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Comentários e proposta de solução
Prof. George Firmino – Aula 04

AULA 04

Temas comentados, com análise do assunto exigido e proposta de solução.

SUMÁRIO PÁGINA
Questão 01 02
Questão 02 05
Questão 03 08

Olá, prezados alunos!

Chegamos à nossa última bateria de temas.

Recomendo que após o estudo dessa aula, permaneçam revisando


todos os temas propostos em nosso curso até o dia da prova.

Ao final, após os temas comentados, passarei uma lista de alguns


temas que, apesar de não abordados ao longo do curso, não podem
deixar de ser revisados.

Por isso, bastante atenção ao final da aula, pois esses são temas que o
próprio aluno irá pesquisar em seus materiais e deve fazer uma revisão
aprofundada, o que irá garantir um aprendizado bastante efetivo nessa
reta final.

Além disso, fiz algumas considerações finais e apresentei dicas para a


prova discursiva.

Vamos aos nossos temas?

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Comentários e proposta de solução
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Questão 01
As imposições constitucionais, limitadoras da competência tributária
dos entes políticos, são de observância obrigatória, ressalvadas as
exceções previstas na própria Carta Magna. No entanto, não se
revestem sempre da mesma natureza. Algumas limitações constituem
princípios constitucionais, outras figuram como imunidades.
As imunidades impedem o exercício da competência tributária do ente
político sobre determinadas situações, pessoas ou bens. Significa que,
embora competente para instituir o tributo, o ente não o poderá fazer
sobre as pessoas, bens ou situações abrangidos pela imunidade.
A partir dessa informação, elabore um texto dissertativo sobre a
recente imunidade inserida pela Emenda Constitucional nº 75/2013,
explicando o seu alcance e as condições necessárias.

Desenvolvimento: 20 a 40 linhas

Comentários à questão
Outra questão que já direciona o aluno para o que deve ser respondido,
mas que não chega a listar item a item. Ela traz de forma genérica que
o candidato aborde “o alcance e as condições” da imunidade. Isso
aponta para vários aspectos implícitos nesses conceitos.
Por isso, anunciados desse tipo exigem uma atenção especial, para que
nada deixe de ser respondido.
O aluno deve ser objetivo na respostas, porém completo.
Logo, o aluno teria que abordar:
- citar a imunidade “musical”, inserida na CF pela EC 75
- Explicar que se trata de imunidade objetiva e atinge os impostos da
União, Estados, DF e Municípios
- explicar que estão abrangidos os produtos produzidos no Brasil
- explicar que nos fonogramas ou videofonogramas deve ter a
participação de artista brasileiro
- explicar que a imunidade abrange o produto final, incluindo todos os
suportes necessários e os arquivos digitais
- explicar que a imunidade não abrange a etapa de fabricação das
mídias, antes da gravação

Façamos uma revisão da matéria.


A referida EC introduziu no texto constitucional a alínea “e” ao inciso VI
do art. 150:

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“e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil


contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou
obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os
suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na
etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.”
Vamos entender o que está abrangido por esta imunidade.
A CF/88 estabelece que não poderão incidir impostos sobre fonogramas
ou videofonogramas produzidos no Brasil. Os fonogramas são os meios
em que são gravadas as músicas (CDs, LPs, fitas k-7, etc) os
videofonogramas são os meios em que são gravados os vídeos (DVDs,
Blu-Ray, etc.).
Podemos perceber de início que a primeira condição imposta para o
gozo da imunidade é que a produção desses produtos deve ocorrer no
Brasil. Ademais, nas obras musicais neles contidas deve haver a
participação de um artista brasileiro, seja como compositor, seja como
intérprete.
Assim, a imunidade abrange todo o produto final, produzido no Brasil,
contendo obras musicais ou literomusicais de artistas brasileiros, seja
qual for a sua forma de apresentação (CD, DVD, etc.). Com isso,
podemos perceber que o encarte, a capa dos discos, a própria mídia,
etc., não serão atingidos pelos impostos. Destaque-se que com a
evolução da forma de apresentação e possibilidades de acesso à música
promovida pela tecnologia, os arquivos digitais vendidos na forma de
download (arquivos mp3) também estarão sob o manto da imunidade,
eis que o texto constitucional faz referência aos arquivos digitais.
Há que se observar, porém, que a etapa de produção das mídias (CD e
DVD, por exemplo) não está abrangida pela imunidade. Esta passa a
valer quando essas mídias são utilizadas na gravação das obras aqui
mencionadas.
Sendo assim, quando a indústria produz um CD ou um DVD virgem,
haverá a tributação normal (desconsiderando a existência de benefícios
fiscais). Com a saída do estabelecimento industrial haveria a incidência
do IPI. Quando essas mídias forem adquiridas pela gravadora e dela
saírem contendo as obras musicais, estarão abrangidas pela imunidade.

Conhecimentos exigidos do candidato

- Constituição Federal, art. 150, VI, e:


e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras
musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas
por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os
contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a
laser.

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PROPOSTA DE SOLUÇÃO
A Emenda Constitucional nº 75/2013 introduziu no texto
constitucional a vedação à União, Estados, Distrito Federal e Municípios
quanto a instituição de impostos sobre fonogramas e videofonogramas
que contenham obras musicais ou literomusicais.
Trata-se, portanto, de imunidade objetiva, impedindo todos os
entes tributantes de instituírem impostos sobre os referidos produtos.
Há que se observar, porém, que a imunidade apresenta condições para
a fruição do benefício.
A primeira imposição é de que os produtos devem ser fabricados
no Brasil. Em seguida, é exigido que as obras musicais ou literomusicais
tenham a participação de artistas brasileiros, seja como compositores,
seja como intérpretes. Logo, não há que se falar em imunidade quando
não houver qualquer participação de artista brasileiro.
Deve-se observar, ainda, que a imunidade abrange o produto
final, com todos os suportes necessários. Assim, CDs, DVDs ou outras
mídias, cujo conteúdo seja obra musical ou literomusical com
participação de artista brasileiro, estariam abrangidos, inclusive as
capas, encartes, box e todo o produto final. A imunidade atinge ainda
os arquivos digitais, o que demonstra a atenção do constituinte
derivado com a evolução da tecnologia e as diversas formas de
apresentação do produto musical.
Por fim, vale notar que a imunidade não atinge a etapa de
produção das mídias. Apenas haverá imunidade quando estas forem
utilizadas na gravação das obras musicais ou literomusicais.

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Questão 02
Após instauração de procedimento fiscal em face de determinado
contribuinte, foi lavrado auto de infração em 20/01/2014 no montante
de R$150.000,00, cuja ciência ocorreu em 27/01/2014. Expirado o
prazo para pagamento, não houve qualquer manifestação do
contribuinte e o valor não foi recolhido. Após tentativas de cobrança
administrativa sem êxito, o débito foi inscrito em dívida ativa em
10/03/2014 e em 31/03/2014 foi ajuizada a ação de execução fiscal.
O contribuinte sabendo da intenção da Fazenda Pública em iniciar a
execução, resolveu se antecipar e vendeu um dos seus dois imóveis,
um apartamento de 75m² por R$320.000,00, ficando apenas com uma
sala comercial no valor de R$80.000,00.
Analise essa situação à luz do Código Tributário Nacional, explicando os
efeitos legais da ação do contribuinte.

