Mendonça
Mello Alves para que não se perca tempo, material ou a própria construção.
Ministro do Planejamento, Contas e
Assim, cumprindo nosso dever, enquanto trilharmos o verdadeiro caminho do
Finanças:
aprendiz alcançaremos dias melhores e a sonhada felicidade.
Geosvane Fonseca da Cunha E n d o d o n ti a e M i c r o s c o p i a E n d o d ô n ti c a
Esperamos que nossa publicação vos seja de proveito e prazer!
Ministro das Relações Públicas,
Chancelaria e Hospitalaria:
Ir. Rangel de Camargo Rodrigues
Oswaldo Morales
Editor responsável
Superior Tribunal de Justiça
Maçônica:
Osvaldo Alves Freire
Delegado Distrital RS: @dentistatiagolange
Rogel Mello
R. Uruguai, 1189 | Passo Fundo/RS
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Quando as portas se fecham


Ir. Kleber Branquinho Adorno
SGMG Glória do Ocidente

estejam presentes. Fraternidade, Liberdade


e Igualdade são como componentes de uma
equação, em que é necessária e obrigatória
a presença dos três elementos para que se
obtenha o resultado esperado. Neste caso o
resultado que se espera é que a humanidade
possa usufruir uma vida de harmonia e paz.
Com o objetivo de reunir homens imbuídos
da vontade de fazer e edificar, de combater
o despotismo, a ignorância, os preconcei-
tos e glorificar a justiça e a verdade é que
muitas escolas fraternais se fazem presen-
tes na sociedade. Em verdade, as religiões
também auxiliam o homem a despertar para
virtudes latentes, mas o ser humano é capaz
de chegar á origem dessas virtudes se, sim-
plesmente, atender às determinações inter-
nas de sua alma. O importante, qualquer que
seja o caminho escolhido, é desenvolver fa-
culdades latentes, para si mesmo e para be-
A arrogância com a qual enfrentamos situa- se pensarmos mais profundamente, vem daí nefício da humanidade. Lapidar-se e buscar
ções adversas, geralmente, falam muito so- o sentimento de fraternidade, de união, de uma conduta perfeita, observando, tanto em
bre nós e para nós. Não estamos sozinhos pertencimento. Haverá sempre alguém para espírito como na letra, os preceitos de alta
no mundo, não somos autossuficientes, e nos estender a mão independente do grau moralidade, mas de uma moral que não seja
determinadas situações acontecem para de proximidade. Certamente isto nos mos- abstrata, e sim, intensamente prática.
que percebamos a fragilidade, a interdepen- tra que podemos fazer o mesmo para outra Encontrar portas fechadas faz parte de nos-
dência de nossas relações no mundo. Às pessoa. Não é necessariamente uma relação so cotidiano, abri-las, no entanto, é nosso de-
vezes esses acontecimentos são simples de troca, normalmente recebemos ajuda de ver. E se, tendo a chave, não a conseguimos
sinais do cotidiano – como cair da escada, quem nunca ajudamos. O que pretendo des- abrir sozinhos, significa que precisamos de
não conseguir abrir a porta de entrada, tro- tacar aqui é como podemos utilizar a simbo- ajuda. Ajudar uns aos outros, não no sentido
peçar ao correr, engasgar ao comer, perder logia dos pequenos acontecimentos diários da caridade, é um dos pilares da fraternida-
sistematicamente a chave da casa ou do para a prática e aprendizagem de conceitos de. Cada um deve contribuir com seu traba-
carro – tudo para mostrar a necessidade de mais profundos, em especial da fraternidade, lho, crescer por meio dele, a fim de se tornar
temperança, de humildade, de paciência, da de laços de união entre os homens, funda- capaz de um esforço maior. Quando éramos
prática de trabalho em equipe, do respeito ao mentado no respeito pela dignidade humana crianças ouvíamos dizer que a vida é lago
ser humano. Por mais que a independência e nos direitos entre todos os seres humanos. azul e sereno, povoada de sonhos, como nos
seja bastante valorizada nos dias atuais, a Em essência, não há nada que diferencie os contos singelos. Ao nos tornarmos adultos,
vida insiste em afirmar que precisamos uns homens entre si. no entanto, a vida adquire outros significa-
dos outros, ainda que seja para abrir uma Este é um conceito que abre portas. É a dos e se assemelha muito mais a águas de
porta, em todos os sentidos que esta expres- chave para o estabelecimento pleno da ci- fortes correntes, que podem ser canalizadas
são pode significar. dadania e que se associa a outros como a para uma estação de força geradora. So-
Esta é uma ideia que pode causar desconfor- liberdade e a igualdade, evidenciando mais mente quando a vida é criadora, gerada por
to ou não, dependendo do momento em que uma vez a inter-relação não apenas entre os meio da mente e do coração, da intuição e
ela se faz necessária. Se é em situação que homens, mas também entre os conceitos do espírito, é que verdadeiramente podemos
queremos mostrar que somos autônomos, e ideais, pois para que haja manifestação cumprir nossa missão e sermos dignos de
realmente, é bastante constrangedor, mas efetiva de uma, é necessário que as outras nossa humanidade.
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Tiradentes, Herói do Brasil e de


