Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Hemocromatose e
ferritina elevada
Resumo
A hemocromatose hereditária é uma doença do metabolismo do ferro caracterizada pela absorção excessiva
do mineral pelas células intestinais, levando a sobrecarga de ferro predominantemente no fígado, mas também em
outros sítios como pâncreas, coração, articulações e glândulas endócrinas, causando danos irreversíveis aos mesmos.
A homeostase celular do ferro envolve o controle da sua captação, transporte, armazenamento e exportação. Na
hemocromatose hereditária, o gene mutante HFE pode prejudicar a captação do ferro pela transferrina, mediada pelos
receptores de transferrina (TfR), em células da cripta intestinal, gerando um falso sinal de que os estoques de ferro
estão baixos. Tal sinal resultará no aumento dos transportadores de metais divalentes (DMT-1), responsáveis pela
absorção do mineral. Consequentemente, as taxas de transferrina e de ferritina irão apresentar-se elevadas, fato tão
característico da patologia. Devido à falta de especificidade dos sintomas, torna-se crucial que os profissionais de
saúde mantenham-se vigilantes e consigam fazer uma triagem adequada, observando o histórico familiar positivo e
testes bioquímicos de saturação de transferrina e ferritina sérica. Assim, o tratamento da hemocromatose começará
nos estágios iniciais da doença, prevenindo maiores complicações e oferecendo uma melhor qualidade de vida ao
paciente.
Abstract
Revista Brasileira de Nutrição Funcional - ano 13, nº55, 2013
Hemochromatosis is a hereditary disease of iron metabolism characterized by excessive absorption of the mineral
by intestinal cells, leading to iron overload predominantly in the liver, but also in other sites such as pancreas, heart,
joints and endocrine glands, causing irreversible damage to them.Cellular iron homeostasis involves the control of
its capture, transport, storage and export. In hereditary hemochromatosis, the HFE mutant gene may impair iron
uptake by transferrin, mediated by transferrin receptors (TfR) in intestinal crypt cells, generating a false signal
that iron stores are low. This signal will result in an increase in divalent metal transporters 1 (DMT-1), responsible
for its absorption. Consequently, the levels of transferrin and ferritin will be high, which is very characteristic of
the pathology. Due to the lack of specificity of the symptoms, it is crucial that health professionals be vigilant and
make proper screening, assessing family history and using biochemical tests for serum transferrin and ferritin
saturation. Thus, treatment of hemochromatosis should start at the early stages of the disease, preventing further
complications and offering the patient better quality of life.
38
Dra. Vânia Mattoso Ribeiro
39
Hemocromatose e ferritina elevada
As concentrações de ferritina sérica refletem o estoque antioxidantes, como, por exemplo, o ácido ascórbico ofertado
de ferro no organismo. A ferritina alta tem um valor preditivo longe das refeições, a vitamina E, betacaroteno, polifenóis,
no que se refere à possível existência de danos hepáticos. flavonoides, selênio, entre outros. Vale ressaltar que,
Quando há valores de ferritina acima de 1000 mg/L, a concomitante ao consumo de selênio, também é interessante
presença de fibrose é considerada extremamente provável. aumentar o consumo de zinco, cobre e manganês, uma vez
Entretanto, a ferritina é uma proteína de fase aguda, e que estes minerais participam da formação de várias enzimas
valores séricos aumentados podem ser constatados em antioxidantes, entre elas a superóxido dismutase (SOD) e a
diversas situações, incluindo inflamações crônicas e agudas, glutationa peroxidase (GPx)2,22.
hemólise, hipotireoidismo, consumo excessivo de álcool, Organizado pela Associação Europeia para o Estudo
dentre outros10,13. do Fígado (EASL), o Consenso Internacional sobre
Após terem sido descartadas outras possíveis causas do Hemocromatose Hereditária (HH) não indica a adoção de
aumento da ferritina, a suspeita de hemocromatose deve dieta estritamente pobre em ferro, mas recomenda que tais
ser levantada e avaliada conjuntamente com a saturação de pacientes devam evitar alimentos com alto teor do metal,
transferrina. Havendo elevação das duas variáveis, deve-se bebidas alcoólicas – uma vez que podem acelerar o dano
solicitar a pesquisa de mutação de genes HFE ou outros hepático – e frutos do mar, especialmente ostras cruas,
genes relacionados à hemocromatose hereditária10,14. responsáveis por casos de infecções fatais geradas por sua
contaminação com Vibrio vulnificus em pacientes com HH23.