Desenvolvimento: 20 a 40 linhas

Comentários à questão
Nesse tipo de questão, o candidato deve ter atenção redobrada, pois o
enunciado não traz os itens que devem ser abordados, o que requer
uma análise completa da situação para que seja possível identificar
tudo o que se deve abordar.
Assim, é fundamental o domínio do conteúdo a ser abordado.
Por outro lado, por se tratar de um caso prático, a questão não requer
uma redação com muitas formalidades, bastando ao candidato
responder com sua análise à situação-problema. A atenção nesse caso
se volta para o uso do idioma, para não perder pontos valiosos.
Façamos nossa revisão sobre o tema.
Esta é uma importante disposição do CTN: a presunção de fraude na
alienação, prevista no art. 185, segundo o qual presume-se fraudulenta
a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito
passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário
regularmente inscrito como dívida ativa.
Essa regra do CTN impede uma situação que poderia inviabilizar a
execução. Iniciada a execução fiscal, poderia o contribuinte se desfazer
dos seus bens, procedendo à alienação, no intuito de não tê-los
penhorados para quitação da dívida. Para evitar esta situação e atribuir
ao crédito maior garantia, presume-se fraudulenta esta alienação de
bens do sujeito passivo desde a inscrição em dívida ativa.

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No entanto, o próprio art. 185 prevê exceção quando, embora


alienando bens durante a execução fiscal, o contribuinte mantenha
patrimônio suficiente para quitar a dívida.
Assim, o terceiro que adquirir bens do sujeito passivo pode ser
prejudicado caso o contribuinte não tenha reservado bens ou rendas
suficientes para satisfação da dívida. Nessa situação o negócio
celebrado não surtiria efeitos e os bens alienados seriam objeto de
penhora.

No caso específico da questão, devemos analisar os marcos temporais.


Vejamos a sequência dos fatos:
20/01/2014 – lavratura do auto de infração
27/01/2014 – ciência do auto (aqui inicia a contagem do prazo para
pagamento)
10/03/2014 – inscrição do débito em dívida ativa (a partir daqui
presume-se fraudulenta a alienação de bens)
31/03/2014 – ajuizamento da ação de execução

O valor da dívida é de R$150.000 e o contribuinte não reservou bens


suficientes para quitá-la, pois vendeu seu apartamento de maior valor
e ficou um bem cujo valor é inferior ao total da dívida.
O ponto chave da questão é o momento da alienação, que foi antes do
início da execução. Porém, o marco inicial da presunção de fraude não
é o início da execução fiscal, mas a inscrição em dívida ativa.
Sendo assim, a alienação do apartamento em questão foi fraudulenta.

Conhecimentos exigidos do candidato


- Código Tributário Nacional:

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens


ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com
a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como
dívida ativa.

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PROPOSTA DE SOLUÇÃO
O Código Tributário Nacional (CTN) estabelece que presume-se
fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo,
por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito
tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
Sendo assim, na situação apresentada, apesar de ter alienado
seu imóvel antes do início da execução fiscal, a ação do contribuinte
ocorreu após a inscrição do débito em dívida ativa, o que remete à
presunção de fraude prevista no CTN.
Nos termos do CTN, o marco inicial para a aplicação da presunção
de fraude é a inscrição do débito em dívida ativa e não o início da
execução fiscal.
Por outro lado, o Código afasta essa presunção caso o sujeito
passivo mantenha em seu patrimônio bens cujo valor seja suficiente
para quitar o débito. Ocorre que esse não foi o caso da situação
apresentada.
O valor da dívida totalizou R$150.000,00 e, ao se alienar seu
imóvel de maior valor, o único bem que restou ao contribuinte
apresenta um valor de R$80.000,00, o que não é suficiente para quitar
o débito.
Sendo assim, há que se considerar a regar geral prevista no CTN,
presumindo a fraude na alienação do bem.