Portugal, foi Maçon Amândio Silva
Presidente da Associação Mares Navegados

Muito se tem escrito e debatido sobre o Alferes É verdade que Tiradentes não escondia sua Brasil e “Vendek” o exorta a ajudar os conjura-
José Joaquim da Silva Xavier, incontornável impaciência e por vezes avançava demais nas dos atendendo inclusive que se encontram no
principal figura da Inconfidência Mineira, mais suas proposições entre oficiais do seu regimen- mesmo continente e eram afinal “compatriotas”
conhecido por seu apelido de Tiradentes, tão to, alardeando as muitas vantagens da indepen- E se logo em Dezembro Jefferson responde,
importante no simbolismo e na ação, que veio dência americana. Sua conduta destemida mas avisando que pretende viajar muito em breve
a ser consagrado para a eternidade, como o Pa- pouco sigilosa levou a que alguns anos mais para o sul de França e que terá muito prazer em
trono da Nação Brasileira. tarde suscitasse tal vigilância que apressou sua se encontrarem em Montpellier ou arredores, é
É de alguma forma apaixonante mergulhar nos prisão em Março de 1789. porque evidentemente havia recebido luz verde
meandros da primeira grande subversão da Or- Mas entre essa missão de correio especial e o para avançar nos contatos com os conjurados
dem Colonial, pois a Inconfidência não consti- desmantelamento da Inconfidência, devese as- brasileiros.
tuíu apenas uma demonstração da resistência sinalar que Tiradentes teve um papel importante Na decorrência desse e de outros encontros ou
à opressão da Coroa portuguesa, mas também na estratégia delineada por Thomas Jefferson, comunicações que sempre tiveram de um lado
do intuito e determinação de alcançar a Inde- quando embaixador da América junto à Corte in- Jefferson e do outro “Vendek”, fosse qual fosse
pendência. glesa, e os conjurados brasileiros que ocupavam o conjurado protegido pelo nome senha (a pes-
Curiosa, mas igualmente sintomática, a circuns- diversos cargos em universidades europeias. quisadora gaúcha Isolde Helena Brans defende
tância de que um embrião importante da conjura Pode-se afirmar que a chamada “Operação (ou que o próprio Tiradentes encontrou Jefferson
se tenha organizado bem no seio de Portugal, Missão) Vendek” alimentou a insurreição contra em Montpellier), surgiu a proposta americana
concretamente na Universidade de Coimbra, a Coroa portuguesa, o que só foi possivel avaliar aos conjurados de que teriam “naus e gente”
onde José Álvares Maciel, nascido em Vila Rica quando se iniciou o estudo do espólio de Tho- desde que, além do pagamento do soldo dos
(hoje Ouro Preto), se diplomou em Ciências Na- mas Jefferson, já no Sec. XX, ao possibilitar o combatentes, dessem a garantia de que ,após a
turais e Filosofia, em julho de 1785, já fazendo conhecimento de muitos factos protagonizados vitória do levante, o Brasil compraria à América
parte do grupo de 12 brasileiros que fizeram por conjurados brasileiros, como os contatos “bacalhau e trigo ...”
um Pacto pela Independência da Colónia natal, pessoais que José Maciel e José da Maia man- Como documentos insofismáveis provam que o
constituindo assim um importante núcleo de tiveram com Jefferson. Alferes Silva Xavier obteve da Rainha D. Maria I
conjurados. Em Outubro de 1786, José da Maia dirige-se a autorização para a instalação de um trapiche no
Devem-se desde já registar como também con- Jefferson, através do reitor da Universidade de bairro do Andaraí, no Rio de Janeiro, não é difícil
jurados os nomes de José Joaquim da Maya Montpellier, nos seguintes termos, numa carta aceitar que, como alguns afirmam, esse arma-
Barbalho, do Rio de Janeiro e Domingos Vidal em francês, cujo teor traduzo: “ Respeitavel Se- zém seria um dos que receberia o trigo america-
Barbosa, de Juiz de Fora. E também, em Rica, o nhor no se a independência fosse conquistada com a
Comandante Freire de Andrade que tinha como Tenho algo muito importante a comunicar-lhe, participação das naus e gentes prometidas.
residência eventual a “Fazenda dos Caldeirões”, mas como a minha pouca saúde não permite ter Como todos sabemos, as circunstâncias da
propriedade do pai de Maciel , de quem era a honra de vos encontrar em Paris, solicito me independência do Brasil foram completamente
cunhado. informe se poderei fazer tal comunicação com diferentes, muito provavelmente fruto de um
E se justifica esta última referência porque foi segurança por escrito... (sic) Vendek” na parte pacto entre D. João VI e seu filho Pedro, mas,
ele que, em junho de 1786 escolheu o Alferes inferior da mesma página consta uma pequena sem dúvida, a Inconfidência Mineira foi a primei-
José Joaquim da Silva Xavier para “...servir de anotação de Thomas Jefferson, tipo pró-me- ra grande demonstração organizada da ânsia de
correio e comunicar certas informações para mória “(José da Maia)” (sic) Com este nome, liberdade do povo brasileiro, tendo provocado
evitar-se o risco de ter o governo a possibilidade Jefferson cauciona a historiografia brasileira na forte abalo no aparelho de repressão militar,
de apanhar cartas...” identificação de “Vendek” com José da Maia, Aliás, as reações populares à morte violenta
E porquê esta escolha? Por antecedentes que mas prevalece uma avaliação de que o mais de Tiradentes, nas zonas onde era conhecido,
explicam o conceito granjeado por Tiradentes provável é que Maia, com tuberculose avança- também tiveram repercussão na mobilização
como valente e imbuído do ideal revolucionário da, emprestasse seu nome para resguardar os próindependência.
que germinava muito por força dos intelectuais demais, no caso de eventual desvio de uma mis- Mas se está completamente provada a partici-
que na Europa estavam em contato com perso- siva. pação cívica de Tiradentes, cidadão militante da
nalidades e ambientes propícios a se impreg- Tendo Jefferson assegurado a “Vendek” que liberdade, repito, a incontornável primeira figura
narem de sentimentos independentistas. Mas poderia ser informado por carta, recebeu em da Inconfidência, como aliás se verifica nos qua-
também pela confiança local, dado seu enqua- Novembro de 1796 uma fortíssima denúncia dros de todos os pintores da Inconfidência que
dramento maçónico. da situação cada vez mais insuportável no colocam sempre em grande destaque a imagem
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de Tiradentes, tal não acontece no que respeita
à sua condição de maçon.
Historiadores da Maçonaria tão respeitáveis
como José Castellani insistem na falta de pro-
vas sobre a sua iniciação.
Se considerada nos mesmos termos em que
a entendemos, como cerimónia similar à que
muitos dos presentes vivenciaram, muito pos-
sivelmente tal não aconteceu. Mas devemos
não esquecer que se mesmo em grande parte
da Europa não se passavam diplomas aos inicia-
dos por razões várias, como os já conflitantes
reconhecimento e não reconhecimento, dada
a lamentável discórdia da regularidade versus
irregularidade, já nesse distante século XVIII
determinada por questões de poder, como exigir
tal oficialidade no Brasil colonizado?
Acredito que, tal como os outros conjurados,
entre os quais José Alvares Maciel, iniciado em
Coimbra ou José da Maia e Domingos Vidal, ini-
ciados em Montpellier, a iniciação de Tiradentes
tanto podia ter ocorrido na Bahia, o mais pro-
vável, como no Tijuco (hoje Diamantina), onde
“Tiradentes iniciou o Padre Rolim nos segredos
...” , ou até em Portugal ou França.
O curioso é que não há vozes colocando em dú-
tado para um ambiente de visão colonial, onde destacada na luta pela liberdade e pela consoli-
vida que qualquer dos outros era maçon. nem
se usavam subterfúgios para conspirar., como dação da democracia em Portugal.
sequer indagam quem e como foram iniciados
os resistentes Quando José Aparecido exerceu o seu excelen-
Por quê só Tiradentes? Onde quer que tenha
portugueses aqui fizeram. te mandato como Embaixador do Brasil em Por-
ocorrido e, cronológicamente me inclino para
Se houver um estudo pormenorizado das Arcá-
a Bahia, a sua iniciação pode ter sido mais ou tugal, nas comemorações da Independência do
menos formal, por comunicação, por convoca- dias, Academias e Associações criadas no Bra-
Brasil, realizadas no dia 7 de Setembro de 1994,
ção ou por comissão , as várias designações sil naquela época, não tenho dúvidas em afirmar
que a grande maioria eram entidades que aco- ofereceu a Mário Soares um magnífico busto de
conhecidas. Tiradentes, hoje honrando e valorizando o átrio
Para minha convicção de que terá sido na Bahia, bertavam maçons e permitiam a conspiração
Ainda recentemente visitei uma Loja no Recife da Fundação Mário Soares, em Lisboa.
invoco os registos do abolicionista Joaquim
Felício dos Santos, quando afirma “Tiradentes denominada “Academia Suas suna”, nome por Na oportunidade, como Presidente da Repúbli-
quando foi removido da Bahia, trazia instruções certo inspirado na Academia dos Suassunas, ca, numa Cerimónia que foi denominada de Re-
da Maçonaria para os patriotas de Minas” instituída no Sec. XVIII em Pernambuco. abilitação da Memória de Tiradentes por parte
Como seria emissário da Maçonaria se não O título desta minha incompleta comunicação, de Portugal, tardia mas sincera, Mário Soares
fosse maçon? Pergunto ainda com mais ênfa- que desejo possa suscitar interesse no tema em promoveu a Declaração Oficial de que Tiraden-
se “Como Tiradentes poderia ter desenvolvido si e nos decorrentes outros exemplos mundiais
tes não era apenas Herói do Brasil mas também
a sua intensa atividade em tantas regiões do da participação da Maçonaria nos movimentos
de libertação dos povos oprimidos, o título, repi- Herói de Portugal. E esse grande Herói do Brasil
Brasil e na própria estadia na Europa, sem estar
to, é “Tiradentes, Herói do Brasil e de Portugal, e de Portugal, foi Maçon!
amparado nas estruturas maçónicas? Como se-
riam recebidas suas petições de projetos dirigi- foi maçon” Penso que quanto a ser Herói do Bra-
das à Coroa portuguesa? Como teria alcançado sil é por demais notório. Quanto a ser maçon, BIBLIOGRAFIA
a licença militar de um ano para se deslocar a creio ter deixado mais alguns argumentos que - Autos da Devassa
Portugal? Enfim, não questiono mais, penso que o comprovam. - Arquivos de D. Maria I.
é suficiente! Resta falar do título de Herói de Portugal. Tal - Felisberto Pontes - “Jornal do Commercio”
Poderia ainda acrescentar que o exemplo da justifica uma referência a duas importantes fi- (1872)
perseguição realizada em Portugal, iniciada nos guras na relação entre Portugal e o Brasil nas
- Oliveira Marques . “A história da Maçonaria em
anos trinta do século XX a todos os maçons, que últimas décadas. Uma, a do Embaixador José
Portugal”
viveram mais de quarenta anos em completa Aparecido de Oliveira, grande amigo de Portugal
clandestinidade, que implicou na destruição de com uma papel de enorme relevância na cons- - Isolde Helena Brans - “Thomas Jefferson e a
milhares de documentos na tentativa de salva- tituição da CPLP-Comunidade dos Países de Missão Vendek”
guarda dos maçons face à violência das forças Língua portuguesa. A segunda, a do Presiden- - Raymundo Vargas - A verdadeira face da Incon-
de repressão, pode perfeitamente ser transplan- te Mário Soares, grande amigo do Brasil, figura fidência Mineira”

