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Prémio Leaders & Achievers-Flecha Diamante 2018 PMR Africa

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Zandamela impõe (XURQHW à banca

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Naíta Ussene

Pág. 2

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PRÓXIMA, 50ª EXTRACÇÃO DA LOTARIA 16/12/2018
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TEMA DA SEMANA
2 Savana 14-12-2018

Mais uma decisão à moda Zandamela

Euronet contratada num processo nebuloso


Por Argunaldo Nhampossa

A
pós o controverso apa- posta técnica e financeira final, re- responde às necessidades actuais
gão de cinco dias da vista pelas áreas legais da SIMO e do mercado, oferece serviços hoje
rede interbancária mo- da Euronet. disponibilizados pela SIMOrede e
çambicana, o Banco de Fundada em 1994, nos Estados ainda novas funcionalidades, apre-
Moçambique (BM), como havia Unidos da América, a Euronet tem sentando a vantagem de estar certi-
prometido, disse que fechou esta a sua sede em Leawood, Kansas, e ficada e responder às exigências dos
segunda-feira um acordo com a gere mais de 41 mil caixas electró- diferentes sistemas de pagamentos
empresa Euronet, para a gestão nicas. internacionais”, disse.
da rede de pagamentos electróni- O SAVANA também apurou que, Sublinhou que o maior desafio de
cos interbancários. Mas ao que o para além da Euronet, a SIMO qualquer contrato está na sua cor-
SAVANA apurou, o processo da também contactou, a partir de recta implementação e apelou a
contratação do provedor norte- Maio deste ano, mais duas em- todos os intervenientes para cum-
-americano está envolto numa ne- presas na área de implementação prirem os seus termos e condições
bulosa e muitas contradições, de- de sistemas de banca electrónica, com rigor, profissionalismo e en-
pois de o BM ter decidido avançar nomeadamente, a Progressoft da trega.
no contrato com a Euronet sem Cynthia Ascraft, representante da
Jordânia e a OpenWay da Rússia.
um consenso com a banca comer- provedora americana, manifestou-
Uma fonte de dentro destas opera-
cial, a quem foi comunicada a de- -se satisfeita com a escolha da sua
ções indicou ao jornal que a Pro-
Momentos após a assinatura do contrato entre o BM e a Euronet empresa para gerir os “softwares”
cisão unilateral a 3 de Dezembro, gressoft apresentou uma proposta de transacções electrónicas e ma-
numa reunião do Conselho da sou 3.5 milhões de euros (USD4,2 que contratou a Euronet. O Mil- financeira cujo licenciamento de nifestou a sua disponibilidade para
Administração (CA) da SIMO- milhões) para a portuguesa Bizfirst lennium BIM já usa em Moçambi- software custaria 850 mil dólares, garantir serviços de alta qualidade
rede. Segundo fontes bem infor- pela licença do sistema que havia que a rede da Euronet. manutenção de suporte dos sites e eficientes.
madas ligadas ao lançamento da sido interrompido unilateralmente Uma fonte ligada ao processo principais, 187 mil dólares, o que Assinalou que a experiência da
SIMOrede, estima-se em USD42 entre 16 e 20 de Novembro, mais afiançou ao SAVANA que nin- totalizaria USD1.037 mil. empresa como um processador
milhões, os gastos feitos até hoje €300 mil, pagos em tranche única guém sabe o que foi assinado en- Uma das desvantagens da Progres- mundial e provedor de “software”
na rede única de transacções in- para despesas com manutenção. tre o BM e a Euronet, a proposta soft, segundo uma fonte do BM, é torna a companhia qualificada para
terbancárias de Moçambique. A Bizfirst cortou o serviço, alegan- técnica não foi analisada, os termos que não apresentou o módulo de desenvolver e fornecer excelentes
do falta de pagamento, e o sistema de referência não existem, conside- gestão de cartões e terminais, uma soluções financeiras.
O contrato assinado com a Euronet só voltou a funcionar depois de os rando que foi “mais um processo ao das principais componentes de ne- “Investimos continuamente em
atribui direitos à empresa norte- bancos comerciais negociarem o estilo de Rogério Zandamela”. Po- gócio da SIMOrede. pesquisa e desenvolvimento de tec-
-americana para a gestão do siste- pagamento com a firma provedo- rém, a objecção de fundo da banca A OpenWay, segundo apurámos, nologia, além de melhores práticas
ma de pagamentos electrónicos. ra do serviço, numa operação com comercial é a verba já despendida não apresentou uma proposta operacionais para garantir que nos-
As duas partes foram bastante lacó- apadrinhamento do Governo mo- na compra das licenças por tempo técnica e financeira, porém uma sas soluções de software sejam con-
nicas em relação aos contornos do çambicano. indeterminado à Bizfirst e, a ser das desvantagens apontadas pela fiáveis, seguras e flexíveis”, afirmou.
negócio, não adiantando os passos Depois da criação da SIMO e implementada uma nova platafor- SIMOrede é que esta empresa é A Euronet, prosseguiu, está prepa-
a serem dados, para que a Euronet quando ainda funcionava a rede ma, novos custos serão imputados rada para satisfazer requisitos ac-
parceira da SIBS, implementador
passe a gerir o sistema nacional de Ponto24 pertencente à sociedade ao sector. tuais do mercado e à altura do ce-
tecnológico da primeira solução da
pagamentos electrónicos. Interbancos, a sociedade controla- A mesma fonte recordou que, há nário de pagamentos em constante
SIMOrede.
“Rezamos para que a implemen- da pelo banco central tentou opera- três anos, a SIMO adquiriu um mudança, incluindo a mudança do
Segundo Luísa Navele, directora sistema bancário tradicional para o
tação seja rigorosa, em linha com cionalizar em Moçambique a rede equipamento de ponta no valor de do Gabinete dos Assuntos Jurídi-
a letra e o espírito do contrato”, digital.
SIBS, em utilização em Portugal. USD6.0 milhões, que nunca che- cos do BM, a assinatura do acordo
declarou Rogério Zandamela, go- A nível dos bancos comerciais,
Segundo apurámos, a rede nunca gou a ser colocado em operação. com a Euronet marca uma nova ninguém aceitou comentar pu-
vernador do BM, momentos após funcionou mas a SIMO teve que Um dos argumentos da SIMO para caminhada rumo à unificação de blicamente a escolha da Euronet,
a assinatura do contrato, numa ce- desembolsar USD8 milhões. Em a escolha da Euronet é que a solu- todas as plataformas de pagamen- mas o presidente da Associação
rimónia na sede do banco, em que 2008/2009, segundo estimativas ção está certificada pelos diferentes tos electrónicos em Moçambique. Moçambicana de Bancos (AMB),
os jornalistas não puderam fazer internas, os gastos com a imple- sistemas de pagamento internacio- Esse objectivo só será possível com Teotónio Comiche, afirmou que
perguntas. mentação de um novo sistema já ti- nal e responde aos padrões inter- o envolvimento de todas as insti- o banco central está a cumprir o
Não foram fornecidos detalhes nham consumido USD20 milhões nacionais de segurança PA DSS, tuições de crédito e sociedades fi- seu papel de garantir um sistema
sobre os critérios que nortearam a entre licenças, equipamentos e ins- assim como há possibilidades de nanceiras, da SIMO e da parceria de pagamento seguro e fiável aos
escolha da Euronet nem os custos talações. Em Dezembro de 2017 acoplar à solução a adquirir, servi- do BM com a empresa Euronet. moçambicanos. Na assinatura do
do processo, mas o SAVANA sabe é consumada a compra da Inter- ços adicionais através de webservi- “A nova solução disponibilizada acordo com a Euronet, segundo foi
que o valor da proposta da Euronet bancos pela SIMO, uma operação ces. pela empresa americana consiste reportado, nenhum PCA da banca
é de sete milhões de dólares, com orçada em €6,67 milhões (USD8 A solução da Euronet contempla num licenciamento perpétuo, que comercial esteve presente.
cinco milhões pagos à cabeça. milhões). ainda os seguintes serviços adicio-
Os cerca de sete milhões de imple- Na reunião de 30 de Novembro, os nais: (i)Tecnologia contactless; (ii)
mentação da solução correspondem bancos comerciais lembraram ao Certificação UnionPay (Acquiring
ao valor de licenciamento perpétuo,
manutenção e suporte, assim como
CA da SIMO que há dez anos a
Euronet foi desclassificada por que
e Issuing); (iii)Certificação Mas-
tercard (Acquiring e Issuing); (iv) Um sistema oneroso?
N
custos de deslocação e hospedagem não cumpria com os requisitos para Certificação Dinners (Acquiring);
dos recursos da Euronet, uma pro- ser o provedor da rede. (v)Certificação Amex (Acquiring). úmeros que o SAVANA teve acesso mostram que a solução
vedora que se apresenta como uma Na referida reunião, os bancos Segundo apurámos, a SIMO efec- encontrada pelo Banco de Moçambique poderá custar cer-
empresa com 5.600 funcionários, exigiram que se faça um caderno tuou o primeiro contacto com a ca de 20 milhões de dólares, uma situação que poderia ter
presente em 55 países, tendo em de encargados e que se lance um Euronet no dia 26 de Junho de sido resolvida por USD2.0 milhões.
2015 processado transacções ava- concurso público. Porém, segundo 2018. Após contacto inicial foram As licenças já adquiridas pelos bancos comerciais à Bizfirst cus-
liadas em 74 mil milhões de dóla- apurámos, no dia 2 de Dezembro efectuadas diversas interacções com taram 3.5 milhões de euros (USD4,2 milhões). A contratação da
res. A implementação da nova rede são convocados a uma reunião ex- partilha dos TOR (termos de refe- Euronet pelo BM irá custar USD7.0 milhões.
só para 2020. traordinária do CA da SIMO para rência) do que a SIMO pretendia A emissão de novos cartões, considerando que existem dois milhões
o dia seguinte, onde foi anunciado ver implementado. de cartões ao preço mínimo de usd1.30/cartão, equivaleria  USD
Contornos do negócio que foi seleccionada a Euronet. Nos dias 27 e 28 de Junho, reali- 2.6 milhões.
O SAVANA apurou que, numa O jornal apurou igualmente que os zou-se na SIMO um workshop de A mesmas contas mostram que a migração de todo o parque (ATM
reunião a 30 de Novembro, quando bancos comerciais consideram-se apresentação da solução disponível. e POS) custaria USD 3.0 milhões. Actualmente, existem dois mil
o CA da SIMO tentou convencer totalmente fora do processo, tendo A 10 de Outubro (já reportado pelo ATMs e 23 mil POSs. Os bancos desembolsariam no total 4.0 mi-
os bancos comerciais a ficarem com informado o BM que não vão con- jornal), uma delegação da SIMO lhões para a sua integração no sistema, equivalente a cada um dos
o software da Euronet, estes recusa- tribuir para as licenças, muito me- deslocou-se a Munique para uma 20 bancos no mínimo o pagamento de 200 mil dólares.
ram-se sob o argumento de que não nos para os custos de migração para visita ao switch da Euronet. No caso da potencial ruptura entre a banca comercial e a rede
conhecem os termos de referência um novo sistema. Isto significa que, No dia 24 de Outubro de 2018, a SIMO, aventa-se a possibilidade de um “modelo sul-africano” em
e acabam de adquirir licenças da aparentemente, os custos das licen- Euronet submeteu a sua proposta que cada banco teria a sua rede privada, funcionando a SIMOrede
Bizfirst após o apagão. Recorde-se ças e de migração serão suportados técnica e financeira inicial, tendo como uma caixa de compensação.
que a banca comercial desembol- integralmente pelo BM, a entidade a 27 de Outubro submetido a pro-
TEMA DA SEMANA
Savana 14-12-2018 3

