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1.

TÍTULO
Estudo do comportamento da fotossíntese na cultura da mandioca (Manihot esculenta
Crantz)

2. RESPONSÁVEL TÉCNICO

José Fernandes de Andrade Netto – Estudante de Graduação do Curso de Agronomia


(UESB)

3. INTRODUÇÃO

A produção de raízes de mandioca (Manihot esculenta Crantz) está diretamente


ligada a uma maior ou menor eficiência fotossintética de conversão da radiação
fotossinteticamente ativa (RFA). Segundo Machado (1985), citado por BERNARDES
(1987), esta eficiência é, para a maioria das culturas, menor que 1 %. Em condições
ótimas, registram-se eficiências de 3 – 4 % para plantas do tipo C3 e 5 – 6 % para
plantas do tipo C4 . Segundo El – SHARKAWY et al.(1989), ainda não está bem claro
se a mandioca pode ser considerada uma etapa intermediária no processo evolutivo ou
se é um híbrido natural entre espécies C3 e C4. Se esta última alternativa for correta, sua
faixa de eficiência, se comparada individualmente com as plantas tipo C3 e C4, será
provavelmente mais ampla.
Segundo Cock(1985), citado por BERNARDES et al.(1992), para uma máxima
produção de raízes de mandioca, deve haver um balanço entre a produção de folhas e
hastes e o crescimento das raízes. A planta deve ter área foliar suficiente para a
produção de carboidratos, porém não deve ter folhas e hastes em excesso que
consumam todos os carboidratos disponíveis para a acumulação nas raízes. O tipo ideal
de planta de mandioca, que obteria máximas produções, deveria rapidamente alcançar
índice de área foliar (IAF) próximo a 3,0 e mantê-lo através de todo o resto de seu ciclo.
Segundo ALVES (1998), estudos relacionados à influência do tamanho da “fonte” sobre
a produção de matéria seca demonstraram que, a taxa de assimilação líquida e a taxa de
crescimento das raízes tuberosas foram significativamente reduzidas quando o tamanho
da fonte aumentou, variando-se o IAF de 3,0 para 6,0.
A taxa de assimilação líquida (TAL) por unidade de área diminui com o
aumento do IAF, não proporcionalmente a este, mas a uma taxa menor, o que significa
que o aumento do IAF implica em um aumento da produtividade líquida, até um certo
limite, segundo Mitchell (1979), citado por BERNARDES (1987).
Um aumento no IAF proporciona aumento de produção de biomassa, mas
devido ao auto-sombreamento das folhas, a taxa fotossintética média por unidade de área
foliar decresce. À medida que o IAF aumenta, as folhas inferiores são mais sombreadas e,
consequentemente, a taxa fotossintética média de toda a área foliar é diminuída
(LUCCHESI, 1987). De acordo com MATTOS(1998), a concorrência pelo fator luz pode
ocorrer entre plantas de uma população ou mesmo dentro de cada planta, considerando a
posição e orientação das folhas. Uma folha muito sombreada reduz a sua capacidade
fotossintética, produzindo menores quantidades de carboidratos, contribuindo para uma
redução da assimilação do cultivo.
Em experimento utilizando densidades de plantio de 1, 2, 4, 8 e 16 plantas por
m2, visando analisar a eficiência fotossintética líquida (EF) e a taxa de produção de
matéria seca (TPMS) da cultura da mandioca, em diferentes períodos, BARROS et al.
(1975) observaram que, entre 40 e 80 dias de idade, a EF máxima (0,68 %) e a TPMS
(2,35 g/m2/dia) corresponderam ao tratamento 8 plantas/m2. No período de 120 a 160
dias de idade, a densidade 4 plantas/m2 exibiu valores máximos de EF (2,55 %) e TPMS
(9,85 g/m2/dia). Entre 160 e 200 dias de idade, os valores máximos de EF (2,40 %) e
TPMS (10,9 g/m2/dia) foram obtidos com 1 planta/m 2, associando esses resultados ao
aumento do IAF, com o consequente auto-sombreamento.
Para Cock et al.(1979), citados por El-SHARKAWY et al.(1989), o aumento da
fotossíntese permite um incremento no rendimento de raízes de mandioca. Tal
conclusão é reforçada pelo fato de existirem poucas evidências que provem a limitação
de “dreno” em mandioca. A manipulação da planta no sentido de direcionar uma maior
quantidade de carboidratos para as raízes é capaz de aumentar o rendimento destas,
segundo Lian & Cock (1978), citados por EL-SHARKAWY et al.(1989).
Segundo resultados obtidos por El-SHARKAWY et al.(1989), as folhas de
mandioca possuem taxas fotossintéticas relativamente elevadas, variando de 20 a 35
µmol CO2 m-2s-1, sob condições ambientes ótimas. O alcance deste potencial, a nível de
campo, está sujeito a um número de fatores limitantes, relacionados com a forma do
dossel da cultura e do ambiente. A influência no dossel sobre a fotossíntese e a
produtividade está relacionada com a quantidade de energia que incide sobre as plantas
e a quantidade de energia interceptada e absorvida (BERNARDES, 1987). Grande parte
da energia incidente está na forma de radiação difusa, capaz de atingir o interior da copa
e os locais mais inferiores do dossel. Como nem toda a radiação que atinge as plantas
tem efeito sobre elas, uma vez que a RFA se encontra nos limites de 400 a 700 nm do
espectro visível, torna-se necessário, para um maior aproveitamento dessa energia que, a
distribuição das folhas, tanto de sol quanto de sombra, esteja em consonância com a
radiação incidente, seja ela direta ou difusa.
Segundo BERNARDES (1987), um das formas pelas quais pode-se interferir
na fotossíntese, favorecendo a utilização mais eficiente da radiação luminosa disponível
visando incrementos na produtividade é, a manipulação cultural, através de podas
periódicas, desfolhamento e, o manejo da copa, dentre outras.
O objetivo desse trabalho é verificar as alterações proporcionadas pelo
desfolhamento artificial em relação à produção de raízes, produção de amido e matéria
seca na cultura da mandioca.

