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Estratégia
C O N C U R S O S W
Analista Fazendário - Teoria e exercícios comentados
Prof. Aluisio Neto - Aula 00
SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação Inicial 01
Conteúdo do Curso 03
Cronograma do Curso e Informações Adicionais 04
Informações sobre o concurso e os cargos 10
Competência Tributária 13
Definição 13
Características 17
Competência Legislativa 32
Classificação da Competência tributária 53
Bitributação e Bis in idem 71
Competência exclusiva do presidente da república em 75
matéria tributária
Questões Propostas 78
Outras Questões 122
Gabarito 130
Bibliografia 131
E é com muito prazer e satisfação que ministro mais este curso on-line no
site Estratégia, voltado para o concurso para o cargo de Analista
Fazendário da Secretaria da Fazenda do Município de Salvador/BA,
cargo que exige curso superior completo em Administração, Economia,
Ciências Contábeis, Direito, Informática, Análise de Sistemas, Processamento
de Dados, Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Arquitetura,
O curso visa trazer até você o conhecimento necessário para fazer uma boa
prova quanto à disciplina Direito Tributário, que engloba um conteúdo
bastante extenso e de extrema importância para a sua prova e,
principalmente, para a sua aprovação. Vamos detonar geral as questões que
vierem. Sem pena da banca! Vamos para cima da FUNCAB!
Conteúdo do curso
1. Competência Tributária
2. Tributos. Conceito e Classificação. Impostos. Taxas. Contribuição de
Melhoria
3. Princípios Tributários
4. Imunidades Tributárias
5. Legislação Tributária. Vigência. Aplicação. Interpretação e Integração.
6. Relação Jurídica Tributária: Elementos Estruturais: Obrigação
Tributária. Fato Gerador. Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade.
Capacidade Tributária. Domicílio Tributário.
7. Responsabilidade Tributária: Conceito. Responsabilidade dos
Sucessores, de Terceiros e por Infrações
8. Crédito Tributário. Constituição / Suspensão e Exclusão do crédito
tributário
9. Extinção do Crédito tributário / Repartição das Receitas Tributárias
10. Garantias e Privilégios / Administração Tributária. Fiscalização. Dívida
Ativa. Certidões Negativas
Impostos de Competência da União / Impostos de Competência dos
Estados / Impostos de Competência dos Municípios
Nosso curso contará com uma série de questões comentadas ao final, para
que você possa ver onde errou em cada situação apresentada pela banca.
Porém, quero fazer um pequeno comentário.
Ao final das nossas próximas dez aulas, espero prepará-lo para fazer uma
boa prova de direito tributário, abordando os temas e assuntos mais
importantes e que estarão presentes na sua prova. Fico na esperança de
poder contribuir com o pouco do meu conhecimento para a sua aprovação
nesse concorrido certame.
Meu nome é Aluisio de Andrade Lima Neto, sou pernambucano "da gema",
apaixonado por meu Estado e por tudo que nasce nele ou dele provém. Falo
oxênte, mainha, Ricifi e cumpadre, como todo bom e autêntico
pernambucano. Tenho muito orgulho de dizer que pertencem à minha terra
o Galo da Madrugada, a praia de Porto de Galinhas, o frevo que só é
cantado lá, Olinda, Petrolina, Capiba, Lampião, Luiz Gonzaga e tantos outros
ícones que identificam Pernambuco em qualquer lugar do nosso imenso
"Brazilzão". Conto 32 anos de idade e sou Engenheiro Elétrico de
Telecomunicações, formado pela Escola Politécnica da Universidade de
Pernambuco, tendo concluído o curso no fim do ano de 2006.
- Língua Portuguesa 10 2 20
- Matemática 10 3 30
- Estatística 10 3 30
-Informática Básica 10 2 20
Totais 40 100
- Conhecimentos de Direito 10 3 30
- Administração Financeira e
5 2 10
Orçamentária
-Contabilidade Pública 5 2 10
-Direito Tributário 10 4 40
Totais 30 90
Quantidade de Pontuação
Disciplinas Valor da questão
questões Máxima
- Língua Portuguesa 10 2 20
- Matemática 10 3 30
- Estatística 10 3 30
- Informática Básica 10 2 20
Totais 40 100
Quantidade de Pontuação
Disciplinas Valor da questão
questões Máxima
- Direito Tributário 15 2 30
- Cartografia 15 4 60
Totais 30 90
Como você mesmo pode observar, nossa matéria, quanto à prova objetiva,
nas duas áreas, é de grande importância para a sua aprovação, já que
responderá, quanto à área 01, por 40 dos 190 pontos totais das duas
provas, ou seja, 21,05% do total; e quanto à área 02, por 15,78%.
