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METAIS FERROSOS USADOS NA INDÚSTRIA AERONÁUTICA
METAIS FERROSOS:

Desde sua descoberta, os metais ferrosos tornaram-se de grande importância na


construção mecânica. Os metais ferrosos mais importantes são o aço: material tenaz, de
excelentes propriedades e de fácil trabalho e o ferro fundido: material amplamente
empregado na construção mecânica; pode substituir o aço em diversas aplicações,
muitas vezes com grande vantagem, embora não possua resistência igual. Como esses
materiais são fáceis de serem trabalhados, com eles é construída a maior parte de
máquinas, ferramentas, estruturas, bem como instalações que necessitam materiais de
grande resistência.

LIGAS METÁLICAS :

São materiais com propriedades metálicas que contêm dois ou mais elementos, sendo
que pelo menos um deles é metal.
As propriedades de uma liga normalmente são diferentes das propriedades dos seus
elementos constituintes, quando analisados separadamente. As ligas metálicas possuem
algumas características que os metais puros não apresentam e por isso são produzidas e
muito utilizadas.
Apesar da grande variedade de metais existentes, a maioria não é empregada em estado
puro, mas em ligas com propriedades alteradas em relação ao material inicial, o que
visa, entre outras coisas, a reduzir os custos de produção.
As indústrias automobilísticas, aeronáuticas, navais, bélicas e de construção civil são as
principais responsáveis pelo consumo de metal em grande escala. São também
representativos os setores de eletrônica e comunicações, cujo consumo de metal, apesar
de quantitativamente inferior, tem importância capital para a economia contemporânea.
Ligas metálicas são materiais de propriedade semelhantes às dos metais e que contêm
pelo menos um metal em sua composição. Há ligas formadas somente de metais e
outras formadas de metais e semimetais (boro, silício, arsênio, antimônio) e de metais e
não-metais (carbono, fósforo).
É interessante constatar que as ligas possuem propriedades diferentes dos elementos que
as originam. Algumas propriedades são tais como diminuição ou aumento do ponto de
fusão, aumento da dureza, aumento da resistência mecânica.

O AÇO

O aço é a liga de ferro e carbono onde a porcentagem deste último é, geralmente, de


apenas 0,1 a 1,0%. Em certos aços especiais, o carbono pode chegar a 1,5%. São
também constituintes normais do aço o silício (0,2%) e o manganês (1,5%). O enxofre e
o fósforo são impurezas indesejáveis, e seus teores não devem ser maiores do 0,05%.
Quando se adicionam outras substâncias, para aperfeiçoamento das qualidades do aço,
obtêm-se ligas denominadas aços especiais. Os principais aços especiais contêm um ou
mais dos seguintes metais: níquel, vanádio, tungstênio, molibdênio, titânio, cobalto ou
manganês.
O aço é produzido, basicamente, a partir de minério de ferro, carvão e cal. A fabricação
do aço pode ser dividida em quatro etapas: preparação da carga, redução, refino e
laminação.
1. Preparação da carga
Grande parte do minério de ferro (finos) é aglomerada utilizando-se cal e finos de coque.
O produto resultante, é chamado de sinter.
O carvão é processado na coqueria e transforma-se em coque.
2. Redução
Essas matérias-primas, agora preparadas, são carregadas no alto forno.
Oxigênio aquecido a uma temperatura de 1000ºC é soprado pela parte de baixo do alto
forno.
O carvão, em contato com o oxigênio, produz calor que funde a carga metálica e dá início
ao processo de redução do minério de ferro em um metal líquido: o ferro-gusa.
O gusa é uma liga de ferro e carbono com um teor de carbono muito elevado.
3. Refino
Aciarias a oxigênio ou elétricas são utilizadas para transformar o gusa líquido ou sólido e
sucata de ferro e aço em aço líquido.
Nessa etapa parte do carbono contido no gusa é removida juntamente com impurezas.
A maior parte do aço líquido é solidificada em equipamentos de lingotamento contínuo
para produzir semi-acabados, lingotes e blocos.
4. Laminação
Os semi-acabados, lingotes e blocos, são processados por equipamentos chamados
laminadores e transformados em uma grande variedade de produtos siderúrgicos cuja
nomenclatura depende de sua forma e/ou composição química.
Os aços que possuem requisitos de temperabilidade adicionais recebem a adição de um H
após a sua classificação.
Obs: Os últimos dois dígitos, representados pelo xx, representam o conteúdo de carbono
do aço.

NOMENCLATURA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS AÇOS

Tipos de aço e sua classificação

Os vários tipos de aços utilizados na industria da construção mecânica podem ser


classificados com o sistema de codificação SAE/AISI que usa em geral quatro algarismos
na forma ABXX onde:
A e B - números que identificam os principais elementos de liga presentes no aço e seus
teores dados em porcentagem de peso.
XX - indicam a porcentagem em peso de carbono do aço multiplicado por 100.
Isso significa dizer que um aço identificado como 1045 contém 0,45 % em peso de
carbono em sua composição química.
Quando a letra B aparece entre os dois primeiros números e os dois últimos indica que o
aço tem um teor de boro no mínimo 0,0005% em peso (o boro, quanto presente no aço
em teores muito baixos, facilita a têmpera do aço, aumentando a sua resistência).
Quando o teor de carbono excede 1% o sistema admite a utilização de cinco algarismos.
O aço prata, utilizado principalmente na fabricação de anéis, esferas e roletes de
rolamentos, pois apresenta uma dureza elevada, é codificado como 52100 o que
corresponde a, 1,5% Cr e 1% de carbono.