Futura cervejeira em Marracuene

General Fumo vendeu terra à CDM


A
terra onde a Cervejas de CDM, através do seu braço empre-
Moçambique (CDM) co- sarial, a SPI.
meçou semana passada a A cervejeira tem como PCA o “ca-
construir uma nova fábrica marada” Tomaz Salomão, que subs-
no distrito de Marracuene, sul do tituiu no cargo a “freliminista” e
país, foi vendida à companhia pelo falecida Isadora Faztudo.
“frelimista” e general João Américo O general João Américo Fumo tem
Fumo, escreve o portal Zitamar. o seu nome na lista das figuras que
devem ao tesouro moçambicano.
João Américo Fumo tinha o Direito Fumo levou do Estado 38.360.000
de Uso e Aproveitamento de Terra, meticais com os quais criou, em
vulgo DUAT, sobre a área. 1999, a transportadora TransAus-
Quando requereu o DUAT sobre a tral e não há registo de que tenha
área disse às autoridades que preten- reembolsado a verba.
dia desenvolver no lugar a agricul- O general também tem sido repor-
tura, pecuária, comércio e indústria, tado como detendo participações
como está escrito em documentação
na firma de venda de equipamentos
a que o Zitamar teve acesso.
móveis Home Center e na Pricess
Mas à altura do lançamento da pri-
Cinderela, um estabelecimento de
meira pedra para o início das obras
ensino.
da futura cervejeira da CDM ape-
nas uma pequena esplanada de ven- A futura fábrica da CDM vai pro-
de de cerveja lá se encontrava. duzir 240 milhões de litros por ano,
Ouvido pelo Zitamar, o director- mas terá capacidade de expansão
-geral da CDM, Pedro Cruz não es- Lançamento da primeira pedra da CDM em Marracuene da produção para 640 milhões de
pecificou o montante que a empre- litros.
O ministro da Indústria e Comér- gabinete em gabinete para obter o que já não se vê em nenhuma letra Marracuene, um distrito que fica
sa desembolsou para ter o DUAT,
afirmando apenas que o custo com cio, Ragendra de Sousa, não cabia carimbo [do DUAT”, declarou Ra- morta, pois quase que não se conse- a 30km a norte do centro da cida-
a terra está incluído no valor de 180 de contente com o ritmo acelerado gendra de Sousa. gue um talhão apenas pelos canais de de Maputo, é também palco de
milhões de dólares que serão de- com que a InBev, accionista maiori- Raimundo Diomba, governador da normais. construção de uma outra nova cer-
sembolsados para a construção do tária da CDM obteve o DUAT. província de Gaza, outro “frelimi- Normalmente, a obtenção do vejeira. A multinacional holandesa
novo empreendimento. “A InBev não esperou dois anos nista”, foi peça central na obtenção DUAT é apenas para dar cobertura Heineken investiu no distrito, zona
A titularidade do espaço foi trans- para ter o DUAT [como acontece do DUAT, envolvendo-se pessoal- legal a um negócio entre particula- de Bobole, na fronteira com o dis-
ferida de João Américo Fumo para normalmente], Diomba resolveu mente no processo. res, que, por lei, não têm legitimida- trito da Manhiça,100 milhões de
a cervejeira em 06 de Setembro do isso em menos de uma semana, A proibição legal de venda de terra de para transaccionar a terra. dólares para a edificação de uma
ano em curso. evitando que a InBev andasse de em Moçambique é uma miragem A Frelimo tem uma participação na nova unidade.
TEMA DA SEMANA
4 Savana 14-12-2018

