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Formação Desportiva
A Periodização do Treino…
Do Futebol de Formação à Competição
«A PERIODIZAÇÃO DO TREINO»
Por sua vez, outra particularidade da “forma” desportiva é o seu temperamento empreendedor.
À medida que o atleta vai aperfeiçoando as suas performances individuais e colectivas, a condição
de uma superior disposição enceta variações tanto em função dos integrantes quantitativos como
dos qualitativos. Dessa forma, os desfechos conquistados nas circunstâncias reais de competição são
transformados nos sinais fundamentais do estado da “forma desportiva”.
Na sua evolução, os estados de “forma” são adquiridos em fases, por meio das quais se examina
a sua afinidade com a obtenção de resultados (vitórias) desportivas. Essa organização periódica
ajusta-se aos modelos conservadores de periodização do treino desportivo:
a) Fase de desenvolvimento;
b) Fase de conservação;
c) Fase de perda.
a) Fase de Desenvolvimento
Ocorre com a fase preparatória, assim como com os primários anos de percurso desportivo
de um praticante, por intermédio do qual o desportista constrói a sua aptidão de produtividade.
Nessa etapa, são aplicadas as cargas mais gerais e é, pois, mais uma etapa de formação que de
aquisição de rentabilidade exclusiva em que se garante a subida do nível funcional geral do
organismo, a evolução multifacetada dos atributos físicos e a criação dos alicerces motores
insubstituíveis.
c) Fase de Perda
Esta derradeira fase distingue-se pela mudança da vocação dos métodos de apropriação, que
gera, como desfecho, uma escassez na aptidão de rentabilidade. Por sua vez, a fase de perda
estabelece um estádio de mutação indispensável a fim de gerar estados propícios para uma nova
situação de adaptação. Nela, sobrevêm os métodos de recuperação essenciais após as etapas de
preparação intensa realizadas na fase prévia de progresso.
A partir dessas imposições, é possível apreender melhor em que grau a periodização do treino
desempenha uma “habilidade” organizada fundamental para ir regulando a forma física do
praticante ao longo de um ciclo anual ou plurianual. De facto, o propósito estratégico reside em
compatibilizar o crescimento da forma desportiva e os períodos de apronto. Assim, descobriríamos
as sequentes ligações de equilíbrio:
Período de Período
1º
Desenvolvimento Preparatório
Período de Período de
2º
Estabilização Competições
Período de Período de
3º
Perda Transição
Unidades de periodização
Os ciclos que estruturam a periodização do treino desportivo são definidos de acordo com a
função que desempenham, embora a sua tipologia seja determinada a partir da sua duração. Há três
estruturas temporais:
a) Macrociclo: a sua duração diversifica-se de três a seis meses, e até de um a vários anos, como
nos períodos das grandes competições (Jogos Olímpicos, Campeonatos do Mundo e da
Europa, etc.);
b) Mesociclo: a sua duração poderá ser de três a seis semanas;
c) Microciclo: a sua duração pode variar de quatro a cinco dias a uma semana, e, inclusive, até
duas ou três semanas.
A. Macrociclo
Consisti numa sequência ininterrupta de vários ciclos menores, como são os mesociclos, e o
seu propósito está concentrado no aperfeiçoamento da forma desportiva individual e colectiva. Cada
Macrociclo reconhece-se pelo fim a que se propõe, pelas tarefas e pela natureza dos conteúdos
(cargas) a ele relacionados. Geralmente, a planificação das UT’s (unidades de treino) estabelece três
grandes macrociclos:
Um macrociclo preparatório;
Um macrociclo competitivo;
Um macrociclo de transição.
Durante essas fases, age-se com graus de intensidade comedida e usa-se dar primazia à
aplicação de movimentações gerais e inespecíficas como métodos de trabalho adequados do que se
sabe como retoma activa.
B) Mesociclo
C) O Microciclo
Os microciclos possibilitam orientar com rigor o praticante para o propósito previsto. Por isso,
tornam-se na célula básica da preparação e, a partir deles, guiam-se os métodos de adaptação. Na
generalidade dos casos, a dinâmica interna dos microciclos está adaptada a uma cadência de faina
semanal, ainda que arrisquem organizar-se também em etapas inferiores (três, quatro ou cinco
dias), e até superiores (10, 12 ou 14 dias). Dessa forma, o microciclo apoia-se em duas teses
basilares:
CARACTERIZAÇÃO DO MICROCICLO
DIA CONTEÚDOS CARGA
1º Velocidade e Força Elevada
2º Velocidade Média
6º Velocidade Máxima
Entende-se por planeamento a curto prazo a construção das UT’s relativo a uma época
desportiva. Essa estrutura de planeamento é a que exibe uma inferior aptidão de projecção do
comportamento e costuma ser usada em fases limitadas de tempo do percurso dos praticantes.