4. JUSTIFICATIVA

Apesar do conhecimento do potencial produtivo e da adaptabilidade da


mandioca em diversas regiões tropicais, o seu cultivo nas condições do planalto de
Vitória da Conquista – Bahia é feito de forma empírica, objetivando apenas a produção
de raízes. Poucos são os trabalhos científicos sobre sua ecofisiologia, portanto, torna-se
justificável estudos que venham favorecer uma melhor utilização da cultura buscando
um aproveitamento mais eficiente do seu potencial produtivo.

5. MATERIAL E MÉTODOS

Este experimento será conduzido no Campus da Universidade Estadual do


Sudoeste da Bahia (UESB), município de Vitoria da Conquista-Bahia, com altitude em
torno de 920 m, precipitação pluviométrica média de 680 mm, temperatura média anual
em torno de 19,5 º C, coordenadas geográficas de 14 º 51’ LS e 40 º 50’ LWG. Solo
Latossolo Vermelho Amarelo distrófico, textura média, topografia suavemente ondulada
a plana e boa drenagem.
Os tratamentos a serem utilizados são:

T1. Livre crescimento, sem desfolhamento artificial


T2. Livre crescimento, com desfolhamento artificial
T3. 1 broto, sem desfolhamento artificial
T4. 1 broto, com desfolhamento artificial
T5. 2 brotos, sem desfolhamento artificial
T6. 2 brotos, com desfolhamento artificial
T7. 3 brotos, sem desfolhamento artificial
T8. 3 brotos, com desfolhamento artificial
T9. 4 brotos, sem desfolhamento artificial
T10. 4 brotos, com desfolhamento artificial
T11. 5 brotos, sem desfolhamento artificial
T12. 5 brotos, com desfolhamento artificial