Exames à venda

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Por Armando Nhantumbo

E
stá instalada uma verdadeira Mas o SAVANA soube que, dada a tigação e em devido momento po-
anarquia no sector da Edu- magnitude do fenómeno, alguns exa- deremos partilhar os resultados da
cação. E não é para menos. mes tiveram de ser substituídos à últi- investigação. Por enquanto, é preciso
Os exames finais do ensino ma hora. Foi o caso do exame de Ma- deixar os inspectores trabalharem”,
secundário estão a ser vendidos, des- temática, 10ª classe, segunda época. disse, sublinhando que há pessoas
caradamente. A rede mafiosa envol- É a triste história de um ensino que especializadas para fazer a peritagem.
ve quadros do sector, que “comem” à está à venda, um fenómeno que não
custa da vulgarização do ensino no é novo em Moçambique, sendo que a “Vamos somar falsos
país. única novidade é que os exames deste SURÀVVLRQDLVµ213
ano foram vendidos, descaradamente, Para a Organização Nacional de
Joaquina, nome fictício, “adquiriu” o até inundarem as redes sociais. Professores (ONP), o vazamento de
exame de Matemática, primeira épo- Alguns sectores argumentam que a exames é uma prática negativa que
ca, 12ª classe, no próprio Ministério mega fraude deste ano visa desacre- coloca em causa o futuro do país.
da Educação e Desenvolvimento Hu- ditar o processo de examinação, para “Nós, como representantes dos pro-
mano (MINEDH) a mil Meticais. mostrar que a mudança da Sisonke, fessores, repudiamos estas práticas”,
Para além do exame propriamente empresa que tinha o exclusivo de im- declarou o secretário-geral da orga-
dito, o pacote incluía a guia de cor- ([DPHVÀQDLVGHVWHDQRIRUDPFDUDFWHUL]DGRVSRUIRUWHVHVTXHPDVIUDXGXOHQWRV pressão dos exames na África do Sul, nização, Francisco Nogueira, um pro-
recção e a folha de exercícios. fraude que está a marcar os exames Os exames circulam sob forma de fo- para a Brithol Michcoma, não trouxe fessor de carreira.
E ainda Joaquina foi recomendada a finais no secundário este ano. tografia, o que sugere também a vio- melhorias. Para Nogueira, é preciso haver cons-
preencher o exame até 12 ou 15 valo- Fontes próximas do assunto garan- lação dos kits contendo as avaliações. É que a Brithol Michcoma, uma grá- ciência e atenção de se combater o
res, para não criar suspeitas com um tem que, na verdade, são todos os São distribuídos, principalmente, fica cotada na região, fechou algumas fenómeno porque, caso contrário, o
resultado elevadíssimo que contra- exames, da primeira à segunda época, pelo whatsApp, primeiro dos vende- torneiras que alimentavam o sindica- país estará a se enganar a si mesmo,
riasse o seu histórico durante o ano que vazaram antes da sua realização. dores aos compradores. do mafioso instalado no MINEDH. somando o que chama de falsos pro-
lectivo, estratégia que anula uma das Com uma particularidade: os exa- Estes últimos, que incluem alguns fissionais.
principais linhas de investigação da mes das ciências exactas, tidas como pais e encarregados de educação, de- Esquemas abortados? “Vamos somar falsos engenheiros e
inspecção do MINEDH, que é aferir pois reencaminham-nos aos expli- O MINEDH reconhece que os exa- médicos”, advertiu Francisco Noguei-
o “bicho-de-sete-cabeças”, são os que
ocorrência de fraude a partir da com- cadores, que resolvem e devolvem a mes vazaram, mas minimiza os im- ra, para quem é urgente uma reflexão
mais circulam nas redes sociais, so-
tempo de os examinandos entrarem pactos do escândalo. O porta-voz do para se estancar o problema, através
paração do resultado do exame e o bretudo, no whatsApp, por serem os
na sala munidos de cábulas. Ministério, Manuel Simbine, disse do estabelecimento de um sistema ri-
desempenho anual do estudante. mais procurados.
Os exames originais adquiridos na que foram recolhidas todas as infor- goroso de controlo de exames.
Joaquina chegou à casa e preencheu Um explicador particular de exami-
mações para a competente análise e
a folha a partir da guia de correcção nandos contou ao SAVANA estar a “fonte” são os mais caros. O de física,
“adquirida” na “fonte”. Quando che- primeira época, 12ª classe, descrito cada caso tem sua própria medida. ´4XDOLGDGHDPHDoDGDµ
receber todos os exames com a devida –Sérgio Langa, docente
gou a hora do exame, dia seguinte, já Disse que na única situação em que
antecedência, para depois fazer a re-
o vazamento foi detectado tarde, o universitário
tinha tudo resolvido. Foi só entrar na solução e devolvê-los aos seus clientes
respectivo exame, física, 12ª segunda, Quem também condena o fenómeno
sala e simular estar a resolver o exame. a tempo de os examinandos entrarem é o docente universitário Sérgio Lan-
segunda época, foi anulado.
Mas passados 30 minutos, trocou a na sala de avaliação já com as respos- ga, que defende responsabilização dos
Nos restantes casos, os esquemas
folha que recebeu na sala com aquela tas. actores envolvidos no processo. Para
foram detectados ainda a tempo e
que preenchera em casa. Estava as- As cábulas são escondidas em bolsos, ele, o mais provável é que o vazamen-
houve substituição. Significa que os
sim garantida a conclusão do ensino sapatos e nas polémicas saias maxi, to tenha partido da própria Comissão
estudantes tiveram o exame A, mas
médio, o que deu à Joaquina o direito aquelas impostas pelo MINEDH, de Exames.
na sala encontraram o exame B, inva-
de concorrer, próximo ano, ao ensino alegadamente, para travar assédio das Langa, que também é membro do
lidando assim os seus esquemas.
superior. raparigas. Houve casos de alunas que Conselho Nacional de Avaliação
“Não há nenhum exame que está a
Mas Joaquina, que concluiu a 12ª “anotaram” as repostas até nas partes de Qualidade do Ensino Superior
circular que tenha sido realizado”,
classe na base da fraude, é apenas íntimas do corpo. (CNAQ), argumenta que todo o pro-
disse Manuel Simbine, admitindo
uma de vários estudantes que “pas- O SAVANA teve acesso, nesta terça- cesso de examinação é acompanhado
apenas o caso do exame que depois
saram” de classe através de esquemas -feira, do exame de matemática da pela Comissão de Exames, que tem
foi anulado.
fraudulentos, uma verdadeira macha- 10ª classe, que devia ser realizado na um presidente e uma equipa, devida-
Perguntamos ao porta-voz do MI-
dada contra a qualidade de ensino no quarta-feira. O ano do exame estava NEDH como terá sido possível o mente, conhecidos.
Francisco Nogueira, SG da ONP
país. coberto de burrões, tudo para despis- vazamento, se os exames são em- Porque a qualidade de ensino esteve
tar qualquer suspeita. como sendo difícil, rondava aos 1 500 pacotados em kits que são selados e na mesa durante a entrevista, o do-
Mega fraude “Na verdade, todos os exames vaza- Meticais. Mas os exames sob forma abertos só na sala de exame. Simbine cente disse que, na verdade, o vaza-
A anulação, última segunda-feira, do ram. Eu recebi até os exames de in- de fotografia, que eram comerciali- não esclareceu, tendo dito apenas que mento deste ano só é diferente por-
exame da segunda época da disciplina glês e geografia um dia antes da sua zados pelo whatsApp, rondavam aos o processo foi bem feito e com a má- que foi mediatizado. “Mas há vários
de física, 12ª classe, em algumas esco- realização”, contou um explicador de 500 Meticais ou mesmo abaixo dessa xima segurança. casos que vazam sem ser mediatiza-
las da cidade de Maputo, foi apresen- ciências exactas. quantia. “O que ocorreu é matéria de inves- dos e são tantos”, anotou.
tada como um caso isolado. E tira ilações. “Estamos com a quali-
O porta-voz do MINEDH, Manuel dade [de ensino] ameaçada”, lamenta,
Simbine, não avançou detalhes sobre acrescentado que os alunos que “va-
o caso, garantindo apenas que o sec- mos receber no ensino superior são
tor estava a trabalhar para apurar o consequência, em parte, desta situa-
que se passou. ção”.
Mas ao que soube o SAVANA, o Lembrou casos gritantes de estudan-
caso do exame de física, 12ª classe, foi tes no ensino superior que, curiosa-
apenas a parte visível de uma mega mente, fizeram o ensino secundário
com notas elevadíssimas.

SAVANA teve acesso ao exame de Matemática da 10ª classe, 2ª época, um dia antes da sua
Manuel Simbine, porta-voz do MINEDH realização, mas depois foi substituído Sérgio Langa, docente
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DA SEMANA
Savana 14-12-2018 5
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Savana 14-12-2018

Asseguram pesquisadores em Livro

“Renamo não foi mentora da guerra civil”