Na regra em que o treino desportivo (não lúdico) é planeado para obter a melhor rentabilidade
e sucesso nos resultados, e a conquista desses intentos exige fases amplas de tempo para que a
competência funcional do praticante progrida de forma firme, a planificação do treino (UT’s) a
curto prazo constitui-se na forma menos adequada para os praticantes que têm como fito
primordial o alto rendimento desportivo. Para os praticantes de elite, a organização de uma época
nunca suporta concretizar-se de forma solitária. Cada uma dessas etapas se integra unicamente
num perlongado método.
Por sua vez, nos atletas mais jovens e nos infanto-juvenis, cujo progresso granjeia-se de um
jeito não tão simples e com um cariz ilimitado (sem restrições, à vontade), o planeamento das UT’s
a curto prazo consente agir com o grau de presteza indispensável para regular o treino às
transformações sucedidas como corolário imediato do progresso do indivíduo, a qual está
condicionada pelo crescimento e pelo desenvolvimento, pela evolução orgânica, pela aprendizagem
e pelo aperfeiçoamento motor.
Todavia, as planificações a curto prazo possibilitam centralizar mais a atenção sobre as
matérias das UT’s e o seu procedimento ao longo das etapas de faina determinadas. Dessa forma, as
variáveis de controlo sobre o método influenciam com um superior nível de competência,
minorando os graus de indeterminação visíveis nos planeamentos com estruturas temporais mais
expandidas.
Mais adiante apresento uma possível direcção de um planeamento a curto prazo relativo a
um período anual de preparação e que, nesse caso, faz referência aos métodos do treino para o
desenvolvimento da força.
Nas planificações a médio prazo, o modelo temporal usa concentrar-se nos períodos dos
grandes desafios … Campeonatos do Mundo, da Europa e Jogos Olímpicos, etc., que representam
um intercalo de quatro anos sucessivos. Entretanto, em alguns casos, o planeamento a médio prazo
pode não ser organizado para uma fase das grandes competições integral, mas idealizado para
metade desse período. Assim, qualquer preparação que exceda uma época desportiva deve ser
compreendido como um plano a médio prazo.
Neste caso, a planificação da UT’s a longo prazo transforma-se na organização essencial que
preserva o método da especialização desportiva ao longo do qual os jovens vão conquistando o grau
de formação e amadurecimento indispensável para encarar com garantias de êxito a etapa
subsequente, que viabilize o alto rendimento (competição). Então, o planeamento a longo prazo
obtém uma grandeza cuja fundamental particularidade é a sua aptidão de ajuste às razões
aparecidas em todo o processo de desenvolvimento e crescimento humano (não exclusivamente
aquelas que influenciam directamente na competência prática do indivíduo, mas igualmente as que
determinam o ambiente social e cultural em que este se encontra em demarcada circunstância).
Assim, gostaria de expor de jeito modesto uma possível direcção para uma série de objectivos
num processo que se revela de grande complexidade:
A próxima figura exibe uma sugestão para o procedimento dos distintos aspectos que
interferem no planeamento a longo prazo, no qual, além das competições e das cargas, se atenta
também o método de especialização.
Logo, a metodologia da preparação desportiva orientada até á rentabilidade expressa
continuamente uma especialização crescente ao longo da qual é alcançada uma sucessão de
propósitos por etapas, de modo a que o treino dos jovens se transforme numa lógica de preparação
ordenada delineada a longo prazo com a finalidade de adquirir o supremo proveito desportivo nos
anos em que se tem a competência máxima para tal.
MODELO DE PERIODIZAÇÃO
Para a Segunda Etapa de Formação de Jovens Praticantes
Nos dois primeiros anos, serão concretizados etapas de cariz anual, nos quais necessitam ser
dilatadas as fases de preparação. A organização das UT’s deve ser orientada para que
sobrevenha um crescimento do nível geral das aptidões praticáveis, assim como novas
imposições técnico-tácticas.
No terceiro ano, precisam ser realçadas as essências indispensáveis, mais exclusivas, dos
conteúdos a incorporar nas UT’s e do método, bem como os formatos competitivos.
No quarto ano, realiza-se o modelo testado ao supremo nível de eficiência possível.
Por outro lado sugiro outra variável morfológica para os ciclos plurianuais, alicerçado nos
seguintes princípios:
O efeito das UT’s e o volume das mesmas no que ao treino especial da força, diz respeito vão
de forma progressiva aumentando até ao terceiro ano do ciclo, iniciando-se, aí e, de forma
gradual, o abrando das cargas até então impostas.
O desenvolvimento do nível funcional, no quarto ano, conquista-se com a alteração do efeito
do grau da carga de força utilizada nas UT’s.
E quanto ao volume de labor concentrado na preparação técnica, segue-se uma filosofia
distinta. Nos primários anos, teima-se no aperfeiçoamento das bases basilares para o
aprimoramento técnico. No terceiro ano, o volume do intuito técnico encolhe e, no quarto
ano, retorna a crescer.
Todavia, os dilemas mais relevantes que ressaltam em todo o planeamento a longo prazo, como é o
caso dos ciclos das grandes competições, acham-se localizados na complexidade de agir em fases
tão latas de tempo. Nomeadamente no que se liga às posturas imprescindíveis para transformar o
método de apresto numa sequência eficaz com objectivos de apropriação funcional.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS