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SENAC

Especialização em Sistemas de Gestão Integrados da Qualidade, Meio Ambiente,


Segurança e Saúde no Trabalho e Responsabilidade Social
Disciplina: Gestão da Responsabilidade Social

ESIGICASDB-1802-669425 (1802-GESTÃO ORGANIZACIONAL)

Produção Individual


Juliana Pivotto Nicodemo de Oliveira

Brasil – 2018

1. Apresentação do conceito de RSE a partir das perspectivas de pesquisadores (indique a
fonte utilizada)

Segundo Azevedo (2013) surge, na década de 1990, um conceito para Responsabilidade Social
Empresarial. De acordo com o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável – World
Business Council for Suistainable Development (WBCSD) – a Responsabilidade Social Empresarial estaria
relacionada ao desenvolvimento sustentável. Portanto, os elementos econômico, ambiental e empresarial,
teriam como objetivo o crescimento econômico baseado na preservação do ambiente, no respeito ao
anseio dos diversos agentes sociais e na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Na opinião de Albuquerque (2009, p. 134), a expressão Responsabilidade Social, nos dias atuais “é
comumente usada, embora às vezes não bem compreendida”. Jones (1996) apresenta duas perspectivas
para elucidar essa questão. A primeira refere-se às atitudes empresariais internas; a segunda, às atitudes
externas, as quais envolvem as operações diárias, as principais funções e a empresa fora do contexto de
seus interesses diretos.

Conforme relato de Dias (2011), na Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, em 2002, na


cidade de Johannesburgo, na África do Sul, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento
Sustentável (WBCSD) publicou um documento que define a Responsabilidade Social Empresarial: “o
compromisso da empresa de contribuir ao desenvolvimento econômico sustentável, trabalhando com os
empregados, suas famílias, a comunidade local e a sociedade em geral para melhorar sua qualidade de
vida”.

Segundo Villela (1999), o termo Responsabilidade Social nada mais é que o comprometimento do
empresário com um comportamento ético e com o crescimento econômico. Tal estratégia melhora a
qualidade de vida dos funcionários, de suas famílias, da comunidade e da sociedade em geral. A empresa é,
portanto, um agente no processo de desenvolvimento.

Para Albuquerque (2009), Responsabilidade Social Empresarial é um instrumento que permite


identificar tanto as práticas de Responsabilidade Social quanto os aspectos que as envolvem, como
investimento, impacto, imagem e sustentabilidade, por exemplo. Seus principais indicadores são: valores,
transparência, governança, diálogo, participação, respeito aos indivíduos interno e externo; gerenciamento
do impacto ambiental, respeito às gerações futuras, parceria com fornecedores devidamente selecionados,
trabalho voluntário e liderança social.

O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado tem manifestação no Art. 225 da Constituição
Federal de 1988, como bem comum e indispensável à qualidade de vida saudável. Desta forma deve ser
defendido e preservado para que as gerações presentes e futuras possam usufruir. A empresa deve
cumprir sua função social porque faz parte de seu dever legal. A promoção da comunidade e o
compromisso com o bem comum integram a responsabilidade social empresarial, para que isso ocorra é
necessário o respeito às regras específicas e a participação ativa no meio social à qual está inserida, a fim
de evidenciar o seu comprometimento com o interesse comum. (CANDIL, 2010)

Portanto, com objetivo de promover uma visão social sustentável, assim como, a favor dos direitos
humanos, as empresas desenvolvem e aprimoram cada vez mais um modelo de gestão orientado pela
Responsabilidade Social Empresarial.

