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De acordo com Triviños (1987) citado por Oliveira (2011, p. 24) expõe o viés
qualitativo da produção científica tem como foco produzir uma análise a partir das
informações coletas, sendo estas importante contribuintes para se fazer a análise de
uma determinada situação que está inserida dentro de uma conjuntura específica.
Portanto, a abordagem qualitativa tem como primazia refletir sobre a essencialidade
de um acontecimento, desta maneira tentando explicar sua razão de ser.
Quanto aos objetivos, esta produção acadêmica se intitula como exploratória.
Segundo Gil (2007) apud Silveira & Córdova (2009, p. 35) a análise de cunho
exploratório tem como finalidade familiarizar o pesquisador com a problemática
existente, assim, objetiva explicitar a situação-problema para que facilite a
construção das situações hipotéticas possíveis. No grande número dos casos de
pesquisas exploratórias se faz a busca por bibliografias que versem sobre a temática
discutida, a realização de interlocuções com os sujeitos que participarão da
investigação que fazem parte do lócuo que será objeto da produção científica e
averiguar exemplificações a respeito do que está sendo investigado.
Desta maneira, a análise exploratória encontra-se num estágio inicial, assim,
tendo como papel viabilizar a produção de dados sobre o tema norteador da
pesquisa, consequentemente, contribuindo para uma estruturação da proposta que
servirá para o estudo com o intuito de definir e delinear os aspectos relevantes da
investigação, como por exemplo, delimitar com mais exatidão a perspectiva temática
que será investigada, direcionar a estruturação das intenções e dos aspectos
hipotéticos ou propiciar o surgimento de novos enfoques para a discussão
pretendida. Deste modo, assume um caráter bibliográfico ou análises bem
específicas.
Conforme Prodanov & Freitas (2013, p. 66) dialoga que este viés
metodológico não tem como finalidade adquirir informações para que estas sejam
guardadas, mas cria possibilidades que quem investiga possa ter uma atuação
participante e dinâmica para com o seu objetivo de investigação.
A pesquisa-ação tem a intencionalidade de diagnosticar situações-problema
dentro de uma determinada realidade que está sendo pesquisada, além disso,
prioriza a definição de um plano de execução com o intuito de solucionar questões
problemáticas e conduzir os efeitos alcançados. Em contrapartida, esta metodologia
de investigação tem como intencionalidade articular as abordagens teóricas que
norteiam a análise e viabiliza ao cientista desenvolver uma intervenção na realidade
do contexto investigado, segundo Oliveira (2011, p. 42)
O instrumento de análise na pesquisa é uma conjuntura societária e não um
grupo de elementos que estão dissociados, assim, não há a possiblidade de a
situação problema ser analisada isoladamente. Diante disso, as informações obtidas
não possuem uma significância em si mesma, mas contribuem para a construção de
ação que leve a provocar mudanças dentro de uma realidade específica. Portanto, o
pesquisador assume outro papel dentro desta lógica investigativa, isto é, constrói
uma relação dialógica e participante com os atores que participam do processo de
investigação, assim, esta articulação possibilita ao cientista ressignificar seus
conhecimentos e refletir e propor mudanças em uma determinada conjuntura social.
Portanto, estas são algumas questões relevantes que foram salientadas sobre
o campo metodológico de discussão e que contribui significativamente para o
desenvolvimento da pesquisa intervenção.
Thiollent (1986, p. 48) define esta fase como sendo o momento exploratório
da pesquisa-ação, assim, concebe-se que neste estágio haverá uma delimitação do
objeto de estudo, além de definir o grupo que contribuirá com a análise e os desejos,
consequentemente, resultando a constituição de um panorama situacional de uma
determinada realidade, por conseguinte, evidenciando as problemáticas principais e
o vislumbramento das possíveis intervenções no contexto investigado.
Neste momento cabe ao cientista se aproximar da realidade comunitária que
será pesquisada e, deste modo interagir com ela e conhecer os seus pormenores.
Assim, cabe ao pesquisador contatar organizações, setores da sociedade,
instituições que não têm vínculo com a iniciativa governamental que atuam
conjuntura territorial que será objeto de estudo, conforme discute Oliveira (PUC-RIO,
2011, p. 77)
De acordo com Kummer (2007, p. 84) a fase diagnóstica qualifica-se por
desenvolver uma investigação com um enfoque participativo, consequentemente,
contribui para que a organização das ações aconteça com efetividade. Através deste
estágio há uma identificação e preferência com participação do pesquisador e dos
atores participantes as problemáticas e capacidades do contexto comunitário em
análise.
No diagnóstico, como aponta El Andaloussi (2004, p. 112), que intitula esta
fase como sendo a fase de instalação compreende que neste há a construção de um
diálogo com os atores/participantes para se estabelecer os aspectos que nortearão
as ações procedimentais da investigação científica, como por exemplo, as situações
hipotéticas e o planejamento onde estarão inseridas ações que serão
implementadas.
Para Dionne (2007, p. 58-59) a fase diagnóstica consiste na identificação da
situação e definição dos objetivos da pesquisa e da ação. Desta forma, ele aponta
que a pesquisa-ação no desenvolvimento de um diagnóstico intenciona conhecer
previamente a realidade que será objeto de análise, devido que não é aconselhável
prosseguir para outras fases sem se ter um entendimento do panorama preliminar
da realidade investigada.