Por Argunaldo Nhampossa

U
m contributo para o deba- nistrativos e tinha como principal mo organizou as suas incursões ar-
te sobre a guerra civil em epicentro a zona norte da província madas em fases distintas.
Moçambique nos chega da Zambézia, próximo da fronteira A Primeira fase foi de destruir tudo
através de um livro produ- com Malawi. Em algum momento, o que encontrasse como bens do Es-
zido por um grupo de pesquisadores argumenta Chichava, a PRM foi tado, da Frelimo, poupando as igrejas
nacionais e estrangeiros onde ana- confundida com o África livre, uma e mesquitas. A segunda foi de atacar
lisam as dinâmicas do conflito ar- estação radiofónica sediada na Ro- e conquistar e aqui começa a ocupar
mado no país no período que vai de désia do Sul. as sedes dos distritos. A última foi
1976-1992. A ser lançado próxima A documentação dá conta que o a criação da base social e começa a
terça-feira em Maputo, o livro foi movimento surgiu em 1976, logo montar um sistema de educação que
editado pelo investigador suíço Eric após a independência, visando com- visava complementar o Sistema Na-
Morier-Genoud, o francês Michel bater o comunismo da Frelimo, mas cional de Educação (SNE). Explica
Cahen, assim como o moçambica- devido a sua influência na Zambézia Do Rosário que, enquanto o SNE
no Domingos do Rosário, docente em 1982, a Renamo decidi unir-se à privilegiava o ensino baseado na lín-
de Ciência Política na Universidade PRM para poder alastrar o seu raio gua portuguesa apenas, a Renamo
Eduardo Mondlane. Contou igual- de acção. Nesta altura, esclarece o usava os mesmos manuais, mas op-
mente com a colaboração de mais pesquisador, o movimento já era li- tava pelo uso das línguas locais nas
quatro pesquisadores, um russo derado por Jimmy Phire, que acabou escolas que abria nas suas zonas li-
(Georgi M. Derluguian), alemão ficando como adjunto de Afonso bertadas, fortalecendo desta maneira
(Corinna Jentzsch), americano Dhlakama após o acordo. a sua base social.
(Lily Bunker) e um moçambicano “A 28 de Janeiro de 1982, Orlando Para a Frelimo, acrescenta Do Rosá-
(Sérgio Chichava). Cristina, secretário-geral da Rena- rio, o uso das línguas locais era meio
mo, escreveu uma carta a Jimmy de fomentar o tribalismo e a Rena-
Uma das constatações que salta à Phire, dirigente da PRM exortando- mo fazia o contrário, mas o estranho
vista na obra é que a guerra civil em -o para um acordo sob pretexto de disto é que a mesma Frelimo que
Moçambique iniciou em 1976, mas que não podiam existir dois movi- antes rejeitou a implementação das
não com um ataque falhado da Re- mentos neste país lutando contra um línguas locais decidiu recuar.
namo a um campo de reeducação, inimigo (Frelimo)”, conta. O docente universitário diz que para
mas sim quando um movimento Acrescenta que foi assim que am- alagar a sua base social, a Renamo
denominado partido Revolucionário bos passavam a lutar contra a Fre- desenvolveu um trabalho com os ré-
de Moçambique (PRM) iniciou ata- limo. A união não durou muito, em gulos para que instrumentalizassem
ques sistematizados na província da 1987 houve uma cisão movida por as populações alegando que a guer-
Zambézia. Os pesquisadores negam divergências que surgiram devido ao ra que devastava o centro e norte é
Segundo o pesquisador, a UNAR foi A UNAR, assegura Chichava, não
que a Renamo não tinha um projec- tribalismo, uma vez que Dhlakama movida pelos dirigentes do sul do
um movimento sem muita expressão foi grande coisa e nunca pós em cau-
to político, apontando que o actual dava cargos de chefias aos ndaus, país de modo que os “xingondos” se
e dizia-se que foi criado por Has- sa o colonialismo português. Depois
segundo maior partido da oposição senas enquanto que os lomues, ma- matem e fiquem a governar. Falou
tings Kamuzu Banda, presidente da independência, ressurge em 1976
até teve escolas onde lecionava em cuas e machuabos eram relegados ao dos naparamas, apontando que estes
do Malawi, entre 1966 e 1994, ins- com o nome PRM visando comba- só existiam no centro e norte e não
línguas locais, o que era visto como plano secundário. Anota Chichava
tigado pela PIDE DGS, mas isso ter o comunismo da Frelimo. havia rasto deles no sul. Os napara-
promoção de tribalismo por parte do que, após esta cisão com a Rena-
não foi provado. Este movimento, mas, de acordo com a obra, foram
governo da Frelimo. mo, o governo da Frelimo decidiu
A barreira linguística que o livro cria cooaptá-los como forma de eliminar
prossegue, caiu por terra por falta Renamo teve projecto um uma força popular tradicional que
por ter sido editado em inglês pode aquele movimento, mas o partido de
de reconhecimento externo, uma vez político surgiu com o intuito de defender as
que a OUA não aceitava movimen- Por sua vez, Domingos do Rosá- populações dos ataques da Renamo
não contribuir para o debate que se Dhlakama já tinha implantado as
pretende sobre as matérias arroladas. suas bases naquela província. tos tribalistas. De seguida, criaram rio, docente de Ciência Política na e Frelimo, mas que depois foram co-
Os autores dizem estarem ciente Deste modo, diz que o domínio da a UNAMO, alegando que a luta já Universidade Eduardo Mondlane e -aptados pelos dois contendores.
disso e justificam a opção linguística Renamo naquela província criou ira não seria pela Rombézia, mas sim co-autor do livro, desmente a tese A obra que conta com 268 pági-
com barreiras encontradas nas edi- à Frelimo que intensificou os maus pela libertação de Moçambique e segundo qual a Renamo nunca teve nas, está dívida em três secções que
toras. tratos contra as populações, o que mesmo assim viu-se refém da acei- um projecto político e resumiu-se abordam diferentes assuntos sobre o
Intitulado “The War Withim; new hoje justifica a hostilidade daque- tação da OUA dada a sua política de num movimento de “bandidos ar- estágio da guerra civil no país e será
perspectives on the civil war in Mo- le povo para com o partido gover- reconhecer um movimento liberta- mados e marionetes do apartheid”. lançada na próxima terça-feira, em
zambique 1976-1992” que numa namental. Contribuiu igualmente dor por cada país. Fez menção à forma como a Rena- Maputo.
tradução livre quer dizer “A Guerra para a hostilidade a maneira como
vista por dentro; novas perspectivas a Frelimo dirigiu a guerra colonial
da guerra civil em Moçambique”. naquele ponto do país, acusando as

Qatar Petroleum entra no gás moçambicano


O livro trata das dinâmicas locais populações da Zambézia e de Nam-
da guerra civil ao nível de algumas pula de serem aliadas dos colonos
províncias, distritos até as aldeias de portugueses e que pretendia a todo o
modo a alcançar uma compreensão custo inviabilizar o seu projecto re-

A
mais profunda, não só dos actores volucionário. Esta situação, segundo maior produtora de Gás afirmou o ministro do Estado para bil, que lidera o desenvolvimento
mas também das suas motivações, os autores do livro, fez com que os Natural Liquefeito, Qa- os Assuntos Energéticos do Qatar, da Área 4 na Bacia do Rovuma, são
meios de que dispunham, interac- dirigentes das tropas frelimistas na- tar Petroleum, prepara-se Saad Sherida Al-Kaab. parceiros de longa data.
ções que estabeleciam entre outros. quelas províncias fossem indivíduos para comprar 10% de três A aquisição acontece numa altura As duas empresas são parceiras em
Um dos principais objectivos da que dirigiram as frentes de combate concessões petrolíferas detidas em que o Governo do Qatar se 12 das 14 concessões de GNL do
obra, de acordo com Sérgio Chicha- de Niassa e Cabo Delgado, o que pela norte-americana Exxon Mo- prepara para aumentar a produção Qatar e operam em consócio na
va e Domingos do Rosário, é desfa- contribuiu para averbarem derrotas bil e russa Rosnef em Angoche, de gás no seu país. concessão de LNG Golden Pass
zer o mito segundo o qual a guerra militares. norte de Moçambique, e na bacia Aquele pequeno estado do Gol- nos Estados Unidos, orçado em
civil em Moçambique começou com do Zambeze, centro, escreve esta fo Pérsico produz actualmente 77
a Renamo. UNAR foi a génese semana o portal Zitamar. milhões de toneladas de GNL por
10 biliões de dólares. Esse projecto
Chichava, docente universitário, No entender de Chichava, a PRM conhecerá a decisão final de inves-
ano e pretende subir essa produção
explica que, antes do surgimento surge após a cisão da União Nacio- timento (DFI) no próximo ano.
O negócio vai baixar a participa- para 110 milhões de toneladas de
da Renamo, havia um movimento nal de Rombézia (UNAR), um mo- A Qatar Petroleum e a Exxon Mo-
ção da Exxon Mobil para 50%, GNL nos próximos quatro a seis
denominando PRM, dirigido por vimento que surge em 1968 como mantendo-se a Empresa Nacional anos. bil exploram em consórcio uma
Amós Sumane, um dissidente da resultado de contradições de dife- de Hidrocarbonetos (ENH) com Essa situação vai aumentar a com- concessão de gás natural no Chi-
Frelimo que dirigiu os primeiros rentes grupos de interesse na Freli- 20%, a russa Rosnef 20% e a Qatar petição pelo mercado do gás, um pre.
ataques a infra-estruturas do Estado mo. A UNAR pretendia defender os Petroleum com 10%. cenário que Moçambique terá Fontes admitem a hipótese de a
na província da Zambézia. interesses dos grupos excluídos no O negócio ainda terá de ser apro- de tomar em conta, tomando em Qatar Petroleum ficar com as ac-
Privilegiava, a PRM, ataques às seio da Frelimo e tinha como raio vado pelas autoridades moçambi- consideração que o país pretende ções da Exxon, logo que o gás das
cooperativas, postos policiais, al- de acção a zona entre o Rovuma canas. produzir 32 milhões de toneladas concessões operadas pela empresa
deias comunais e desencorajava as e Zambézia, sendo que todos que “O negócio está em linha com a dentro de seis anos. norte-americana começar a ser
pessoas de lá viverem, bem como viviam nesse eixo eram chamados nossa estratégia de crescimento”, A Qatar Petroleum e a Exxon Mo- produzido.
atacava as sedes dos postos admi- rombezianos.
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Savana 14-12-2018
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COMUNICADO
Revisão da Legislação Eleitoral para Viabilizar as Eleições Gerais1
e das Assembleias Provinciais2 no Dia 15 de Outubro de 2019

