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AULA 1 – 07/08/2018
Tipo penal: produto de uma escolha legislativa
População carcerária no Brasil: 726.712 – 3ª maior população carcerária do mundo
(maior parte são crimes relacionados ao tráfico de drogas).
A pena atinge toda a sociedade, como, por exemplo, através dos impostos que são, em
parte, usados para a manutenção das penitenciárias.
Revista vexatória: agride a dignidade humana
Pesquisar: Lei 13.654/18: furto e roubo envolvendo explosão de caixas eletrônicos - O objetivo
declarado dessa Lei foi o de punir com mais rigor os furtos realizados em caixas eletrônicos
localizados em agências bancárias ou em estabelecimentos comerciais (ex: drogarias, postos de
gasolina etc.). Isso porque tem sido cada vez mais comum que grupos criminosos, durante a
noite, explodam caixas eletrônicos para dali retirar o dinheiro depositado. Contudo, há um con-
trassenso: o objetivo do legislador ao criar o novo § 4º-A foi o de aumentar a pena dos agentes
que praticam furto mediante explosão de caixas eletrônicos. No entanto, o que a Lei fez foi
tornar mais branda a situação dos réus. Antes da Lei 13.654/2018, o agente respondia pelo art.
155, § 4º, I c/c o art. 251, § 2º do CP (Pena mínima: 6 anos); Depois da Lei 13.654/2018, o
agente responde apenas pelo art. 155, § 4º-A do CP. (Pena mínima: 4 anos). Além disso, a Lei
nº 13.654/2018 deixou de punir com mais rigor o agente que pratica o roubo com arma branca.
Pode-se, portanto, dizer que a Lei nº 13.654/2018, neste ponto, é mais benéfica. Isso significa
que ela, neste tema, irá retroagir para atingir todos os roubos praticados mediante arma branca. 1
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Informações extraídas do site “Dizer o Direito”, indicado pela professora.
AULA 2 – 09/08/2018
Erro de tipo (art. 20 CP): erro quanto ao elemento do crime. Não significa que o agente, no
momento em que pratica o crime, desconheça o tipo penal. Ele sabe, por exemplo, que matar
alguém é crime, mas é possível que incida num erro que o faça cometer o tipo penal.
Erro de tipo essencial: Ex. 1: Matar alguém – não sabe que está atirando na pessoa. Ex. 2:
estupro de vulnerável – não sabe que aquela pessoa com quem teve relações sexuais é vulnerá-
vel.
Escusável: quando é perdoável, inevitável, justificável, insuperável. Afasta dolo e culpa
Inescusável: erro não perdoável. Conduta dispensável. Injustificável, evitável. Afasta o
dolo, mas não a culpa se houver previsão de modalidade culposa para o tipo penal.
Erro de tipo acidental: circunstância acessória. Não sabe que incide numa qualificadora. Ex.
1: Homem tenta estuprar uma jovem que aparenta ter 20 anos, mas tem 13. Não tinha dúvidas
que queria estuprar, mas não tinha dolo de estuprar vulnerável.
Erro quanto à pessoa: Pretende acertar A, mas acerta B. Não há erro na execução, pratica-se
o crime como se queria praticar, mas se confunde a vítima. Ex.: mulher em estado puerperal
queria matar o filho, mas mata filho adverso. Responde pelo resultado pretendido.
Erro quanto ao objeto: responde pela coisa que efetivamente subtraiu
Aberratio Causae: interrupção do nexo causal
Aberratio Ictus: erro na execução. Tenta praticar o tipo, mas comete alguma falha e produz
resultado diverso do pretendido. Responde pelo resultado pretendido (art. 73 CP)
Aberratio Criminis: ocorre erro na execução, porém atinge bem jurídico diferente do preten-
dido. Responde pelo resultado obtido (art. 74 CP)
Pesquisar: Introdução ao direito penal brasileiro – Nilo Batista; Introdução crítica à criminolo-
gia brasileira
AULA 3 – 14/08/2018
Erro de tipo injustificável: exclui o dolo, mas não exclui a culpa (art. 20 CP). OBS.: pode
haver atipicidade da conduta quando houver apenas a modalidade dolosa prevista em lei. Se
não tiver a previsão de conduta culposa, será fato atípico. Ex.: furto culposo não existe.