Designação
TIPO DE AÇO
SAE AISI
10XX C10XX Aços carbono comuns
11XX C11XX Aços de usinagem (ou corte) fácil, com alto S
13XX 13XX Aço manganês com 1,75% de Mn
23XX 23XX Aços Níquel com 3,5% de Ni
25XX 25XX Aços Níquel com 5,0% de Ni
31XX 31XX Aços Níquel Cromo com 1,25% de Ni e 0,65% de Cr
33XX E33XX Aços Níquel Cromo com 3,5 % de Ni e 1,55 Cr
40XX 40XX Aços Molibdênio com 0,25% de Mo
Aços Cromo Molibdênio com 0,50% ou 0,90% de Cr e 0,12% ou 0,20%
41XX 41XX
de Mo
Aços Níquel cromo com molibdênio com 1,80% de Ni e 0,20% ou
43XX 43XX
0,25% de Mo
Aços Níquel Molibdênio com 1,55% ou 1,80% de Ni e 0,20% ou 0,25%
46XX 46XX
de Mo
Aços Níquel Cromo Molibdênio com 1,05%de Ni, 0,45% de Cr e 0,20
47XX 47XX
de Mo
48XX 48XX Aços Níquel Molibdênio com 3,5 % de Ni e 0,25% de Mo
50XX 50XX Aços cromo com 0,28% ou 0,65% de Cr
50BXX 50BXX Aços cromo boro com baixo teor de Cr e no mínimo 0,0005% de B
51XX 51XX Aços cromo com 0,80 a 1,05% de Cr
61XX 61XX Aço cromo vanádio com 0,8 ou 0,95% de Cr a 0,1% ou 0,15% de v
86XX 86XX Aços níquel molibdênio com baixos teores de Ni, Cr e Mo
87XX 87XX Idem
92XX 92XX Aço silício manganês com 0,85% de Mn e 2,0% de Si
93XX 93XX Aços silício manganês com 3,25% de Ni, 1,20% de Cr e 0,12% de Mo
Aço níquel cromo molibdênio com baixos teores de Ni, Mo e no
94BXX 94BXX
mínimo 0,0005% de B
Aço níquel cromo molibdênio com 1,0% de Ni,0,80 de Cr e 0,25% de
98XX 98XX
Mo
Sistema de codificação SAE/AISI

Propriedades químicas, físicas e mecânicas dos aços

Ductilidade
Dureza
Elasticidade
Estricção
Fadiga
Fluência
Fragilidade
Plasticidade
Propriedades eletroquímicas
Propriedades térmicas
Resiliência
Resistência à tração
Resistência ao choque
Soldabilidade
Temperabilidade
Tenacidade
Trabalhabilidade

Diferentes tipos de metal são exigidos para reparar uma aeronave. Isso decorre com a
necessidade de atender a variáveis de projeto, como resistência, peso, durabilidade, etc.
Além disso, a forma específica do componente dita, às vezes, um tipo especial de metal.
Na seleção de materiais para reparar uma aeronave, esses fatores, dentre outros, são
considerados com relação as suas propriedades físicas e mecânicas. Entre os materiais
aqueles chamados metais ferrosos, ou seja; ligas comuns a serem encontrados, estão
metálicas que têm o ferro como base, e mais alguns elementos de liga, que conferem ao
produto final características especiais

Identificação
Caso o carbono seja adicionado ao ferro em percentagens até mais ou menos 1%, a liga
resultante será amplamente superior ao ferro puro, sendo chamado aço- carbono. O aço-
carbono forma a base daquelas ligas de aço, produzidas pela combinação de aço-
carbono com outros elementos conhecidos por melhorar as propriedades do aço. A
adição de outros metais muda ou melhora as propriedades químicas ou físicas do metal
base para um uso particular.
As principais ligas ferrosas são: aço carbono, aço inoxidável, aço ferramenta, aço liga e
ferro fundido.

AÇOS - CARBONO

Liga de ferro-carbono contendo de 0,008% até aproximadamente 2,0% de carbono, e


outros elementos residuais, resultantes do processo de fabricação, como fósforo,
enxofre, manganês e silício. A maior parte do aço produzido no mundo é do tipo aço
carbono. Em regra geral, quanto maior o teor de carbono, maior a dureza e menor a
dutilidade do aço. . Aços Carbono (mais usual em construção metálica)
Segundo a NBR 6215 aço carbono é aquele não contém elementos de liga isto é, apenas
teores residuais de Cr = 0,20%, Ni = 0,25% etc e no qual os teores de Si e Mn não
ultrapassem limites máximos de 0,60% e 1,65% respectivamente.
São classificados em função do teor de carbono.
Aços carbono são essencialmente ligas de ferro e carbono com um teor máximo de
1,2% de carbono. Porém, a maior partes dos aços contém menos que 0,5% de carbono.
Vamos tratar aqui de alguns tipos de aço-carbono. Cada um destes tipos têm diferentes
características, preços e utilizações. Cada um interage de forma diferente com o meio
ambiente e suas propriedades e modo como podem ser tratados e manipulados também
são diferentes.
AÇO DE BAIXO TEOR CARBONO