Competência Tributária
-I- Definição;
Definição
Vou falar mais uma vez para você nem ousar ser pego em uma questão de
prova por ai: a CF/88 não cria qualquer tributo! Ela também não regula
nenhum deles, nem mesmo os da União. Não estabelece alíquotas, nem
contribuintes, nem fatos geradores, nada! Ela apenas confere (outorga)
competência tributária a cada um dos entes políticos!
Ainda que diante dessa situação, toda e qualquer regulação legal de matéria
relativa ao IR será de competência tributária exclusiva da União, nada sendo
"tomado" pelos demais entes.
LEI P R Ó P R I A D E
CAD A ENTE
Por exemplo, o artigo 157, III, da CF/88 nos diz que pertencem aos
municípios cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus
territórios. Embora essa receita seja repartida com os Municípios, a
competência tributária para a instituição e cobrança do IPVA sempre
pertencerá os Estados e ao Distrito Federal. Nada é transferido ao Município
que receber parcela da arrecadação do IPVA.
C O M P E T Ê N C IA P A R A 1__________ |t v
S GENÉRICA
T R IB U T Á R IO
C O M P E T Ê N C IA P A R A r - l---------------^
> ESPECIFICA
IN S T IT U IR T R IB U T O S
(...)
Por sua vez, cada ente irá legislação sobre os tributos presentes em sua
competência tributária. Por sua vez, a competência tributária somente pode
ser exercida por aquele expressamente determinado na CF/88.
b) O Estado pode legislar a respeito, mas estará sujeito às regras gerais que
a União expedir sobre a matéria em lei federal.
(...)
a) EXCLUSIVA;
b) PRIVATIVA;
c) CONCORRENTE;
d) SUPLEMENTAR;
e) COMUM;
f) RESIDUAL; ou
g) LOCAL.
Esses casos estão previstos, por exemplo, no artigo 21 da Carta Federal, que
confere à União o poder, dentre outros, de emitir moeda e administrar as
reservas cambiais do país, não podendo essas atribuições ser delegadas pela
União a outros entes políticos.
(...)
(...)
"E é tão bagunçado assim, professor? Virgulino, por favor, explique isso ai
melhor. É só chegar e legislar sobre o que der na telha, desde que esteja
nesse tal de artigo 24?"
Por sua vez, como veremos adiante aos estudarmos os §§1° a 4° do artigo
24, a competência da União, em matéria de legislação concorrente, ficará
limitada a edição de normais gerais, não excluindo a competência
suplementar dos Estados. Espere um pouco apenas. Vamos ver agora essa tal
competência suplementar.
Ou seja, com exceção da União, que edita as normas gerais, todos os demais
entes políticos possuem competência suplementar. São eles que irão dispor
sobre aquilo que a lei federal não dispuser, e desde que não ultrapassem os
limites por esta estabelecidos.
Quanto ao artigo 24, temos o que nos dizem seus §§1° a 4°:
Cabe à lei de normas gerais tributárias, a ser editada pela União, entre outros
temas, e relativamente aos impostos, definir a base de cálculo, os
contribuintes e os fatos geradores. Assim, atente bem: não será a lei de
normais gerais que fixará as alíquotas do(s) imposto(s) nela regulado(s), mas
sim as leis internas de cada ente competente para instituir o tributo
respectivo. De onde tirei isso? Do artigo 146, III, da CF/88. Veja a sua
redação, que contempla ainda outros temas:
Como também vimos, a competência suplementar dos Estados não pode ser
afastada pela competência da União para legislar sobre normas gerais.
Quanto ao ISS, novamente, o Distrito Federal, por exemplo, é livre para
estabelecer regras suplementares às previstas na LC n° 116/03, inclusive
suprindo eventuais lacunas deixadas pela lei federal. O que não pode é inovar
ou criar disposições diferentes das previstas na lei de normas gerais.
Por outro lado, havendo lacunas na lei de normas gerais editadas pela União,
cabe aos Estados e a o Distrito Federal suplementar a lei federal para atender
às suas peculiaridades. Essa é a previsão do §2°.