O delineamento experimental será em blocos ao acaso, constituído de 12


tratamentos com quatro repetições, num total de 48 parcelas. As parcelas terão 3,0 m de
comprimento por 3,0 m de largura, com um intervalo de 2,0 m entre uma parcela e
outra. As manivas a serem utilizadas deverão ter 30 cm de comprimento, com cortes
retos nas extremidades e, serão plantadas na posição horizontal. O espaçamento
utilizado no plantio será de 1,0 m entre linhas e 0,6 m entre plantas.
A cultivar a ser utilizada no experimento será “Platinão”, por ser uma das mais
utilizadas para a produção de farinha e amido pelos produtores da região de Vitória da
Conquista - Bahia e, também, devido à facilidade de obtenção de manivas.
O desfolhamento artificial se iniciará a partir do terceiro mês após o plantio, se
estendendo até o início do sexto mês e, do décimo quinto até o décimo oitavo mês, uma
vez que, nestes períodos, ocorre o maior deslocamento de fotoassimilados da parte aérea
para as raízes de reserva da planta. Antes do início do desfolhamento, serão medidos os
níveis fotossintéticos das folhas sob intenso sombreamento nas 4 plantas centrais de
cada parcela, tomando, como referência, esses dados para identificação das folhas que
deverão ser eliminadas no total de plantas úteis da mesma, excetuando-se as bordaduras.
Para o corte das folhas, serão utilizadas tesouras apropriadas para poda.
O ensaio terá a duração do ciclo da cultura que, na região do planalto de Vitória
da Conquista - Bahia, varia de 18 a 24 meses. Neste período, serão determinados o
índice de colheita, através da fórmula IC = (Peso das raízes x 100)/ (Peso das raízes +
Peso da parte aérea), índice de área foliar, através do equipamento LAI – 2000 Plant
Canopy Analyzer, taxa de fotossíntese, através de analisador portátil de gases no infra
vermelho, teor de matéria seca e teor de amido das raízes pelo método da balança
hidrostática proposto por Grossmann & Freitas (1950) citados por CONCEIÇÃO (1987)
e, produção e tamanho das raízes.

Veja a seguir o quadro de análise de variância:

Fonte de variação Graus de liberdade

Tratamentos 11

Blocos 3

Resíduo 33
Total 47

Croqui das parcelas e blocos :

1º bloco com 12 2º bloco com 12 3º bloco com 12 4º bloco com 12


parcelas parcelas parcelas parcelas

- 3,0 m -2,0m--3,0m--
|-------------------------- 28 m ---------------------------|

-3,0m-

T8 T12 T1 T9 T11 T6 T12 T4

T3 T2 T10 T11 T3 T10 T1 T7

T4 T9 T3 T4 T8 T12 T5 T10

T7 T10 T5 T12 T5 T1 T3 T2

T5 T11 T7 T2 T4 T9 T9 T11

T1 T6 T6 T8 T2 T7 T8 T6

|------- 8,0 m-------|

6. ORÇAMENTO DO PROJETO
Discriminação Finalidade Quantidade Valor Unitário Valor Total
(R$) (R$)
6.1 Material
permanente
a) analisador de gases no medidas de 01 69600,00 69600,00
infra vermelho portátil fotossíntese,
com fonte de luz de fotorrespiração
aproximadamente 1400 condutância
µmol CO2/m-2s-1 estomática etc.
b)micro computador análise estatística 01 2500,00 2500,00
Pentium II, 480 MHz, kit dos dados
multimídia.
c)LAI-2000 Plant Medir o índice de 01 29580,00 29580,00
Canopy Analyzer área foliar
d)impressora HP 695 impressão dos 01 500,00 500,00
dados estatísticos,
resumo, etc.
6.2 Material de
consumo
a)inseticidas/fungicidascombate às pragas 4 litros 25,00 100,00
e doenças
b) tesoura de poda Cortar as folhas 5 15,00 75,00
c)etiquetas Identificação das 5 3,00 15,00
plantas desfolhadas
d) tinta para madeira Pintura das placas 1 galão 10,00 10,00
de identificação
das parcelas
e) tinner dissolver a tinta 3 litros 1,50 4,50
f) pincel pintura das placas 10 2,00 20,00
de identificação
g) fita métrica medir área das 01 25,00 25,00
parcelas
6.3 Serviço de terceiros apoio 120 dias 8,0 960,00
Total 103389,50