Os Aços-carbono possuem na sua composição apenas quantidades limitadas dos


elementos Carbono, Silício, Manganês, Cobre, Enxofre e Fósforo. Outros elementos
existem apenas em quantidades residuais. A quantidade de Carbono presente no Aço
define a sua classificação: os baixo carbono possuem no máximo 0,30% de Carbono ;
os médio carbono possuem de 0,30 a 0,60% ; e os alto carbono possuem de 0,60 a
1,00%.
Classificação
Os aços, em geral, são classificados em Grau, Tipo e Classe. O Grau normalmente
identifica a faixa de composição química do aço. O Tipo identifica o processo de
desoxidação utilizado, enquanto que a Classe é utilizada para descrever outros atributos,
como nível de resistência e acabamento superficial.
A designação do Grau, Tipo e Classe utiliza uma letra, número, símbolo ou nome.
Existem vários sistemas de designação para os Aços, como o SAE (Society of
Automotive Engineers), AISI (American Iron and Steel Institute), ASTM (American
Society os Testing and Materials) e ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
A normalização unificada vem sendo utlizada com frequência cada vez maior, e é
designada pela sigla UNS (Unified Numbering System).

Qualidade
Os aços-carbono seguem uma divisão padronizada na indústria, o que permite que
fornecedores e consumidores se comuniquem com maior eficiência. Os grupos de
descrição de qualidade utilizados são os seguintes:
· Semi-acabados para forjamento
· Estrutural
· Placas
· Barras laminadas a quente
· Barras acabadas a frio
· Chapas finas laminadas a quente
· Chapas finas laminadas a frio
· Chapas com esmaltagem porcelânica
· Chapas chumbadas compridas
· Chapas galvanizadas
· Chapas revestidas por zincagem eletrolítica
· Bobinas laminadas a quente
· Bobinas laminadas a frio
· Folhas-de-flandres
· Arames
· Arame achatado
· Tubos
· Tubos estrutural
· Tubos para oleodutos
· Produtos tubulares para campos petrolíferos
· Produtos tubulares especiais
· Fios-máquina laminados a quente
Os aços baixo carbono possuem, normalmente, baixas resistência e dureza e altas
tenacidade e ductilidade. Além disso, são bastante usináveis e soldáveis e apresentam
baixo custo de produção. Estes aços normalmente não são tratados termicamente. Entre
as suas aplicações típicas estão as chapas automobilísticas, perfis estruturais e placas
utilizadas na fabricação de tubos, construção civil, pontes e latas de folhas-de-flandres.
O aço de baixo teor carbono, tem em sua composição de 0,02% a 0,3% de C. Este tipo
de aço tem aplicações mais simples e são geralmente usados em vigas estruturais para
edifícios e galpões, são usados também como material comum para obras de engenharia
e também em chapas para conformação mecânica.
Na produção e uso destas ligas, são necessários acabamentos superficiais. Este tipo de
serviço pode ser feito com brunimento, lixamento, jateamento, pintura, polimento,
pulverização, retificação, superacabamento e tamboreamento.
A união de peças feitas de liga de aço com baixo teor de carbono, pode ser efetuado por
soldagem ou brasagem (união por mudança de temperatura de uma das peças). A
usinagem destas peças pode ser feita, entre outros processos, por torneamento,
aplainamento, serramento e quimicamente.
A conformação pode ser feita por fundição, extrusão, forjamento, laminação, trefilação,
calandragem, dobreamento, estampagem, explosão e recalcagem.
Abaixo seguem algumas propriedades deste aço-carbono:
1- Propriedades Mecânicas:
Ductilidade: 0.2 a 0.5
Dureza: 800 a 1.8*103
Módulo de elasticidade: 196 a 211 Gpa
2- Desempenho frente ao ambiente:
Água doce: bom
Água salgada: regular
Ácidos fortes: muito ruim
Ácidos fracos: ruim
Bases fortes: bom
Bases fracas: muito bom
Radiação UV: muito bom
Resistência ao desgaste: bom
3- Propriedades Térmicas:
Temp. Max de serviço: 550-700 K
Temp. Min. de serviço: 240-260 K
Pto de Fusão 1,72 * 103 K
Condutividade Térmica: 40-70 W/m * K
Calor Específico: 418-455 J/Kg.K
Aplicações principais do aço de Baixo Carbono: C £ 0,30%
Limite de resistência: 440 N/mm²

Características:
- Boa tenacidade, conformabilidade e soldabilidade.
- Baixa temperabilidade.
Aplicações:
Pontes, edifícios, navios, vagões, caldeiras, tubos gerais, estruturas mecânicas, etc.