2. Apresentação do conceito de RSE a partir das perspectivas de profissionais (indique a


fonte utilizada)

O conceito de RSE, na prática no mundo dos negócios, é visto com um olhar utilitário. Organizações que
discutem o tema com as empresas, como as internacionais Corporate Social Responsibility (CSR-Europe),
Business for Social Responsibility (BSR), International Finance Corporation (IFC), Sustainability Institute,
Institute of Social and Ethical Accountability e as nacionais Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade
Social e Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) tem como referência a definição de RSE:
(...) é a de uma relação ética, transparente e responsável que a empresa estabelece com
todos os seus públicos ou partes interessadas (stakeholders), no curto e no longo prazo. (...) A
gestão socialmente responsável abrange temas e práticas de gestão que vão desde códigos de
ética, boa governança corporativa, compromissos públicos assumidos pela empresa,
cumprimento às leis e regulamentações, gestão e prevenção de riscos ambientais, até
mecanismos anticorrupção, diversidade, apoio às mulheres e aos não-brancos, bem como a
extensão desses compromissos por toda a cadeia produtiva envolvida na relação com os
fornecedores. Envolve, ainda, ações sociais internas e externas que a empresa gerencia, realiza e
apóia, envolvendo um ou mais públicos que são impactados pela atividade da empresa
(SCHOMMER, 2007 apud Battagello, 2013)
Já a definição atribuída pelo Instituto Ethos, em seu website, define a
Responsabilidade Social Empresarial como:

(...) A forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os
públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que
impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e
culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das
desigualdades sociais (ETHOS, 2013 apud Battagello, 2013)

3. Quais as mudanças que a RSE fomentou nos sistemas de gestão das organizações nos
últimos 15 anos?

Enquanto nos países desenvolvidos, o debate acerca da responsabilidade social remonta a década de
1950, no Brasil, a propagação da idéia é mais recente. As primeiras discussões datam de meados da década
de 1970, tendo como precursora a Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE), cuja finalidade
era promover o debate sobre o balanço social (LIMA, 2002 apud Pinto e Maranhão, 2013).

Na década de 1980 e 1990, o cenário global dos negócios passava por diversas transformações, com a
intensificação da globalização, que permitia uma velocidade maior de troca de informações e tecnologias,
aumentando a competitividade entre as organizações. Diante desse cenário, e dos movimentos da
sociedade civil pressionando as empresas para a adoção de uma postura mais responsável em relação à
sociedade, a RSE definitivamente passou a ser um assunto encarado como estratégico para as empresas,
sendo incorporado à gestão estratégica das mesmas. No início dos anos 2000, a comunidade dos negócios
se voltou para as temáticas da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável, um tema que tem se
tornado cada vez mais uma parte integral das discussões de RSE (CARROLL, 2010).

Atualmente, muitas entidades brasileiras promovem premiações no âmbito da responsabilidade social,


o que demonstra um crescimento da temática no Brasil. Entre essas iniciativas, Lima (2002) aponta o Selo
Empresa Cidadã (Câmara Municipal de São Paulo), o prêmio Top Social ADVB (Associação dos Dirigentes de
Vendas e Marketing do Brasil), o prêmio Eco (AMCHAM – Câmara Americana de Comércio) e o Selo
Empresa Amiga da Criança (Fundação Abrinq). Ressalta-se também, hodiernamente, no Brasil, um
movimento que caracteriza uma valorização do tema. Além da criação do Instituto Ethos, verifica-se o
surgimento de outras entidades como o Instituto de Cidadania Empresarial, o Conselho de Cidadania
Empresarial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), o Grupo de Institutos,
Fundações e Empresas (GIFE), da Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social (FIDES) entre
outras (Pinto e Maranhão, 2013).