A previsão do §3°, por sua vez, é muito importante, uma vez que confere
atribuições maiores aos Estados e ao Distrito Federal. Caso determinado
assunto que deveria ser regulamentado por lei de normas gerais da União não
venha a ser tratado, a competência dos Estados e do Distrito Federal, antes
suplementar, passa a ser plena, uma vez que inexistirão normas gerais
nacionais.
Observe, por fim, que a edição de normas pelos Estados e pelo Distrito
Federal, na falta de normas gerais da União, será apenas para atender às
suas peculiaridades, e não para impor algo aos demais Entes. A lei do IPVA de
Pernambuco, por exemplo, será válida apenas para o território do Estado,
ainda que dispondo sobre todos os elementos do tributo, já que, até o
momento, não há lei de normais gerais editada pela União. Essa lei, contudo,
não pode ser aplicada, regra geral, ao Estado da Paraíba, por exemplo
(poderia se houvesse a celebração de acordo prevendo a extraterritorialidade
da lei pernambucana no território do Estado da Paraíba, o que não é o caso).
Por fim, temos a superveniência de lei federal quando já existente lei estadual
ou distrital. A lei federal, ao sobrevir, irá SUSPENDER A EFICÁCIA da lei
estadual ou distrital no que lhe for contrária. Os dispositivos não conflitantes
com a lei federal permanecerão em vigor, paralelamente a esta. Sendo
revogada a lei federal, a lei estadual ou distrital volta a ter força normativa
novamente. Atente bem: a lei federal não irá revogar a lei estadual, uma vez
que não há hierarquia entre leis federais e estaduais. Há APENAS A
SUSPENSÃO DOS EFEITOS DA LEI ESTADUAL ENQUANTO PERDURAR NO
TEMPO A LEI FEDERAL. Veja uma questão para fixar bem o tema que
acabamos de visualizar.
❖ Indeleaável:
❖ Imprescritível:
❖ Facultativa:
❖ Irrenunciável:
❖ Inalterável.
Observe que tudo aquilo que está presente na capacidade tributária ativa está
presente também dentro da competência tributária. Desse modo, todo ente
que possui a competência tributária, possui também a capacidade tributária
ativa. O contrário, como veremos mais adiante, nem sempre é possível, já
que uma pessoa jurídica de direito público pode ter a capacidade tributária
ativa sem necessariamente ter a competência tributária.
Porém, nada impede que o determinado ente atribua, a outra pessoa jurídica
de direito público, as funções descritas acima, EXCETO A DE INSTITUIR
O TRIBUTO, que, como vimos, é indelegável.
"Poxa, professor. Mas o senhor acabou de dizer que um ente não pode
instituir tributo pertencente à competência tributária de outro ente, mas pode
fazer tudo mais relativo ao tributo. Assim fica difícil entender."
é, caro aluno. Mas é isso mesmo. Exceto quanto à função de instituir tributos,
todas as demais funções podem ser delegadas a OUTRO ENTE DE DIREITO
PÚBLICO. Atente bem. Tudo isso não foi eu que inventei, está tudo no CTN.
Veja:
Veja essas duas assertivas sobre o tema que acabamos de ver. Elas falam
sobre a possibilidade de delegação de competência a outros entes.
Vale a mesma explicação dada acima, uma vez que é possível a delegação da
função ou encargo de arrecadar os tributos, mas não da competência
tributária. Por sua vez, foi bem o legislador ao definir que a competência
tributária é indelegável. Assim, resta incorreta a assertiva apresentada.
Atente bem para um ponto importante: todo ente que possui competência
tributária possui também a capacidade tributária, mas o inverso nem
sempre é verdadeiro, apenas se estivermos falando da própria pessoa
jurídica que instituiu o tributo (aquela que é a titular da competência
tributária).
FUNÇÕES DE
INSTITUIR,
ARRECADAR,
COBRAR,
FISCALIZAR E
EXECUTAR LEIS,
ATOS, SERVIÇOS E
DECISÕES
DELEGA VEL
FUNÇÕES DE
ARRECADAR,
COBRAR, CAPACIDADE
ADMINISTRATIVA
FISCALIZAR E TRIBUTÁRIA
EXECUTAR LEIS,
ATOS, SERVIÇOS E
DECISÕES PODE SER ATRIBUÍDA A
OUTRAS PESSOAS JURÍDICAS
A atribuição da capacidade tributária, por sua vez, é sempre feita por meio de
lei, razão pelo qual não pode ser feita por outro ato normativo diferente desse
ou que não faça às vezes deste. Essa atribuição encontra vários exemplos no
texto constitucional, os quais veremos quando estivermos estudando a
capacidade tributária ativa.