AÇO DE MÉDIO TEOR CARBONO


Os aços médio carbono possuem uma quantidade de carbono suficiente para a
realização de tratamentos térmicos de têmpera e revenimento, muito embora seus
tratamentos térmicos necessitem ser realizados com taxas de resfriamento elevadas e em
seções finas para serem efetivos. Possuem maiores resistência e dureza e menores
tenacidade e ductilidade do que os aços baixo carbono. São utilizados em rodas e
equipamentos ferroviários, engrenagens, virabrequins e outras peças de máquinas que
necessitam de elevadas resistências mecânica e ao desgaste e tenacidade.
O aço de médio teor carbono tem composição de 0,3 a 0,7% de C. Suas aplicações
geralmente são rolamentos comuns, eixos e engrenagens.
Seu acabmento superficial pode ser feito através dos seguintes processos: brunimento,
lixamento, jateamento, pintura, polimento, pulverização, recartilhamento, retificação,
superacabamento e tamboreamento.
A união de suas peças pode ser efetuada por brasagem ou soldagem. Sua usinagem pode
ser efetuada por torneamento, aplainamento, serramento e quimicamente.
Abaixo seguem algumas propriedades do aço-carbono de médio teor de C:
1.2.1- Propriedades Mecânicas:
Ductilidade: 0.05 a 0.3
Dureza: 1000 a 2000
Módulo de elasticidade: 196 a 210 Gpa
1.2.2- Desempenho frente ao ambiente:
Água doce: bom
Água salgada: regular
Ácidos fortes: muito ruim
Ácidos fracos: ruim
Bases fortes: bom
Bases fracas: muito bom
Radiação UV: muito bom
Resistência ao desgaste: bom
Aplicações principais do aço de Médio Carbono: 0,30% < C £ 0,50%
Limite de resistência: 440 a 590 N/mm²

Características:
 Média conformalidade e soldabilidade.
 Média temperalidade.

AÇO DE ALTO TEOR CARBONO

Os aços alto carbono são os de maiores resistência e dureza, porém de menor


ductilidade entre os aços carbono. São quase sempre utilizados na condição temperada e
revenida, possuindo boas características de manutenção de um bom fio de corte. Tem
grande aplicação em talhadeiras, folhas de serrote, martelos e facas.
A composição do aço de baixo teor carbono vai de 0,7% de C a 1,7%. Este aço é
geralmente usado em ferramentas de corte, rolamentos de alta performance e limas.
O acabamento superficial deste pode ser feito por brunimento, lixamento, jateamento,
pintura, polimento, pulverização, retificação, superacabamento e tamboreamento.
Suas peças podem ser unidas por brasagem ou soldagem, e sua usinagem é feita por
torneamento, aplainamento, serramento e quimicamente. A conformação das peças
feitas desta liga é feita por fundição, dobreamento e laminação.
Abaixo, seguem algumas proprieadades deste tipo de liga:
1- Propriedades Mecânicas:
Ductilidade: 0.05 a 0.3
Dureza: 1000 a 2000
Módulo de elasticidade: 196 a 210 Gpa
2- Desempenho frente ao ambiente:
Água doce: bom
Água salgada: regular
Ácidos fortes: muito ruim
Ácidos fracos: ruim
Bases fortes: bom
Bases fracas: muito bom
Radiação UV: muito bom
Resistência ao desgaste: bom

Aplicações principais do aço de Alto Carbono:


Limite de resistência: 590 a 780 N/mm²
Características:
 Má conformabilidade e soldabilidade. Altas temperaturas e resistência ao
desgaste.

AÇOS - INOXIDÁVEIS

O aço inoxidável é uma liga de ferro e crómio, também ligado ao níquel e molibdénio
que apresenta propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns, sendo a alta
resistência à oxidação atmosférica a sua principal característica. As principais famílias
dos Aços Inoxidáveis, classificados segundo a sua microestrutura, são: Ferríticos,
Austeníticos, Martensíticos, Endurecíveis por Precipitação e Duplex.
Estes elementos de liga, em particular o crómio, conferem uma excelente resistência à
corrosão quando comparados com os aços carbono. Eles são, na realidade, aços
oxidáveis. Isto é, o crómio presente na liga oxida-se em contacto com o oxigénio do ar,
formando uma película, muito fina e estável, de óxido de crómio - Cr2O3 - que se forma
na superfície exposta ao meio. Ela é chamada de camada passiva e tem a função de
proteger a superfície do aço contra processos corrosivos. Para isto, é necessário uma
quantidade mínima de crómio de cerca de 11% em massa. Esta película é aderente e
impermeável, isolando o metal abaixo dela do meio agressivo. Assim, deve-se tomar
cuidado para não reduzir localmente o teor de cromo dos aços inoxidáveis durante o
processamento. Este processo é conhecido em metalurgia como passivação. Por ser
muito fina — cerca de 100 angstrons — a película tem pouca interacção com a luz e
permite que o material continue apresentando seu brilho característico.

Os aços-inoxidáveis são aqueles que contém um mínimo de 10,5% de Cromo como


principal elemento de liga. São aços onde não ocorre oxidação em ambientes normais.
Alguns aços inoxidáveis possuem mais de 30% de Cromo ou menos de 50% de Ferro.
Suas características de resistência são obtidas graças à formação de um óxido protetor
que impede o contato do metal base com a atmosfera agressiva. Alguns outros elementos
como níquel, molibdênio, cobre, titânio, alumínio, silício, nióbio, nitrogênio e selênio
podem ser adicionados para a obtenção de características mecânicas particulares.
Esses aços caracterizam-se, fundamentalmente por resistirem à corrosão atmosférica,
embora possa resistir à ação de outros meios gasosos ou líquidos.
Os aços adquirem “passividade” quando ligados com alguns outros elementos metálicos,
entre os quais os mais importantes são o cromo e o níquel e, em menor gral, o cobre, o
silício, o molibdênio e o alumínio.
O cromo, é de fato, o elemento mais importante, pois é o mais eficiente de todos, quando
empregado em teores acima de 10%.
Enquanto, no caso da resistência a corrosão, o cromo já atua efetivamente a partir de
10%, na resistência ao calor, é necessário que sua quantidade ultrapasse 20%.
Em segundo lugar, vem o níquel, que em teores acima de 6 a 7%, não só melhora a
resistência à corrosão pelo ataque de soluções neutras de cloretos, como igualmente as
propriedades mecânicas. Os melhores aços inoxidáveis são os que contém
simultaneamente cromo e níquel.
Outros elementos que podem estar eventualmente presentes nos aços inoxidáveis são: o
molibdênio, que melhora a resistência à corrosão nos ácidos sulfúrico e sulforoso a altas
temperaturas, em soluções neutras de cloretos e na água do mar; o cobre, que melhora a
resistência à corrosão entre certos reagentes, como o ácido sulfúrico; o tântalo e o
nióbio, assim como o titânio, que evitam o fenômeno de corrosão intergranular, dos aços
inoxidáveis cromo-níquel; e o silício, que melhora a resistência a oxidação em
temperaturas elevadas.