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Dr Rodrigo Josée Vera


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Rua Minas Gerais, 1465 - Lucas Araújo
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Maçonaria, espiritismo, e suas afinidades


Ir. Emerson Lopes Brotto
A.R.L.S Glória do Rio Grande
A maçonaria não é uma religião, mas
se afina muito com o espiritismo na sua
doutrina de amar o próximo como a si
mesmo. Como a maçonaria é uma socie-
dade “secreta”, hoje dizemos “discreta”,
não fazemos alarde da caridade que pra-
ticamos baseados no princípio bíblico:
(MT 6:3) Mas, quando tu deres esmola,
não saiba a tua mão esquerda o que faz
a tua direita!
Poderão os que pensam de forma diver-
sa, argumentar que as diferenças seriam
tantas, tais como: espiritismo não tem
ritualístico; maçonaria tem; espiritismo
não tem templo; maçonaria tem; e por aí
vai; que tais disparidades jamais aproxi-
mariam as duas doutrinas.
Entretanto, para aqueles que pensam
conosco, a maior afinidade está no as-
pecto espiritual, na medida em que am-
bas, dentro das suas especificidades,
buscam a melhora do ser espiritual que
habita no homem.
Pondo de lado essa polêmica, a verdade
é que o Espiritismo e a Maçonaria têm
irrefutáveis pontos de comunicação,
e, através dessa proximidade, poderão humana. ao espírita, havendo, nessas doutrinas,
ombreados, acelerar o progresso da Hu- A imortalidade do espírito, nos leva a uma afinidade de tal modo evidente que
manidade e o estabelecimento da justiça conclusão de que, após a morte (desen- salta aos olhos.
social, sobretudo através da perfeição carne, para o espiritismo), a vida conti- Se a lei do progresso é um princípio co-
moral dos espíritas e dos maçons. nua. Independentemente das visões que
mum às duas doutrinas, isso significa
A Maçonaria visa à melhoria moral e se tenha sobre essa continuidade, das
vidas sucessivas (reencarnações), ou que nosso crescimento moral é uma jor-
material do homem; tem por princípios,
a lei do progresso da Humanidade, as da vida material única, e seu prossegui- nada infinita, que demanda muito traba-
ideias filosóficas de tolerância, fraterni- mento no mundo espiritual (sem retorno lho, haja vista não existir progresso sem
dade, igualdade e liberdade, assim como a matéria), o que nos impelem, tanto a trabalho.
a crença no GADU e na imortalidade do maçonaria, como o espiritismo, é a bus- Assim sendo, pensamos que maçonaria
espírito. ca continua do burilamento espiritual. e espiritismo têm estreitas ligações, e
O Espiritismo, moral e socialmente, diz Que é o que se pede a todo maçom ini-
nos dão instrumentos (sessões, ofici-
justamente a mesma coisa. Os princípios ciado? Crer na imortalidade da alma, no
Divino Arquiteto, ser benfeitor, devotado, nas, etc..) para que possamos, através
filosóficos são absolutamente idênticos:
a) Existência de Deus; b) Imortalidade da sociável, digno e humilde. Ali pratica a deles, burilar nossas pedras (espíritos)
alma (alma, para o espiritismo, significa igualdade na mais larga escala, do mes- na busca infinita da evolução moral e da
“espírito encarnado”.); c) Solidariedade mo modo que, por outros meios, se pede perfeição.