Conduta dietoterápica Vale ressaltar a importância da adoção de uma dieta com
perfil anti-inflamatório, baseada no consumo de carboidratos
A conduta dietoterápica tem como objetivo reduzir de baixo índice glicêmico, pobre em gorduras saturadas e
a oferta de ferro via alimentar e diminuir a absorção com teores adequados de gorduras mono e poli-insaturadas,
do mineral por meio de combinações alimentares. Tal uma vez que tanto os carboidratos de alto índice glicêmico
dietoterapia é válida tanto nas sobrecargas férricas como quanto as gorduras saturadas exercem efeito relevante na
na hemocromatose. Adicionalmente, partindo do princípio modulação da inflamação24.
de que a ferritina pode atuar como um pró-oxidante e é um Além da adequação dos macronutrientes, deve-se adotar
marcador inflamatório importante, a dieta desses indivíduos o consumo regular e diário de alimentos que contenham
deve ser rica em alimentos antioxidantes e apresentar um compostos bioativos com ação anti-inflamatória. Dentre
perfil anti-inflamatório2,10,13. eles, podemos citar:
Portanto, para reduzir a oferta de ferro via alimentar •Ômega 3: Presente em alimentos como linhaça,
deve-se evitar e/ou reduzir o consumo de carnes vermelhas, semente de chia, alguns peixes e óleos vegetais, o
leguminosas e folhosos verdes-escuros, por serem boas ômega 3 apresenta importante papel anti-inflamatório e
fontes de ferro2. É válido, também, evitar alimentos antioxidante. Dietas suplementadas com tal componente
fortificados com ferro15,16,17. Outra medida importante é melhoram a sensibilidade insulínica e diminuem os níveis
evitar o consumo de alimentos ricos em vitamina C junto às séricos de TNF-α, IL-6 e IL-1β25. Adicionalmente, tanto
principais refeições em que haverá oferta do mineral, uma os ácidos graxos EPA (eicosapentaenoico) quanto o DHA
vez que o ácido ascórbico converte o ferro ferroso de origem (docosaexaenoico) podem reduzir a resposta inflamatória
vegetal em ferro férrico, aumentando a absorção do mesmo2. por meio da ativação de receptores nucleares PPAR, os quais
Estratégias para a redução da absorção do mineral por têm ação anti-inflamatória24.
meio de combinações alimentares envolvem o consumo de •Romã: A romã é uma fruta presente na dieta mediterrânea
que apresenta importante efeito na saúde humana. Ela
Revista Brasileira de Nutrição Funcional - ano 13, nº55, 2013
40
Dra. Vânia Mattoso Ribeiro
além de terem efeitos protetores aos tecidos hepático, renal e familiar positivo. O diagnóstico precoce é fundamental, uma
cardiovascular, efeito anticarcinogênico e anti-inflamatório. vez que as complicações podem se tornar irreversíveis40,41.
As maiores fontes desses flavonoides são maçã, uva, Adicionalmente, outra forma de contornar o problema
morango, nozes, sementes, especiarias, cacau, grãos e seria a utilização de manobras dietéticas. Nesse caso, faz-se
vegetais como cebola, couve, vagem e brócolis21. importante o uso de alimentos com efeito quelante de ferro
•Curcumina (Curcuma longa): Exibe efeitos anti- conjuntamente com uma dieta anti-inflamatória, visto que a
inflamatórios, anticancerígenos e moduladores do sistema ferritina é um importante marcador de inflamação2,10.
imune30,31. A curcumina ainda bloqueia a ativação da proteína Embora a remoção do excesso de ferro por flebotomia
quinase IKK, reduzindo a fosforilação e a degradação seja uma terapia simples, efetiva e segura, os danos causados
da proteína inibitória do NFkB, a IKB-α. Dessa forma, a aos órgãos são irreversíveis, caso a patologia não seja
translocação do NFkB do citoplasma para o núcleo celular prontamente tratada. Caso a flebotomia inicie antes de haver
será bloqueada, evitando a ativação de diversos genes qualquer dano, a expectativa de vida do paciente é similar à
relacionados à inflamação24. da população em geral12,42.