TIPOS DE AÇOS INOXIDÁVEIS

1-Aços inoxidáveis martensíticos


- Essencialmente ligas binárias ferro-cromo com 12 a 17% Cr
- Magnéticos e endurecíveis por têmpera
- Maior resistência mecânica e dureza
- Baixa resistência a corrosão comparando com os ferríticos e martensíticos
Apresentam-se em três tipos:
- Baixo Carbono (tipo turbina) – 0,15% C; 12% Cr
- Médio Carbono (tipo cutelaria) – 0,70% C; 17% Cr
- Alto Carbono (resistente ao desgaste) – 1,10% C; 17% Cr
2-Aços inoxidáveis ferríticos
- São essencialmente ligas binárias ferro-cromo com 12 a 30% Cr
- Sua estrutura mantém-se essencialmente ferrítica (CCC, do tipo ferro ) após os
tratamentos térmicos normais
Classificação
Os aços inoxidáveis são divididos em cinco famílias, de acordo com a microestrutura,
estrutura cristalina das fases presentes ou tratamento térmico utilizado. As cinco famílias
são: martensíticos, ferríticos, austeníticos, duplex (austenítico e ferrítico) e endurecíveis
por precipitação.
· Martensíticos: os aços inoxidáveis martensíticos são ligas Fe-Cr-C que possuem uma
estrutura cristalina martensítica na condição endurecida. São ferromagnéticos,
endurecíveis por tratamento térmico e resistentes à corrosão somente em meios de média
agressividade. O conteúdo de cromo é, geralmente, situado entre 10,5 e 18% e o
conteúdo de carbono não pode ser superior a 1,2%. Os conteúdos de carbono e cromo
são balanceados para garantir uma estrutura martensítica. Alguns elementos como
nióbio, silício, tungstênio e vanádio são, às vezes, adicionados para modificar o
comportamento do aço durante o revenimento. Pequenas quantidades de níquel podem
ser adicionadas para melhorar a resistência à corrosão. Da mesma maneira, enxofre e
selênio podem ser adicionados para melhorar usinabilidade.
· Ferríticos: são ligas de Fe-Cr, de estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC).
Seu conteúdo de cromo se situa na faixa de 11 a 30%. Alguns graus podem conter
molibdênio, silício, alumínio, titânio e nióbio para a obtenção de certas características.
Também podem ser adicionados enxofre e selênio para melhoria da usinabilidade. São
ferromagnéticos, podem possuir boas ductilidade e conformabilidade mas suas
características de resistência em altas temperaturas são ruins se comparadas à dos
austeníticos. Sua tenacidade também pode ser limitada a baixas temperaturas e em
seções pesadas. Não são endurecíveis por tratamento térmico e dificilmente por trabalho
a frio.
· Austeníticos: constituem a maior família de aços inoxidáveis, tanto em número de
diferentes tipos quanto em utilização. A exemplo dos ferríticos, não são endurecíveis por
tratamento térmico. São não-magnéticos na condição recozida e são endurecíveis apenas
por trabalho a frio. Normalmente, possuem excelentes propriedades criogênicas e
excelentes resistências mecânica e à corrosão em altas temperaturas. O conteúdo de
cromo varia entre 16 e 26%, o de níquel é menor ou igual a 35% e o de manganês é
menor ou igual a 15%. Podem ser adicionados, também, molibdênio, cobre, silício,
alumínio, titânio e nióbio, para a obtenção de melhores características de resistência à
oxidação.
· Duplex: são ligas bifásicas baseadas no sistema Fe-Cr-Ni. Estes aços possuem,
aproximadamente, a mesma proporção das fases ferrita e austenita e são caracterizados
pelo seu baixo teor de carbono (<0,03%) e por adições de molibdênio, nitrogênio,
tungstênio e cobre. Os teores típicos de cromo e níquel variam entre 20 e 30% e 5 e 8%,
respectivamente. A vantagem dos aços duplex sobre os austeníticos da série 300 e sobre
os ferríticos, são a resistência mecânica (aproximadamente o dobro), maiores tenacidade
e ductilidade (em relação aos ferríticos) e uma maior resistência a corrosão por cloretos.
· Endurecíveis por precipitação: são ligas cromo-níquel que podem ser endurecidas
por tratamento de envelhecimento. Podem ser austeníticos, semi-austeníticos ou
martensíticos, sendo que a classificação é feita de acordo com a sua microestrutura na
condição recozida. Para viabiliazr a reação de envelhecimento, muitas vezes se utiliza o
trabalho a frio, e a adição de elementos de liga como alumínio, titânio, nióbio e cobre.

