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Relatório
Rui Coelho
25/02/2016
A.L 2.1- Campo elétrico e superfícies equipotenciais
Índice
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A.L 2.1- Campo elétrico e superfícies equipotenciais
Objetivo do trabalho
Identificar o tipo de campo elétrico criado por duas placas planas e paralelas. Identificar a
direção e sentido das linhas de campo. Medir o potencial num ponto. Investigar a forma das
superfícies equipotenciais, a direção que elas têm. Calcular a variação de potencial quando se
a fasta a ponta de prova de uma placa. Calcular o módulo do campo elétrico criado entre as
duas placas planas e paralelas.
Introdução
Este relatório apresenta uma síntese do que foi realizado nesta atividade laboratorial em que
com o auxílio de duas placas de cobre e um gerador de corrente alternada se gera um campo
elétrico. Através desta atividade laboratorial pretendemos realizar o estudo das características
de um campo elétrico criado por duas placas planas e paralelas, campo uniforme.
As cargas elétricas criam campos elétricos cuja forma está relacionada com o valor dessas
cargas e com a sua distribuição espacial.
O campo elétrico 𝐸⃗ , num ponto, é, por definição, a força elétrica que atua por unidade de
carga de prova positiva, colocada nesse ponto, à distância r da carga criadora 𝑄𝑐 .
⃗⃗⃗
𝐹𝑒
𝐸⃗ =
𝑞
O campo elétrico, tal como o campo gravítico ou o campo magnético, pode ser representado
por linhas de campo. Estas são tangentes ao campo elétrico, 𝐸⃗ , e indicam a direção e o sentido
do campo.
Quando o campo elétrico, 𝐸⃗ , é constante, isto é, tem o mesmo módulo, direção e sentido em
todos os pontos, dizemos que o campo elétrico e uniforme.
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É possível obter um campo elétrico uniforme com duas placas condutoras, planas e paralelas,
com cargas simétricas (+Q e –Q) e a uma distância d pequena, quando comparada com o
tamanho das placas.
O campo elétrico, 𝐸⃗ , que se cria é perpendicular às placas e dirigido da placa positiva para a
placa negativa.
Num campo uniforme, como 𝐸⃗ é constante, as linhas de campo são paralelas e equidistantes
entre si.
Uma carga elétrica de prova, q, colocada em qualquer ponto do campo, fica sujeita a uma
força elétrica, 𝐹 , constante, uma vez que o campo elétrico, 𝐸⃗ , é constante (𝐹 = 𝑞𝐸⃗ )
Por outro lado sabemos que o campo elétrico, 𝐸⃗ , aponta sempre no sentido dos potenciais
decrescentes, ou seja, dos potenciais de valores mais elevados para os de valores menores.
A expressão:
|𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 |
|𝐸⃗ | =
𝑑
Questões pré-laboratoriais
1. Suponha que tem duas placas planas e paralelas, com
cargas elétricas de sinais contrários, à distância de 40
cm uma da outra. Na figura estão indicados os
potenciais elétricos de alguns pontos do campo.
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1.3. Como varia o potencial elétrico ao logo de uma linha de campo? E de uma superfície
equipotencial?
r V VB
E A
d
r 40 (40) r
↔ E E 400 Vm1
0,20
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2. Para estudar algumas caracteristicas de um campo elétrico criado por duas placas planas e
paralelas, um grupo de alunos usou uma tina em material transparente (por exemplo,
acrílico), que colocou sobre uma folha de papel milimétrico, onde deitou uma solução
condutora. Na solução, mergulhou duas placas de cobre que ligou a um gerador de
corrente. Com uma ponta de prova, ligada a um voltímetro e colocada verticalmente em
relação ao fundo da tina, mediram o potencial em pontos relevantes.
2.1. Com que objetivo terão colocado a folha de papel milimétrico sob a tina?
2.2. Admita que a placa de cobre ligada ao polo negativo do gerador está a potencial nulo
e que a origem do referencial de posição se encontra na placa positiva. Quando a
ponta de prova toca na placa positiva, o potencial será máximo ou mínimo?
