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Informativo 621-STJ (RESUMIDO)


Márcio André Lopes Cavalcante

DIREITO CIVIL

DIREITO À IMAGEM
A Súmula 403 do STJ é inaplicável para representação da imagem de pessoa como coadjuvante
em documentário que tem por objeto a história profissional de terceiro

Ação de indenização proposta por ex-goleiro do Santos em virtude da veiculação indireta de


sua imagem (por ator profissional contratado), sem prévia autorização, em cenas do
documentário “Pelé Eterno”. O autor alegou que a simples utilização não autorizada de sua
imagem, ainda que de forma indireta, geraria direito a indenização por danos morais,
independentemente de efetivo prejuízo.
O STJ não concordou.
A representação cênica de episódio histórico em obra audiovisual biográfica não depende da
concessão de prévia autorização de terceiros ali representados como coadjuvantes.
O STF, no julgamento da ADI 4.815/DF, afirmou que é inexigível a autorização de pessoa
biografada relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais bem como
desnecessária a autorização de pessoas nelas retratadas como coadjuvantes.
A Súmula 403/STJ é inaplicável às hipóteses de representação da imagem de pessoa como
coadjuvante em obra biográfica audiovisual que tem por objeto a história profissional de
terceiro.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.454.016-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. Acd. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
julgado em 12/12/2017 (Info 621).

EVICÇÃO
É dever do alienante transmitir ao adquirente o direito sem vícios, de forma que se caracteriza a
evicção se existir um gravame que impede a transferência do bem

Caracteriza-se evicção a inclusão de gravame capaz de impedir a transferência livre e


desembaraçada de veículo objeto de negócio jurídico de compra e venda.
Caso concreto: foi vendido um carro, mas, antes que pudesse ser transferido à adquirente,
houve um bloqueio judicial sobre o veículo. Foi necessário o ajuizamento de embargos de
terceiro para liberação do automóvel, sendo, em seguida, desfeito o negócio. Neste caso,
caracterizou-se a evicção, gerando o dever do alienante de indenizar a adquirente pelos
prejuízos sofridos.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.713.096-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/02/2018 (Info 621).

Informativo 621-STJ (06/04/2018) – Márcio André Lopes Cavalcante | 1


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EXECUÇÃO DE ALIMENTOS
É possível a aplicação do art. 528, § 7º do CPC/2015
para execuções iniciadas na vigência do antigo CPC

É possível a aplicação imediata do art. 528, § 7º, do CPC/2015 em execução de alimentos


iniciada e processada, em parte, na vigência do CPC/1973.
A regra do art. 528, §7º, do CPC/2015, apenas incorpora ao direito positivo o conteúdo da pré-
existente Súmula 309/STJ, editada na vigência do CPC/1973, tratando-se, assim, de
pseudonovidade normativa que não impede a aplicação imediata da nova legislação
processual, como determinam os arts. 14 e 1.046 do CPC/2015.
STJ. 3ª Turma. RHC 92.211-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/02/2018 (Info 621).

DIREITO DO CONSUMIDOR

PLANO DE SAÚDE
Plano de saúde coletivo que mais se assemelha a um contrato individual
e impossibilidade de rescisão unilateral imotivada

Não é válida a rescisão unilateral imotivada de plano de saúde coletivo empresarial por parte
da operadora em face de microempresa com apenas dois beneficiários.
No caso concreto, havia um contrato coletivo atípico e que, portanto, merecia receber
tratamento como se fosse um contrato de plano de saúde individual. Isso porque a pessoa
jurídica contratante é uma microempresa e são apenas dois os beneficiários do contrato,
sendo eles hipossuficientes frente à operadora do plano de saúde.
No contrato de plano de saúde individual é vedada a rescisão unilateral, salvo por fraude ou
não-pagamento da mensalidade.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.701.600-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 06/03/2018 (Info 621).

DIREITO PENAL

LEI MARIA DA PENHA


Fixação do valor mínimo para reparação dos danos prevista no art. 387, IV, do CPP

Importante!!!
Nos casos de violência contra a mulher praticados no âmbito doméstico e familiar, é possível
a fixação de valor mínimo indenizatório a título de dano moral, desde que haja pedido
expresso da acusação ou da parte ofendida, ainda que não especificada a quantia, e
independentemente de instrução probatória.
CPP/Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: IV - fixará valor mínimo para reparação
dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido.
STJ. 3ª Seção. REsp 1.643.051-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 28/02/2018 (recurso
repetitivo) (Info 621).

Informativo 621-STJ (06/04/2018) – Márcio André Lopes Cavalcante | 2


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DIREITO PROCESSUAL PENAL

EXECUÇÃO PENAL
Unificação das penas não é considerado como sendo a data-base
para a concessão de novos benefícios da execução penal

Importante!!!
Mudança de entendimento!
A alteração da data-base para concessão de novos benefícios executórios, em razão da
unificação das penas, não encontra respaldo legal.
Assim, não se pode desconsiderar o período de cumprimento de pena desde a última prisão
ou desde a última infração disciplinar, seja por delito ocorrido antes do início da execução da
pena, seja por crime praticado depois e já apontado como falta disciplinar grave. Se isso for
desconsiderado, haverá excesso de execução.
STJ. 3ª Seção. REsp 1.557.461-SC, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 22/02/2018 (Info 621).

DIREITO PENAL E
PROCESSUAL PENAL MILITAR

COMPETÊNCIA
Civil que furta arma de soldado da Aeronáutica dentro de estabelecimento militar: crime militar

Compete à Justiça Militar processar e julgar o crime de furto, praticado por civil, de patrimônio
que, sob administração militar, encontra-se nas dependências desta.
Caso concreto: civil furtou, dentro de estabelecimento militar, pistola que estava na posse de
soldado da Aeronáutica.
Fundamento: art. 9º, III, “a”, do Código Penal Militar.
STJ. 3ª Seção. CC 145.721-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 22/02/2018 (Info 621).

DIREITO TRIBUTÁRIO

PIS/COFINS
O valor pago a título de ICMS não deve ser incluído na base de cálculo do PIS/PASEP e COFINS

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não compõe a base de cálculo
para a incidência da contribuição para o PIS e a COFINS.
STF. Plenário. RE 574706/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 15/3/2017 (repercussão geral)
(Info 857).
STJ. 1ª Turma. REsp 1.100.739-DF, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 27/02/2018 (Info 621).

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DIREITO INTERNACIONAL

HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA


A ausência de jurisdição brasileira conduz necessariamente à falta de
interesse processual na homologação de provimento estrangeiro

A ausência de jurisdição brasileira conduz necessariamente à falta de interesse processual na


homologação de provimento estrangeiro.
Ex: Juan, cidadão equatoriano, ajuizou, no Equador, ação de indenização contra uma empresa
norte-americana. A justiça equatoriana condenou a empresa a pagar indenização em favor do
autor. Juan ingressou, então, com pedido de homologação desta sentença estrangeira no
Brasil. Vale ressaltar que Juan não tem domicílio no Estado brasileiro. Neste caso concreto, a
sentença não envolve partes brasileiras ou domiciliadas no país, tampouco a lide originária se
refere a fatos ocorridos no Brasil, nem a sentença homologanda impôs qualquer obrigação a
ser cumprida em território nacional. Deste modo, a ausência de jurisdição brasileira conduz
necessariamente à falta de interesse processual do requerente.
STJ. Corte Especial. SEC 8.542-EX, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 29/11/2017 (Info 621).

HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA


Não cabe renúncia em processo de homologação de sentença estrangeira

É inadmissível a renúncia em sede de homologação de provimento estrangeiro.


STJ. Corte Especial. SEC 8.542-EX, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 29/11/2017 (Info 621).

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