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O Nome Glória Do Ocidente


Ir. Rangel de Camargo Rodrigues
Diretor Geral de Educação MECC
A Maçonaria Universal, ao longo dos anos, ado- ravam no REAA, o Delegado especial do Grão
tou várias nomenclaturas para suas Lojas, elas Mestrado do GOB no Amazonas Ir. Caetano
representam nome de personalidades, datas Felix do Nascimento abriu os trabalhos e fez a
especiais, símbolos, lugares, números, enfim va- eleição para composição da nova Loja que tinha
rias outras referencias histórico - culturais que como Vem. Mestre o Ir. Manoel Queiroz Gomes,
dão sentido a escolha e significado as mesmas. o nome da nova loja seria Glória do Ocidente. O
A Glória do Ocidente não poderia ser diferente, a Mestre Queiroz explicou os motivos que inspira-
escolha do nome de nossa Obediência também ram os sete componentes que fundavam mais
tem um significado, o qual foi descrito de forma uma loja para o GOB que tinha como finalidade
minuciosa pelo Mestre Manoel Queiroz, devida- procurar introduzir a maçonaria desse Oriente
mente registrado no Balaústre de fundação da as verdadeiras missões do maçom perante a
Loja Glória do Ocidente, no Grande Oriente do ordem, a nação e o povo.
Brasil – GOB, na cidade de Manaus – Amazonas, Ao dissertar sobre o nome Glória do Ocidente
aos 10 dias do mês de março do ano de 1960. falou que sua origem estava baseada na lenda
De uma Loja maçônica denominada Glória do de Hiran, que pela passagem da visita da Rai-
Ocidente nasceu a Maçonaria Glória do Ociden- nha de Sabá ao Rei Salomão, teve ela interesse
te do Brasil a terceira Obediência mais antiga do em conhecer o grande construtor do majestoso
Brasil. A primeira foi o Grande Oriente do Brasil templo onde iam ser guardadas as relíquias da
(GOB) - 17 de junho de 1822 é a maior e mais an- aliança divina, o qual foi apresentado pelo Rei
tiga Potência Maçônica com representação em Salomão como sendo o mestre dos mestres “Hi-
todos os estados; seguido pelas Grandes Lojas ran” e este em seguida dirigiu-se do Oriente para
Estaduais, âmbito estadual, que se organizaram o Ocidente da construção, traçando no horizon-
em Confederação (Confederação da Maçonaria te um sinal ou forma horizontal, deixando cair
Simbólica do Brasil – CMSB) - 17 de junho de uma perpendicular figurando dois ângulos retos
1927; A Glória do Ocidente do Brasil (GONAB), que formou uma esquadria perfeita e dirigindo-
federação de lojas espalhadas pelo País – 13 -se a rainha disse: Senhora, este sinal é o que
de novembro de 1961 e os Grandes Orientes In- Tiros conhecem pela letra ”T”, por meio dele, mesmo declínio, assim como ocorre a história
dependentes, de âmbito estadual, que se orga- todos os homens se movem e se congregam da humanidade, cabendo a nós persistir em nos-
nizaram em uma confederação (Confederação para uma realização humana. Só pela harmonia sos propósitos, valorizando o passado e apren-
Maçônica do Brasil – COMAB) – 27 de maio de majestade se consegue realizar a ideia da be-
1973. Além destas existem hoje inúmeras Obe- leza humana – paz ente os povos. Finalizou o dendo com ele para que possamos seguir em
diências maçônicas espalhadas pelo Brasil. Mestre Queiroz dizendo que o “T” adotado por frente de forma consciente e consistente.
Há mais de 50 anos a Glória do Ocidente vem Hiran aos seus obreiros também seria o guia da Esse foi o inicio da Glória do Ocidente, conhecer
desenvolvendo suas atividades ininterrupta- nossa meta traçada, a fim de encontrarmos a
um pouco mais de sua história nos faz perceber
mente de forma a assegurar os princípios ide- verdadeira finalidade da maçonaria.
alizados pelo Mestre Queiroz e a observância A data de 10 de março de 1960 tinha também o quanto ela é rica em propósitos, em postura e
rigorosa dos preceitos da Maçonaria Universal, um significado que pelo escopo o motivo da ideal que precisam ser defendidos e praticados
da disciplina e do estudo as pessoas virtuosas, tradução cabalística remetia a interpretação de e sem os quais não podemos avançar. Que os
independente de sua concisão financeira ou so- surpresas, revelações, missões, domínio sobre
propósitos, as virtudes perseguidas e as opor-
cial, pois acreditamos que a maçonaria deve ser as altas dignidades civis, eclesiásticas, milita-
um somatório de conhecimentos, diferenças e res e governamentais e que do empreendimento tunidades possam, aos dignos, ser alcançada
capacidades que de forma integrada e eficien- surgiria celebridades, eloquências e virtudes. e constante nessa fraternidade que um dia foi
te contribuirão para a manutenção e respeito à Os sete irmãos fundadores e integrantes da sonhada pelo Mestre Queiroz e que hoje desfru-
família, a fraternidade e a busca do aprimora- nova Loja Glória do Ocidente foram: Ir. Manoel
tamos fazendo florescer a cada encontro entre
mento pessoal pelo constante escopo de seus Queiroz Gomes; Ir. Sidney Pereira Ramos; Ir. Pe-
integrantes. dro Lopes de Holanda; Ir. Wanderley Barbosa de irmãos.
Transcrevemos parte do balaústre em que é ex- Pinho; Ir. Thelio de Maia Bentes; Ir. Felipe Nery Agradecimento especial ao Ir. Francisco Nazaré
plicada à origem do nome da Obediência: Botelho e Ir. Carlos Raimundo Colyer de Melo Nápolis que disponibilizou seu arquivo pesso-
Aos 10 dias do mês de março de 5960 V.L. em Cavalcante.
al para que pudéssemos socializar através da
Manaus – Amazonas foi criada mais uma Loja Nossa História, assim como determina a nature-
para o Grande Oriente do Brasil. Seu objetivo era za humana é marcada de encontros e desencon- Revista Glória, essas importantes informações
trabalhar o Rito York, pois todas as demais ope- tros, momentos de crescimento, inércia e até sobre a nossa Glória do Ocidente.