Para ilustração, segue o que consta no artigo 153, §4°, III, da CF/88, relativo
ao Imposto Territorial Rural (ITR), de competência da União, mas que pode
vir a ser cobrado e fiscalizado pelos Municípios que assim optarem:
(...)
"Súmula 447:
(E) Somente o ente político competente para instituir o tributo pode ser
titular da capacidade tributária ativa.
"E se o ente que delegou a capacidade tributária ativa quiser esta de volta,
Virguiino? Tem como reaver? Ou perdeu para sempre?"
Com certeza há como reaver, futuro servidor. E fácil igual a tomar água de
coco debaixo de um guarda-sol em Porto de Galinhas. O artigo 7°, §2°, do
CTN, diz o seguinte:
Veja ainda o que diz o artigo 84 do CTN sobre esse assunto de delegabilidade
da capacidade tributária ativa:
Veja agora uma questão cobrada no último concurso da RFB para o cargo de
ATRFB.
(A) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de
arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer
outra pessoa jurídica de direito público, mas pode delegar as funções de
arrecadação às instituições bancárias públicas e privadas.
(C) não pode delegar sua competência tributária a qualquer outra pessoa
jurídica de direito público, embora possa delegar as funções de arrecadar e de
fiscalizar tributos de sua competência tributária.
(D) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de
fiscalizar tributos a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora
possa delegar suas funções de arrecadar tributos de sua competência
tributária.
(E) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de
arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer
outra pessoa jurídica de direito público.
Item III) Correta. Essa é a previsão do artigo 7°, §3°, do CTN, que nos diz
que não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de
direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.
Assim, resta como correta a alternativa "d", gabarito da questão. Veja agora
uma questão cobrada no concurso para o cargo de Auditor Fiscal do Município
de São Paulo, realizado no início de 2D12.
E) pode ser anulado, e não revogado, visto que a revogação tem de ser feita
por mútuo consentimento
Por sua vez, o §3° do mesmo artigo 7° do CTN estabelece que não constitui
delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do
encargo ou da função de arrecadar tributos. Entre essas pessoas jurídicas de
direito privado, por exemplo, temos os bancos comercias, que possuem a
atribuição de arrecadar os valores pagos pelos sujeitos passivos, sendo um
ato perfeitamente legal, não sendo delegada nem a competência tributária
nem a capacidade tributária ativa.
"Pernambuco, tu ainda não instituiu o IPVA nas tuas terras, cabra da peste!
Já que tu não o fez, eu vou fazer isso", disse o Estado da Paraíba indignado.
Na mesma hora, Pernambuco retrucou: "Largue de besteira, homi! Você não
estudou competência tributária, não? Só eu posso fazer isso aqui nas minhas
bandas. E nenhum caboclo mais!". Paraíba ficou calada e foi estudar pelas
aulas do Virgulino...
"Quer dizer então que o direito dos entes políticos instituírem os tributos
previstos em sua competência tributária não está sujeito à decadência,
Virgulino?" Perfeito, futuro servidor! O simples fato de não ter exercido não
faz com que o ente político perca seu direito de, a qualquer momento, vir a
criar qualquer tributo previsto na CF/88. A competência tributária não
prescreve! Ela é incaducável!
dizer "Ei, sabe de uma coisa: não quero instituir o IPVA, nem tenho
interesse em instituir um dia. Isso dá um trabalho danado e ainda tenho
que chamar Auditores para fiscalizar, fazer concursos periódicos de 20
em 20 anos... Sabe do que mais: quem quiser, pode instituir ele e
cobrar aqui no meu território. Fiquem à vontade." Calma, Querido
Estado, isso não é possível. O jeito é fazer concurso mesmo.
Calma, caro aluno. Também não seja tão radical, muito menos ir para
as ruas e pedir uma nova constituição só para poder ver se a
competência tributária pode ser mesmo alterada.