Sistema de classificação

Os aços inoxidáveis são normalmente designados pelos sistemas de numeração da AISI


(American Iron and Steel Institute), UNS (Unified Numbering System) ou por
designação própria do proprietário da liga. Entre estes, o sistema da AISI é o mais
utilizado. Nele, a maioria dos graus de aços inoxidáveis possuem uma classificação com
três dígitos. Os aços austeníticos fazem parte das séries 200 e 300, enquanto que a série
400 designa tanto aços ferríticos quanto martensíticos.
A série UNS, por sua vez, possui um maior número de ligas que a AISI, pois incorpora
todos os aços inoxidáveis de desenvolvimento mais recente. Nesta série, os aços
inoxidáveis são representados pela letra S, seguida de cinco números. Os três primeiros
representando a numeração AISI (se tiverem). Os dois últimos algarismos serão 00 se o
aço for um aço comum da designação AISI. Se forem diferentes, significa que o aço tem
alguma característica especial reconhecida pela UNS.

Aplicações

- Martensíticos: estes aços são especificados quando a aplicação requer elevadas


resistência à tração, à fluência e à fadiga, combinadas com requisitos moderados de
resistência à corrosão e utilizações em até 650 °C. Entre as suas aplicações estão
turbinas a vapor, motores a jato e turbinas a gás. Alguns destes aços encontram
aplicações, também, como tubulações de vapor, reaquecedores de geradores a vapor e
tubulações superaquecidas utilizadas em refinarias de combustíveis fósseis, cutelaria,
peças de válvulas, engrenagens, eixos, cilindros laminadores, instrumentos cirúrgicos e
odontológicos, molas, cames e esferas de rolamentos.
Peças metálicas, parafusos especiais, implementos agrícolas, trilhos e rodas ferroviárias,
etc.
- Ferríticos: suas várias classes encontram aplicações em sistemas de exaustão de
automóveis, como recipientes de alimentos, em trocadores de calor e em tubulações
contendo soluções com cloretos e água do mar.
- Austeníticos: podem, em função dos elementos de liga presentes na sua composição,
resistir a corrosão atmosférica, em várias soluções aquosas, na presença de alimentos,
em ácidos oxidantes (como o nítrico), fosfóricos e acéticos, em soluções diluídas
contendo cloretos e em ácidos sulfurosos.
- Duplex: graças a sua elevada resistência mecânica, os aços inox duplex podem ser
utilizados em menores espessuras. Sua desvantagem é que não pode ser utilizado em
temperaturas acima de 300 °C, sob pena de perder algumas de suas características
mecânicas, sobretudo a tenacidade. É bastante utilizado nas indústrias de gás, petróleo,
petroquímica, polpa e papel, principalmente na presença de meios contendo aquosos
contendo cloretos.
- Endurecíveis por precipitação: possuem boas resistência mecânica, tenacidade e
ductilidade. Sua resistência à corrosão é de moderada a boa. Suas características lhe
garantem aplicação nas indústrias aeroespacial e de alta-tecnologia.

Propriedades do aço inoxidável

 Alta resistência à corrosão


 Resistência mecânica adequada
 Facilidade de limpeza/Baixa rugosidade superficial
 Aparência higiénica
 Material inerte
 Facilidade de conformação
 Facilidade de união
 Resistência a altas temperaturas
 Resistência a temperaturas criogénicas (abaixo de 0°C)
 Resistência às variações bruscas de temperatura
 Acabamentos superficiais e formas variadas
 Forte apelo visual (modernidade, leveza e prestígio)
 Relação Custo/Benefício favorável
 Baixo custo de manutenção
 Material reciclável
 De Boa Fabricação

AÇOS FERRAMENTA

Os aços-ferramentas são aqueles utilizados nas operações de corte, formação, afiação e


