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- As consequências da agressão glomerular são basicamente: proteinúria, hematúria, queda da filtração glomerular e
retenção de Na. Dependendo da intensidade e do tipo de agressão, pode haver predomínio de um sinal sobre outro,
dando origem a diferentes apresentações clínicas: síndrome nefrítica, síndrome nefrótica, e não-nefrítica e não-
nefrótica
Síndrom Súbita
e Edema
nefrítica HAS
Hematúria
Síndrom Proteinúria maciça (> 3,5)
e Edema
nefrótica Hipoalbuminemia
Hipercolesterolemia
QUEDA DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR: provocada pela retração dos podócitos, infiltração de neutrófilos (oclui as
fenestrações do endotélio e diminui a área filtrante da membrana basal)
HEMATÚRIA: a agressão renal provoca soluções de continuidade da membrana basal, através das quais ocorre a
passagem de hemácias para o espaço de Bowman. Esta se faz por diapedese, provocando alteração da sua
forma (dismorfismo eritrocitário, cilindros hematicos)
ALTERAÇÕES METABÓLICAS: hipoalbuminemia é um estímulo para o aumento da síntese proteica pelo fígado, o
que leva à maior síntese de LDL e VLDL; como as duas são carreadoras de colesterol e TAG, respectivamente,
ocorre hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Hipocalcemia não é incomum na síndrome nefrótica, uma vez
que parte do cálcio plasmático está ligada à albumina.
TRATAMENTO INESPECÍFICO: dieta hipossódica e normoproteica, restrição hídrica, diurético de alça, estatina,
IECA ou BRA (anti-hipertensivos nefroprotetores e antiproteinúricos). Pesar diariamente (perder < 1kg/dia)
- AINH inibem a síntese de prostaglandinas, que são vasodilatadores da arteríola aferente. Assim, eles
promovem vasoconstrição dessa arteríola, diminuindo a pressão dentro do glomérulo e a proteinúria
2. Glomerulonefrite pós-estreptocócica
- Sexo masculino, entre 2-6 anos, podendo incidir em qualquer faixa etária
QUADRO CLÍNICO
- Precedido em 7 a 21 dias por escarlatina, IVAS ou piodermite provocada por estreptococos, principalmente do
tipo A de Lancefield
- Síndrome nefrítica: aparecimento súbito de edema, hematúria macroscópica e HAS. Eventualmente dor lombar
é referida
- Creatinina plasmática geralmente se encontra normal ou discretamente alterada
- EAS: hematúria (dismorfismo eritrocitário e cilindros hemáticos), leucocitúria, proteinúria < 3g
- Consumo de complemento (CH50 e C3): geralmente desaparece entre 4 a 12 semanas
- Hematúria microscópica e proteinúria discreta podem levar vários meses para desaparecer
ANATOMIA PATOLÓGICA
- MO: lesão glomerular difusa, com todos os glomérulos atingidos igualmente. São grandes, hipercelulares
(mesângio-endotelial) e isquêmicos. Podem ser observados crescentes celulares.
- ME: depósitos subepiteliais de tamanho variável chamados de corcovas (humps). Depósitos elétron-densos
subendoteliais e mesangiais são frequentes.
- IF: depósitos de IgG e/ou C3
ETIOPATOGENIA
- Depende da presença da cepa nefritogênica como da resposta imune específica do paciente
- Ainda não se sabe se a lesão renal é resultado da deposição de imunocomplexo circulante ou da ligação
antígenos estreptocócicos ao rim com subsequente formação de imunocomplexo in situ
TRATAMENTO
- Sintomático: diminuir sobrecarga hidrossalina
- Dieta hipossódica e diuréticos de alça
- Raramente se faz necessário o uso de anti-hipertensivos
- Incidência de recidiva é pequena, portanto, não se indica o tratamento profilático
QUADRO CLÍNICO
- Instalação aguda
- Edema, hematúria micro ou macroscópica
- HAS quando presente é leve
- Em alguns pacientes, a manifestação de síndrome nefrótica é a única clínica
- Febre, dor muscular discreta e dor articular não são incomuns
- Oligúria, anúria, aumento rápido da creatinina são sinais que sugerem o diagnóstico de GNRP