P1 P2
Em Moçambique, a marcação da data das Eleições Gerais, por imposição O atraso na aprovação da legislação pode comprometer a implementação
da legislação, é feita com antecedência mínima de 18 meses e realizam- do calendário sobretudo no que diz respeito a:
se até a primeira quinzena de Outubro de cada ano eleitoral, em data
x Inscrição dos Partidos Políticos, Coligações de Partidos Políticos e
a definir, por Decreto do Presidente da República, sob proposta da
Grupos de Cidadãos Eleitores proponentes, manifestando o inte-
Comissão Nacional de Eleições.
resse em inscrever-se para fins eleitorais - previsto no Calendário
Nestes termos, o Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Eleitoral para o período de 20 de Maio a 3 de Junho de 2019;
Nyusi marcou a realização das VIª Eleições Gerais e as IIIª das Assembleias
x Apresentação de candidaturas dos mem-
Provinciais para o dia 15 de Outubro de 20193. A marcação da data das
bros das Assembleias Provinciais pelos Partidos
Eleições Gerais foi baseada no disposto na alínea d) do artigo 158 da
Políticos, Coligações de Partidos Políticos e Grupos de Cidadãos
Constituição da República de Moçambique que confere ao Presidente
eleitores proponentes, inscritos - previsto no Calendário Eleitoral
da República o poder de “convocar eleições gerais”.
para o período de 8 de Junho a 6 de Agosto de 2019.
Na sequência da marcação das eleições, a Comissão Nacional de
Eleições aprovou o correspondente calendário para as Eleições Gerais – Nestes termos o Instituto Para a Democracia Multipartidária
Presidenciais, Legislativas e das Assembleias Provinciais 20194.
(IMD) entende que:
No entanto, não obstante estes avanços, a implementação efectiva do
x Há necessidade de se assegurar que a Legislação Eleitoral seja de-
Calendário Eleitoral pela Comissão Nacional de Eleições e a viabilização
positada na Assembleia da República em tempo útil, de modo a
do processo eleitoral continua a carecer de aprovação da legislação
permitir que este órgão possa analisar e colher subsídios junto dos
eleitoral consentânea com a Constituição da República revista em 2018,
outros actores a ponto de se aprovar uma legislação consensual e
nomeadamente:
que reflicta a vontade dos diferentes actores;
x Lei  de Eleição dos membros das Assembleias Provinciais5, dos
x A aprovação tardia da legislação pode comprometer o aprimora-
quais serão eleitos governadores provinciais os cabeças dos parti-
mento da mesma por parte dos intervenientes no processo eleito-
dos políticos, coligação de partidos políticos ou grupo de cidadãos
ral trazendo implicações que podem concorrer para o desrespeito
que obtiver a maioria de votos;
das normas e prazos eleitorais. É também importante recordar que
x Lei de Organização e funcionamento dos Órgãos de Governação uma das grandes críticas do Conselho Constitucional nos últimos
Descentralizada Provincial, Distrital e da Representação do Estado acórdãos é a falta do domínio da legislação eleitoral pelos princi-
à todos os níveis. pais actores eleitorais (partidos políticos);
Estando no fim da VIIIª Sessão Plenária6 da Assembleia da República e a x Sem a lei, o debate interno dos Partidos Políticos, Coligações de
10 meses da realização das Eleições Gerais, preocupa o facto de: Partidos Políticos e Grupos de Cidadãos eleitores proponentes
pode ser negativamente afectado por não estarem cientes em re-
x Formalmente, ainda não ter sido iniciado o debate da revisão da
lação aos requisitos de candidaturas dos cabeças de lista e demais
legislação eleitoral, no caso particular da proposta de Revisão da
membros para as Assembleias Provinciais;
Lei das Assembleias Provinciais, e nem se quer ter sido deposita-
da em sede da Assembleia da República, alguma proposta neste x A não submissão da proposta nos próximos dias pode afectar a
sentido. qualidade de debate e apreciação da proposta ao nível da Assem-
bleia da República, assim como pelos intervenientes e sociedade
Esta situação torna-se ainda mais preocupante quando se sabe que
civil interessada;
o parlamento entra em recesso no dia 20 de Dezembro corrente e só
retoma as actividades na segunda semana de Fevereiro de 2019, o que x O atraso na aprovação da legislação eleitoral cerceia o direito dos
vai encurtar ainda mais o período de debate e análise da proposta ao concorrentes conhecerem antecipadamente as regras do jogo.
nível da Assembleia da República, para além de limitar a participação
Ainda assim, o IMD entende que a Legislação Eleitoral deve ser aprovada
dos intervenientes eleitorais e da sociedade civil no debate da
durante a IXª legislatura a ter início na segunda quinzena de Fevereiro,
proposta.
sob o risco de comprometer a implementação do calendário eleitoral,
tal como foi a quando da revisão da legislação autárquica.
1
VIª Eleições Presidenciais e Legislativas;
2
IIIª Eleições dos Membros das Assembleias Provinciais (de onde vão sair os governadores provinciais);
3
Decreto nº 1/2018 de 11 de Abril;
4
IMD – Instituto para Democracia Multipartidária
Deliberação 53/CNE/2018 de 10 de Julho;
5
De acordo com a CRM os governadores provinciais passam a ser eleitos como cabeça da lista mais Av. Salvador Allende  nº 753, Maputo - Moçambique
votada para os membros das Assembleias Provinciais – Nº 2 do artigo 279 da CRM, o que constitui uma Cel: +258 84 306 6565
inovação não prevista na legislação eleitoral;
6
A previsão é que a VIIIª sessão da Assembleia da República tenha o encerramento no dia 20 de Email: imd@imd.org.mz | Web: www.imd.org.mz
Dezembro;
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Savana 14-12-2018 9

“A empresa cresceu
e o meu orgulho em
cá trabalhar também”
Zefanias, colaborador da Higest.

