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Thich Nhat Hanh

Monge budista vietnamita, poeta e ativista dos direitos humanos. Em


1967 foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por Martin Luther King. É o autor
de mais de 60 livros. Mora em Plum Village, um centro de meditação na
França e viaja por todo o mundo conduzindo retiros na arte de viver em
plena consciência.
REFLEXÃO

A morte é como uma nuvem no céu

É como uma nuvem no céu. Quando a nuvem não está mais no céu, isso não significa
que a nuvem morreu. A Nuvem continua em outras formas, como a chuva, neve ou
gelo. Assim, você pode reconhecer a sua nuvem em suas novas formas.
Se você gosta muito de uma bela nuvem e sua nuvem não está mais lá, você não deve
ficar triste. Sua nuvem amada pode ter se transformado em chuva convidando você
“Querido, Querido. Não me vê em minha nova forma?” Então você não vai ficar
impressionado com o sofrimento e desespero. Seu amado continuará sempre. Meditação
ajuda a reconhecer a sua presença contínua em novas formas. E a nossa natureza é a
natureza do nenhum nascimento e nenhuma morte, assim como a natureza de uma
nuvem. Ela nunca pode morrer. Uma nuvem pode se tornar neve ou granizo ou chuva,
mas é impossível que uma nuvem passe de ser para não-ser. Isso é verdade com a sua
pessoa amada. Ela não morreu. Ela é prolongada em muitas novas formas.
POEMAS

Este corpo não sou eu

“Este corpo não sou eu.


Eu não sou limitado por este organismo.
Eu sou a vida sem limites.
Eu nunca nasci,
Eu nunca morri.

Olhe para o mar e o céu cheio de estrelas,


manifestações da minha mente,
verdade maravilhosa.

Desde antes dos tempos, eu sou livre.

O nascimento e a morte são apenas portas pelas


quais passamos,
limiares sagrados no nosso caminho.

Nascimento e morte são um jogo de esconde-esconde.


Então ria comigo,
segura minha mão,
vamos dizer adeus,
despedir-se, reunir-se novamente em breve.

Nós nos encontramos hoje.


Nós vamos nos encontrar novamente amanhã.
Nós vamos nos encontrar na fonte a cada momento.

Nós nos encontramos uns aos outros em todas as formas de vida.


Poesia de Thay

Eu cheguei.

Tenho aqui

No agora

O meu lar.

Eu sou firme.

Eu sou livre.

Eu habito no absoluto.
Meus nomes

Chamem-me pelos meus verdadeiros nomes


Não digam que parto amanhã
Porque hoje estou ainda chegando.

Olhe bem, a cada instante estou chegando


Para vir a ser botão de flor em ramo de primavera
Para ser passarinho de asas frágeis
Aprendendo a cantar em meu novo ninho,
Para ser lagarta na corola da flor,
Para ser gema oculta na pedra.

Estou ainda chegando para rir e chorar,


Para sentir medo e esperança
O ritmo do meu coração é o nascimento e morte
De tudo o que vive.

Sou a libélula em metamorfose


Em vôo sobre as águas do rio
E sou pássaro que se lança ao ar para engolir a libélula.

Sou rã que nada descuidada


Nas águas claras da lagoa
E cobra que em silêncio se alimenta da rã.

Sou a criança em Uganda, só pele e osso


Minhas pernas como gravetos
E sou o traficante que vende armas para Uganda.

Sou a jovem púbere


Que escapa em uma balsa
E que, violentada por um pirata, lança-se ao mar

Mas sou o pirata ainda incapaz de sentir e de amar


Minha alegria é como a cálida primavera
Que faz florescer toda a Terra.
Minha dor é como um rio de lágrimas,
Tão vasto que enche os quatro oceanos.

Chamem-me pelos meus verdadeiros nomes,


Para que eu possa despertar e enfim escancarar
Em meu coração as portas da compaixão.
Morrer sem ódio

Prometa,
prometa neste dia,
prometa hoje,
enquanto o sol paira
bem no zênite,
prometa:
Mesmo que eles
te derrubem com uma montanha de ódio e violência;
mesmo que eles te pisoteiem e estripem,
lembre-se, irmão,
lembre-se:
o homem não é nosso inimigo.
A única coisa adequada a ti é compaixão –
invencível, ilimitada, incondicional.
O ódio jamais permitirá que você encare
a besta no homem.
Um dia, quando você encarar sozinho essa besta,
com sua coragem intacta, seus olhos bondosos,
imperturbáveis
(mesmo que ninguém os veja),
de seu sorriso
irá desabrochar uma flor.
E aqueles que o amam
vão te enxergar
por dez mil mundos de nascimento e morte.
Sozinho de novo,
seguirei determinado,
sabendo que o amor se tornou eterno.
Na estrada longa e dura,
o sol e a lua
continuarão a brilhar.

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