- EAS: hematúria com cilindros hemáticos, proteinúria intensa e leucocitúria
- Creatinina plasmática pode estar normal, porém, geralmente se apresenta elevada
ANATOMIA PATOLÓGICA
- MO: crescentes celulares
- ME: soluções de continuidade da membrana basal tanto do glomérulo como da cápsula de Bowman e
deposição de fibrina no espaço de Bowman
- IF: difere os três tipos. Tipo I, a deposição de IgG é linear e do complemento ao longo da membrana basal. No
tipo II, observa-se a deposição de IgG e/ou IgM + C3 em padrão granular. A IF do tipo III é negativa
ETIOPATOGENIA
- Ruptura da membrana basal glomerular, permitindo a passagem de fibrinogênio para o espaço de Bowman. Lá,
ele dá origem a fibrina que vai estimular a proliferação das células epiteliais da cápsula de Bowman e a
infiltração de células sanguíneas (linfócito T, macrófagos e fibroblastos). Além disso, a fibrina serve de arcabouço
para a formação da crescente. Posteriormente, os fibroblastos passam a sintetizar colágeno, que vai transformar
a crescente celular em crescente fibroso
TRATAMENTO
- Tipo I: plasmaférese + drogas citotóxicas (ciclofosfamida ou azatioprina) + corticoides
- Tipo II: pulsoterapia (metilprednisolona 1g por 3d) seguido de prednisona oral
- Tipo III: pulsoterapia (metilprednisolona 1g por 3d) + ciclofosfamida no 4º dia
QUADRO CLÍNICO
- Surtos de hematúria macro ou microscópicas associada a infecções inespecíficas de vias aéreas superiores ou
ao exercício físico
- Mal-estar generalizado, dores musculares discretas e disúria
- Raramente apresenta síndrome nefrótica
- HAS ocorre em torno de 10% dos casos
- Creatinina normal
- EAS: hematúria (dismorfismo eritrocitário e/ou cilindros hemáticos), proteinúria 1-2g
ANATOMIA PATOLÓGICA
- MO: proliferação das células mesangiais com expansão da matriz. Difusas ou focais. Raramente crescentes
podem ser observadas.
- ME: depósitos subepiteliais com aspecto semelhante a corcovas (humps). Depósitos elétron-densos mesangiais
são frequentes. Subepiteliais também podem ser encontrados.
- IF: deposição mesangial de IgA, de padrão granular, associada com depósitos de IgG e C3
ETIOPATOGENIA
- É decorrente da deposição renal dos imunocomplexos circulantes
TRATAMENTO
- Sintomático
- Em pacientes com proteinúria maciça, com rim normal à MO, o uso de corticosteroides tem-se associado com
remissão da síndrome nefrótica
- Em pacientes com rápido declínio da função renal, o uso de altas doses de IgG humana tem sido proposto
- Mais recentemente, tem-se preconizada a utilização de óleo de peixe e a tonsilectomia
QUADRO CLÍNICO
- Síndrome nefrótica em 70% dos casos; 20% apresentam síndrome nefrítica
- Pode apresentar hematúria e proteinúria assintomática
- HAS leve
- Hipocomplementemia: principalmente queda de C3 (importante para dx diferencial com outras patologias que
cursam com síndrome nefrótica, que geralmente apresentam nível sérico de C3 normal)
ANATOMIA PATOLÓGICA
- Pode ser classificada em GNMP tipos I, II e III
- MO: o tipo I caracteriza-se pela presença de hipercelularidade glomerular, expansão da matriz mesangial e
duplicação da membrana basal glomerular. Crescentes pequenos podem ser vistos com certa frequência
- ME: observa-se entre a duplicação da membrana basal prolongamentos da célula mesangial, citoplasma da
célula endotelial e depósitos elétron-densos.
- IF: deposição de imunoglobulinas, principalmente IgG e IgM. Deposição de C3 quase que em 100% dos casos
localizados na membrana basal glomerular e mesângio
ETIOPATOGENIA
- A presença de depósitos de Ig e complemento no espaço subendotelial e no mesângio sugerem que a GNMP
poderia ser mediada pelo sistema imune, provavelmente pela deposição renal de imunocomplexos circulantes
(tipo I)
TRATAMENTO
- Incerto (corticosteroides? Anti-agregantes plaquetários?)