Quando investimos em empresas Moçambicanas, não estamos


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10 Savana 14-12-2018

Dinâmica dos espaços de diálogo distritais e provinciais para a participação dos Jovens:
5HÁH[mRUHDOL]DGDHQWUHR*RYHUQRHDV3ODWDIRUPDV'LVWULWDLVGH1DPDDFKDH0DUUDFXHQH
Contextualização
No âmbito da implementação do Estado de Direito Democrático, a ticipação política, incluindo o Conselho Nacional da Juventude com
Constituição da República prevê que o cidadão exerça o poder polí- representações ao nível central, da província e do distrito.
tico através do sufrágio universal, directo, igual, secreto e periódico Todavia, pesar da existência desta variedade de espaços,os estudos
para a escolha dos seus representantes, por referendo sobre as gran- e avaliações feitos em Moçambique mostram que a participação do
des questões nacionais e pela permanente participação democrática FLGDGmRHGRVMRYHQVHPSDUWLFXODUQDWRPDGDGHGHFLVmRVREUHDV-
dos cidadãos na vida da nação. suntos que afectamas suas vidas ainda é fraca.
Para operacionalizar o marco constitucional, além de eleições, o Go- )RLQHVWHFRQWH[WRTXHHP$JRVWRGHD6RFLHGDGH$EHUWDUHD-
verno criou mecanismos/espaçosque reforçam a participação dos ci- OL]RXRHQFRQWURGHUHÁH[mRVREUHDGLQkPLFDGRVHVSDoRVGHGLi-
dadãos na governação e desenvolvimento local.Por exemplo, ao nível logo existentes nos distritos e na província para a participação dos
Provincial foram concebidos os Observatórios de Desenvolvimento, MRYHQVFRPRSURSyVLWRGHLGHQWLÀFDUDVHVWUDWpJLDVTXHSRGHPVHU
como um fórum onde a Sociedade Civil pode participar nos processos XVDGDVSDUDPHOKRUDUDSDUWLFLSDomRGDMXYHQWXGHQRVSURFHVVRVGH
GHSODQLÀFDomRPRQLWRULDHDYDOLDomRGDVSROtWLFDVS~EOLFDV governação e desenvolvimento local.O evento envolveu as Platafor-
No quadro da implantação das Assembleias Provinciais, como insti- mas Distritais de organizações da Sociedade Civil de Namaacha e
tuições de representação políticados interesses das populações e de Marracuene, Grupo Activista Moçambique e o Governo do Distrito
ÀVFDOL]DomR H FRQWUROH GR *RYHUQR 3URYLQFLDO RV FLGDGmRV SRGHP de Marracuene.
participar na governação deste nível através do seu envolvimento
nas auscultações, audiências públicas, sessões e reuniões promovidas 3ULQFLSDLVIDFWRUHVTXHH[SOLFDPRDFWXDOQtYHOGHSDUWLFLSDomRGRV
pelas Comissões de trabalho da Assembleia Provincial, apresentando Jovens na governação local
petições, queixas ou propostas de assuntos do seu interesse. $DYDOLDomRIHLWDQRHYHQWRPRVWURXTXHRVMRYHQVQmRSDUWLFLSDP
efectivamente nos espaços de diálogocriados aos níveis distrital e
Ao nível Distrital foram estabelecidos os Conselhos Consultivos como SURYLQFLDOGHYLGRDRVVHJXLQWHVIDFWRUHV
órgãosde consulta das autoridades da Administração Local, na busca ‡)UDFRLQWHUHVVHPRWLYDGRSHOREDL[RQtYHOGHFRQVFLrQFLDVREUH
de soluções para questões fundamentais que afectam a vida das po- os ganhos a obter com a sua participação.
SXODo}HV$UHSUHVHQWDomRGHÀQLGDQHVWHyUJmRIRLDVHJXLQWHGRV ‡ )DOWD GH LQFHQWLYRV R TXH FRQWULEXL SDUD TXH WHQGHQFLDOPHQWH
membros devem ser Líderes Comunitários, uma percentagem nunca apenas participem pessoas idosas nos Conselhos Consultivos.
LQIHULRU D  GH PXOKHUHV H XPD UHSUHVHQWDomR GH MRYHQV GH SHOR ‡)DOWDGHLQIRUPDomRVREUHRIXQFLRQDPHQWRGRVHVSDoRVLQFOXLQ-
PHQRV GRDFDSDFLGDGHGHLQÁXrQFLDGRVUHIHULGRVHVSDoRV
Com o processo de municipalização, iniciado em 1998,visandome- ‡)DOWDGHRSRUWXQLGDGHSRUFDXVDGRFRQÁLWRODWHQWHHQWUHJHUD-
lhorar a prestação de serviços através de uma maior aproximação da o}HVRTXHQmRSHUPLWHDPRELOL]DomRDFWLYDGHMRYHQV
Administração Pública aos cidadãos, bem como assegurar a participa- ‡)UDFRQtYHOGHFRQKHFLPHQWRGRVGLUHLWRVHGHYHUHVGHSDUWLFLSD-
ção efectiva destes na governação local, foram criadas as Assembleias ção.
Municipais (actualmente Assembleia Autárquica), como um espaço ‡3DUWLGDUL]DomRGDV$VVRFLDo}HV-XYHQLVFULDQGRH[FOXVmRGRVMR-
onde o cidadão pode participar na governação municipal. YHQVQmRÀOLDGRVQRPHVPRSDUWLGRRXDSDUWLGiULRV
A participação do cidadãonos Municípios (actualmente Conselhos
Autárquicos) pode ser feita através sessões do Conselho Consultivo Estratégias para o maior aproveitamento dos espaços de diálogo
Municipal, mediante convite do Presidente do Conselho Municipal existentes
(Conselho Autárquico), que pode decorrer de uma solicitação da So- )RUDPLGHQWLÀFDGDVFRPRPHOKRUHVHVWUDWpJLDVSDUDRPDLRUDSUR-
ciedade Civil; participação, embora passiva (sem direito à palavra), YHLWDPHQWRGRVHVSDoRVGHGLiORJRSRUSDUWHGRVMRYHQVQRPHDGD-
nas sessões da Assembleia Municipal(Assembleia Autárquica) em au- PHQWH
GLrQFLDVRXGXUDQWHRWUDEDOKRGHÀVFDOL]DomRGD&RPLVVmRGHWUDED- ‡$XPHQWDUDLQFOXVmRGRVMRYHQVQRV&RQVHOKRV&RQVXOWLYRVDWR-
lho da Assembleia Municipal (Assembleia Autárquica). GRVRVQtYHLVSDUDTXHHVWHMDHPFRQIRUPLGDGHFRPDSHUFHQWD-
Além dos mecanismos de participação do cidadão acima expostos, a gem estabelecida pelo Guião da organização e funcionamento
/HLGHGH)HYHUHLURHVWDEHOHFHQRSULQFtSLRGDSDUWLFLSDomR destes órgãos.
dos administrados que aAdministração Pública deve promover a de- ‡(QYROYHURVMRYHQVHPXOKHUHVQDUHVROXomRGRVSUREOHPDVORFDLV
fesa dos interesses dos cidadãos, na formação das decisões que lhes para que estes participem das discussões dos referidos proble-
disserem respeito.O mesmo instrumento estabelece no princípio da mas nas reuniões dos Bairros e nos encontros com os Conselhos
Supervisão da Administração Pública que os cidadãospodem exercer Consultivos.
DVVHJXLQWHVIRUPDVGHFRQWURORL SDUWLFLSDomRHPFRQVXOWDRXHPDX- ‡0HOKRUDURVLVWHPDGHGLYXOJDomRGHLQIRUPDomRGHLQWHUHVVHGRV
diência pública, ii) elaboração de relatórios e estudos independentes, FLGDGmRVHRXMRYHQVWDLVFRPRD/HLGRGLUHLWRjLQIRUPDomR
iii) exercício do direito de petição ou de representação, iv) denúncia Carta Africana da Juventude, direitos e deveres dos cidadãos e
de irregularidades, e v) participação em órgãos colegiais da Adminis- as competências dos Governos Locais na provisão dos serviços
tração Pública. básicos para despertar o interesse de exercício de cidadania ac-
tiva.
1RTXHWRFDDHVSDoRVGHSDUWLFLSDomRGRMRYHPHPSDUWLFXODUD&DU- ‡5HYLWDOL]DURV&RQVHOKRV&RQVXOWLYRV
WD$IULFDQDGD-XYHQWXGHUDWLÀFDGDSRU0RoDPELTXHHPHVWDEH- ‡3URPRYHUPDLRULQWHUFkPELRHQWUHRVJUXSRVMXYHQLV
OHFHGHQWUHRXWURVRGLUHLWRGDMXYHQWXGHSDUWLFLSDUQRGHVHQYROYL- ‡,GHQWLÀFDUSHVVRDVGHUHIHUrQFLDDRQtYHOGRVHVSDoRVGHGLiORJR
mento do continente e na tomada de decisão aos níveis da governação H[LVWHQWHVHHQYROYrODVQDVFDXVDVGDMXYHQWXGH
local, nacional, regional e continental. Em alinhamento com aquela
SROtWLFDR(VWDGRFULRXHVSDoRVSDUDRHQYROYLPHQWRGRMRYHPQDSDU-
Apoio:
Financiamento:
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Savana 14-12-2018 11
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Encarregada da Ucrânia

“Temos muito para cooperar com Moçambique”