A competência tributária atual pode ser alterada sim, desde que pelo
poder constituinte derivado, aquele visto em direito constitucional e que
possui o poder de criar emendas à CF/88. Caso você tenha um livrinho
com a CF/88 antes de 17 de março de 1993, ano da publicação da
Emenda Constitucional n° 03/93, verá que a competência tributária dos
Estados e do DF, além dos impostos previstos atualmente, previa ainda
mais um: o Adicional ao Imposto sobre a Renda (AIR); enquanto que
para os Municípios, era previsto ainda o Imposto sobre Vendas a Varejo
de Combustíveis Líquidos e Gasosos (IVVC).
INDELEGÁVEL IMPRESCRITÍVEL
IRRENUNCIÁVEL INALTERÁVEL
Por sua vez, o §2° nos diz que toda atribuição de capacidade tributária
poderá ser revogada, e a QUALQUER TEMPO pela pessoa jurídica que a tenha
conferido. Esse ato é unilateral, e independe da vontade ou aceitação da
pessoa que tenha recebido a capacidade tributária.
A CNA é uma pessoa jurídica de direito privado, o que leva embora tudo o
que nós vimos? Não. É apenas uma decisão isolada da Corte Superior,
dispondo que uma pessoa jurídica de direito privado pode ser sujeito ativo da
uma relação tributária, ou seja, possuidor de capacidade tributária ativa.
Desse modo, não esqueça essa súmula ao responder suas questões sobre a
capacidade tributária ativa.
Por fim, a simples função de arrecadar tributos não se configura como uma
delegação da capacidade tributária. Por exemplo, a função atribuída aos
bancos de arrecadar os tributos dos entes políticos não constitui delegação.
Há apenas a simples função ou encargo de arrecadar tributos. Tanto é assim
que, qualquer restituição ou compensação por pagamento a maior será feita,
SEMPRE, junto ao ente competente para instituir e cobrar o tributo. Observe
ainda que, fora desses casos, não pode haver delegação a pessoa de direito
privado de nenhuma outra atribuição relacionada à competência tributária,
como, por exemplo, da função de fiscalizar os tributos.
• COMUM;
• CUMULATIVA;
• EXCLUSIVA;
• EXTRAORDINÁRIA; e
• RESIDUAL.
TAXA DE POLICIA
TAXA DE SERVIÇO
COMPETÊNCIA
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
COMUM
CONTRIBUIÇÃO
PREVIDEN CIARIA
(SERVIDORES DOENTE
vi FEDERATIVO)
Observe a figura para poder visualizar melhor o que falamos, caro aluno.
Por sua vez, diante de sua natureza anômala, ao Distrito Federal cabe, além
dos tributos estaduais, a instituição e cobrança dos tributos de natureza
municipal, uma vez que o Ente acumula as duas funções federativas. Desse
modo, o Distrito Federal possui competência para a instituição de seis
impostos, que veremos quais são mais adiante. Esta previsão também está
contida no artigo 147 da CF/88:
II. transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens
imóveis e de direitos reais de garantia, bem como cessão de direitos à sua
aquisição;
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I e IV.
d) I.
Como o próprio nome nos fala, o imposto somente poderá será instituído
caso sejam observadas a iminência ou a própria declaração de guerra
externa, podendo a União utilizar sua competência para a instituição do
imposto ainda que isto implique, caso não fosse observada a situação
extraordinária, a invasão de competência dos demais entes.
(...)
E caso ocorra no Brasil um grave guerra civil que exija da União a utilização
de grandes somas de recursos públicos, com severas consequências para as
finanças públicas federais? Os governantes terão que se virar. Somente o
que autoriza a instituição do IEG é uma guerra externa ou a sua iminência,
jamais uma guerra civil, que é de ordem interna, tenha os consequências
que tiver. Ok?
O IEG está regulado também no artigo 76 do CTN, que assim nos diz em
seu texto:
Esse tributo, por fim, deverá ser instituído por meio de lei ordinária, uma
vez que o texto constitucional, não obstante a relevância do tributo, não
previu a necessidade de lei complementar.
(...)."
Guarde bem as características acima, caro aluno. Elas são muito solicitadas
em prova. Não as perca de vista!
O gabarito foi dado como sendo a alternativa "d", seguindo o que determina
a doutrina m inoritária, prevendo que as taxas e as contribuições de
melhoria que não estejam previstas na competência tributária da União e
dos Municípios sejam instituídas pelos Estados e pelo Distrito Federal
(competência estadual), por meio de sua competência RESIDUAL.
Sendo assim, muito cuidado com esse tipo de questão de prova. Nunca se
sabe onde o elaborador irá buscar inspiração para fazer uma questão. Veja
algumas questões para treinar o que foi visto anteriormente.