tes
Ambientes
ria
8

O Diretor de Cerimônias
Ir. Carlos Eduardo Pereira
Secretário Distrital de Relações Públicas, Chancelaria , Hospitalaria e Expansão
Em muitas lojas o Diretor de Cerimonias cargos de real importância dentro da Loja ção da função de Diretor de Cerimônia
incumbe-se da maior parte do trabalho, ele Maçônica. Além das atribuições que lhe das Lojas nos diversos rituais;
carrega um bastão e por isso ele pode achar são de regulamento, ele deverá ser um exí- • Realizar inspeções, quando designado
conveniente, acompanhar todo e qualquer mio executor da ritualística e dos sinais e pelo MILI e ou/GMG; outras atividades
irmão que realizem parte do trabalho deter- palavras dos graus em que estiver vincula- correlatas e/ou afins;
minado pelo Venerável Mestre, seu papel do. Na verdade, esse oficial deve ter o mais • Editar portarias depois de autorizadas
nas cerimonias dos três graus limita-se a completo domínio do Cerimonial Maçônico, pelo MILI;
dirigir ou supervisionar o trabalho e atuar tanto nas sessões ordinárias como nas Ses- • Desenvolver atividades delegadas pelo
como um ponto para aqueles que possam sões Magnas. MILI e/ou GMG;
precisar de apoio ou orientação. Outra res- Ao iniciar os trabalhos de uma Loja, cabe ao • Desenvolver suas atividades na Loja
ponsabilidade do Diretor de Cerimonias Ir. Diretor de Cerimônias: com fraternidade, zelo, integridade,
dentro da loja é administrar o cerimonial, Organizar a entrada Ritualística de todos disciplina, conteúdo e harmonia. Man-
além disso, inclui em conduzir os visitantes os IIr. no Templo; para isso forma na Sala ter comportamento modesto e correto
ilustres na Loja, antes ou depois de aber- do PP. PP. uma fileira de Irmãos, tendo os dentro e fora da Loja.
ta, levar as saudações aos irmãos ilustres Aprendizes à frente, seguidos pelos Com- • Comparecer no dia da sessão da Loja
e principalmente organizar as procissões panheiros, pelos Mestres e finalmente, lide- com o mínimo de uma hora de antece-
para dentro e fora da Loja, antes dela abrir rando o cortejo, adentra no Templo, onde se dência para harmonizar-se, harmonizar
ou depois de fechar. encontra o guarda Interno, fazendo com que a Loja e receber as incumbências de-
A Joia do Ir. Diretor de Cerimonias é a Ré- cada Ir. Ocupe seu devido lugar; depois dis- signadas pelo Mestre da Loja.
gua graduada. Como símbolo a Régua re- so dá entrada ao Venerável e sua Comitiva. • Avisar com a necessária antecedência
presenta “o aperfeiçoamento moral”. Ela Promover, em conjunto com a Diretoria de ao Mestre da Loja em caso de absoluta
também é tida como símbolo do método Unificação Ritualística, atividades, cursos e e eventual impossibilidade de compa-
da retidão da Lei, pode também ser consi- palestras, informativos e formativos sobre recimento na sessão.
derada como símbolo do Infinito, já que a as várias cerimônias, especialmente: • Na eventual impossibilidade de com-
linha reta não tem começo nem fim. É como • Formação correta do cortejo de parecimento e havendo mais de uma
símbolo da moralidade que ela mais se entrada e saída da Loja; Loja na cidade, providenciar para que
representa, traçando a linha reta de que o • Ordem de precedência de entrada um Mestre de outra Loja da Obediên-
bom maçom nunca deve afastar-se. Alguns e saída; cia esteja presente na sessão em seu
historiadores informam que, um dos deu- • Ordem de precedência na ocupa- lugar.
ses Egípcios, tinha sempre nas mãos uma ção dos assentos; • Caso ocorra o disposto no item ante-
Régua com a qual media as enchentes do • Deveres e obrigações do Diretor de Ce- rior comunicar o nome do Mestre subs-
Nilo. Dai cremos que a invenção da Régua rimônia nas Lojas, antes, durante e de- tituto ao Mestre da Loja a quem caberá
é muito antiga. pois dos rituais, promover treinamento designar a função em que o mesmo
O Cargo de Diretor de cerimônias é um dos e capacitação de mestres para ocupa- atuará.
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• Responsabilizar-se pela formação do Cortejo rigente a saudação deve ser feita ao da maior
de Entrada. hierarquia obedecida à ordem de precedência,
• Responsabilizar-se por verificar previamente se que representará os demais.
os assentos no Oriente e nas Colunas são sufi- • Conferir o material necessário para as Sessões
cientes para acomodar os que estarão presen- Magnas de Iniciação, Passagem e Elevação;
tes na sessão, segundo a ordem de precedência. • Responsabilizar-se, conforme o planejamento
• Responsabilizar-se pela indicação do lugar a do Mestre da Loja, pelo recolhimento e distri-
ser ocupado pelos visitantes e pelos oficiais que buição antes do início da sessão, e pelo reco-
não sejam do quadro da Loja, segundo a ordem lhimento e devolução, após o encerramento do
de precedência. ritual de manuais, rituais, lições, CDs e outros
• Responsabilizar-se pela verificação prévia ao materiais necessários.
ritual de abertura da Loja se todos estão devida- • Outras atribuições delegadas pelo Mestre da
mente acomodados em seus lugares, segundo o Loja ou pela Obediência.
seu grau e a ordem de precedência dos cargos • Não deve ser esquecido que o Diretor de Ceri-
e funções. monias tem muitas responsabilidades em rela-
• Responsabilizar-se, previamente à entrada do ção às preparações para as sessões da Loja.
Cortejo na Loja, por verificar se os instrumen- Mesmo não sendo o Preceptor da Loja de ins-
tos, velas, fósforos, incenso e outros materiais trução sancionado pela Loja, ele terá a tarefa
necessários ao funcionamento do ritual estão de conduzir os ensaios antes das sessões e po-
adequados. derá aconselhar os irmãos no desenvolvimento
• Responsabilizar-se, previamente, à entrada do de suas atividades.
Cortejo na Loja, por verificar se a Coluna de Ca-
ridade se encontra em lugar devido. Bibliografia:
• Verificar antes do Cortejo de Entrada ingressar Rito de York Atualizado – 2007, G.F. Redman – 2011,
na Loja se a Carta Constitutiva da Loja e o Es- Madras Editora Ltda.
tandarte estão devidamente expostos no orien- Manual de Procedimento Intra e Extra loja – GONAB
te da Loja e em caso negativo avisar o Oficial - – 2012 – Goiás - GO
competente. Grande Ritualística da Atualidade - José Castelani
• Conduzir a Saudação Ritualística aos Dirigen- Manual de Normas Operacionais – GONAB – 2013
tes da Obediência, quando em visita oficial, – Goiás - GO
conforme Ritual. Quando houver mais de um di- Cargos em Loja - Xico Trolha

