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CINZAS DA CIDADE 5
CASCA 7
SOLDADO 8
PINTURA RUPESTRE 9
BEATITUDE 10
SONHOS 11
ROCHEDO NA PRAIA 12
DESPINDO AS PALAVRAS 14
SAT SANGA 15
OLHOS DE CÉU 16
SOL E LUA 17
SÍMBOLOS 18
CÉU 19
SARASWATI 21
NÉVOA 22
INTUIÇÃO 24
ACIDENTES ACONTECEM 25
ECLIPSE 26
ELEMENTOS 27
CHUVA 28
VOA 29
SUPERSTIÇÃO 30
LENDO PESSOA 31
CENTRO 32
REVOLUÇÃO 33
NÃO SOU 35
ENCRUZILHADAS 36
EU ME SEI OÁSIS 42
MEMÓRIA EMOTIVA 43
MAESTRIA 44
POETA EU! 45
RESPOSTAS 46
GATOS 47
FLOR DE IPÊ 48
GEOMETRIA 49
FOR ONE WHO SEEKS THE LIGHT OR THE LIGHT SEEKING THE ONE 50
CORCEL 51
Cinzas da Cidade
Em movimento.
Em movimento.
Termina em cinzas.
Como você.
Só há Luz e Trevas
Quando Morrem?
Será a realidade
O Inferno dos sonhos?
Dos crepúsculos,
Das noites de sexta-feira,
Dos silêncios,
Das sombras,
Das ervas daninhas no jardim,
Dos segredos.
Ai meu Deus
Faça-me cristalino
Para conduzir
Sua imagem
Segue adiante
Com os olhos no infinito
Sem amargor, nem medo
Apenas as lições que te tornam
Mais próximo da fonte.
quarta-feira, 23 agosto, 2006 - 11:10
Meditação sobre um trecho de Rumi
Conforme o sheikh vai lendo uma história do Masnavi
Lá naquela tekke distante, na qual me acolhem
Vou ficando impressionado com os sinais do Altíssimo
Que dão a resposta exata, no momento correto.
O sheikh apenas segue a sequência da lição,
Iniciada nas semanas em que não estive lá,
Mas o nosso mestre Rumi, ele não,
ele fala diretamente a mim
Naquelas respostas tão diretas
Vejo os muitos erros, os poucos acertos
Mas, acima de tudo, entendo que mais uma vez
Minhas orações foram aceitas
Mesmo mecânicas e numa lingua que entendo pouco
Elas enchem meu coração de paz, falam da verdadeira saudade,
Aquela do retorno a Deus, da dissolução na unidade
Entre uma recitação e outra, volto um instante a Ele.
sexta-feira, 18 agosto, 2006 - 17:42
Este poeta tardio em mim
"Não tenho ambições nem desejos./ Ser poeta não é uma ambição minha./ É a minha maneira de
estar sozinho" (Fernando Pessoa)
Este poeta despertou em mim
Inesperado, tardio
Intenso, patético
Confuso, iluminado
Justo em mim
Que nunca soube ou quis,
Conformado com exercícios mediocres
Ele resolveu despertar
Mando ele se calar
Mas ele não obedece
Sorri com os olhos
E fica mais patético
Fico enredado no labirinto
Que ele arquiteta...
Quando o julgo perdido,
Se mostra sábio,
Quando o julgo esclarecido,
Ele me precipita em disparates!
Nesta confusão
E nestes esclarecimentos
Me sinto vivo
E agradeço a ele!
quinta-feira, 17 agosto, 2006 - 14:23
Voz, não eco
Prefiro dizer bobagem,
Escrever períodos confusos
Expor parágrafos caóticos
Mas ser eu mesmo a escrever
Ao menos o leitor
Ouvirá ali uma voz
Não mero eco
De outros
Eu me sei oásis
De fontes cristalinas
Palmeiras frondosas
E defesa contra os saqueadores
Sei também
Que a fonte às vezes se torna salobra
As palmeiras não contém a tempestade
Nem só de saqueadores é o sangue no chão
E não miragem
terça-feira, 15 agosto, 2006 - 12:39
Memória Emotiva
Somos Só
A memória emotiva
De um Deus esteta
Que precisa de nós
Para se ver
Caquinho de espelho
Do Altíssimo.
A lua reclama
Por sua luz ser só reflexo
do Sol?
terça-feira, 8 agosto, 2006 - 16:00
Maestria
Aquele que é mestre
De si mesmo
É também escravo
De si próprio.
Como reconhecer
O mestre de Verdade?
Nada mais fácil
Para quem é livre
Os falsos mestres
Andam catando discípulos
Ao preço módico
De sua alma
Já os mestres
Dirão que o caminho
É duro e desnecssário
Mesmo quando você implora.
terça-feira, 8 agosto, 2006 - 17:39
Poeta eu!
Poeta, eu!
Só há imagens complexas demais para serem escritas nesta nossa linguagem racional,
lógica, estruturada e pobre
Então gaguejo na linguagem dos pássaros
Como estrangeiro em país distante
Tentando descobrir com urgência
Onde pode conseguir um hotel barato.
quinta-feira, 6 julho, 2006 - 14:28
Respostas
Quando era jovem
Tinha todas as respostas
Do mundo
Elas foram indo embora
Me deixando Só
Com as perguntas
terça-feira, 30 maio, 2006 - 12:54
Gatos
O gato é a astúcia,
o poder da sutileza,
o domínio do indivíduo.
Um dirá:
Este instante foi único
Jamais haverá outro igual
A flor dançou a intensidade do efêmero
Outro dirá:
No próximo ano, e no outro
e ainda pelas décadas
O balé fatal da flor reviverá em outras
Esta resposta
Ela não retardará sequer em um segundo
A queda da flor
Ou fará a primavera
chegar mais cedo no próximo ano.
terça-feira, 28 fevereiro, 2006 - 16:58
Geometria
Platão vetou a entrada na Academia
aos ignorantes da geometria
Imaginaram compassos e esquadros
Mas não enxergaram o jardim