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CABO FRIO
2018
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
WILLIAM TADEU DA CONCEIÇÃO
CABO FRIO
2018
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL PARA MICROGERAÇÃO
DISTRIBUIDA ATRAVÉS DE SISTEMAS EÓLICOS E
FOTOVOLTAICOS NO MUNICÍPIO DE
IGUABA GRANDE/RJ
___________________________________________
Professora Mestra Flávia Targa Martins
Orientadora
___________________________________________
Professor Doutor Wilson Ferreira de Mendonça Filho
Professor do curso de Engenharia Ambiental
_____________________________________________
Professora Doutora Gisela Kloc Lopes
Professora do curso de Engenharia Ambiental
Dedico este trabalho aos meus amados pais
Duilio (in memoriam) e Regina, a minha
querida esposa Valdinea e as minhas filhas
Elizabeth e Estefani.
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora, Professora Ma. Flávia Targa Martins, pela orientação e apoio.
Ao professor Dr. Luis Carlos Macedo Blasques pelas instruções de uso e instalação do
programa AVES-H.
Ao professor Dr. Duilio Tadeu da Conceição Junior pela ajuda na construção e aferição da
estação meteorológica experimental utilizada neste trabalho.
Aos meus amigos do curso, pelo apoio em todos os desafios vividos durante o curso.
RESUMO
A geração de energia elétrica, a partir de recursos eólicos e solares, passou por diversos
aprimoramentos técnicos, que possibilitaram o seu uso em residências. Isso possibilitou o
surgimento da modalidade de geração chamada microgeração distribuída, em que o cliente
pode gerar a própria energia e enviar o excedente para a rede elétrica, gerando assim créditos
para o consumidor e contribuindo para o aumento da oferta de energia para o sistema elétrico
brasileiro. Apesar dos benefícios trazidos pelos sistemas de microgeração distribuída, o seu
uso ainda é muito limitado, pois o elevado custo destes sistemas e a carência de informações
sobre o potencial deles acabam desestimulando a instalação de novos sistemas. O presente
trabalho tem como objetivo analisar o potencial para geração de energia através de micro
sistemas eólicos e fotovoltaicos no município de Iguaba Grande. Para realizar tal análise,
foram necessárias três etapas: a) obtenção de dados sobre a velocidade do vento e radiação
solar, por intermédio de uma estação meteorológica instalada no local; b) simulação do
desempenho dos sistemas eólicos e fotovoltaicos com o auxílio do programa AVES-H; e c)
estudo de viabilidade econômica destes sistemas, apontando qual sistema é mais viável para a
cidade. Constatou-se que os sistemas fotovoltaicos são perfeitamente viáveis para serem
instalados nos domicílios da cidade, já os sistemas eólicos foram considerados inviáveis
devido ao baixo desempenho e ao alto custo para instalação.
The generation of electric energy, from wind and solar resources, underwent several technical
improvements, which made possible its use in homes. This enabled the emergence of the
generation mode called distributed microgeneration, in which the customer can generate the
own energy and send the surplus to the electricity grid, thus generating credits for the
consumer and also contributing to the increase of the supply of energy to the Brazilian electric
system. Despite the benefits of distributed microgeneration systems, their use is still very
limited because the high cost of these systems and the lack of information about their
potential endup discouraging the installation of new systems. The present work has the
objective of analyzing the potential for power generation through micro wind and
photovoltaic systems in Iguaba Grande. In order to carry out this analysis, three steps were
necessary: a) obtaining data on wind speed and solar radiation, through a meteorological
station installed in the place; b) simulation of the performance of wind and photovoltaic
systems with the aid of the AVES-H program; and c) economic feasibility study of these
systems, pointing out which system is most feasible for the city. It was found that
photovoltaic systems are perfectly viable to be installed in the city's homes; already the wind
systems were considered infeasible due to the low performance and the high cost for
installation.