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Questão 03
Estabelece o Código Tributário Nacional que obrigação tributária pode
ser principal ou acessória. Nesse sentido, discorra sobre essas
obrigações, explicando:
- os objetos
- os fatos geradores
- o surgimento de obrigação principal a partir da acessória
- os veículos normativos hábeis para instituição previstos no CTN e a
controvérsia doutrinária e jurisprudencial que envolve o tema

Desenvolvimento: 20 a 40 linhas

Comentários à questão
Mais uma questão bastante direta e que relaciona todos os tópicos a
serem abordados.
Ressaltamos a importância de abordar todos os temas na sequência
definida no enunciado, a fim de garantir os pontos de forma mais fácil
e rápida.
A questão exige conhecimento dos artigos 113 a 115 do Código
Tributário Nacional, além da possível mudança de entendimento do STJ
quanto à instituição de obrigações acessórias por atos infralegais.
Vejamos os detalhes que envolvem o tema.

O art. 113 do Código Tributário Nacional classifica a obrigação tributária


em principal e acessória. Em seu §1º, define o que vem a ser
considerada obrigação principal, nos seguintes termos:
“Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem
por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-
se juntamente com o crédito dela decorrente.”

Temos, portanto, que a obrigação tributária principal consiste na


obrigação de pagar, seja o tributo ou a penalidade pecuniária. Se o
objeto é o pagamento, estamos diante de obrigação principal.
Porém, tributo e multa não se confundem. Como o art. 113 pode os
classificar como obrigação tributária principal?

Ocorre que o elemento diferenciador do tributo e da multa é a sanção


por ato ilícito, nos termos do art. 3º do CTN. A multa é exatamente
aquilo o que o tributo está proibido de ser: sanção por ato ilícito. No

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entanto, os dois institutos se assemelham em outro aspecto previsto


no mesmo art. 3º do CTN: prestação pecuniária.
Resumindo: tributo se diferencia da multa no que diz respeito à sanção
por ato ilícito, enquanto o tributo não pode apresentar a característica,
a multa existe justamente por apresentá-la. No que diz respeito ao
aspecto pecuniário, tributo e multa constituem obrigação tributária
principal, eis que esta corresponde a pagamento.

Em seu art. 114, o CTN define que o fato gerador da obrigação principal
é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua
ocorrência. Já o art. 115 define que o fato gerador da obrigação
acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável,
impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação
principal. Logo, tanto a obrigação principal como a acessória surgem
em decorrência do fato gerador.
No § 3º, do art. 113, o CTN dispõe que a obrigação acessória, pelo
simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária. Significa que, uma vez
compelido a cumprir uma obrigação acessória, se o contribuinte não o
fizer, estará sujeito à multa, que representa uma obrigação principal.
Assim, o descumprimento de obrigação acessória acarreta uma
obrigação principal, no que diz respeito à penalidade pecuniária.

Dispõe ainda o CTN, no §2º, do art. 113, que a obrigação acessória


decorre da legislação tributária. Em seu art. 96, o próprio Código
estabelece que a expressão "legislação tributária" compreende as leis,
os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e
relações jurídicas a eles pertinentes.
Esse é o ponto controverso da questão. O CTN é expresso em definir
que a obrigação acessória decorre da “legislação tributária”, o que leva
à interpretação de que a instituição de obrigação acessória não é
possível apenas mediante lei em sentido estrito, mas em qualquer ato
normativo que constitua a legislação tributária. Na esteira desse
entendimento, o STJ já se posicionou inúmeras vezes:
“4. A análise conjunta dos arts. 96 e 100, I, do Codex Tributário,
permite depreender-se que a expressão "legislação tributária"
encarta as normas complementares no sentido de que outras normas
jurídicas também podem versar sobre tributos e relações jurídicas a
esses pertinentes. Assim, consoante mencionado art. 100, I, do CTN,
integram a classe das normas complementares os atos normativos
expedidos pelas autoridades administrativas - espécies jurídicas de
caráter secundário - cujo objetivo precípuo é a explicitação e
complementação da norma legal de caráter primário, estando sua
validade e eficácia estritamente vinculadas aos limites por ela