Portanto, a fase diagnóstica, segundo o autor supracitado anteriormente,
possibilita que os objetivos que nortearão a pesquisa e ação sejam delineados com
maior autenticidade, deste modo potencializa que se capte a situacionalidade da
conjuntura pesquisada.
No caso do diagnóstico desenvolvido neste trabalho usou-se como técnica
para captar a problemática do contexto pesquisa a “dinâmica do espelho”, onde a
partir deste instrumento foi possibilitado diagnostica a situação problema
evidenciada, sendo assim a questão de gênero destacou-se.
A fase diagnóstica aconteceu em uma sala de turma de Educação de Jovens
e Adultos da Escola Municipal Dulcelita Bahia de Araújo, consequentemente
captando-se as histórias de vida dos sujeitos que participariam da pesquisa-
intervenção desta produção acadêmica. Além disso, as falas dos
atores/participantes da investigação foram captadas a partir de filmagens de vídeo
pelo uso do smartphone.
Apesar de a técnica usada para a coleta dos relatos dos discentes não ser
uma instrumento tradicional para abarcar as histórias de vida em um processo
pesquisa, consequentemente, ela possibilitou o relato destas trajetórias pessoais
destes educandos.
Deste modo as narrativas biográficas dos sujeitos que participam de um
específico processo de pesquisa remete-se a construção de relatos sobre o dia a dia
das pessoas e sobre os percursos que elas construíram no decorrer da sua
existência. Assim, o instrumento metodológico histórias de vida tem como propósito
de abarcar as vivências dos atores/participantes a partir do que foi vivenciado no seu
cotidiano, conforme aponta Spíndola & Santos (2003, p. 120 referenciado por Macalli
et al. (2013, p. 2)
Desta forma, o instrumento metodológico supracitado anteriormente permite
ao cientista dialogar com distintas trajetórias que são resultantes da construção
individual das pessoas a partir de diversas perspectivas, dentre elas, a vida privada
e o percurso no âmbito formativo e laboral. Assim, a captação das histórias de vida
dos sujeitos integrantes da pesquisa viabiliza a estes dialogarem consigo próprio
mediante o autoconhecimento.
b) Fase de Planejamento
Esta fase também pode ser conhecida como Fase Principal (Kraft, et al.,
2009) ou Fase de desenvolvimento de das atividades de pesquisas e de ações (El
Andaloussi, 2004)
Engel (2000, p. 187) elucida que o respectivo estágio aqui discutido tem como
intuito articular mecanismos que contribuam para modificar um problema
evidenciado com base no levantamento de situações hipotéticas durante a
implementação da fase diagnóstica.
Assim, o planejamento da intervenção tem que dar conta das finalidades
que se pretende alcançar na intervenção, portanto articulando propostas de
atividades que possibilitem a concretização de soluções para uma determinada
situação-problema, conforme salienta Thiollent (1986, p. 69)
Dionne (2007, p. 61) compreende que a fase de planejamento elencar as
melhores possibilidades para o levantamento das informações, desta maneira
necessita-se da sondagem do arcabouço conceitual que norteará as análises,
como também, propor um estágio de compreensão significativo por parte das
técnicas que serão usadas para levantar os dados. Portanto, precisam-se
estipular meios de garantir a confiabilidade dos atores/participantes e delimitar
datas para as ações que acontecerão no lócuo de pesquisa.
Kummer (2007, p. 113) discute ao fazer a organização das ações que
serão desenvolvidas duas perspectivas organizativas das práticas que serão
implementadas, a primeira será a programação estratégica e a segunda para
operacionalização das intervenções necessárias. Assim, o planejamento
estratégico decide as questões que envolvem o processo de pesquisa-ação no
plano macro, em contrapartida o operacional trata das especificidades das
atividades estruturadas no contexto da investigação.
Dentro da respectiva pesquisa-intervenção organizada neste trabalho as
atividades relacionadas ao planejamento foram estruturadas mediante a
organização de oficinas para operacionalizar a coleta de dados, deste modo
foram estruturadas três oficinas que nortearão as ações dentro da proposta
desenvolvida.
As oficinas que foram desenvolvidas com o grupo participante, isto é, os
educandos da EJA se nortearam da seguinte forma: a primeira 1ª intitulada
Gênero, Mulheres e Direitos, onde se tratará sobre questões pertinentes a
discussão dos direitos no âmbito das relações de gênero, onde houve também
uma palestra com a professora do CEEP Paulo Freire, Josenildes Ferreira, do
município de Santaluz discutindo questões relacionadas ao Pronaf Mulher;
Na segunda oficina, Gênero e mulheres do campo: trabalho, cultura e
saberes, onde se problematizou questões sobre as mulheres do campo, sobre
relações de trabalho, agricultura familiar, convivência com o semiárido e entre
outras, além do trabalho com materiais que os alunos levaram de modo a
englobar as disciplinas de Português, Matemática, Ciências e Geografia.
Na última, Gênero, movimento de mulheres e organização social, houve
uma palestra com a Presidente da Associação de Mulheres Trabalhadoras
Rurais da Agricultura Familiar do município de Santaluz-BA, onde discutiu-se
sobre a importância da mulher ser empoderada e ter autonomia, gerar sua
própria renda, está envolvida com projetos de economia solidária e entre outras
questões.
c) Fase de Execução