QUADRO CLÍNICO
- Clássica: síndrome nefrótica, sem HAS ou hematúria
- HAS e hematúria microscópica oscila em torno de 30%; hematúria macroscópica praticamente exclui
diagnóstico
- Função renal conservada
- Pode ser precedida por infecção inespecífica de vias aéreas ou infecção viral
- Proteinúria maciça e à custa de albumina (seletiva), acompanhada por reduzido nível sérico de albumina e
hiperlipidemia
ANATOMIA PATOLÓGICA
- MO: glomérulos normais, podendo apresentar discreta hipercelularidade mesangial e hipertrofia dos podócitos
- ME: retração dos prolongamentos dos podócitos; não se detecta depósitos elétron-densos
- IF: não se encontram depósitos de Ig e/ou complemento
OBS1: o diagnóstico anatomopatológico é feito por exclusão de outras lesões glomerulares, uma vez que essas
alterações são encontradas em qualquer situação que existe proteinúria intensa
ETIOPATOGENIA
- Como a proteinúria é decorrente somente da perda de carga elétrica da membrana basal, tem sido proposto
que esses pacientes, frente a um estímulo ainda não determinado, poderiam produzir linfocinas com cargas
positivas, que se ligariam às cargas negativas da membrana basal, neutralizando-as e dando origem a proteinúria
TRATAMENTO
- Corticosteroides: prednisona 1 a 2mg/kg/dia durante 8 semanas, com retirada progressiva
- Se o paciente não responder ou se as recidivas forem muito frequentes, associa-se ciclofosfamida 2 a
3mg/kg/dia aos corticosteroides
QUADRO CLÍNICO
- Mais comum é a síndrome nefrótica, porém 30% apresentam hematúria e proteinúria assintomática
- HAS é mais comum em pacientes adultos
- Glicosúria e aminoacidúria (lesão tubular) podem ser vistas frequentemente
- Pacientes com proteinúria muito intensa (> 10g) tem sido descrito um curso rapidamente progressivo com
evolução para IR em meses ou 1 a 2 anos
ANATOMIA PATOLÓGICA
- MO: glomérulos normais ou com discreta hipercelularidade mesangial. A doença é focal e segmentar porque
somente alguns glomérulos estão alterados (focal), com lesões apenas localizadas (segmentar). Assim, em
alguns glomérulos observa-se de maneira segmentar aumento da matriz mesangial, com colapso de alça capilar.
Os glomérulos justamedulares são os mais precocemente atingidos
- ME: podócitos volumosos e degenerados, com retração dos processos podálicos, e usualmente com grandes
vacúolos intracitoplasmáticos. Podócitos desgarrados da MB são vistos frequentemente. Células xantomatosas
na matriz mesangial também podem ser vistas
- IF: negativos, ocasionalmente apresentam pequena deposição de IgM e C3
ETIOPATOGENIA
- Atualmente não se acredita que esta nefropatia seja mediada pelo sistema imune. A rápida recorrência desta
nefropatia em rins transplantados sugere que deva haver algum fator circulante responsável pela gênese desta
lesão
TRATAMENTO
- Nos pacientes com síndrome nefrótica o uso de corticosteroides tem induzido remissão
- Drogas citotóxicas (ciclofosfamida) foram preconizados para os pacientes aos quais contraindicam-se doses
altas de corticoides
8. Glomerulonefrite membranosa
- Sexo masculino, com idade média oscilando entre 45 e 50 anos, predomínio na raça branca
QUADRO CLÍNICO
- Síndrome nefrótica, com proteinúria variando entre 5 e 10g
- Hematúria microscópica está presente em 30% dos adultos, porém em crianças quase 100% apresentarão
- Hematúria macroscópica está ausente
- Níveis séricos de creatinina costumam ser normais
- HAS ocorre em torno de 70% dos pacientes
OBS2: Uma complicação comum é a ocorrência de trombose de veia renal. O dx geralmente é feito devido ao
aparecimento de embolia pulmonar
ANATOMIA PATOLÓGICA
- MO: lesão é basicamente da MBG, atingindo igualmente todos os glomérulos, não se observando
hipercelularidade. No início, os glomérulos podem estar normais (estágio I), posteriormente apresentando
espículas da MBG (aspecto de pente – estágio II) ou de elo de corrente (estágio III), finalmente apresentando
espessamento da MBG (estágio IV)
- ME: presença de depósitos elétron-densos na região subepitelial ou intramembranosa
- IF: deposição de imunoglobulinas, principalmente IgG e complemento ao longo da MBG
ETIOPATOGENIA
- Em seres humanos foi observado que não existe correlação entre a presença de imunocomplexo circulante e a
atividade da doença. Existem dois modelos que dependem da reação antígeno-anticorpo realizada in situ
1. Inoculação de anticorpos contra determinantes antigênicos presentes nos podócitos é capaz de provocar o
aparecimento de GNM
2. Inoculação de proteínas estranhas catiônicas que se fixam à MBG. Como esta proteína não é reconhecida
como própria, o organismo começa a produzir anticorpos contra ela
TRATAMENTO
- Pacientes com função renal estável são tratados apenas sintomaticamente
- Quando ocorre queda da função renal, a terapêutica é com metilprednisolona IV associada a ciclofosfamida VO
ou então ciclosporina por 6 meses a 1 ano
Insuficiência renal já na 1ª consulta: GNPE com crescente associada, GNMP com crescente associada ou
GNRP
- Diagnóstico diferencial entre as três só é possível através da biópsia renal
GLOMERULONEFRITE APRESENTAÇÃO
GNPE Edema, hematúria e HAS
GNRP Edema, hematúria e sinais gerais inespecíficos
IgA Surtos de hematúria macro ou microscópica associados a infecções virais do trato respiratório
ou exercício físico
GNMP Proteinúria e HAS
GNLM Síndrome nefrótica
GESF Edema e HAS
GNM Síndrome nefrótica e HAS