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impostos. 5. É cediço que, nos termos do art. 113, § 2º, do CTN, em


torno das relações jurídico-tributárias relacionadas ao tributo em si,
exsurgem outras, de conteúdo extra-patrimonial, consubstanciadas
em um dever de fazer, não-fazer ou tolerar. São os denominados
deveres instrumentais ou obrigações acessórias, inerentes à
regulamentação das questões operacionais relativas à tributação,
razão pela qual sua regulação foi legada à "legislação tributária" em
sentido lato, podendo ser disciplinados por meio de decretos e de
normas complementares, sempre vinculados à lei da qual
dependem. 6. In casu, a norma da Portaria 90/92, em seu
mencionado art. 23, ao determinar a consolidação dos resultados
mensais para obtenção dos benefícios da Lei 8.383/91, no seu art.
39, § 2º, é regra especial em relação ao art. 94 do mesmo diploma
legal, não atentando contra a legalidade mas, antes, coadunando-se
com os artigos 96 e 100, do CTN. 7. Deveras, o E. STJ, quer em
relação ao SAT, IOF, CSSL etc, tem prestigiado as portarias e sua
legalidade como integrantes do gênero legislação tributária, já que
são atos normativos que se limitam a explicitar o conteúdo da lei
ordinária.” (STJ, 1ª T., REsp 724.779/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, set/06).

Acontece que o próprio STJ já vem apresentando decisões em sentido


contrário, o que pode indicar uma possível mudança de entendimento:
“3. A Instrução Normativa da Receita Federal 43/00, que instituiu o
pedido de desistência da ação judicial ou do contencioso
administrativo como elemento essencial para a manutenção do
contribuinte no programa de parcelamento, carece de competência
legislativa para estabelecer obrigações acessórias...” (STJ, 1ª T.,
REsp 1038724/RJ, Luiz Fux, fev/09)

Neste mesmo acórdão, no voto do condutor podemos perceber o


entendimento defendido:
“... art. 113 do CTN não representa uma outorga ampla às normas
infralegais, com permissão para que sejam produzidas obrigações
acessórias e até punitivas, ao arrepio da Lei.”

Esse entendimento tem sido o adotado aos doutrinadores que criticam


a previsão do §2º do art. 113:
“A obrigação acessória constitui uma obrigação positiva ou negativa (de
fazer ou não fazer), que só pode ser imposta mediante previsão legal.
Sendo de natureza tributária, só se torna legítima a obrigação que
resultar de lei. O Poder Público não poderá instituí-la por meio de
decreto, se a seu respeito nada dispõe a lei específica. Será
inconstitucional a criação de obrigação acessória por meio de resolução
ou qualquer ato normativo.” (BASTOS, Celso Ribeiro. In: Comentários
ao Código Tributário Nacional, vol. 2, coord. Ives Gandra da Silva
Martins, ed. Saraiva, 1998, p. 147).

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Temos, então, que separar o conhecimento a ser levado para a prova


e o que foi pedido especificamente nessa questão.
Para a prova vale especificamente o que consta no CTN, ou seja, que a
obrigação acessória decorre da legislação tributária. Esse tem sido o
entendimento defendido pelo STJ na grande maioria das suas decisões.

Inclusive, a própria ESAF, no último concurso de AFRFB em 2012,


considerou errada a seguinte assertiva: “A criação de obrigação
acessória sem a específica e expressa autorização legal importa em
usurpação da competência legislativa do Poder Legislativo.”

Contudo, para responder a essas questões, o candidato deveria estar a


par das críticas doutrinárias acerca do tema.

Conhecimentos exigidos do candidato


- Código Tributário Nacional:
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o
crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure
obrigação principal.

