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Terapia nutricional no

diabetes

Nutricionista Cigléa do Nascimento


CRN-2 2670
Conteúdos abordados

• Metas glicêmicas
• Recomendações nutricionais
• Índice glicêmico e carga glicêmica
• Contagem de carboidrato
 Método
 Relação insulina/carboidrato
 Fator de correção
 Fator de sensibilidade

• Alimentação saudável
Introdução
• Esta doença é considerada uma síndrome de etiologia
múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade
da mesma de exercer adequadamente seus efeitos,
resultando em resistência insulínica.

• Caracteriza-se pela presença de


hiperglicemia crônica e é
frequentemente acompanhada de
dislipidemias, hipertensão arterial
e disfunção endotelial

Sociedade Brasileira de Diabetes, 2002


GROSS et al, 2000
Metas da Terapia Nutricional
 Plano alimentar individualizado

 Necessidades nutricionais diárias para permitir crescimento,


desenvolvimento ponderal e peso saudável

 Níveis lipídeos séricos dentro da normalidade

 Adequado controle glicêmico

 Prevenção complicações agudas e crônicas

 Educação nutricional em DM
Controle glicêmico DM tipo 1 ADA 2013
Idade Glicose antes Glicose antes A1c% Razões
das refeições de dormir

< 6 anos 100-180mg/dl 110-200mg/dl ≤ 8,5 Alto risco e


(mas ≥ 7,5) vulnerabilidade
para hipoglicemia

6 a 12 anos 90-180mg/dl 100-180mg/dl <8 Risco de


hipoglicemia e
baixo risco de
complicações
para a puberdade

13-19 anos 90-130mg/dl 90-150mg/dl < 7,5 Questões


psicológicas e de
desenvolvimento
Metas de controles glicêmicos
SBD/2013-2014* ADA/2014
Glicose plasmática (mg/dL)
• Jejum < 100
• Pré - prandial < 130 70 - 130
• 2 horas de pós - prandial até 160 < 180
Hemoglobina glicosilada < 7,0% < 7,0%
Colesterol (mg/dL)
• Total < 200 < 200
• HDL > 45 > 40 H > 50 M
• LDL < 100 < 100 DVC < 70
Triglicerídes (mg/dL) < 150 < 150
Pressão arterial (mm/Hg)
Sistólica < 130 < 130
Diastólica < 80 < 80
Índice de massa corporal (kg/m²) 20 -25 20 - 25
* Metas definidas pela American Association of Clinical Endocrinologists (AACE); SBD: Sociedade Brasileira de
Diabetes. Diretrizes SBD 2013/2014; American Diabetes Association, 2014
Hemoglobina Glicosilada
 Perda de peso de 4kg

0,5% A1c

 1% A1c

14% a 37% complicações


cardiovasculares

Vettor et al Diabetes Care 2005; 28:942-949


Correlação entre os níveis de A1c e os níveis médios de
glicemia dos últimos dois e três meses anteriores ao teste

Nível de Glicemia Nível Glicemia


A1c % média (mg/dl) A1c % média (mg/dl)

5 100 9 212

6 126 10 240

7 154 11 269

8 183 12 298

Nathan et al Diabetes care 2008;31:1473-1478


Recomendações Nutricionais
Macronutrientes

 Proteína: 15 - 20% VET

 Lipídeos: < 30% VET

Gordura saturada: < 7% VET

Gordura poliinsaturada: 10% VET

Gordura monoinsaturada: 13% VET

Gordura Trans: a ingestão deve ser reduzida


American Diabetes Association. Diabetes care: volume 37, supplement I, January/2014
Oléos
Gordura trans

Pão de
sanduíche
Gordura Trans

• Recomendações: 1 a 3% VET

Exemplos: Dieta de 2000kcal 2 a 7g (20 a 60kcal)

Evitar risco: < 0,5% VET

↑ 2% ingestão Trans

↑ 23% incidência DCV

Mozaffarian et al N Engl J Med 2006; 354:1601-1613


Recomendações Nutricionais

 HC: 50 – 60%
Monitorização do consumo = contagem de carboidrato, lista de
substituições

 Colesterol: 200mg/dia

 Fibras: 25 - 35g/dia (adultos)


Crianças (idade +5g)

 Vitaminas e minerais: DRI’s

American Diabetes Association. Diabetes care: volume 37, supplement I, January/2014


Fibras dietéticas e Diabetes
Melhora do controle glicêmico em pacientes com DM:

* Retardar o esvaziamento gástrico


* Diminuir a absorção de carboidratos
* Modificar a secreção hormonal
(estimula liberação de insulina)

Weinstock & Levine. Nutrition, 1988


Anderson et al. Am J Clin Nutr, 1999
Índice Glicêmico (IG) x Carga glicêmica (CG)

IG compara quantidades iguais de carboidrato e fornece uma


medida da qualidade do mesmo, mas não da quantidade.