•Azeite de oliva extravirgem: Rico em ácido oleico e Um desafio para o futuro será definir os fatores genéticos
outros microcomponentes que estão diretamente envolvidos e ambientais responsáveis por sobrecargas de ferro nos
na atividade antioxidante, atuando no estresse oxidativo. 20% da população que cursam com hemocromatose sem
Alguns compostos bioativos presentes nesse alimento, como apresentar alterações no gene HFE.2
o tirosol, atuam na modulação da inflamação e ativação
endotelial, através da inibição de fatores de transcrição pró- Referências
inflamatórios, como o NFkB, inibição da VCAM-1, COX-2
e iNOS, além de conter β-sitosterol, outro componente com 1 – CARVALHO, R.S.B.; FERREIRA, H.M.; SILVA, K.M. et al. Hemocromatose: um
enfoque nutricional. Pleaide; 2 (2): 111-118, 2008.
ação anti-inflamatória32,33. 2 – BOTHWELL, T.H.; MACPHAIL, A.P. Hereditary hemochromatosis: etiologic,
pathologic and clinical aspects. Seminars in hepatology; 35 (1): 55-71, 1998.
•Chá verde: Devido à presença das catequinas, tal bebida 3 – NARDI, G.; CADIZ, C.; LACHMAN, J. et al. Advances in hereditary hemochro-
apresenta importante efeito anti-inflamatório, uma vez que matosis. Acta Gastroenterology Latinoamerica; 33 (2): 103-107, 2003.
4 – PINHO, R.; FERNANDES, S.; LEITE, S. et al. Revisões das manifestações da hemo-
elas inibem a degradação da IKB-α, e apresenta efeito cromatose. A propósito de um caso clínico com 25 anos de evolução. Jornal Portu-
guês de Gastroenterologia; 15: 161-167, 2008.
anticarcinogênico, além de atuar como quelante de ferro24,34. 5 – BACON, B.R.; ADAMS, P.C.; KOWDLEY, V. et al. Diagnosis and management of
•Suco de uva integral orgânico: Rico em resveratrol, que hemochromatosis: 2011 Practice Guideline by the American Association for the
Study of Liver Diseases. Hepatology; 54 (1): 328-343; 2011.
atua na inibição de citocinas pró-inflamatórias e na supressão 6 – CABRERA, A.Z.; CLEMENTE, M.A.O. Genética de las sobrecargas férricas. Ana-
da produção de EROs35. Esse composto fenólico é capaz de les de Medicina Interna (Madri); 19 (4): 2002.
7 – LOIOLA, A. Hemocromatose: artigo de revisão. Disponível em: <http://
apresentar ações transcricionais indiretas, afetando vias de boasaude.uol.com.br/realce/showdoc.cfm?libdocid=11531&ReturnCat
ID=1802>. Acesso em: 15/03/2012.
sinalização celular, como a via do NFkB36. 8 – LIMDI, J.K.; CRAMPTON, J.R. Hereditary hemochromatosis. Q J Med; 97: 315-
•Goji berry: Ainda pouco conhecida no Brasil, a goji 324, 2004.
9 – EASL INTERNATIONAL CONSENSUS CONFERENCE ON HEMOCHROMATOSIS.
berry apresenta uma potente ação antioxidante, contém Journal of Hepatology; 33: 485-504, 2000.
10 – COLLI, M.L. Prevalência das mutações C282Y e H63D no gene da hemo-
β-sitosterol, vitamina C, oligoelementos e alto índice ORAC cromatose hereditária (HFE) em pacientes com diabetes melito tipo 2 e a sua
(Oxygen Radical Absorbance Capacity) em pequenas relação com as complicações crônicas. Porto Alegre: UFRS, 2007. 87p. Disser-
tação (Mestrado). Programa de pós-graduação em ciências médicas: endocri-
porções de alimento37,38,39. nologia, 2007.
Outros compostos que merecem destaque por 11 – SANTOS, P.C.J.L.; CANÇADO, R.D.; TERADA, C.T. et al. Alterações molecula-
res associadas à hemocromatose hereditária. Revista Brasileira Hematologia e
apresentarem efeito modulatório na via de sinalização do Hemoterapia; 31 (3): 2009.
