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Bruno Dias
Universidade Paranaense (UNIPAR)
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1. INTRODUÇÃO
2. RESERVA DO POSSÍVEL
Por outro lado, a referida escassez de meios econômicos, não deve ser ignorada,
pois é um fator importante na concretização dos direitos sociais, não devendo ser única
forma a ser analisada, nem supervalorizá-la.
A partir disso, cabe retomarmos a máxima deste artigo que é a reserva do
possível que pode ser sintetizada nas palavras de George Marmelstein Lima (2008:
222):
A reserva do possível encontra lugar nos dois lados da tensão, de modo que, sendo
privilegiado, no caso concreto, o argumento constitucionalista, ela será afastada. E sendo
privilegiado, por outro lado, o argumento democrático, é aqui que a reserva encontrara
legitimidade
a gradualidade está associada, por vezes, à ‘ditadura dos cofres vazios’ entendendo-se que
ela significa a realização dos direitos sociais em conformidade com o equilíbrio
económico-financeiro do Estado. Se esta idéia de processo gradualístico-concretizador
dificilmente pode ser contestado, já assim não acontece com a sugestção avançada por
alguns autores sobre a completa discricionariedade do legislador orçamental quanto à
actuação socialmente densificadora do Estado. A tese da insindicabilidade das
‘concretizações legislativas’ ou da ‘criação de direitos derivados a prestação’ pelo
legislador assenta no postulado de que as políticas de realização de direitos sociais
assentam em critérios exclusivos de oportunidade técnico-financeira.
constituiria na violação ao princípio da Separação dos Poderes, mas sim oferecer uma
real efetividade às políticas públicas já existentes, não permitindo cativarem-se
excessivamente as formalidades, obstando a realização das metas principais do Estado
Democrático de Direito.
Por fim, deve haver uma proporcionalidade no emprego; cabe ressaltar que de
um lado, a referida escassez de meios econômicos é um fator importante que não pode
ser ignorado, no outro, não pode ser superdimensionado, a fim de tornar-se o único
parâmetro a ser analisado na concretização dos direitos sociais. Trata-se, pois, de forma
imperativa o alcance de ingredientes éticos e políticos para que o instrumental jurídico
possa, não somente ser legitimado, mas autorizar que a evolução das condições
econômicas e sociais possa beneficiar o maior número de pessoas.
3. CONCLUSÕES
4. REFERÊNCIAS
ARENHART, Sergio Cruz. As ações coletivas e o controle das políticas públicas pelo
Poder Judiciário . Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 777, 19 ago. 2005. Disponível
em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7177>. Acesso em: 28 setembro.
2010.
DIÁLOGO E INTERAÇÃO
Volume 5 (2011) - ISSN 2175-3687
http://www.faccrei.edu.br/dialogoeinteracao/