quaisquer outras relacionadas com a modificação de um material para um formato
utilizável. Estes aços se caracterizam pelas suas elevadas dureza e resistência à abrasão
geralmente associadas à boa tenacidade e manutenção das propriedades de resistência
mecânica em elevadas temperaturas.
Estas características normalmente são obtidas com a adição de elevados teores de
carbono e ligas, como tungstênio, molibdênio, vanádio, manganês e cromo. Boa parte
dos aços-ferramenta são forjados, mas alguns também são fabricados por fundição de
precisão ou por metalurgia do pó. A seleção da matéria-prima para a fabricação dos aços
ferramentas é um fator importante do processo, e a sua seleção costuma ser
cuidadosamente realizada inclusive na utilização de sucata.
A fusão dos aços-ferramentas é realizada, normalmente, em quantidades relativamente
pequenas nos fornos elétricos, tomando-se um especial cuidado com as tolerâncias de
composição química e homogeneidade do produto final. Estas e outras particularidades
tornam o aço-ferramenta um material de custo mais elevado do que os aços comuns.
Devido às diversas utilizações dos aços-ferramentas, eles são classificados em diferentes
tipos de acordo com a sua aplicação e características. São eles:
· Aços-rápido: são desenvolvidos para aplicações de usinagem em elevadas
velocidades. Existem duas classificações para os aços-rápidos, que são os ao molibdênio
(grupo M) e os ao tungstênio (grupo T). Os dois possuem uma performance mais ou
menos semelhante. Os do grupo M, entretanto, tem um custo inicial menor.
· Aços para trabalho a quente: desenvolvidos para utilização em operações de
punçonamento, cisalhamento e forjamento de metais em altas temperaturas sob
condições de calor, pressão e abrasão. São identificados como aço H, no sistema de
classificação. São divididos em três sub-grupos: ao cromo (que vai do H10 ao H19) , ao
tungstênio (H21 ao H26) e ao molibdênio (H42 e H43).
· Aços para deformação a frio: por não conter os elementos de liga necessários para
possuir resistência a quente, estes aços se restringem a aplicações que não envolvam
aquecimentos repetidos ou prolongados em faixas de temperatura de 205 a 260ºC. São
divididos em três grupos: aços temperáveis ao ar (grupo A), alto-carbono e alto-cromo
(grupo D) e temperáveis em óleo (grupo O)
· Aços resistentes ao choque: seus principais elementos de liga são manganês, silício,
cromo, tungstênio e molibdênio Quase todos os aços deste tipo (conhecidos como Grupo
S) possuem conteúdo de carbono de aproximadamente 0.50%, o que lhes confere uma
combinação de elevadas resistência e tenacidade e baixa ou média resistência ao
desgaste por abrasão.
· Aços baixa-liga para aplicações especiais: contém pequenas quantidades de cromo,
vanádio, níquel e molibdênio. A demanda por estes aços vem caindo continuamente, o
que reduziu os seus sub-grupos de sete para apenas dois, ambos temperáveis a óleo. São
os aços do grupo L.
· Aços para moldagem: estes aços possuem cromo e níquel como principais elementos
de liga. Possuem características de baixa resistência ao amolecimento em altas
temperaturas. São utilizados quase que exclusivamente em peças fundidas sob pressão
ou em moldes para injeção ou compressão de plásticos e são classificados como grupo P.
· Aços temperáveis em água: nestes aços o carbono é o principal elemento de liga. São
adicionados, também, pequenas quantidades de cromo para aumentar a temperabilidade
e a resistência à abrasão, e de vanádio, para manter uma granulação fina, e
consequentemente uma maior tenacidade.

Aplicações

· Aços-rápido: ferramentas, brocas, perfuratrizes, alargadores de furos, machos para


abertura de roscas e fresas helicoidais. Alguns graus podem ser utilizados para certas
aplicações a frio como laminadores de rosca, punções e matrizes para corte de discos.
-Aços para trabalho a quente: os aços ao cromo são utilizados em aplicações de
transformações mecânicas a temperaturas elevadas. Os aços ao tungstênio são utilizados
como mandris ou matrizes de extrusão para aplicações de alta temperatura, como por
exemplo na extrusão de ligas de cobre, ligas de níquel e aço.
· Aços para deformação a frio: os do grupo A são aplicados como facas de
cisalhamento, punções, corte de chapas para estampagem e matrizes para aparar. Os do
grupo D são aplicados em ferramentas de forjamento, rolos de laminação de roscas,
estampagem profunda, moldes de tijolo, calibres, operações de brunimento, rolos e facas
para corte de tiras. Os do grupo O, por fim, são utilizados em matrizes e punções para
corte de chapas para estampagem, rebarbação, trefilação, flangeamento e forjamento.
· Aços resistentes ao choque: usados em talhadeiras, formões, contra-rebites, punções,
brocas-guia e outras aplicações que requerem elevada tenacidade e resistência ao
choque.

AÇOS - LIGA

Os Aços-liga contém quantidades específicas de elementos de liga diferentes daqueles


normalmente utilizados nos aços comuns. Estas quantidades são determinadas com o
objetivo de promover mudanças nas propriedades físicas e mecânicas que permitam ao
material desempenhar funções especifícas. Os aços-liga costumam ser designados de
acordo com o(s) seu(s) elemento(s) predominante(s), como por exemplo, aço-níquel,
aço-cromo e aço-cromo-vanádio.

Classificação
Os aços-liga seguem as mesmas classificações dos aços-carbono, ou seja, são divididos
em Graus, Tipos e Classes. Os sitemas de designação também são os mesmos,
destacando-se o SAE, AISI, ASTM e UNS.

Qualidade
Os grupos de descrição de qualidade para os aços-ligas são os seguintes:
· Placas
· Barras laminadas a quente
· Arames
· Barras acabadas a frio
· Tubos para oleodutos
· Produtos tubulares para campos petrolíferos
· Produtos tubulares especiais

Sistema de classificação

Os aços-liga possuem várias numerações diferentes no sistema SAE-AISI. A designação