Key words: wind energy, solar energy, distributed microgeneration, systems connected to the
grid.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A Área (m²)
P Potência (w)
ρ Densidade do ar (kg/m³)
SUMÁRIO
1. CONTEXTUALIZAÇÃO TEMÁTICA...........................................................................9
2. PROBLEMA......................................................................................................................10
3. OBJETIVO GERAL.........................................................................................................11
3.1 Objetivos Específicos...................................................................................................11
4. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................11
4.1 Energia Solar Fotovoltaica.........................................................................................11
4.2 Energia eólica...............................................................................................................13
4.3 Microgeração distribuída...........................................................................................15
4.4 Potencial solar e eólico................................................................................................15
4.5 Programas para avaliação do potencial solar e eólico.............................................17
4.6 Estações meteorológicas automáticas........................................................................17
4.7 Avaliação econômica...................................................................................................17
5. METODOLOGIA...............................................................................................................18
5.1 Coleta de dados............................................................................................................18
5.2 Simulação.....................................................................................................................20
5.3 Avaliação econômica...................................................................................................21
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................................21
6.1 Analise dos dados coletados........................................................................................21
6.1.1 Radiação solar global..........................................................................................22
6.1.2 Velocidade média do vento.................................................................................23
6.1.3 Descrição das variações da velocidade do vento pela distribuição de Weibull
.........................................................................................................................................25
6.2 Energia gerada.............................................................................................................26
6.3 Avaliação econômica...................................................................................................27
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................29
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................31
9
1. CONTEXTUALIZAÇÃO TEMÁTICA
2. PROBLEMA
3. OBJETIVO GERAL
O objetivo geral deste trabalho é avaliar o potencial eólico e solar para microgeração
distribuída no município de Iguaba Grande-RJ, indicando a viabilidade técnica e econômica
destes dois sistemas.
4. REVISÃO DE LITERATURA
O Brasil possui grande potencial para geração de energia solar fotovoltaica, apesar das
diferentes características climáticas, a irradiação solar global incidente em qualquer região do
território brasileiro é superior ao da maioria dos países da União Européia, como Alemanha,
França e Espanha, onde já ocorre grande utilização de recursos solares na geração de energia
elétrica. Mesmo com todas as condições favoráveis, o Brasil ainda tem uma capacidade
instalada muito pequena (EPE, 2012).
A radiação solar no Brasil varia entre 8 a 22 MJ/m².dia, sendo que as menores
variações ocorrem nos meses de maio a julho, quando a radiação varia de 8 a 18 MJ/m²
(TIBA et al.,2000).
De acordo com Ferreira (2012), a potência extraída do vento em uma dada corrente de
ar é proporcional ao cubo da velocidade do vento, conforme a equação:
1
= ∗ ∗ ∗ ∗
2
Onde (P) é a potência extraída do vento em watts, (ρ) a densidade do ar em kg/m³, (A)
área da turbina em m², (V) a velocidade do vento em m/s e Cp o coeficiente de potência da
turbina.
A potência elétrica gerada por um aerogerador é determinada por um gráfico chamado
curva de potência, que indica a potência gerada em diferentes velocidades do vento conforme
exemplificado na Figura 2 (MACHADO, 2008).
1
Piranômetro é um sensor utilizado em estações meteorológicas para medir o fluxo de radiação solar.
2
Anemômetro é um sensor utilizado para medir a velocidade do vento.
16
= ∗ ∗
3
Distribuição de Weibull é uma distribuição de probabilidade contínua, sendo muito utilizada na modelagem de
dados.
17
5. METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado em três etapas distintas. A primeira etapa consistiu na
coleta de dados meteorológicos sobre o vento e radiação solar do local no período de um ano.
A segunda etapa ocorreu a simulação da energia gerada pelo sistema eólico e solar de 1000 w
de potência. E na terceira e última etapa por uma avaliação econômica.
4
O microcontrolador Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre, sendo muito
utilizado em projetos de automação.
19
5.2 Simulação
Para facilitar a identificação dos resultados deste trabalho, optou-se por simular um
sistema eólico e um sistema solar de 1000 w de potência nominal, ambos do tipo conectado à
rede, o qual dispensa baterias e envia o excedente a rede elétrica em troca de créditos,
conforme a resolução n°482/2012 da ANEEL.