12 – FRANCHINI, M.; VENERI, D. Hereditary hemochromatosis. Recenti Progressi
NFkB são o gingerol, proveniente do gengibre, o ácido in Medicina; 95 (10): 457-462, 2004.
cafeico, oriundo da erva-mate, e o licopeno, presente em
Revista Brasileira de Nutrição Funcional - ano 13, nº55, 2013
13 – FRANCHINI, M. Hereditary iron overload: Update on Pathophysiology, di-
agnosis and treatment. American Journal of Hematology; 81: 202-209, 2006.
alimentos como tomate, melancia e goiaba. O ácido elágico, 14 – RUDDELL, R.; HOANG-LE, D.; BARWOOD, J.M. et al. Ferritin functions as a
proinflammatory cytokine via iron-independent protein kinase C zeta/nuclear
contido no abacate e no morango, e o indol-3-carbinol, da factor kappaB–regulated signaling in rat hepatic stellate cells. Hepatology; 49
cebola e repolho, também desempenham ações similares33. (3): 887-900, 2008.
15 – COLE, C.R.; GRANT, F.K.; SWABBY-ELLIS, E.D.; SMITH, J.L. et al. Zinc and iron
deficiency and their interrelations in low-income African American and Hispanic
children in Atlanta. The American Journal of Clinical Nutrition; 91 (4): 1027-
Conclusão 1034, 2010.
16 – MURRAY-KOLB, L.E.; WELCH, R.; THEIL, E.C.; BEARD, L. Women with low iron
stores absorb iron from soybeans. The American Journal of Clinical Nutrition;
A hemocromatose hereditária tem como característica a 77 (1): 180-184, 2003.
17 – HURRELL, R.; EGLI, I. Iron bioavailability and dietary reference values. The
inespecificidade de sintomas e um quadro clínico variável, American Journal of Clinical Nutrition; 91: 1461-1467, 2010.
pois as mutações genéticas podem não ser muito penetrantes. 18 – ARANDA, N.; VITERI, F.E.; MONTSERRAT, C.; ARIJA, V. Effects of C282Y, H63D,
and S65C HFE gene mutations, diet and life-style factors on iron status in a gen-
Dessa forma, torna-se essencial a vigilância constante e eral Mediterranean population from Tarragona, Spain. Annal of Hematology;
a triagem adequada. Testes bioquímicos de saturação de 89 (8): 767-773, 2010.
19 – SILVA, M.R.; SILVA, M.A.A.P. Aspectos nutricionais de fitatos e taninos. Revista
transferrina, ferritina, ferro sérico e provas de função hepática de Nutrição; 12 (1): 5-19, 1999.
20 – YANG, Z.; ZHONGHONG, G.; JIAQIN, L.; ZHIHONG, X. Protective effects of
são importantes, assim como a observação de um histórico baicalin and quercetin on an iron-overloaded mouse: comparison of liver, kid-
41
Hemocromatose e ferritina elevada
ney and heart tissues. Natural Products Research; 25 (12): 1150-1160, 2011. 11 (3): 331-341, 2011.
21 – BEHLING, E.B.; SENDÃO, M.C.; FRANCESCATO, H.D.C.; ANTUNES, L.M.G.; 32 – COVAS, M-I. Olive oil and the cardiovascular system. Pharmacological Re-
BIANCHI, M.L.P. Flavonoide quercetina: aspectos gerais e ações biológicas. Ali- search; 55 (3): 175-186; 2007.
mentos e Nutrição; 15 (3): 285-292, 2004. 33 – ORDOVAS, J.M.; KAPUT, J.; CORELLA, D. Nutrition in the genomics era: car-
22 – Dossiê antioxidante. Food Ingredients Brasil; Número 6: 2009. Disponível diovascular disease risk and the Mediterranean diet. Mol Nutr Food Res; 51
em: <http://www.revista-fi.com/materias/83.pdf>. Acesso em: 10/04/2012. (10): 1293-9, 2007.