Vai ser máximo pois se o potencial zero foi atribuído à placa de cobre negativa e a
origem do referencial à placa positiva, quando a ponta de prova toca na placa
positiva (d=0), o potencial é máximo e decresce até zero para uma distância máxima
entre as placas.
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2.3. Para investigar a forma das superfícies equipotenciais, como terão procedido os
alunos?
2.4. E para verificar como varia a diferença de potencial entre duas superfícies
equipotenciais com a distância que as separa, como terão procedido?
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Procedimento experimental
1. Colocar água na tina.
2. Colocar o papel milimétrico por baixo da tina para obter as medições das
distâncias.
3. Ligar o gerador à corrente, e fazer as ligações necessárias para que as placas
criem o campo elétrico.
4. Com a ponta de prova medir ao longo que se afasta da placa metálica o valor
de potencial das linhas de potencial.
5. Recolher os valores obtidos para fazer um gráfico com o declive e calcular o
módulo criado pelas placas de cobre.
Registos efetuados
3 0.05 2.23
2 0.06 2.70
1 0.07 3.12
0 0.08 3.49
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12
Distância 0.09 3.8
0.1 4.8
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𝑦 = 𝑉 = 𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑥 = 𝑑 = 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
Pela linha de tendência linear, sendo a sua equação do tipo 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏 verifica-se que:
𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏 ↔ 𝑉 = 𝑚𝑑 + 𝑏 ↔ 𝑉 = 43𝑑 + 0,14
𝑦
Neste tipo de equações o declive é dado por 𝑚 = o que, neste caso em particular, é:
𝑥
𝑉
𝑚=
𝑑
𝑉 |𝑉 −𝑉 |
Assim sendo, verificamos que 𝑚 = 𝑑é equivalente à expressão |𝐸⃗ | = 𝑎 𝑑 𝑏 pelo que se pode
inferir que o módulo do campo elétrico desta experiência é igual ao declive, sendo assim o
módulo do campo elétrico é 43 V/m.
Através do modelo teórico podemos inferir que o módulo do campo elétrico, isto é, o declive,
deveria ser 48 V/m como se pode verificar através dos seguintes cálculos:
|𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 | |4,8 − 0|
|𝐸⃗ | = ↔ |𝐸⃗ | = ↔ |𝐸⃗ | = 48 𝑉/𝑚
𝑑 0,10
Em comparação com o modelo experimental verificamos que existe um pequeno erro, erro
este devido aos erros de medição associados à experiencia e a algum mau estado do material.
Contudo, uma vez que os erros de medição foram minimizados ao máximo, o erro relativo em
percentagem não é muito elevado, apenas se obtém um erro de 10% como se pode confirmar
através dos seguintes cálculos:
|48 − 43|
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 𝑋 100
48
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Questões pós-laboratoriais
2. Num campo elétrico uniforme, para uma diferença de potencial constante entre
placas, como varia a intensidade do campo com a distância entre as placas?
Todos os pontos que se encontram ao longo de uma linha paralela às placas têm
valores iguais pois estão numa zona de linhas equipotenciais e por isso têm
todos o mesmo potencial ao longo dessa linha.
4. Como varia a diferença de potencial entre duas linhas equipotenciais com a distância
que as separa?
5. Com que objetivo se usou, nesta atividade, uma ponta de prova ligada a um
voltímetro?
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Conclusão
Para concluir, iremos de encontro aos objetivos iniciais do trabalho. Apuramos que o tipo de
campo elétrico criado por duas placas planas e paralelas é uniforme. Também ficamos a saber
que as linhas de campo têm sentido dos potenciais decrescentes e direção horizontal. As
superfícies equipotenciais são sempre perpendiculares às linhas de campo e o potencial
diminui conforme a distância à placa positiva aumenta. Para terminar, o modelo teórico dizia
ser 48 V/m o módulo do campo elétrico e no trabalho prático que realizamos obtivemos um
valor de 43 V/m para o campo elétrico, sendo portanto o erro relativo de 10% (erro que se
deve aos erros de medição e estado de degradação do material).
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