Crítica: teoria do erro tem várias zonas cinzentas. Ex.1: mistura de esmalte e posterior
comercialização. Ex. 2: vender bala de cafeína. Sai nova lista da Anvisa que consta a
bala de cafeína como droga. Sabe-se que vender droga é crime, mas não que o que ven-
der bala de café é crime. Elemento que constitui o crime = ERRO DE TIPO
Omissivo impróprio: filho cai na água. Pai não percebe que é seu filho, percebe apenas que é
uma criança. Qual o crime? O pai tem o dever de garantidor, tem o dever positivo de agir. Não
responderá por omissão de socorro, pois tem o dever de agir. Não saber que seu filho muda
algo? É possível que haja erro de tipo omissivo impróprio (art. 13, §2 CP)
ERRO DE PROIBIÇÃO: não interfere na tipicidade, mas na culpabilidade.
Direto: envolve o desconhecimento da existência da norma
Indireto: erro de autorização. Legítima defesa putativa – sabe que é crime, mas acredita estar
autorizada a agir daquela maneira pelo ordenamento.
Erro de proibição mandamental: achar que não tem o dever de garantidor.
Pesquisar: Violência doméstica – prática reiterada no tempo. Mulher mata o marido enquanto
ele está dormindo. É legítima defesa? A literalidade da norma não alcança esse caso. Contudo,
como a violência é permanente, poderia haver legítima defesa a qualquer tempo.
AULA 4 – 16/08/2018
CONCURSO DE AGENTES: Pluralidade de agentes. Precisa de mais de uma pessoa come-
tendo o crime ao mesmo tempo. Analisar-se-á o nexo causal.
Autoria: tem o controle da situação. Um autor. Tem o controle intelectual dos resultados.
Coautoria: mais de um autor. Há concurso de agentes que atuam positivamente na posição de
autor. Agentes praticam juntamente e ativamente para alcançar o objetivo. Não se confunde
com autoria colateral. Os coautores são aqueles que acordam entre si para obterem o resultado.
Autoria colateral: agentes concorrem para a obtenção do resultado. Não tem acordo entre os
agentes. Não é plano compartilhado. É mera coincidência. Ex.: duas pessoas atiram ao mesmo
tempo em determinado indivíduo. Se for determinado qual dos dois tiros deu a causa, um res-
ponde por homicídio e outro por tentativa. Caso não haja identificação, os dois responderão por
tentativa. A aplicação da lei penal deve ser realizada de maneira mínima, restritiva, se não há
certeza de quem realizou o fato consumado.
Autoria mediata: utiliza de outra pessoa para cometer um crime. Usa-se o terceiro como ins-
trumento, induzindo-o a erro.
Participação: o partícipe realiza uma atividade secundária que contribui, estimula ou favorece
a execução da conduta proibida. A doutrina, de um modo geral, tem considerado duas espécies
de participação: instigação e cumplicidade.
TEORIA UNITÁRIA: todo mundo que contribuiu para a prática de um crime será igualmente
punido no mesmo grau. Crime único e pluralidade de agentes.
TEORIA PLURALISTA: cada um será punido pela conduta que realizou. Ex.: roubo a banco
– a forma como será aplicada a lei penal será de acordo com a previsibilidade dos desdobra-
mentos. Leva em consideração o dolo dos agentes.
TEORIA DUALISTA: diferenciação entre autor e partícipe. O grau de contribuição no desen-
volvimento ou na prática definirá o papel do indivíduo no crime, se é autor ou age de maneira
acessória.
AULA 5 – 21/08/2018
Existem crimes que, para ocorrerem e serem consumados, precisam de pluralidade de agentes.
Monosubjetivos: não necessitam de pluralidade de agentes.
Plurisubjetivos: necessitam de pluralidade de agentes. Não há partícipes.
Para a teoria unitária, autor é aquele que pratica o fato típico.
CONCEITO SUBJETIVO
Autor tem ânimo de autor – Animus auctoris
Partícipe tem ânimo de partícipe – Animus socci
Crítica: problema de identificar o ânimo de alguém, pois é um elemento psíquico.
Autor mediato: usa o autor imediato, que pratica o delito de forma direta. O autor imediato
não tem interesse na obtenção do resultado. O autor mediato não realiza o núcleo verbal do tipo
penal, mas leva alguém a fazê-lo, e isso pode acontecer por indução ao erro. Autor mediato não
se confunde com coautor. Ex.: Médico que quer matar paciente e pede para que a enfermeira
injete um medicamento dizendo que era insulina, mas na verdade o medicamento causa uma
parada cardíaca. A enfermeira que aplica o medicamento a pedido do autor está em erro de tipo
escusável, invencível. A enfermeira não tem dolo ou intenção, ela é autora imediata por desco-
nhecer que a substância é letal, e incide em erro de tipo (incide no elemento) por indução do
médico. É, portanto, erro invencível, e não poderá ser responsabilizada, mesmo que haja mo-
dalidade culposa.
Autoria colateral: aquele que, por coincidência, contribui para a obtenção do tipo penal. Os
colaterais contribuem por coincidência para a prática de determinado crime. A responsabiliza-
ção dependerá da causação. Ex.: agentes atiram contra uma pessoa ao mesmo tempo sem sabe-
rem. Se não for possível saber quem deu causa, os dois responderão por tentativa.
Art. 29 §1 CP
Participação: pode se dar por instigação.
Art. 122 CP
Multidão delinquente: várias pessoas agindo em concurso. Pessoas estimuladas pela massa.
“Efeito manada”. Mentalidade de massa. Dificuldade de individualização da conduta.
Pesquisar: corrupção – oferecer e negociar é crime. Dar dinheiro, não; Mob Mentallity – falsas
memórias, induzimento de respostas.
AULA 7 – 28/08/2018
Juiz pode decretar a prisão por ofício? No nosso ordenamento sim.
O poder punitivo é dado ao Estado. Nosso sistema processual é acusatório.
No séc. XVII, surgem as work houses, ou seja, as casas de trabalho na Europa. Os presos foram
usados como força de trabalho. A prisão foi um avanço porque reduziram as lesões corporais.
A prisão passa a servir como pena e como mão de obra. As prisões como penas em si próprias.
A prisão hoje dá dinheiro. Exploração: capacidade laborativa. O modelo de prisões privadas é
menos efetivo.
ALEC: seletividade
Cifra oculta: crimes que não entram nas estatísticas.
PUNITIVISMO: O punitivista é a favor da expansão do uso do direito penal (tudo vira crime).
Aumentar a quantidade de crimes
GARANTISMO: Luigi Ferrajoli – 10 axiomas. Direito penal é a ultima ratio. Garantismo é
totalmente positivado.
MINIMALISMO: reduzir ao máximo o direito penal. Direito penal é Ultima ratio.
ABOLICIONISMO: teoria criminológica relacionada à descriminalização, ou seja, a retirada
de determinadas condutas de leis penais.
Pesquisar: ordálias; Por que ainda hoje pessoas põe a mão sobre a Bíblia e fazem juramento?
Primeiro livro de criminologia: Martelo das feiticeiras; Documentário: Kids for cash; “Projeto
Violeta”; Labbeling Aproach
AULA 8 – 04/09/2018
FUNÇÕES DA PENA
Penas privativas de liberdade (PPL): reclusão, detenção
Pens restritivas de direitos (PRD): não entram nas estatísticas brasileiras. Por isso, não sabe-
mos quantas pessoas cumprem pena no Brasil.
Pesquisar: Fernanda Martins – muitas pessoas presas são sustentadas pela própria família; Gus-
tavo N. D’Ávila Filmes: A caça, A origem; Livros: Holocausto brasileiro, Prisões da miséria.
AULA 9 – 06/09/2018
FUNÇÕES DA PENA (CONTINUAÇÃO)
Teoria unitária (Art. 59 CP): retributiva + prev. geral + prev. especial (funções declaradas da
pena). Teoria do nosso ordenamento jurídico. Aceita que a pena tem caráter punitivo e pedagó-
gico, pois é usada como ferramenta para punir, evitar e coibir a ocorrência de crimes. Crítica
da criminologia: “cultura re”, se funcionasse, o índice de reincidência não seria tão alto.
Teoria agnóstica: a pena serve para afastar o indivíduo do contexto social. A pena é uma ten-
tativa de equilibrar.
O problema da pena são suas funções reais: penas como função de controle.
Utilizamos o direito para excluir os desviantes do status quo
Pena hoje é a regra do jogo
Pena tem que ter limites
Pesquisar: Bauman: Modernidade líquida. Liquidez das relações humanas. Não sabemos onde
estamos. Tudo é muito flexível e difícil de definir. (Livro: Medo líquido). Ele diz que não pre-
cisamos ter medo, pois a existência de um fato não pode justificar o que se é feito para atingir
a sociedade como um todo. Vidas para consumo.
AULA 10 – 11/09/2018
Pesquisar: Anualmente, Brasil prende cerca de 1.300.000 pessoas diferentes; Quantum máximo
da pena; Carta de execução provisória (CES); ADC 43 e 44; Livro: Lawfare
AULA 11 – 13/09/2018
LEP: Lei nº 7.210 – Lei de Execução Penal. Abarca direitos e deveres dos presos.
HED: Lei nº 8.072 – Lei de Crimes Hediondos
SÚMULA 471/STJ: refere-se a progressão de regime aos crimes cometidos anteriormente a
Lei 11.464/07
SÚMULA VINCULANTE 26: pode determinar, em casos específicos, o exame criminoló-
gico. Antes dessa S.V., o detento deveria passar por exame criminológico.
Crimes hediondos anteriores à Lei nº 11.464/07 serão tratados como crimes comuns (1/6). Após
a Lei, a progressão de regime será a partir do cumprimento de 2/5 se for primário e 3/5 se for
reincidente.
INDULTO presidencial: por meio de decreto presidencial. Editado e assinado pelo presidente
da república.
INDULTO humanitário: concedido em caso de doença em estado terminal
AULA 12 – 18/09/2018
Tanto progressão quanto regressão precisam de autorização judicial.
A lei trará especificada quando terá comutação e indulto. Vão ser calculados e abatidos parci-
almente ou totalmente.
Remissão de pena: direito do preso. A cada 3 dias de trabalho, de 12h cada, haverá a remissão
de 4 dias da pena. Apenas trabalho interno serve como remissão de pena, e não se aplica CLT.
LIVRAMENTO CONDICIONAL
Crime comum – réu primário: 1/3
Crime comum – reincidente: ½
Crime hediondo – réu primário e reincidente: 2/3
Crime hediondo – reincidência específica: NÃO HÁ
Pesquisar: ADPF 347 – que trata da violação dos direitos fundamentais dos encarcerados no
Brasil; Estado de Coisas Inconstitucional; Questões controvertidas – Juarez Tavares; Milena
Rocha
AULA 13 – 20/09/2018
REVISÃO PARA P1
- Teoria do Erro:
De Tipo: Quanto ao elemento do crime.
De Proibição: Quanto à ilicitude da ação.
- Concurso de agentes
Requisito objetivo: Pluralidade de indivíduos.
Requisito subjetivo: Agem com intuito de praticar crimes.
Teorias para aplicação da norma:
Unitária: Crime único e pluralidade de agentes
Pluralista: Os agentes serão punidos de acordo com sua conduta, se era previsível ou não.
Dualista: Diferenciação entre autor e partícipe.
Espécies: Autoria
Partícipe
- Modelos prisionais:
Modelo Filadélfico - Penitência.
Modelo Auburniano – Presos trabalham o dia todo e enclausurados à noite. Crítica: Escravidão.
Modelo Progressista Inglês: Traz a ideia de Progressão de Regime. Estimula bom comporta-
mento, Mark System. Liberdade Condicional como teste.
Modelo Progressista Irlandês: Modelo utilizado no Brasil. Ideia de semiaberto.