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PROPOSTA DE SOLUÇÃO
Com a ocorrência do fato gerador, nasce a obrigação tributária.
O Código Tributário Nacional (CTN) estabelece que essa obrigação
poderá ser principal ou acessória.
Nos termos do CTN, a obrigação principal tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente. Já a obrigação acessória
tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
O fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei
como necessária e suficiente à sua ocorrência. Por sua vez, o fato
gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não
configure obrigação principal.
Cumpre observar que a obrigação acessória, pelo simples fato da
sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à
penalidade pecuniária. Isso significa que uma vez compelido a cumprir
uma obrigação acessória, se o contribuinte não o fizer, estará sujeito à
multa, que representa uma obrigação principal. Assim, o
descumprimento de obrigação acessória acarreta uma obrigação
principal, no que diz respeito à penalidade pecuniária.
Grande controvérsia doutrina surge quanto ao veículo normativo
hábil para a instituição das obrigações acessórias. No que diz respeito
à obrigação principal o assunto é pacífico, eis que o próprio CTN exige
a previsão em lei. A discussão surge quando o CTN prevê que a
obrigação acessória decorre da legislação tributária, o que compreende
atos infralegais.
Uma parcela da doutrina critica essa previsão do CTN, uma vez
que, nos termos da Constituição Federal, ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei. Defendem esses
doutrinadores que os atos infralegais apenas poderiam regular a
obrigação já prevista em lei. Sem tal previsão haveria ilegalidade na
instituição da obrigação acessória diretamente pelo ato infralegal.
Não obstante as críticas doutrinárias, o STJ tem se posicionado
reiteradamente pela confirmação do disposto no CTN, permitindo a
instituição de obrigações acessórias por meio de decreto, por exemplo.
Apesar disso, a própria Corte já se posicionou diferente em decisões
isoladas, o que pode indicar uma possível mudança de entendimento.

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Considerações finais

Prezados alunos, chegamos ao final dos temas propostos.

Como afirmei no início, o intuito aqui não é acertar em cheio os temas.


Mas reuni aqueles que apresentam maior probabilidade de cobrança em
prova.

Contudo, não é possível no âmbito do curso explorar todas as


possibilidades de questões e alguns assuntos também importantes
acabaram ficando de fora.

Por isso, apresento a seguir alguns pontos que julgo importantes para
uma revisão mais detalhada. Sugiro, então, que vocês analisem com
bastante atenção os assuntos abaixo, pois assim como os que aqui
foram comentados, são temas quentes para a prova.

- ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO ISS, NORMAS GERAIS e a LC


116/2003: competência, definição de alíquotas, fato gerador, lista de
serviços, contribuintes, base de cálculo, local e momento da ocorrência
do fato gerador.
Esse tema é muito importante e para ele recomendo que você faça uma
redação – pode ser o diferencial se o tema for cobrado.

- Sigilo Fiscal: o dever de manter o sigilo, as possibilidades de


transferência de sigilo (art. 198, §§ 1º e 2º, do CTN) e a permissão de
divulgação de informações (art. 198, §3º, do CTN).

- Integração da legislação tributária: conceitos, hipóteses, ordem de


utilização e vedações ao uso da analogia e da equidade (art. 108 do
CTN).

- Possibilidade de um caso prático onde seja necessário aplicar o


parágrafo único do art. 116 do CTN:
“A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato
gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária.”

Por fim, amigos, gostaria de apresentar algumas dicas para uma boa
prova discursiva.

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DICAS PARA UMA BOA PROVA DISCURSIVA

1 – PREPARAÇÃO

1º PONTO: Forma x Conteúdo

A primeira pergunta que você deve responder é: “Eu escrevo bem?”

A grande maioria se preocupa muito com o conteúdo e esquece a forma.

Meus amigos, não adianta nada saber tudo da matéria se você não
consegue expressar suas ideias nas folhas da prova.

Saber expressar bem as ideias e conseguir expor de forma clara e


organizada para o examinador faz toda a diferença. Pode ter certeza
disso!

Por isso, meu primeiro conselho é: preocupe-se, de início, com a forma.


Saber escrever bem é muito importante nessa fase.

2º PONTO: O que estudar?