Pedro
Daneli
Vereador

Osmar Teixeira
& Advogados Associados
OAB 3.035
(54) 3311.2166/ 99628.8945
(54) 3632-9011 www.osmarteixeira.com.br
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O paradoxo da felicidade: uma reflexão


Ir. Rodrigo Gomes Rodrigues
Secretário A.R.L.S. Cavaleiros Templários

“pré-ocupado” com tais modelos Maçom é que o ser humano é dotado de razão
e exigências sociais pré-estabe- e boa vontade, almejando a felicidade e o bem-
lecidas. Neste sentido, muitas -estar comum.
vezes isso ocorre na tentativa Observando-se que o homem é um ser racio-
de compensar as frustrações da nal sensível, percebe-se que, nem sempre, ele
realidade de nossa existência, na age pela razão e, por isso, deve ser guiado
tentativa de imortalizar-se como pelo desvelo da simbologia e alegorias maçô-
sujeito e de imortalidade da alma nicas, também pela pratica da boa vontade, o
no sentido grego e filosófico, qual pode ser entendido como o bom caráter
sendo este, talvez, um dos dese- nos ensinamentos maçônicos, o que torna-se
jos mais íntimos do ser humano.
imprescindível para sermos merecedores da
Desta forma, um dos maiores
verdadeira felicidade ou o que deve-se entender
tormentos do homem contem-
como sendo ela.
porâneo relacionado a sua feli-
A felicidade não está no outro, não está nas
cidade, se não o maior, firma-se
coisas superficiais e corriqueiras, híbridas ou
na questão da finitude humana, o
homem sabe originalmente o seu mesmo liquidas em relação aos verdadeiros
destino, porém, insiste em não o valores, ao contrário, precisa estar fundada nas
Na existência humana, um dos termos mais três colunas, a sabedoria, a força e a beleza, as-
reconhecer. Sendo que, reconhecer a própria
usados e almejados cotidianamente é a felici- sim como em todas as ferramentas utilizadas
situação de ser finito o faria repensar o seu
dade. Todos se julgam sabedores sobre este pelo Maçom para o desbaste das imperfeições
bem-estar e tudo aquilo que ele conceitua como
assunto. Entretanto, algumas experiências roti- da pedra bruta, sempre tendo como finalidade
fundamento de uma vida feliz.
neiras nem sempre permitem materializar o que
Aristóteles, em sua obra “Ética a Nicômacos”, última a busca do “sumo bem”.
seria, deveras, a verdadeira felicidade.
explana relevantes ideias e conceitos acerca de Por conseguinte, a Maçonaria nos remete limpi-
Presumivelmente, um dos escopos da trajetória
maçônica, no que tange ao polimento da pedra como o homem deveria agir de acordo com o damente ao conhecimento de que, para termos
bruta, está atrelado a este tema, além de tan- cosmo e assim levar uma vida bem vivida. Sob uma vida eudaimônica e vivida em toda a sua
tos outros. Nos dias que correm, vivemos em este aspecto, uma vida equilibrada em toda plenitude – uma existência equalizada entre
uma sociedade pluralista e de tendências in- a sua plenitude e totalidade deve considerar sujeito e o cosmo – é preciso harmonizar to-
comensuráveis à felicidade, tal como a busca como elemento norteador a eudemonia (bem dos os bens relacionados à vida humana, o que
de si mesmo em outras pessoas ou recursos viver) e a eunomia (igualdade perante a lei), compreende os bens da alma, os bens do corpo
exteriores. vida regrada pela razão, de acordo com o cos- e os bens externos. Esta é a única maneira de
As convicções morais estão se extinguindo a mo, o que também era ressaltado pelos gregos alcançar-se uma felicidade possível, evitando
medida que o ser humano empreende, a todo antigos. o sofrimento humano. A prática da Maçonaria
tempo, justificar suas atitudes, em uma procu- De igual modo, a Maçonaria preconiza que, a impera a uma constante reflexão sobre estas
ra desenfreada pela felicidade. A incessante partir da iniciação, deve-se primar pelo aban-
questões no processo de polimento da pedra
perquisição por uma vida confortável, distinta, dono do que é considerado vil em nossas an-
bruta ao qual nos materializamos como seres,
muitas vezes culmina no afastamento do que, tigas vidas como profanos, visando buscar um
pois a demanda pela felicidade carece ser feita
de fato, é verdadeiro e importante. melhoramento progressivo e constante, o que
em todos os sentidos, sobretudo onde ela efe-
Pretende-se algo que está além da própria não se refere a uma vida monástica, adversa à
tivamente habita, ou seja, na essência humana,
existência. Persegue-se um bem-estar momen- sociedade, pois, como falou Friedrich Nietsche
em uma de suas obras, somos “demasiadamen- no que, de fato, é fundamental a cada indivíduo
tâneo, diretamente relacionado aos prazeres, ri-
te humanos”, o que remete cotidianamente ao e não aquilo que é imposto pela sociedade, o
quezas e felicidades inconsistentes, haja vista a
dificuldade que o homem contemporâneo apre- erro justificável, tido como normal e comum. De que implica na felicidade real e não ilusória e
senta em desvencilhar-se dos grilhões destas maneira oposta, refere-se ao que a Maçonaria inatingível, na realização daquilo que faz bem a
comodidades, devido à sua constante necessi- tem em sua essência, nos ensinamentos em si mesmo, sem intervir ou depender de outrem,
dade de ser reconhecido e admirado por aque- relação ao aprimoramento das ferramentas na tampouco acreditar que ser feliz é ser reconhe-
les que o cercam, o que se justifica, sobretudo, excisão das imperfeições de nossa pedra bruta, cido aos olhos mundanos ou aos moldes so-
pelas convenções sociais, por comparar-se a daquilo que é necessário aprimorar diariamen- ciais, afinal felicidade é um conceito individual
grupos e até por estereótipos modistas, pas- te, da constante batalha contra os vícios ím- e intransferível e não comum e aplicável a todos
sando um tempo considerável de sua existência pios, considerando que uma das premissas do sob a mesma dimensão.