Por Ricardo Madaukana

A
política diplomática de Ma- ração com o maior número possível tornar uma vítima já amanhã. O que
puto assente na doutrina de outros estados. Numa economia se deu com a interferência da Rússia
de fazer o maior número mundial globalizada, nenhum país nas eleições na Alemanha, França,
possível de amigos na arena quer depender de uma orientação Estados Unidos, no caso recente de
internacional volta a ser testada, com única, porque isso, poderá afectar di- Salisbury.
a aproximação entre Moçambique e rectamente a sua segurança nacional Qual é a posição que Maputo tem
a Ucrânia. Moçambique mantém la- e independência económica. Tenho a transmitido a Kiev em relação ao
ços tradicionais com a Rússia, desde certeza que Moçambique está princi- conflito com a Rússia?
os tempos da URSS, e Moscovo tra- palmente interessado em diversificar Não recebemos, por parte de Mo-
va neste momento um conflito aber- os seus projectos externos nas áreas çambique, uma posição clara nesta
to com Kiev. da política e de economia. questão.
Qual é o papel que Moçambique
Em entrevista ao SAVANA, a En- O mundo assiste a uma pode jogar para ajudar a resolver o
carregada de Negócios da Ucrânia na guerra híbrida conflito entre a Ucrânia e a Rússia?
República da África do Sul, Liubov Moçambique tem tido uma postura Acredito que a adesão de Moçambi-
Abravitova, diz que a cooperação Liubov Abravitov, Encarregada de Negócios da Ucrânia na de neutralidade na questão Rússia/ que à posição da maioria dos países,
entre Maputo e Moscovo não coloca República da África do Sul Ucrânia, pelo menos publicamente. em, ao menos condenar a violação
travão na vontade de Kiev em coope- Como analista essa opção? das normas e princípios básicos do
Há condições para os dois países um ímpeto a todas as áreas de coo-
rar com Moçambique. Este tipo de posição foi tomado por direito internacional, a Carta das Na-
elevarem a cooperação para outros peração, nas quais as partes estão in-
“Eu acredito que, independentemen- uma série de países (mas não a maio- ções Unidas e vários acordos interna-
patamares? teressadas.
te dos projectos implantados em con- ria), o que é patente nas votações no cionais e bilaterais ucraniano-russos,
Ucrânia é favorável ao reforço da O facto de Moçambique manter
junto pela Rússia e por Moçambique, âmbito das organizações internacio- contribuiria significativamente para a
cooperação com Moçambique. Nesse uma cooperação já antiga com a
o vosso país está interessado em de- nais na questão da agressão russa na pressão da comunidade internacional
contexto, acreditamos que a conclu- Rússia não é um entrave na coope-
senvolver a cooperação com o maior Ucrânia. Pessoalmente, associo essa sobre a liderança russa. Isso impediria
são de acordos intergovernamentais ração entre Moçambique e a Ucrâ-
número possível de outros estados”, posição dos países “neutros” com o fe- a repetição futura de cenários seme-
da cooperação comercial e económi- nia, tendo em conta o conflito entre
considera Liubov Abravitova. nómeno da guerra híbrida, que a co- lhantes em outras partes do mundo.
ca, bem como a promoção e protec- a Rússia e Ucrânia?
Como é que avalia a cooperação en- munidade internacional está assistin- Está projectada a instalação de uma
ção mútua de investimentos, pode- Moçambique mantém cooperação
tre Moçambique e Ucrânia? do, nesta envergadura, pela primeira embaixada da Ucrânia em Maputo?
riam fornecer um ímpeto adicional de longa data com a Rússia, mas
As relações ucraniano-moçambica- vez na história das relações interna- Como se pode ser comprovado pe-
real à intensificação da cooperação essa tem a mesmíssima duração em
nas são tradicionalmente amigáveis. cionais. Mas hoje, quando o mundo las estatísticas dos nossos indicado-
entre os dois Estados. Anteprojectos relação à Ucrânia, dado que essas
As relações diplomáticas foram esta- inteiro está ciente do papel da Rús- res de comércio bilateral, bem como
destes acordos estão actualmente a relações foram estabelecidas desde a
belecidas em 19 de Agosto de 1993 sia e dos seus métodos de guerra na pela ausência de um diálogo político
serem estudados e considerados por União Soviética. Eu não iria exagerar
– então, neste ano, celebramos o 25º Ucrânia, tenho certeza que a maioria activo, a abertura de uma missão di-
parte moçambicana.
aniversário de seu estabelecimento. o papel da Rússia no desenvolvimen- destes países irá modificar a sua posi- plomática ucraniana exclusivamente
Quantos ucranianos residem em
Ao mesmo tempo, as nossas relações to de relações amistosas com a região ção actual para uma mais clara. Pois, para Moçambique não é oportuna.
Moçambique?
têm uma longa história desde o es- da África Austral, incluindo Mo- a preservação do direito internacional Mas, mais uma vez, gostaria de en-
Posso dizer o número exacto dos
tabelecimento de relações diplomáti- çambique. Aqui, a parte importante como o maior instrumento de reso- fatizar que nos últimos anos Ucrâ-
cidadãos ucranianos que vivem em
cas entre a URSS e Moçambique em Moçambique e que possuem o regis- pertence à Ucrânia, à Geórgia, à Bie- lução de conflitos é uma prioridade nia expandiu consideravelmente sua
1977. Muitos estudantes moçambi- to consular na Embaixada da Ucrânia lorrússia e ao resto dos nossos antigos para todo o mundo civilizado. O ni- cooperação com os países da África.
canos estudaram nas universidades na África do Sul, que neste momento “amigos” na URSS. Eu acredito que, velamento, por baixo, dos valores e da Portanto, estou confiante de que a
ucranianas, embora neste momento é responsável por Moçambique, são independentemente dos projectos efectividade do direito internacional abertura da representação diplomá-
o seu número seja bastante menor. 10 pessoas. Ao mesmo tempo, sa- implantados em conjunto pela Rússia afecta todos os países, porque quando tica ucraniana é provável no futuro,
Ambos os países têm grande po- bemos que o número real de nossos e por Moçambique, o vosso país está o Direito internacional não é respei- no processo de aprofundamento da
tencial para desenvolver cooperação cidadãos aqui é muito maior, ligeira- interessado em desenvolver a coope- tado, todo e qualquer país pode se cooperação bilateral.
mutuamente benéfica em vários do- mente acima de 100 pessoas.
mínios. A presença de uma comunidade
Em que áreas os dois países coope- ucraniana em Moçambique é um África do Sul
ram? elemento facilitador da cooperação
Ucrânia e Moçambique estão apenas
começando a definir as prioridades da
cooperação bilateral. E, como podem
entre os dois países?
Sem dúvidas. Eles são um canal im- TC invalida decisão de Zuma sobre Tribunal da SADC
portante para manter o nosso rela-

O
imaginar, para iniciar qualquer diá- cionamento. Através da comunidade Centro de Litígio da África do para cidadãos zimbabweanos cujas ter- maphosa retire o nome do país do novo
logo sectorial é necessária uma base ucraniana residente em Moçambique Sul (SALC) saudou uma de- ras haviam sido confiscadas sem com- protocolo, o que implica que o mesmo
contratual e jurídica adequada. Ac- os moçambicanos conhecem a nossa cisão do Tribunal Constitucio- pensação pelo governo, depois deste deixa de ter força de lei na África do
tualmente, as partes estão a desenvol- rica cultura, tradições e arte. Além nal, confirmando que o antigo ter dado ordens aos tribunais do país Sul.
ver acordos bilaterais de cooperação disso, um elemento importante no Presidente Jacob Zuma agiu incons- para que se distanciassem de processos A Presidência sul-africana foi igual-
no domínio do comércio, economia aprofundamento das nossas rela- titucionalmente ao se juntar a outros de recurso contra a perda das suas pro- mente orientada no sentido de pagar
e de investimentos, cooperação nas ções foi o lançamento, em 2017, do líderes regionais para suspenderam as priedades. as custas judiciais relacionadas com o
áreas da educação e do turismo. Está Consulado Honorário da Ucrânia actividades do Tribunal da SADC. Ao adjudicar o caso que lhe foi apre- caso.
sendo trabalhada a questão da assina- em Maputo, liderado pelo Dr. Abí- Num acórdão, o Tribunal Constitucio- sentado pelos agricultores zimbabwea- O SALC diz que com esta decisão,
tura do acordo na área da defesa. lio L. Soeiro. Actualmente, com o nal (TC) da África do Sul considerou nos, o Tribunal da SADC, na altura cidadãos sul-africanos terão o direito
Na verdade, essas são as áreas promis- seu apoio, existe um diálogo entre os que a decisão de suspender o Tribunal dirigido pelo actual Juíz Conselheiro de recorrer ao Tribunal da SADC para
soras para os dois países no domínio nossos estados sobre o lançamento da SADC tinha sido inconstitucional, do Tribunal Supremo, Luís Mondlane, casos em que o processo interno tenha
de cooperação. da Câmara de Comércio e Indús- ilegal e irracional. concluíra que a decisão do governo de sido esgotado.
Acreditamos que o estado actual da tria Ucrânia-Moçambique, que nos “O Presidente deve estar na linha da Mugabe constituía uma violação do “A importância desta decisão nunca
cooperação comercial e económica permitirá identificar as prioridades frente de acções visando a protecção Tratado da SADC.
pode ser sobrevalorizada; estabelece
entre a Ucrânia e Moçambique não específicas da cooperação comercial e promoção dos direitos dos cidadãos, Na sequência, e coagidos por Muga-
jurisprudência, não só para a África do
revela plenamente o potencial do e económica e traduzi-la em termos quando dirige processos ao nível in- be, outros líderes da SADC, incluindo
Sul, mas também como ponto de refe-
nosso relacionamento. Tanto Ucrâ- práticos. ternacional”, disse, num comunicado, Zuma, tomaram uma série de decisões
rência para outros governos da região
Há condições para os dois países na última quarta-feira, a directora exe- para garantir que o Tribunal da orga-
nia, como Moçambique, devem envi- da África Austral”, diz o comunicado
cutiva do SALC, Kaajal Ramjathan- nização fosse despido do seu manda-
dar esforços para os elevar a um nível elevarem a cooperação para pata- do SALC, ao mesmo tempo que apela
-Keogh. “Esta decisão é de uma impor- to de lidar com questões relacionadas
superior. Entre as áreas promissoras mares mais elevados? ao governo para que acate a decisão e
tância significativa, dado que se trata com direitos humanos dos cidadãos da
e mutuamente benéficas de coopera- Tais condições existem sempre e sob do primeiro passo para a reinstalação tome passos concretos para a sua ma-
região.
ção podemos destacar a agricultura todas as condições e circunstâncias. do Tribunal da SADC no seu formato Em 2014, os líderes da SADC assina- terialização.
(incluindo o incremento de forne- Ucrânia está expandindo a sua coo- original. Encorajamos outras ordens de ram um novo protocolo em que foram “Apelamos à Presidência para que não
cimento de grãos e outras mercado- peração com os países africanos, exis- advogados ao nível da SADC para que removidos os direitos de todos os cida- só respeite a decisão e tome os passos
rias ucranianas), indústria alimentar tindo vários níveis de interacção. O tomem iniciativas idênticas”. dãos da região de recorrerem ao Tribu- necessários para a fazer implementar,
(fornecimento de carne, aves e seus primeiro, na minha opinião, deveria A dissolução do Tribunal da SADC nal para exigirem direitos de regresso, mas que também a use para influenciar
derivados, bebidas, biscoitos, mas- ser o desenvolvimento da cooperação teve a sua origem no controverso e caso os sistemas de justiça nos seus res- outros governos da SADC a tomarem
sas, cereais, etc.), sector energético no âmbito de organizações interna- caótico programa de redistribuição de pectivos países tiverem sido esgotados. em conta os princípios estabelecidos
(no contexto do desenvolvimento do cionais, o diálogo político regular e terras no Zmbabwe, durante a governa- No caso da África do Sul, a decisão do pelo Tribunal Constitucional para
sector de petróleo e gás de Moçam- o apoio mútuo no âmbito de fóruns ção de Robert Mugabe. O Tribunal da Tribunal Constitucional emitiu uma o restabelecimento do Tribunal da
bique), bem como a construção naval. internacionais. Isto, por norma, dá SADC foi o último recurso disponível ordem para que o Presidente Cyril Ra- SADC”, disse Ramjathan-Keogh.
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Savana 14-12-2018 13
NO CENTRO DO FURACÃO
14 Savana 14-12-2018 Savana 14-12-2018 15

