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Self Kósmico
Self Coletivo
Self
Consciente
•Consciência natural
EGO •Consciência reflexiva
S
self Persona
•Memória
•Instintos
Sombra
Inconsciente
•Pessoal
•Coletivo
•Arquétipos e Complexos
Nessa premissa, tudo que nos afeta pode mudar nossa configuração
energética no sentido da saúde ou da doença, dependendo apenas das nossas
crenças e, conseqüentemente, da nova configuração energética que o estímulo
produziu. Assim, a meu ver, os remédios homeopáticos, todas as modalidades
de imposição de mãos, os tratamentos com cristais, aromas, acupuntura,
músicas, pinturas, massagens, as psicoterapias e até os rituais e cultos
religiosos, são estímulos capazes de nos afetar, consciente ou
inconscientemente, e mudar nossa configuração energética para melhor ou
para pior, dando a impressão de aumento ou queda da vitalidade. Da mesma
forma, a medicina da sociedade de consumo, que é reducionista, mecanicista,
causal, invasiva e baseada em evidencias, também pode interferir na nossa
configuração energética, apesar de, na maioria das vezes, provocar muito mais
dano, com a supressão do sintoma, do que promover a cura, por agir de fora
para dentro do ser.
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Nosso planeta está intoxicado, viciado e dependente do carbono. Estamos desenterrando
nossa ancestralidade com a extração excessiva e inconseqüente de gases e petróleo
derivados dos nossos fósseis, favorecendo o consumo excessivo do inútil, do descartável e do
desnecessário. Com isso, estamos contaminando e envenenando tudo e todos.
É uma ilusão e um tremendo auto-engano acreditarmos que extraímos os derivados do
carbono para produzir energia. Pois, a meu ver, nosso atual conhecimento científico e
tecnológico já é capaz de encontrar e direcionar, em escala, e a nível global, energias advindas
de fontes renováveis e não poluentes como a hidráulica, solar, eólica, dos bicombustíveis,
entre outras. Mas, estamos totalmente dependentes dos derivados de petróleo, nosso maior
vilão oculto, que podem assumir várias formas e apresentações, estando presentes nos
defensivos agrícolas, fertilizantes, rações animais, cosméticos, tecidos, construção civil,
indústria automobilística, eletroeletrônica e praticamente todas as coisas do nosso dia a dia,
incluindo as próteses, obturações, asfalto, vedantes dos refrigerantes, embalagens, objetos de
decoração, brinquedos, tintas, plásticos, borrachas, óleos, combustíveis, solventes, e
infinidades de aplicações que tornariam essa relação muito extensa.
O interessante é que os plásticos, que são polímeros sintéticos derivados do petróleo
(poliéster, polipropileno, polietileno, poliamida, silicone, lycra, ABS, PET, PVC, acrílico, fórmica,
viscose, nylon, etc.) podem assumir formas, texturas, cores, translucidez, opacidade, dureza,
flexibilidade, resistência ou maleabilidade, como a persona, mas todos possuem uma
característica comum que é a impermeabilidade e, conseqüente, não biodegradabilidade. Com
isso, estamos sofrendo a crise do impermeável, deixando o planeta impermeável, tanto no solo
quanto na atmosfera, produzindo erosões, enchentes e aquecimento global. Além de estarmos
também ficando impermeáveis e incapacitados de trocar, negando todo o ciclo da dádiva que
implica em dar, receber e retribuir numa espiral evolutiva ascendente.
Nossa sociedade impermeável vive sob a égide do descartável, onde tudo tem que ser novo e
rapidamente substituído, incluindo as relações humanas e o sistema Gaia, que é a nossa
morada planetária. Por isso, devido a nossa dependência do plástico, apesar de podermos
usar fontes de energia renováveis e auto-sustentáveis, não podemos deixar de extrair petróleo
e parar de incomodar nossos fósseis ancestrais com o intuito de diminuir a impermeabilidade
do planeta e da vida. Porque não existem interesses do mercado econômico, regido pelas
grandes corporações, em mudar seus parques industriais, abandonando o uso do plástico na
cadeia econômica da produção, que deve representar mais de 50% de tudo que é
manufaturado.