Item I) Correto. Conforme nos diz o artigo 7°, caput, do CTN, "a
competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou
decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa
jurídica de direito público a outra".
Por exemplo, imagine que a União edite lei complementar definindo que o
novo imposto sobre a comercialização de produtos radioativos (criado,
"inocentemente", em razão da sua competência tributária residual) será
tributado em razão da circulação desse tipo de mercadoria pelas estradas
federais. Ora! A circulação de merda dorias, seja ela qual for, será tributada
com o ICMS, imposto de competência estadual e distrital, previsto
expressamente na CF/88 em seu artigo 155, II. Esse imposto tem como fato
gerador as operações relativas à circulação de mercadorias e a prestação de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Lá se foi sua alegria, caro aluno. Essa regra tem exceções sim. Mas, para
isso, tem que estar presente expressam ente no corpo da CF/88, não
podendo jamais ser disciplinada originariamente em normativos
infraconstitucionais, como é o caso da lei complementar que criou o imposto
radioativo.
Nada impediria, por exemplo, que, numa possível guerra contra o Suriname,
a União instituísse o IEG tendo como fato gerador a propriedade predial e
territorial urbana de imóveis localizados nos Municípios dos Estados do Pará
e do Amapá. Como sabemos, a propriedade predial e territorial urbana é
fato gerador do IPTU, imposto de competência dos Municípios, portanto,
"invadindo" a competência tributária dos Municípios. Claro que não seria
uma invasão, pois, como dissemos, o IEG sobre esse fato gerador possui
respaldo na própria CF/88, sendo, assim, legítimo.
Por sua vez, o "bis in idem " é definido com a tributação de um único fato
gerador por mais de uma vez, e desde que PELO MESMO ENTE
COMPETENTE para instituir tributo relativo a esse fato gerador. É o caso
em que um ente federado, dentro da sua competência tributária, institui
novo tributo com fato gerador ou base de calculo já prevista para outro
tributo anteriormente instituído.
Segue um resuminho:
tributária
Já o artigo 165, II, da CF/88, estabelece em seu texto que leis de iniciativa
do Poder Executivo estabelecerão, entre outros temas, as diretrizes
orçamentárias e os orçamentos anuais. Diante disso, pode-se dizer que as
leis tributárias também são de iniBciativa do Poder Executivo? Certamente
não.
Uma questão simples sobre o que acabamos de ver, e que ainda solicita o
entendimento do STF. Então vamos a ele. Conforme essa corte, temos a
seguinte decisão:
C) pode a União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território
nacional, a fim de promover o desenvolvimento socioeconômico entre as
regiões do país.
Por hoje é só, pessoal. Espero revê-los em breve no nosso curso!. Bons
estudos e forte abraço!
Questões Propostas
III. Caso o Estado do Rio de Janeiro decida por não exercer sua
competência tributária, tal fato só deferirá essa competência aos municípios
fluminenses que tiverem veículos licenciados em seus territórios.
(A) IV e V.
(B) I e II.
(C) III e V.
(D) II e III.
(E) I e IV.
(A) Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis, por natureza; imposto sobre operações relativas
à circulação de mercadorias e imposto sobre a doação, de quaisquer bens
ou direitos.
Todos os tributos que são de competência dos Estados e dos Municípios são
também de competência do Distrito Federal, em razão da sua natureza
anômala. Logo, quanto aos impostos, o Distrito Federal poderá instituir:
ICMS, IPVA, ITCMD, ISS, ITPU e ITBI. Além desses, poderá instituir também
taxas, contribuições de melhoria, contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública e contribuição previdenciária cobrada dos seus servidores
públicos.
> Imposto sobre a propriedade territorial rural - ITR (artigo 153, VI);
> Contribuições para a seguridade social (artigo 195 e 239; artigos 74,
75, 84 e 90, da ADCT);
b) não pode deixar de ser exercida, razão pela qual, a União tem obrigação
constitucional de instituir todos os impostos de sua competência.
• COMUM;
• CUMULATIVA;
• EXCLUSIVA;
• EXTRAORDINÁRIA; e
• RESIDUAL.
a) imposto sobre a transmissão de bens imóveis por ato inter vivos a título
oneroso.
d) contribuição de melhoria.
Assim, resta como correta a alternativa "e", gabarito da questão, uma vez
que esse tributo é de competência tributária da União, conforme o artigo
149 da CF/88.
