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Processo TRT 0000289-19.2010.5.04.0333 (RO)

PARTES: Regina Beatris Wilhelmsen (RECTE), Savenfe Indústria e Comércio de Calçados


Ltda. (RECDO), Thaibê Indústria e Comércio de Calçados Ltda. (Massa Falida) (RECDO),
Maê Indústria e Comércio de Calçados Ltda. (RECDO), Arezzo Indústria e Comércio de
Calçados S.A. (RECDO), Jc Importação e Exportação Ltda. (RECDO), Hg Indústria e
Comércio de Calçados Ltda. (RECDO), Conexport Importação Exportação Comércio e
Representações Ltda. (RECDO), Concept Footwear Ltda. (RECDO), Webster e Henkel
Importação e Exportação Ltda. (RECDO), Tempe Brasil Comércio de Calçados Ltda.
(RECDO), Studio Brasil Importação e Exportação Ltda. (RECDO)

CERTIFICO e dou fé que, em sessão realizada nesta data pela Egrégia


9a. Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4a. Região, sob a Presidência do Exmo.
Desembargador JOÃO ALFREDO BORGES ANTUNES DE MIRANDA, presentes os
Exmos. Desembargadores CLÁUDIO ANTÔNIO CASSOU BARBOSA e CARMEN
GONZALEZ e o Exmo. Procurador do Trabalho, Dr. ANDRÉ LUÍS SPIES, sendo relator o
Exmo. Desembargador JOÃO ALFREDO BORGES ANTUNES DE MIRANDA, 
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RAZÕES DE DECIDIR: responsabilidade subsidiária. A reclamante não


se conforma com o indeferimento de seu pedido para que fosse reconhecida a
responsabilidade subsidiária das reclamadas Arezzo, JC, Conexport, Concept, Webster,
Tempe, Studio e HG. Alega que estas empresas foram tomadoras dos serviços da autora,
beneficiando-se de sua força de trabalho e, portanto, subsidiariamente responsáveis pelos
créditos reconhecidos na origem. Argui ser inequívoca a terceirização de serviços,
transcrevendo jurisprudência favorável. O julgador de origem não aceitou a existência de
responsabilidade subsidiária entre as três primeiras reclamadas (Maê, Thaibê e Savenfe,
que constituíam grupo econômico, sendo Maê a empregadora da reclamante) e as oito
outras reclamadas, alegadamente tomadoras dos serviços. Segundo o magistrado de 1º
grau, as reclamadas Maê, Thaibê e Savenfe são ³empresas que trabalhavam no ramo da
indústria e comércio de calçados. Conforme evidenciado ao longo dos anos em que atuo
como Juiz do Trabalho em São Leopoldo, mais precisamente desde 2002, tratam-se de
empresas regularmente constituídas que trabalhavam com matéria-prima e maquinários
próprios possuindo inúmeros empregados. Inclusive, ao longo dos anos, todas as
reclamatórias eram dirigidas apenas contra elas. Somente, após o fechamento, é que nas
suas demandas foram envolvidas outras empresas, o que não acontecia anteriormente.´
Assim, com base no conhecimento sobre as reclamadas e o funcionamento da economia
local, o juiz de origem não reconheceu a existência de responsabilidade subsidiária. A
reclamante disse ter trabalhado como empregada da empresa Maê, de 08-04-2008 a
25-01-2010, sendo que seu trabalho aproveitava às demais reclamadas, tomadoras dos
serviços. Contudo, tais afirmações não se fizeram acompanhar de quaisquer provas,
inexistindo nos autos elementos a indicar que a reclamante efetivamente laborou no
período alegado e para a reclamada Maê, com benefício para as demais empresas. Suas
afirmações são consideradas verídicas em face da revelia e pena de confissão ficta
aplicada às reclamadas Maê, Thaibê e Savenfe (ata das fls. 24/25), mas não contam com
outros elementos de confirmação ou detalhamento. Ainda que o ciclo produtivo do setor
coureiro-calçadista usualmente adote a terceirização de serviços, inexistem provas de que
as reclamadas Maê, Thaibê e Savenfe atendessem as demais reclamadas, na forma e
durante o período apontados, sendo a inicial bastante sumária neste aspecto. Diante de tal
situação, entende este Relator que a reclamante não foi capaz de comprovar as alegações
da inicial e que a confissão ficta alcança somente os fatos relativos às empresas revéis - e
não às outras reclamadas. Considera também que as afirmações do julgador de 1º grau a
respeito do funcionamento das reclamadas Maê, Thaibê e Savenfe não foram
desconstituídas pela autora. Porém, a Turma Julgadora, em sua composição majoritária,
adota entendimento diverso, considerando que as demais empresas eram tomadoras dos
serviços prestados pelas reclamadas Maê, Thaibê e Savenfe, beneficiando-se da força de
trabalho da autora, porque as tomadoras não trazem prova para demonstrar a efetiva
natureza das relações mantidas, se comercial ou não, a se presumir que a relação mantida
entre as empresas, não se restringia a mero relacionamento comercial, ônus que incumbia
às reclamadas provar; e além disso a mera alegação de que não houve fechamento de
negócio não é suficiente para afastar a responsabilidade subsidiária das reclamadas
reclamadas Arezzo, JC, Conexport, Concept, Webster, Tempe, Studio e HG, dando-se
provimento ao recurso ordinário da reclamante.

Porto Alegre, 16 de setembro de 2010 (quinta-feira).

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Márcia Lamberti Doval
Secretária da 9ª Turma

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