Estamos cientes de que o conceito de RSE ainda não se encontra suficientemente consolidado e que,
portanto, pode ser considerado em construção, visto que suscita uma série de interpretações (ASHLEY,
2002; MOHR e WEBB, 2001). De acordo com Kreitlon (2004), os argumentos escolhidos para justificar o
conceito são essencialmente contraditórios, combinando pressupostos oriundos de correntes teóricas
incompatíveis entre si (Apud BATTAGELLO, 2013).
Vale ressaltar a observação de Rampinelli e Guimarães (2006) ao afirmar que quase todas essas
interpretações referem-se a ações que não contribuem para uma transformação radical ou para a
emancipação humana, apenas reforçam a manutenção do status quo social sem conflitos. É curioso notar,
conforme bem assinalado por Kreitlon (2005), que as definições difundidas do conceito são formuladas por
instituições quase sempre comprometidas com o capitalismo globalizado. Essas instituições estariam
justamente interessadas em afastar as intervenções do Estado que possam restringir a liberdade de ação
das empresas (Apud BATTAGELLO, 2013).

Foi na década de 1990, que a gestão dos stakeholders foi inserida mais claramente junto do conceito
de RSE, graças a insatisfação que muitos estudiosos do tema sentiam diante da dificuldade de aplicação dos
diversos modelos teóricos e definições de RSE existentes até então. Por meio da gestão de aspectos
sociais dos stakeholders, tornou-se mais fácil a mensuração da performance social corporativa, e um
direcionamento para a atuação social da empresa foi criado, apartir do momento em que a empresa
identifica seus públicos de interesse e define quais as posições e funções que cada um desses públicos
desempenha em relação à ela e entre eles (LEE, 2008). Para Freeman (2000), stakeholders são quaisquer
grupos ou indivíduos que possam vir a afetar ou ser afetados através das atividades da organização. Assim,
poderíamos citar apenas alguns exemplos, como funcionários, clientes e o governo (Apud BATTAGELLO,
2013).

Assim, pela teoria dos stakeholders, uma administração socialmente responsável passaria pela
conciliação dos objetivos da empresa com as exigências e expectativas sociais dos vários grupos de
interesse das organizações. Mapear a responsabilidade que a organização deveria assumir diante dos
seus stakeholders é muito mais simples e concreto do que definir qual seria a responsabilidade
da organização perante a sociedade como um todo. Desenvolver planos de ação, traçar estratégias, colher
dados de RSE e analisa-los passa a ser algo muito mais factível (LEE, 2008 apud BATTAGELLO, 2013).

Portanto atualmente, as organizações lidam com temas intangíveis e de conceitos mais abstratos que
afetam concretamente seus lucros: reputução e ética. Consequentemente, as empresas de hoje são
protagonistas da Responsabilidade Social Empresarial. As demandas não são mais meramente filantrópicas
ou ambientais, são demandas estratégicas de partes interessadas diversas, tais como investidores e a
sociedade em seus mais diferentes papéis (consumidores, colaboradores, ativistas e comunidades
impactadas por suas atividades empresariais).


4. Referências utilizadas
ALBUQUERQUE, J. L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos, ferramentas e aplicações. 6.
ed. São Paulo: Atlas, 2009.
AZEVEDO, Isabela Pereira de. Responsabilidade social empresarial: benefícios para a sociedade gerando
lucratividade para empresas. In: CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, 9., 2013, Niterói.
Anais... Niterói: UFF, 20, 21 e 22 de junho de 2013. ISSN 1984-9354.
BATTAGELLO, Ligia Antonio. Responsabilidade Social Empresarial e Parcerias Sociais - Modelo Relacional e
Estudo de Caso / Ligia Antonio Battagello. - 2013. 80 f
CANDIL, Sérgio Luiz. Responsabilidade Social Empresarial: diretrizes e parâmetros da racionalidade
econômica e juridical.
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011
JONES, M. T. Missing the forest for the trees: a critique of the social responsibility concept and discourse.
Business and Society, v. 35, n. 1, p. 7-41, 1996.
VILLELA, Milú. Respeito e responsabilidade social. Folha de São Paulo, São Paulo, p.1-3, 26 jul. 1999.

PINTO, Marcelo de Rezende e MARANHÃO, Carolina Machado. Responsabilidade Social Empresarial:

reflexes à luz dos estudos críticos em administração. Revista electronica de gestão organizacional, Agosto 2013.

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