Com isso, estimula-se a negação da essência humana, com toda sua
tensão natural da assimetria, do diverso, da impermanência e do
indeterminado, que é repleta de polaridades e, simultaneamente, complexa,
criativa, bela, patética, prazerosa, dolorosa, triste, alegre, justa ou injusta. E
que só irá adquirir sentido e significado quando conseguir prestar o serviço de
servir o Ser – doando cuidados para todos os seres sencientes, começando por
nós mesmos (na dinâmica do amar ao próximo como a si mesmo). Mas, para
isso, a energia psíquica deve estar fluida e diluída de forma integral em todas
as direções e segmentos humanos, do mais físico e denso ao mais espiritual e
sutil, na direção consciente da teleologia do processo de individuação. Sendo
necessária, para isso, uma atitude consciente, simultaneamente egocêntrica e
altruísta, advinda do autoconhecimento, da auto-estima, do amor próprio e da
fé.
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O sagrado é um vocábulo que tem o significado de “separado”. Nesta condição, exprime aquilo que é
apartado do homem e, ao mesmo tempo, na perspectiva junguiana, pode ser a representação do
inconsciente ou indicar que é diferente do ego em relação ao conhecimento já existente. Por isso, o
sagrado se diferencia do profano fazendo com que nossas experiências com o numinoso, por produzirem
fascínio, atração e medo, sejam sempre associadas a tudo aquilo que produz o alívio da angústia do
desconhecido, que é o outro lado do si-mesmo. (Magaldi, 2006 – pg.53). Por outro lado, Girard (1990 –
pg 47) comenta: “O sagrado é tudo que domina o homem, e com tanta mais certeza quanto mais o homem
considera-se capaz de dominá-lo. Inclui, portanto, entre outras coisas, embora secundariamente, as
tempestades, os incêndios das florestas e as epidemias que aniquilam uma população. Mas é também, e
principalmente, ainda que de forma mais oculta, a violência dos próprios homens, a violência vista como
exterior e confundida, desde então, com todas as forças que pensam de fora sobre ele. É a violência que
constitui o verdadeiro coração e a alma secreta do sagrado”.
(Magaldi, 2006 – pg. 247)
PROJEÇÃO E INTROJEÇÃO
Na repressão, por sua vez, a pessoa já reconhece que existe dentro dela
algumas potencialidades que lhe tiram da zona do conforto, desejos e pulsões
não muito agradáveis, que podem provocar crescimento ou destruição, mas, de
qualquer modo, produzem ansiedade e medo. Então, todo o conteúdo
reprimido, que já ganhou algum espaço na consciência, pode virar sintoma de
adoecimento e causar grandes estragos. Por isso Jung afirmava que a nossa
sociedade, por ter “matado” os deuses, transformou-os em doenças. Porque
esses deuses eram os representantes de toda potencialidade arquetípica da
humanidade, revelando todos os excessos, aberrações, pulsões, instintos e
sentimentos que povoam nosso inconsciente pessoal ou coletivo.
EXTROVERSÃO E INTROVERSÃO
Para fora e para dentro – extrovertendo ou introvertendo a energia
psíquica (dando mais atenção ao mundo externo e deixando a interioridade de
lado). O trabalho de pesquisa e de exploração do comportamento humano,
que Jung fazia tanto da consciência como do inconsciente e, principalmente
nas relações com o meio exterior, permitiu-lhe perceber tipos diferentes de
comportamento, muitas vezes gerando desavenças e desentendimentos, não
pelo princípio básico de um determinado assunto, mas pela forma de cada um
agir e reagir frente ao tema ou, ao mundo. Com isso Jung desenvolveu o
estudo das tipos psicológicos, não como um quadro de referência, mas como
uma orientação e para percebermos como que as funções auto reguladoras da
energia psíquica atuam na chamada função compensatória, entre a
consciência e o inconsciente. Esta função compensatória é análoga à
homeostase do organismo físico, mantendo e objetivando, sempre, o equilíbrio.
PROGRESSÃO E REGRESSÃO
GIRARD, René. A Violência e o Sagrado, SP, Ed. Unesp Paz e Terra, - 1990.
JUNG, C. G., Obras completas, Petrópolis, Ed. Vozes.