7. FONTES DE CUSTEIO

Natureza Fonte de Custeio Valor em reais

Material permanente UESB 102180,00

Material de consumo UESB 249,50

Serviço de terceiros UESB 960,00


Total 103389,50

6. CRONOGRAMA FÍSICO
ATIVIDADES 1999 (1º ano)
J F M A M J J A S O N D
Preparo da área de plantio x x
Plantio x
Condução dos brotos x x

8.1 CRONOGRAMA FÍSICO

ATIVIDADES 2000 (2º ano)


J F M A M J J A S O N D
Tratos culturais x x x x x x x
Coleta de dados x x x x
Desfolhamento artificial x x x x

8.2 CRONOGRAMA FÍSICO

ATIVIDADES 2001 (3º ano)


J F M A M J J A S O N D
Tratos culturais x x x x
Coleta de dados x x x x
Desfolhamento artificial x x x x
Colheita x x x
Análise estatística x x x
Redação do trabalho x x

9. CRONOGRAMA FINANCEIRO

ATIVIDADES DESEMBOLSO FINANCEIRO


OUT– DEZ/99 DEZ – ABR/2000 OUT – DEZ/2000 JAN – JUL/2001
1) aquisição de X X
material permanente
2) aquisição de X
material de consumo
3) serviço de terceiros X X X X

7. BIBLIOGRAFIA
ALVES, A.A.C. Fisiologia da Mandioca. In: EMBRAPA. II Curso Internacional de
Mandioca Para Técnicos Africanos de Países de Língua Portuguesa, Cruz das
Almas, BA: EMBRAPA/CNPMF, 1999.
BARROS, R. S.; MERCES, W. C. & CALMON, J. L. S. Eficiência fotossintética
líquida (EF) e taxa de produção de matéria seca (TPMS) na cultura da mandioca.
In: EMBRAPA.Resumos Informativos, Brasília, DF: EMBRAPA/CNPMF. v.1,
p.128, 1981.
BERNARDES, M. S.; CÂMARA, G. M. S.; OLIVEIRA, E. A. M.; CASTRO, P. R. C.
Medição do IAF, através de fotografia hemisférica, para a cultura da mandioca em
diferentes espaçamentos. Revista Brasileira de Mandioca, Cruz das Almas, v.11,
n.2, p.120-124, 1992.
BERNARDES, M. S. Fotossíntese no dossel das plantas cultivadas. In: CASTRO, P. R.,
ed. Ecofisiologia da produção agrícola. Piracicaba: Associação Brasileira para a
Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1987. p.13-48
CONCEIÇÃO, A. J. A mandioca. São Paulo, NOBEL, 1987. 382p.
EL-SHARKAWY, M. A.; COCK, J. H.; PORTO, M. C. M. Características
fotossintéticas da mandioca (Manihot esculenta Crantz). Revista Brasileira de
Fisiologia Vegetal, Londrina, v.1, n.2, p. 143-154, 1989.
LUCCHESI, A. A. Fatores da produção vegetal. In: CASTRO, P. R., ed. Ecofisiologia
da produção agrícola. Piracicaba: Associação Brasileira para a Pesquisa da
Potassa e do Fosfato, 1987. p.1-11
MATTOS, P. L. M. Mandioca consorciada com outras culturas. In:EMBRAPA. II
Curso Internacional de Mandioca para Técnicos Africanos de Países de Língua
Portuguesa, Cruz das Almas, BA:EMBRAPA/CNPMF, 1999.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA


Departamento de Fitotecnia e Zootecnia
ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA FOTOSSÍNTESE NA CULTURA
DA MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz).

Vitória da Conquista-BA
Jul/1999

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