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O uso do preto e branco no traje


Ir. Volnei Antônio Weschenfelder
C. O. Loja Glória do Rio Grande
Em que pese o clima tropical e subtropical da juventude, como criança no batis-
brasileiro, também aspectos relacionados à mo e primeira comunhão, na adoles-
moda de vestuários, alguns pontos devem cência com a debutante e o branco
ser analisados quanto a maioria das obedi- dos noivos. Os jovens estarão assim
ências maçônicas optarem em utilizar pa- protegidos das energias ruins que
letó, calça, gravata, sapatos e meias pretas se encontram no meio festivo que
e camisa branca em suas oficinas, definido se estabelece. O neófito maçom ao
estes como sendo traje maçônico. O clima utilizar o branco no traje maçônico,
quente na maior parte das estações do ano cria um filtro que impede a absor-
não permite que se usem roupas pretas e ção de fluídos negativos emanados
longas além dos eventos tradicionais no em sua caminhada. Após a inicia-
mundo profano. Porém, a maçonaria estabe- ção, como eternos aprendizes que
lece uma relação mais profunda do que mu- somos e ainda vulneráveis ante as
danças quanto ao modo de vestir, a tempe- cargas maléficas, se recomenda o
ratura ambiente e a características de clima traje maçônico com o branco para
para impedimento na utilização deste traje. cumprir esta função importante. En-
No caso específico do GONAB, o Manual de tão, de aprendiz a mestre, nos graus
Procedimentos Intra e Extra Loja determina simbólicos aos filosóficos, o branco
a obrigatoriedade do conjunto preto e bran- estará sempre presente no traje ma-
çônico proporciona que os Filhos da Viúva
co, além do uso de balandraus conforme os çônico. Não esqueçamos, Irmãos!
trabalhem em plena sintonia com o Grande
graus durante as oficinas. O uso do balan- Voltamos ao preto, onde se define como a
Arquiteto e possam assim atingir os resul-
drau, inclusive, já foi tema na edição n° 01 capacidade de absortiva de frequências lu-
tados propostos pelo Venerável Mestre em
desta revista pelo Ir. Rangel C. Rodrigues, minosas potentes. Define-se também como
suas oficinas.
porém cabe destacar a análise dos porquês, ausência de cor. Ora Irmãos, assim sendo a
Que saibamos compreender e praticar os en-
principalmente do esoterismo, segue alguns capacidade que o preto opera no sentido de
princípios comuns. Também aspectos dis- absorção de energia, inclusive negativa, faz sinamentos da vida maçônica. Que continue-
ciplinares, comportamentais e sociais que com que o maçom crie uma couraça de ener- mos seguindo na evolução maçônica. Que o
distingue a arte real de outras confrarias gias boas e ruins consigo do mundo exterior, preto e o branco estejam sempre presentes
iniciáticas. fazendo a retenção destas energias em con- nos harmonizando. Que assim seja, Irmãos
Este aspecto esotérico nos remete no dia de traste com o branco. Ao se preparar antes da da grande obra!
nossa iniciação onde fomos conduzidos das sala dos passos perdidos, o irmão retira seu
trevas à luz, e assim teve a preparação para paletó preto e coloca o balandrau do grau, Bibliografia:
recebermos os fluídos energéticos sucessi- deixando as energias retidas na roupa que http://york.blog.br/com-que-roupa-eu-vou/
vos em cada oficina de trabalho, determinan- veio do mundo temperada. Já ao adentrar https://www.maconaria.net/a-indumentaria-
do a progressão de cada irmão somado ao em cortejo, após meditar e harmonizar, a -maconica/
que estiver ao lado na caminhada maçônica. carga de energia positiva e a egrégora criada h t t p : // o m a l h e t e . b l o g s p o t . c o m .
O lado místico começa a ser assimilado e se juntará ao lado místico do templo e estas br/2015/10/a-maconaria-e-roupa-preta.html
o traje é um componente fundamental para serão absorvidas no preto do restante do tra- h t t p s : // f o c o a r t e r e a l . b l o g s p o t . c o m .
filtrar toda a carga de energia gerada entre je maçônico. br/2012/04/o-uso-da-cor-preta-no-meio-ma-
irmãos, absorvendo as boas e eliminando A maçonaria praticada no GONAB remete conico.html
as desnecessárias. Aliado se encontra tam- aos costumes antigos voltados à modernida- h t t p s : // o c u l t i s m o p e l . w o r d p r e s s .
bém a elegância do vestir, o simbolismo da de, sendo uma das potências mais antigas com/2016/03/05/porque-os-judeus-se-ves-
sabedoria, a magia e o mistério que o preto do País. A seriedade da sua escola determi- tem-como-homens-de-preto/
representa. na revisões constantes de procedimentos e http://cavaleirosdesantoandre.blogspot.
Antes de mais nada, começamos nossa re- ações em que estamos submetidos. A uni- com.br/2012/06/porque-os-macons-devem-
visão entendendo o significado do contraste formização de trajes traz a disciplina, a in- -usar-roupas.html
do branco no traje. Os costumes sociais re- tegração e controle sobre seus obreiros. A Manual Intra e Extra Loja – Glória do Ociden-
comendam o branco como sinal de pureza harmonização resultante do uso do traje ma- te do Brasil, 2011, Goiânia - GO

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A fraternidade como motor de construção