A simulação da energia gerada por estes sistemas foi realizada com o auxílio do
Programa para Análise de Viabilidade Técnico-Econômica de Sistemas Híbridos para
Geração de Eletricidade (AVES-H) desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Desenvolvimento
de Alternativas Energéticas da Universidade Federal do Pará (GEDAE), sendo cedido de
forma gratuita para elaboração deste trabalho.
O programa AVES-H, descrito detalhadamente por Blasques (2005), funciona a partir
de um arquivo de extensão ‘.dat’ contendo 8.760 dados horários sobre radiação solar global e
velocidade média do vento, referentes à coleta de dados de um ano do local a ser estudado.
Para a construção do arquivo utilizou-se dois softwares: o programa Microsoft Excel
para formatar os dados para o padrão requerido pelo programa AVES-H e a ferramenta Bloco
de Notas do sistema operacional Windows para criar um arquivo de extensão ‘.dat’ com os
dados já formatados pelo Excel.
21
Apesar do método Payback não ser um método sofisticado, ele atende plenamente aos
projetos de pequenos sistemas domésticos de geração de energia renovável pois o incentivo
não é apenas econômico, mas também ambiental e social.
O valor do investimento inicial foi obtido por orçamentos de empresas especializadas
na venda e instalação de sistemas de geração eólico e solar.
Os créditos com a geração, que é resultado do produto da energia gerada pela tarifa de
energia, foram obtidos pela simulação da energia gerada através do programa AVES-H e pelo
valor da tarifa de energia cobrada pela distribuidora local.
Para os custos com manutenção do sistema, utilizou-se os valores indicados por
Blasques (2005) considerando-se o valor anual de 1% sobre o investimento inicial para o
sistema de geração fotovoltaico e 2% para o sistema eólico.
Já para os custos com depreciação, que variam de acordo com a vida útil de cada
sistema, utilizou-se os valores citados por Silva (2013) para o sistema fotovoltaico e Trapp
(2009) para o sistema eólico, adotando a taxa anual de depreciação de 3,33% sobre o
investimento inicial para o sistema fotovoltaico e 5% para o eólico.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A velocidade média do vento incidente sobre a cidade de Iguaba Grande esteve entre
2,2 a 4,8 m/s, conforme o gráfico da Figura 7, ficando abaixo das velocidades médias
indicadas por Nogueira et al. (2013) para a geração de energia eólica, que é entre 5,5 e 7,0
m/s, fato que já era esperado, pois a rugosidade da superfície criada pelas edificações de uma
cidade causam turbulências que reduzem de forma muito significativa a velocidade do vento.
24
A velocidade reduzida do vento dentro das cidades foi relatado por Moreira (2010)
que atribui este efeito ao atrito do vento com a superfície da cidade que é composta por várias
construções que formam um relevo muito rugoso,
rugoso o qual diminui significativamente a
velocidade do vento. Moreira salienta ainda, que para evitar prejuízos na instalação de novos
sistemas eólicos, é necessário pesquisas minuciosas
minu do vento no local onde será instalada a
turbina eólica.
O efeito do atrito, citado por Moreira (2010), pode ser evidenciado na Tabela
T 2,
comparando as velocidades médias do vento do Município de Iguaba Grande com Arraial do
Cabo, cidade vizinha localizada
lizada a 25 km de distância, onde verifica-se
se velocidades do vento
bem superiores as encontradas em Iguaba Grande.
A principal causa desta diferença é o local onde a velocidade foi medida, pois os dados
de Arraial do Cabo foram obtidos pela estação meteorológica
meteorológica do INMET localizada na praia
dos Anjos, que por localizar-se
localizar em frente ao mar, o qual tem uma rugosidade menor, favorece
maiores velocidades do vento.
25
= ∗ ∗
Fonte: Autor
Fonte: Autor
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MACHADO, C.; MIRANDA, F. Energia Solar Fotovoltaica: Uma breve revisão. Revista
virtual de química. Niterói, RJ, vol. 7, n. 1, p. 126-143, 14, out. 2014.
TIBA, Chigueru et al. Atlas Solarimétrico do Brasil: Banco de Dados Solarimétrico. Grupo
de Pesquisas em Fontes Alternativas de Energia - Departamento de Energia Nuclear UFPE.
Recife, 2000.