O objetivo de uma prova discursiva não é avaliar se o candidato sabe


todos os detalhes de todas as matérias. Esse objetivo é observado na
prova objetiva.

O objetivo da banca agora é avaliar se você está bem em tudo o que


comentamos no 1º ponto, ou seja, se você sabe expressar bem o seu
conhecimento.

Nessa linha, estando bem na escrita, o candidato deve saber filtrar o


que estudar.

Por tudo o que comentamos, as bancas, geralmente, costumam exigir


temas mais genéricos.

Não estou afirmando aqui que não possa ser cobrado um tema mais
específico da matéria. Mas a probabilidade de cair algo genérico é muito
maior.

Sendo assim, recomendo que você esteja afiado nos aspectos mais
gerais que envolvem as matérias e filtre aqueles temas mais específicos
que têm maior repercussão.

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Esse curso de temas já cumpre em parte esse papel, cabe a você


aprofundar ainda mais.

3º PONTO: Treinar muito

É muito importante você escrever algumas redações para treinar vários


aspectos:

- sua letra

- tempo de prova

- capacidade de expor suas ideias em um número limitado de


linhas

Por isso, sempre treine escrevendo à mão. Nada de fazer no Word.

Assim, você “molda” a sua letra, vai sabendo se o tamanho está


adequado para a quantidade de linhas e vai adaptando isso.

Escrevendo no Word, na hora da prova você poderá ter uma surpresa


desagradável quanto ao número de linhas.

Além disso, é importante saber em quanto tempo você consegue


desenvolver o tema. A prova terá um tempo limitado e
isso pode fazer a diferença.

Vou dar o exemplo do que aconteceu comigo na prova discursiva de


AFRF 2009. Foram 2 temas e 4 questões, divididos em dois períodos.
No período da manhã, eu iniciei o primeiro tema fazendo o rascunho e
tive dois problemas:

1- O tamanho da letra no rascunho ficou pequena e quando estava


passando a limpo, vi que iria ultrapassar o limite de linhas. Resultado:
tive que fazer ajustes de última hora na conclusão.

2- Perdi um tempo enorme, o que prejudicou a resolução das questões


seguintes. Resultado: não pude me dar ao luxo de fazer rascunho para
as questões seguintes, fiz direto na folha de respostas. Imagine o medo
de errar… ☺

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Por isso, meu amigo, escrever em casa lhe prepara para todos esses
pontos, de forma que reduzirá ao máximo os imprevistos.

4º PONTO: Ajuda de terceiros

Sempre que você concluir uma redação, peça para alguém ler. Pergunte
o que achou, que nota daria. Não precisa ser um concurseiro. Basta
que avalie a forma. Isso ajuda a encontrar erros que nós mesmos não
percebemos.

5º PONTO: Auto-avaliação

Sempre que concluir sua redação, leia com calma e faça uma auto-
avaliação, mas não de imediato. Eu sempre pensava assim: “se isso
fosse uma matéria de jornal ou um artigo numa revista, eu aprovaria o
texto ou faria críticas?”.

Escrevia imaginando o que o leitor pensaria. Na verdade, o ideal é


escrever sempre pensando nisso. E no caso específico da prova, o leitor
será o examinador, a FUNCAB.

Então, faça suas próprias críticas. Mas não o faça logo após concluir a
redação. Leia no dia seguinte, ficará um pouco mais imparcial.

2 – NA HORA DA PROVA

1º PONTO: Entender o que a questão pede que se responda

Para isso é preciso estar afiado na matéria, saber que ponto da matéria
está sendo cobrado e que conhecimentos irá utilizar do seu arsenal.

É muito comum nós pegarmos uma questão de um tema que sabemos


bem e pensar: “Ah! Agora eu vou arrebentar!” E aí pensamos em
escrever tudo o que sabemos sobre aquele tema para impressionar o
leitor.