23 – European Association for the study of the liver. EASL Clinical Practice 34 – YUSUF, N. et al. Photoprotective effects of green tea polyphenols. Photo-
Guidelines: HFE Hemochromatosis. Journal of Hepatology 2010. Disponível dermatol Photoimmunol Photomed; 23: 48-56, 2007.
em: <http://www.easl.eu/assets/application/files/03d32880931aac9_file.pdf>. 35 – CSAKI, C.; KESHISHZADEH, N.; FISCHER, K.; SHAKIBAEI, M. Regulation of in-
Acesso em: 30/10/2012. flammation signaling by resveratrol in human chondrocytes in vitro. Biochemical
24 – ONG, T.M.; ROGERO, M.M. Nutrigenômica: Importância da interação gene- Pharmacology; 75 (3): 677-687, 2008.
nutriente para a promoção da saúde. ABESO; Número 40: 2009. Disponível 36 – SANTANGELO, C.; VARÌ, R.; SCAZZOCCHIO, B.; DI BENEDETTO, R.; FILESI,
em: <http://www.abeso.org.br/pagina/256/nutrigenomica.shtml>. Acesso em: C.; MASELLA, R. Polyphenols, intracellular signalling and inflammation. Ann Ist
30/10/2012. Super Sanita; 43 (4): 394-405, 2007.
25 – VALENZUELA, R.; ESPINOSA, A.; GONZÁLEZ-MAÑÁN, D.; D'ESPESSAILLES, A.; 37 – SONG, M.K.; SALAM, N.K.; ROUFOGALIS, B.D.; HUANG, T.H.W. Lycium
FERNÁNDEZ, V. et al. N-3 Long-Chain Polyunsaturated Fatty Acid Supplementa- barbarum (Goji Berry) extracts and its taurine component inhibit PPAR-γ-
tion Significantly Reduces Liver Oxidative Stress in High Fat Induced Steatosis. dependent gene transcription in human retinal pigment epithelial cells: Possible
Plos One; 7 (10): 2012. implications for diabetic retinopathy treatment. Biochemical Pharmacology; 82
26 – MEDJAKOVIC, S.; JUNGBAUER, A. Pomegranate: a fruit that ameliorates (9): 1209-1218, 2011.
metabolic syndrome. Food Funct; 2012. 38 – DEVALARAJA, S.; JAIN, S.; YADAV, H. Exotic fruits as therapeutic complements
27 – VADIVEL, V.; KUNYANGA, C.N.; BIESALSKI, H.K. Health benefits of nut con- for diabetes, obesity and metabolic syndrome. Food Research International; 44 (7):
sumption with special reference to body weight control. Nutrition; 28 (11-12): 1856-1865, 2011.
1089-1097, 2012. 39 – CARLSEN, M.H.; HALVORSEN, B.L.; HOLTE, K.; BOHN, K.H. et al. The total an-
28 – ROS, E. Health benefits of nut consumption. Nutrients; 2 (7): 652-82, 2010. tioxidant content of more than 3100 foods, beverages, spices, herbs and supple-
29 – LIANG, L.; WU, X.; ZHU, M.; ZHAO, W.; LI, F.; ZOU, Y.; YANG, L. Chemical com- ments used worldwide. Nutrition Journal; 9: 3, 2010.
position, nutritional value, and antioxidant activities of eight mulberry cultivars 40 – POWELL, L.W. Recent concepts in iron metabolism and HFE mutations. Journal
from China. Pharmacogn Mag; 8 (31): 215-24, 2012. of Gastroenterology and Hepatology; 19 (7): 258-263, 2004.
30 – SHUREIQI, I.; BARON, J.A. Curcumin Chemoprevention: the long road to 41 – NADAKKAVUKARAN, I.M.; GAN, E.K.; OLYNYK, J.K. Screening for hereditary
clinical translation. Cancer Prevention Research; 4: 296-298, 2011. hemochromatosis. Pathology; 44 (2): 148-152, 2012.
31 – SRIVASTAVA, R.M.; SINGH, S.; DUBEY, S.K.; MISRA, K.; KHAR, A. Immunomodu- 42 – SEBASTIANI, G.; WALKER, A.P. HFE gene in primary and secondary hepatic
latory and therapeutic activity of curcumin. International Immunopharmacology; iron overload. World Journal of Gastroenterology; 13 (35): 4673-4689, 2007.
Revista Brasileira de Nutrição Funcional - ano 13, nº55, 2013
42