> Imposto sobre a propriedade territorial rural - ITR (artigo 153, VI);
> Contribuições para a seguridade social (artigo 195 e 239; artigos 74,
75, 84 e 90, da ADCT);
d) pode ser renunciada pelo ente, quando este deixa de instituir um tributo
de sua competência.
d) não pode deixar de ser exercira a pelo ente competente, sob pena de
caracterizar renúncia de receita.
COMPETÊNCIA
TRIBUTARIA
INDELEGÁVEL
FUNÇÕES DE
INSTITUIR,
ARRECADAR,
COBRAR,
FISCALIZAR E
EXECUTAR LEIS,
ATO S, SERVIÇOS E
DECISÕES
DELEGAVEL
FUNÇÕES DE
ARRECADAR,
COBRAR, CAPACIDADE
A D M IN IS T R A T IV A
FISCALIZAR E TRIBUTÁRIA
EXECUTAR LEIS,
ATO S, SERVIÇOS E
DECISÕES PODE SER ATR IBUIDA A
OUTRAS PESSOAS JURÍDICAS
III. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão sua
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
a) II e V, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e V, apenas.
e) I, II, III, IV e V.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
Assim, resta como correta a alternativa "e", gabarito da questão, uma vez
que os três tributos são de competência da União: II, ITR e os impostos
previstos na sua competência cumulativa, no caso do território federal não
dividido em municípios.
b) A União pode instituir tributo que não seja uniforme em todo o território
nacional.
a) de melhoria.
> Imposto sobre a propriedade territorial rural - ITR (artigo 153, VI);
> Contribuições para a seguridade social (artigo 195 e 239; artigos 74,
75, 84 e 90, da ADCT);
Vale a mesma explicação dada à questão 20. Conforme o artigo 7°, caput,
do CTN. Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão.
a) pela União e Estados, que podem instituir impostos e taxas, que não
sejam cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios
dos discriminados na Constituição Federal.
c) pelos Estados, que podem instituir contribuições que não tenham fato
gerador e base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição
Federal.
a) social.
e) de melhoria.
27. (FCC/Juiz de D ireito/A L/20 0 7) Nos termos do art. 153, § 4o, III, da
Constituição Federal, o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural poderá
ser fiscalizado e cobrado pelo Município. Se o Município, em caráter
excepcional, resolver fazer uso dessa faculdade, passará a exercer
III. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão sua
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
a) II e V, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e V, apenas.
e) I, II, III, IV e V.
Item III) Correto. É o teor do artigo 24, §3°, da CF/88, que estabelece
exatamente que, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão sua competência legislativa plena, para atender às suas
peculiaridades.
Item IV) Correto. É o teor do artigo 24, §2°, da CF/88. Deve ser atentado
que os Estados apenas complementam a legislação da União, e ainda assim
para atender situações ocorridas exclusivamente em seu território.
(D) não existe vedação de incidência sobre um mesmo fato gerador de dois
tributos de espécies diferentes, como taxa e imposto, tendo em vista que a
taxa é tributo vinculado a uma prévia atividade estatal, enquanto o imposto
é tributo não vinculado.
(E) a vedação se restringe apenas às taxas entre si, tendo em vista que
sobre um mesmo serviço não podem incidir duas ou mais taxas diferentes.
(B) pode ser renunciado pelo ente federado, bem assim delegado por lei a
outro ente, desde que por meio de lei complementar.
Outras Questões
c) Não poderão ter base de cálculo ou fato gerador próprios dos impostos já
discriminados na Constituição Federal.
d) Caso sejam instituídos por meio de medida provisória, esta deverá ser
convertida em lei até o último dia útil do exercício financeiro anterior ao de
início de sua cobrança.
Caso certo município paulista não exerça sua competência tributária, caberá
ao município limítrofe o exercício dessa competência.
Gabarito
1 E 26 C
2 A 27 E
3 C 28 C
4 E 29 C
5 E 30 B
6 C 31 C
7 B 32 E
8 E 33 E
9 A 34 B
10 A 35 D
11 B 36 D
12 E 37 A
13 B 38 D
14 B 39 B
15 E 40 C
16 D 41 A
17 C 42 B
18 C 43 E
19 A 44 E
20 E 45 A
21 E 46 E
22 C 47 B
23 B 48 E
24 D 49 D
25 D 50 C
BIBLIOGRAFIA