CG representa o produto do IG de um alimento e o seu


conteúdo de carboidrato envolve quantidade e qualidade do
carboidrato consumido
IG = área curva glicêmica do alimento teste x 100
área curva glicêmica alimento padrão

CG = Porção de carboidrato disponível x IG


100
Índice glicêmico e Carga glicêmica
Resposta glicêmica duas horas após o consumo de alimento com
elevado IG e de alimento com baixo IG

Glicose, IG=100 Lentilha, IG=40

Alimentos de elevado IG (AIG): Adaptado de BRAND-MILLER JC et al, 2003.

provocam maior na resposta glicêmica e insulínica


Alimentos de baixo IG (BIG):
provocam menor na resposta glicêmica e insulínica
Classificação dos alimentos de acordo com
o IG e a CG

IG de um CG de um
CG diária
alimento particular alimento particular

Baixo IG (BIG) = 55 Baixa CG (BCG) = 10 Baixa CG (BCG) = < 80

Médio IG (MIG)= 56 – 69 Média CG (MCG) = 11-19 Alta CG (ACG) = > 120

Alto IG (AIG)= 70 Alta CG (AIG) = 20

Adaptado de LIU S et al, 2005


IG e CG de alimentos selecionados
Porção Medida carboidrato
Alimento IG CG
(g/ml) caseira por porção
Maçã 120 1 unidade M 38 15 5,7
Leite integral 250 1 copo 27 12 3,24
Feijão preto cozido 150 1 concha G 20 30 6,0
Laranja 120 1 unidade M 42 11 4,62
Arroz parbolizado 150 6 colheres S 47 36 16,92
Mamão 120 1 fatia M 59 17 10,03
Arroz branco cozido 150 6 colheres S 58 40 23,2
Coca-cola 250 1 copo 63 26 16,38
Abacaxi 120 1 rodela G 66 10 6
Nhoque 180 5 colheres S 68 48 32,64
Melancia 120 1 fatia P 72 6 4,32
Batata inglesa cozida 150 1 unidade M 88 18 15,84
Cenoura crua 80 ½ unidade G 92 6 5,52
Pão branco 30 1 fatia 73 14 10,22
Biscoito água e sal 20 4 unidades 71 18 12,78
Adaptado de FOSTER-POWELL K et al, Am J Clin Nutr; 2002
Alimentos com BIG Alimentos com AIG
Qualidade do carboidrato - índice glicêmico

Alimentos CH (g) IG (%) CG (g)

Leite desnatado-250 ml 12 30 3,6


Pão de centeio-30g 12 55 6,6
Mamão-120 g 17 59 10,03

Total 41 20,23

IG da refeição = 20,23/ 41 x 100 = 49,35


Qualidade do carboidrato - índice glicêmico

Alimentos CH (g) IG (%) CG (g)

Leite desnatado-250 ml 12 30 3,6

Biscoito salgado-30g 27 106,5 19,17

Mamão-120 g 17 59 10,03
Total 56 32,80

IG da refeição = 32,80/ 56 x 100 = 58,57


Índice glicêmico e controle glicêmico do
diabetes
Fatores que influenciam o IG dos alimentos
Tipo de
Amadurecimento monossacarídeo
de frutas

Tipo de preparação Inibidores da


- amilase

Aprisionamento Acidez
físico

Tipo de amido
Conteúdo de gordura

Conteúdo de proteína
Gelatinização do amido
Grau de processamento
Forma física do alimento
Contagem de Carboidratos

 1 % dos valores de A1C foi associada com três aspectos


comportamentais:

 Aderência ao plano alimentar (90%)

 Ajuste adequado da dose de insulina de acordo com a cota


de carboidratos ingeridos

 Tratamento apropriado dos episódios de hipoglicemia

Nutrition Interventions for intensive therapy in DCCT. J Am Diet Assoc, 93 (7):768-72, 1993
Tratamento Intensivo
Insulina basal
+
Dose utilizada na refeição
Glicemia capilar

Correção
CHO ingeridos +
(SN)

Fator de sensibilidade
Metas definidas

Doses administradas
Objetivos iniciais tratamento intensivo

Paciente sem hipoglicemia Paciente com hipoglicemia

Pré-prandial: 100mg% Pré-prandial: 120-140mg%

Pós-prandial: 140-160mg% Pós-prandial: 160-180mg%

22hs (ao deitar): 160-180% 22hs (ao deitar): 200mg%

3h (madrugada): 160-180% 3h (madrugada): 200mg%


Contagem de carboidratos
• Este método é utilizado na Europa desde 1935 e foi
uma das estratégias utilizadas no estudo de 10 anos
Diabetes Control and Complications Trial (DCCT)

• A partir do relatório da American Diabetes Association,


1994, passou a ser recomendada como mais uma
ferramenta nutricional

• No Brasil começou a ser utilizada de forma isolada em


1997, e, hoje, vários grupos têm utilizado a contagem
de carboidratos de forma sistemática

… é mais uma estratégia nutricional, onde contamos os


gramas de carboidrato que ingerimos, mantendo a
normoglicemia.
Contagem de carboidratos
PORQUE FAZER? COMO FAZER?