Ora, você sabe muita coisa sobre a matéria e se for escrever tudo, as
linhas não serão suficientes.

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Então, vou deixar o exemplo do que ocorreu comigo. Na época, havia


um amigo que elaborava questões para mim e corrigia minhas
redações, fornecendo as respectivas notas. Lembro que ele fez uma
questão sobre atos administrativos e aí pensei da forma como
mencionei acima. O problema é que a questão pedia a classificação dos
atos e eu resolvi falar tudo o que sabia sobre atos administrativos e
quando resolvi escrever sobre a classificação, não havia mais espaço.
Resultado: me deu nota 2.

Fiquei revoltado com aquela nota. Pensei: “esse é o assunto que mais
sei de Direito Administrativo, como pode o cara me dar uma nota
dessa?”. Ai fui ler com calma e vi que realmente eu não respondi o que
a questão pedia.

Na minha prova acabou caindo uma questão de atos administrativos e


acabei tirando nota máxima, porque fui direto ao ponto.

Não basta saber demais. Na discursiva tem que saber o que responder.
Você terá que filtrar do seu enorme conhecimento aquilo que deverá
ser usado na questão.

2º PONTO: Em busca das “gaivotas”

“Que gaivota, professor? Tá de brincadeira?”

Não, meu amigo, permita-me explicar.

Nas escolas militares, as provas contêm um número determinado de


itens e, na correção, o examinador vai marcando o que você acertou
com aquele visto (check), que lembra um V maiúsculo, a famosa
gaivota. Para ganhar o ponto, você deve responder exatamente igual à
grade de respostas. Nas escolas de formação militar, se tiver uma
palavra diferente, você perdeu o ponto. É literalidade pura!

Não quero dizer com isso que na sua prova discursiva você só vai
ganhar ponto se citar as “palavras chaves” que muitos costumam
defender. Claro que há determinadas questões que exigem o uso de
alguns termos específicos, sem os quais ficaria sem sentido.

Porém, o que quero defender aqui é que você saiba identificar o que é
“gaivota” na questão, ou seja, aquilo que o examinador vai buscar para
pontuar.

Obviamente, não vamos nos prender à literalidade para achar que o


examinador vai buscar as palavras certas. Mas ele vai buscar algo em
sua prova e o que você escreveu tem que estar na grade de respostas

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dele.

Há vários tipos de questões.

Quando a questão expressamente traçar um roteiro, não pense duas


vezes: SIGA A MESMA ORDEM!

Seria mais ou menos assim: “fale sobre o assunto tal, abordando


necessariamente: a) b)…”

Diante disso, cada item que a questão citou é “gaivota”, é ponto certo,
meu amigo. O examinador vai corrigir sua prova procurando aqueles
itens. Se você seguir a proposta da questão, será mais fácil para o
examinador achar suas respostas e os pontos virão mais rapidamente,
evitando busca-los mediante recursos.

Em questões mais genéricas, a identificação do que é ponto certo


requer uma atenção maior e é aí que saber procurar as “gaivotas” faz
toda a diferença.

Por exemplo, na minha prova caiu uma questão que pedia para
relacionar o motivo do ato administrativo aos conceitos jurídicos
indeterminados. Ganharia o ponto quem falasse que essa
indeterminação abriria certa margem de discricionariedade.
Comentando com os colegas no final da prova percebi que houve uma
dificuldade em identificar o que a questão queria.

Por isso, recomendo que ao ler sua questão, identifique, de imediato, o


que você julga ser ponto certo. Faça um check-list, pontuando tudo o
que o examinador vai buscar na sua redação, ou seja, tente se
antecipar à grade de correção, identifique as “gaivotas” que estão
sobrevoando a questão.

Meus amigos, são muitos detalhes que fazem uma prova discursiva.
Não dá para tratar de todos aqui. O texto já está muito grande.

No entanto, julgo esses os principais.

Desejo a todos uma excelente prova!

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