A Maçonaria pela Fraternidade
Ir. João Alves Dias
Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho REAA para Portugal e suas Jurisdições
Grande Oriente Lusitano
Sinto que hoje a Maçonaria não está atenta ao mas muitas vezes esquecemo-nos
seu papel. E não está atenta porque o desconhe- deles pelo fanatismo do nosso
ce e esquece que a Sociedade necessidade da bem-estar e da nossa economia.
sua intervenção quotidianamente. Mas como, E desculpem-me os meus Irmãos
perguntam-me os meus Irmãos? Italianos as palavras que vou pro-
Onde estiver um Maçon tem de estar a obra da ferir: onde estiveram os Maçons
Maçonaria! O Maçon é obrigado a fazer no mí- italianos, onde esteve a Maçonaria
nimo que fizer o máximo daquilo que aprendeu Italiana, ao permitir que as estátu-
na Maçonaria; em especial, na vivência ritualís- as dos Museus fossem tapadas em
tica das diferentes lendas que são incorporados janeiro de 2016? Os Maçons nesse
nos diferentes graus do Rito Escocês Antigo e momento esqueceram o papel da
Aceito. Não se esqueça que o seu sistema é Maçonaria e deixaram o Mundo re-
Ordo ab chao, Ordem no Caos. Assim, um Ma- cuar às trevas antes do Iluminismo,
çon não pode deixar que o Universo esteja dese- ao tempo em que os moralistas
quilibrado, que seja tendencioso, numa palavra: mutilavam as estátuas tirando-lhe
não pode deixar que as Trevas tenham um maior alguns dos seus atributos. Longe
peso do que a Luz. Mas os exemplos que gras- estava eu de pensar em assistir
sam por todo o Mundo mostram que os Maçons a este triste espetáculo em pleno
se têm esquecido de intervir. século XXI. De certeza que houve
Um Maçon não pode aceitar a existência de Maçons envolvidos que esquece-
fronteiras - e quando estou a falar em fronteiras ram tudo quanto aprenderam. E o
não estou só a falar nas fronteiras entre Estados Maçon, repito, tem de aplicar no
(embora essas também entrem no meu pensa- mínimo que faz, ou deixa fazer, o
mento), estou a falar nas fronteiras que pela sua máximo do que aprendeu. E que
existência constroem tiranias, ignorâncias, fana- aprendeu o Maçon? A desbastar a que o Estado pode discriminar em função do
tismo, repressão. Sim, fronteira é igual a repres- pedra bruta - a ignorância, o fanatismo, os dog- género? A Sociedade e o Estado não é o mesmo
são! O Maçon não pode permitir a repressão da mas - onde quer que ela esteja. E essa é uma das que uma Associação, que uma Organização. Es-
Humanidade - estamos todos de acordo! Então o vertentes da Fraternidade. tas podem criar regras e preceitos, mas o Estado
Maçon pode permitir a criação de muros a sepa- Existe hoje uma crise de refugiados, de migran- tem de garantir que todo o ser Humano seja igual
rar pensamentos, a separar Estados? O Maçon tes que buscam dignidade. Será lícito que um em dignidade e em princípios. Um beijo, um afe-
tem um papel importante na difusão da Luz nes- Estado para os receber fique com os bens que to, não conhece, nem reconhece, o sexo! Só os
ses Estados cujos ideais ainda são imbuídos de transportam? Isso já aconteceu no passado, preconceitos e a pedra bruta que cada ser hu-
dogmas, de preconceitos, de certezas. E que faz quando a Espanha, Portugal, Itália e outros Es- mano ainda tiver dentro de si ditam o contrário.
hoje um Maçon? Deixa-se ficar no seu conforto tados se apropriavam dos bens dos Judeus que Uma criança quando recebe um afeto, um beijo,
esquecendo o conforto que é preciso dar ao Ou- eram expulsos de um Estado e passavam para o sente esse afeto, sente esse beijo, independen-
tro. Temos a obrigação de criar conforto em toda Estado vizinho. Hoje quando estudamos esses temente de quem lho deu. A Humanidade tem de
a Humanidade, criar dignidade para que todo o movimentos de Expulsão de minorias - pelo fator se comportar como essa criança. Então também
Homem possa viver e essa dignidade nem é mui- religioso, apenas - consideramos esses aconte- ai está o papel da Maçonaria. E essa é uma das
to difícil de alcançar. Lembrava o Grão-Mestre cimentos indignos. Mas não será que estamos a vertentes da Fraternidade.
do Grande Oriente Lusitano, numa das suas úl- permitir o mesmo, hoje? A Europa que recebe os Como pode então a Maçonaria ajudar a cons-
timas mensagens em Loja, que a dignidade do refugiados não pode fazer o mesmo. Onde es- truir a Humanidade, no século XXI? Pedindo que
ser Humano resulta de cada um ter: duas mil tão os Maçons da Dinamarca que permitiram a todo e qualquer maçon não esqueçam nunca, no
calorias diárias, um lugar para dormir e um livro Lei que confisca os bens (superiores ao valor de mínimo que fizer, de aplicar o máximo do que
para ler. Se cada Estado der a dignidade ao seu 1340 euros) que os refugiados trazem consigo? aprendeu, do desbaste da pedra bruta e dos pre-
Cidadão não existem movimentos migratórios Que aprenderam esses Maçons? Ou o que é que conceitos. Pedindo que a Maçonaria lembre os
em massa, não existem refugiados. A Maçonaria estão a esquecer esses Maçons? A Maçonaria seus princípios e lute pela sua aplicação. Numa
tem de combater os problemas na sua origem, tem de demonstrar que a dignidade Humana tem palavra difundindo a Luz entre aqueles que tei-
não pode ficar a dar-lhe apenas paliativos. Tal de ser preservada. E essa é uma das vertentes mam em estar nas Trevas, não pactuando com
como nos séculos anteriores existiram barreiras da Fraternidade. essas Trevas, nem com essas Nações. Porque
entre cidades, que foram caindo e deixando de De todo o Mundo chegam sinais de que se está as Trevas não compreendem a Luz! É preciso
ter sentido, deixando os produtos de pagar por- a dar mais valor ao «sangue» do que ao fator hu- que o Mundo acredite, de novo, em si e nos seus
tagem simplesmente por entrarem numa cidade, manitário. Começam a ser aprovadas Leis que valores, difundindo-os. É preciso salientar o que
dentro do mesmo Estado; tal como no século descriminam um ser Humano em função se é ou é a dignidade!
XX a Maçonaria ajudou a construir uma Europa não desse País. Não, meus queridos Irmãos. A Repetimos o que já afirmámos na Iª parte: O
de livre circulação de pessoas e de produtos; a Maçonaria tem de lembrar, tem de lutar para que combate de hoje (como o de ontem) não é, nem
Maçonaria hoje tem de lutar pela construção de todo o sangue humano tenha o mesmo tratamen- pode ser, pelas armas, não é, nem pode ser, com
um Universo com livre circulação de pessoas e to e seja igual perante a Lei. E essa é uma das guerras e destruições. Aquilo a que o mundo
de produtos e para isso tem de lutar para que a vertentes da Fraternidade. chama de terrorismo só se pode combater com
Luz brilhe onde hoje ainda existem mais trevas Por fim as igualdades do ser Humano. O Homem uma nova vaga de Iluminismo, que tarda em che-
do que Luz, repito. E essa é uma das vertentes só será fraterno quando deixar de impor a sua gar a todos. Aquele que odeia o outro é porque
da Fraternidade. maneira de pensar aos outros. Será que um Es- está nas trevas. Por isso é imperativo dizer-se:
Um Maçon não pode abdicar dos seus princípios; tado pode regulamentar o Amor e o Afeto? Será Faça-se Luz!

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