SAE-AISI considera como aço-liga todos aqueles que ultrapassem os limites de 1,65%
de Manganês, 0,60% de Silício ou 0,60% de Cobre. Além disso, são considerados aços-
liga todo e qualquer aço que possua quantidades mínimas especificadas de Alumínio,
Boro, Cromo (até 3,99%), Cobalto, Nióbio, Molibdênio, Níquel, Titânio, Tungstênio,
Vanádio, Zircônio ou qualquer outro elemento de liga adicionado com o intuito de
melhorar as propriedades mecânicas e a tenacidade após a realização de tratamentos
térmicos.
Os aços-liga, por serem uma família bastante ampla de diferentes tipos de aço, com
propriedades bastante distintas, encontram aplicações igualmente vastas. Podem ser
encontrados em praticamente todos os segmentos industriais, desde a construção civil até
a construção naval, passando pela indústria petrolífera, automobilística e aeronáutica.
Escolhendo o grau
A maioria das ligas de aço inclui um ou mais dos seguintes elementos, cada um
fornecendo determinadas vantagens (e algumas desvantagens). Apesar dos elementos
listados abaixo serem os mais comuns, há muitos outros que aparecem na liga.
Cromo - ajuda na dureza. É utilizado em ligas de aço inoxidável e pode fazer com que o
aço apresente rachaduras durante a forjamento.
Tungstênio - proporciona um gume afiado e duradouro. É difícil de forjar.
Manganês - agrega resistência durante o tratamento térmico.
Molibdênio - mantém o aço duro em temperaturas mais elevadas. É muito difícil de
forjar quando presente em grandes quantidades.
Níquel - agrega resistência e não aumenta a dureza. Aparece em maior concentração em
ligas de aço inoxidável.
Silicone - melhora a flexibilidade e dureza. Pode aumentar a condutividade da liga.

FERROS FUNDIDOS

É o termo genérico utilizado para as ligas Ferro-Carbono nas quais o conteúdo de


Carbono excede o seu limite de solubilidade na Austenita na temperatura do eutéctico.
A maioria dos ferros-fundidos contém no mínimo 2% de carbono, mais silício (entre 1 e
3%) e enxofre, podendo ou não haver outros elementos de liga.

Classificação
Os cinco tipos de ferros fundidos comercialmente existentes são o Cinzento, Dúctil,
Maleável, Grafítico compacto e Branco. Todos estes tipos, exceto o Branco, são
compostos de uma fase grafítica em uma matriz que pode ser ferrítica, perlítica,
bainítica, martensítica temperada ou uma combinação destas.
Os ferros fundidos também podem ser classificados em não-ligados ou ligados. Os não-
ligados constituem-se basicamente de ligas de ferro-carbono-silício contendo pequenas
quantidades de manganês, fósforo e enxofre. Os ferro fundidos ligados, por sua vez, são
divididos em tipos, de acordo com a sua aplicação e propriedade: brancos resistentes à
abrasão, resistentes à corrosão, cinzentos de alta-resistência, dúcteis termoresistentes e
brancos termoresistentes.

Sistema de classificação

· Ferro fundido cinzento : este material é frágil e quebradiço devido a sua


microestrutura, não servindo muito bem a aplicações que requeiram elevada resistência
à tração. Sua resistência e ductilidade são maiores sob compressão, além de terem
excelentes capacidades de amortecimento de vibrações e elevada resistência ao desgaste
mecânico. São aplicados como componente estrutural de máquinas e equipamentos
pesados sujeitos à vibração, peças fundidas de vários tipos que não necessitam de
elevada resistência mecânica, pequenos blocos cilíndricos, pistões, cilindros, discos de
embreagem e peças fundidas de motores a diesel.
· Ferro fundido dúctil: sua estrutura nodular confere maiores resistência mecânica e
ductilidade ao material, aproximando suas características das do aço. Suas aplicações
incluem válvulas carcaça de bombas, virabrequins, engrenagens, pinhões, cilindros e
outros componentes de máquinas e automóveis
-Ferro fundido branco: extremamente duro e frágil, chegando a ser inadequado para a
usinagem em alguns momentos. Sua aplicação é restrita aos casos em que dureza
elevada e resistência ao desgaste são necessárias, como nos cilindros de laminação. O
ferro fundido branco, geralmente, é utilizado como um processo intermediário na
produção do ferro fundido maleável.
· Ferro fundido maleável: produto da transformação do ferro fundido branco após
tratamento térmico em temperatura e atmosfera adequada. Apresenta características de
elevada resistência mecânica e consideráveis ductilidade e maleabilidade. É aplicável
tanto em temperaturas normais quanto mais elevadas. Flanges, conexões para tubos,
peças para válvulas ferroviárias e navais, e outras peças para indústria pesada são
algumas das aplicações típicas do ferro fundido maleável.
· Ferro fundido grafítico compacto: suas propriedades variam entre as do ferro
fundido cinzento e as do dúctil. Em comparação com os ferros fundidos cinzentos, os
grafíticos compactos possuem maior resistência mecânica, maiores ductilidade e
tenacidade e menor oxidação a temperaturas elevadas. Já na comparação com os ferros
fundidos dúcteis, possuem menor coeficiente de expansão térmica, maior
condutibilidade térmica, maior resistência ao choque térmico, maior capacidade de
amortecimento, melhor fundibilidade e melhor usinabilidade. Dentre as aplicações
típicas, podem ser citadas: base para grandes motores a diesel, cárteres, alojamentos de
caixas de engrenagens, alojamentos para turboalimentadores, suportes de rolamentos,
rodas dentadas para correntes articuladas, engrenagens excêntricas, moldes para
lingotes, coletores de descarga de motores e discos de freio.
Esse tipo de aço tem praticamente substituído os aços-carbonos na fabricação de
tubos para estrutura de fuselagem, berços de motor, trem de pouso, dentre outras partes

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ESCOLA MUNICIPAL DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS

METAIS FERROSOS USADOS NA INDÚSTRIA AERONÁUTICA

Professor: C. ferreira
Turma: Célula
Aluno: Roque Tadeu
N°. 18

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