 Fácil de ensinar e aprender (?)

 Paciente se conscientiza o que


eleva a sua glicemia, tornando
mais fácil a intervenção

 É uma forma adequada de


controle glicêmico

Carboidrato: INDIVIDUALIZADO!!!
Prioridade: Quantidade total de carboidratos e não qualidade.
Atenção
Contar carboidratos vs contar calorias dos alimentos

Alimento Medida caseira Carboidratos (g) kcal

Pão francês 1 unidade média (50g) 28 135

Pastel de feira 1 unidade média (100g) 20 282

Pão de aveia 2 fatias (25g cada) 24 130

Fondue de queijo 1 colher de sopa (30g) 0 80


Formas de Contar CHO

• Gramas
É a maneira mais precisa de
contar carboidratos e
exige mais preparo do
paciente ou responsável.

É baseada da quantidade exata CH


existente nos alimentos.
Onde encontrar as informações?
 Manual de contagem de
carboidratos

 Rótulo das embalagens


Atenção ver a porção!!!
Cálculo de Insulina/CHO

Utilizando a razão 1:15

 CM - 42g CHO ÷ 15g = 2,8 UI

 ALM - 61gCHO ÷ 15g = 4,0 UI

 LT - 42g CHO ÷ 15g = 2,8UI

 JAN - 78g CHO ÷ 15g = 5,2 UI


Bolus da Alimentação

 É a quantidade de insulina necessária para cobrir a quantidade


de carboidratos ingerida. Em geral são utilizados 3 bolus (AC, AA,
AJ), mas podem ser utilizados mais se o paciente necessitar.

 Pacientes que usam bomba de insulina vão


programar os bolus manualmente em cada
refeição.
Crianças
• Regra geral: 30g de CHO cobre 1 UI de insulina
rápida ou ultra rápida.

• Regra 500: divide-se 500 pela dose / total de insulina


administradas nas 24h.

Ex: total insulina/dia: 12 UI

500: 12= 42, portanto neste caso 1 UI de insulina ultra


rápida irá cobrir 42g de carboidrato.
Relação Insulina: Carboidrato

• Adulto - Regra geral 15g CH = 1 UI

Peso(kg) Razão

50-58kg 1:15
59-63kg 1:14
63-68kg 1:13
68-77kg 1:12
82-86kg 1:10
91-100kg 1:8
100-109kg 1:7
Fator Sensibilidade da Insulina

Regra 1500 - Insulina Regular

1500 ÷ total de insulina / dia


EX: 1500 ÷ 54 UI = 27,7
FS = 30mg/dl

Regra 1800 - Insulina lispro, asparte, glulisina

1800 ÷ total de insulina / dia


EX: 1800 ÷ 34 UI = 52,9
FS = 55mg/dl
Davidson PC. Bolus and supplemental insulin. The insulin pump
Therapy Book; 1995: 59-71
Fator de Correção
• QUANDO UTILIZAR
Em situações de hiperglicemia e hipoglicemia

• O QUE É NECESSÁRIO
 Definição das metas pré e pós prandiais
 Total de insulina/dia
 Definição do fator sensibilidade

FÓRMULA
FC = glicemia capilar – meta
FS
Exemplo

• Glicemia AA = 270mg% e ingerir 60g de CH no


almoço
FS = 50mg/dl
FC = 270 – 100 = 170mg%
FC = 170/50 = 3,4UI

Aplicar 4,0 UI pela refeição (60gCH/15)


+ 3,4 UI para correção = 7,4UI
Exemplo

• Glicemia AC = 40mg% e ingerir 50g de CH no café da


manhã
FS = 50mg/dl
FC = 40 – 100 = 60mg%
FC = 60/50 = - 1,2UI

Aplicar 3,3UI pela refeição (50gCH/15)


- 1,2UI para correção = 2,1UI
Objetivos de monitorização da glicemia

 Avaliação do controle glicêmico;

 Prevenção e detecção das hipoglicemias assintomáticas;

 Ajuste do plano alimentar, exercício e medicação a curto prazo;

 Identificar falhas no tratamento;

 Auxiliar o paciente a gerenciar seu tratamento;

 Interpretar ocorrências no dia a dia;

 Assegurar melhor qualidade de vida.


Frequência de testes

TIPO 1 TIPO 2

 Jejum sim sim


 Pré prandial todos os horários
horários alternados
 Pós prandial horários horários
alternados alternados
Definindo metas…

Paciente e equipe definem:

 Metas a curto prazo

 Metas a longo prazo

 Frequência dos testes

 Forma de anotação

 Prazo para retorno das


informações
Obrigada!!!

Nutricionista Cigléa do Nascimento

cnascimento@hcpa.ufrgs.br

• Obs.: Todas as informações desta apresentação são de responsabilidade do palestrante.

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