INGC pretende restaurar zonas Devido a um braço-de-ferro com Manuel de Araújo

afectadas pela seca Membros da AM ameaçam paralisar município


Por Abílio Maolela, em Bilene Por Raul Senda

O E
Instituto Nacional de nquanto o Tribunal Ad- Sublinhou que, neste momento, as sinais de desconforto começa-
Gestão de Calamidades ministrativo não decide duas bancadas aguardam pela assi- ram a exteriorizar-se, sobretudo
(INGC) irá implementar, sobre a perda ou não do natura do termo de compromisso, no MDM, já que os da Frelimo
próximo ano, um projecto mandato de Manuel de facto que ainda não se consumou, também são funcionários de ou-
de construção de resiliência agrí- Araújo como presidente do mu- porque Duc Octávio ainda não se tras instituições públicas como a
cola nas zonas áridas e semi-áridas, nicípio de Quelimane, a capital prontificou. educação, onde auferem seus or-
visando encontrar soluções susten- provincial da Zambézia está Ao SAVANA, o presidente da AM denados.
táveis para a problemática da seca, a ser gerida de chantagem em de Quelimane referiu que, se o edil Alguns membros do MDM, ven-
um fenómeno que se repete todos os chantagem. substituto não assumir o compro- do as suas contas cada vez mais
anos no nosso país e que, em algumas misso por escrito até esta sexta- apertadas e temendo que percam
áreas, é permanente. Depois de determinar a destitui- -feira, os 14 membros da AM iriam os seus subsídios definitivamente,
ção do edil, os membros da As- marchar pelas artérias da cidade de já que o presente mandato termi-
A acção foi tornada pública, sexta- sembleia Municipal (AM) dei- Quelimane e inviabilizar todas as ac-
-feira passada, pela Directora-geral na dentro de um mês, acusam a
xaram de participar nas sessões tividades do município. chefia da bancada bem como a
daquela instituição, Augusta Maíta, do órgão, alegando ilegitimidade Para tal, iriam recorrer a correntes
durante o encerramento do XI Con- presidência da AM de querer pôr
de Manuel de Araújo. para trancar todos os edifícios que
selho Consultivo da instituição, que em causa a sua sobrevivência, já
Em Agosto de 2018, Manuel de garantem o funcionamento dos ser-
decorreu, semana finda, no Município que estes é que não aceitam que a
Araújo submeteu na AM a pro- viços municipais.
da Praia do Bilene, província de Gaza. AM se reúna.
posta de revisão do orçamento Diz que a AM nunca irá ceder às
Segundo aquela dirigente, o projecto, Suspeitam que o presidente da
municipal para equilibrar as con- chantagens de Manuel de Araújo,
que surge da necessidade de garantir a AM bem como o chefe da ban-
tas e cobrir as actividades planifi- porque está a exercer funções ilegal-
provisão de infra-estruturas de abas- Membros da Assembleia Municipal de Quelimane cada do MDM tenham algum
tecimento de água a longo prazo, irá INGC pretende mudar a triste realidade que afecta milhares de moçambicanos a cada época chuvosa cadas para o presente ano. mente.
Antes do debate da proposta, a Albuquerque lançou duras críticas subsídio de sobrevivência prove-
beneficiar 40 mil pessoas, sendo que (2018/2019), o Plano de Contin- em 2017, que, entre outras acções, bros da AM Quelimane. tageado é o governo municipal de
Cumprimento do PQG Assembleia reuniu-se e delibe- ao Tribunal Administrativo pela de- niente da cidade da Beira, por-
20 mil directamente e consistirá, en- gência, aprovado pelo governo, em destaca a necessidade do reforço das Araújo diz que membros da AM Quelimane, que não consegue res- que, mesmo sem salário, há três
Fazendo avaliação do XI Conselho rou a perda de mandato de Araú- mora na resposta do recurso inter-
tre outras acções, na reabilitação de Novembro, aponta perto de 800 mil capacidades locais e municipais para têm sérios problemas de interpreta- ponder a actividades ou satisfazer
Consultivo do INGC, aquela dirigen- jo e de lá a esta parte nunca mais posto por Manuel de Araújo, depois meses, continuam a levar uma
37 hectares de pequenos sistemas pessoas em situação de insegurança a elaboração de planos de resposta e ção de conceitos e ignoram o que é certas despesas, como a limpeza da
te afirmou que a reunião permitiu fa- aceitou reunir-se com o autarca, de o Conselho de Ministros decretar vida normal e totalmente opos-
de irrigação; provisão de 34 kits de alimentar, dos cerca de 1.5 milhões de recuperação, integrando critérios es- orçamento rectificativo.
zer radiografia das actividades da ins- considerando que é ilegítimo a cessação do seu mandato. cidade, por exemplo, porque, desde ta a dos restantes membros que
irrigação; construção de estruturas pessoas em risco de serem afectadas pecíficos de inclusão e género; a con- “Se a memória não atraiçoa, todo
tituição, com destaque para o nível de por ter perdido o seu mandato, Lamentou também a apatia do Mi- Agosto que a AM não aprova o or- quase que roça a penúria.
de captação de água (14 represas, 14 por diferentes tipos de eventos extre- solidação dos sistemas de informação; o município, bem como o governo
execução das actividades inscritas no com fundamento no Decreto do nistério da Administração Estatal e çamento rectificativo. Sobre o assunto, Domingos Al-
pontos de abeberamento para gado); mos, incluindo secas. monitoria dos eventos extremos; e a Programa Quinquenal do Governo Conselho de Ministros do pas- Função Pública por aquilo que con- central, têm a prerrogativa de apre- “Colocar em risco a saúde dos muní- buquerque lamenta o facto e diz
construção de 14 furos de água e rea- Quase que parafraseando as palavras circulação de informação em tempo (PQG), que, segundo o porta-voz da
sado dia 28 de Agosto de 2018. siderou ilegalidades e abuso de po- sentar a AM ou a Assembleia da Re- cipes por falta de recolha de resíduos que todos estão a passar pelas
bilitação de outros 13; provisão de do vice-ministro da Administração quase real do local afectado para o ní- instituição, Paulo Tomás, estão a nível
Perante as sistemáticas recusas da der protagonizados por Manuel de pública pelo menos duas senão três sólidos não é chantagem? Como mesmas privações económicas e
quatro instalações de dessalinização Estatal e Função Pública, Albano vel central e vice-versa. de 60% de execução, faltando apenas
AM, o edil de Quelimane orde- Araújo. propostas de orçamento rectificativo gestores municipais temos feito das sociais.
de água; e instalação de 24 estrutu- Macie, na abertura do encontro, Maí- Para a materialização deste Plano, terminar o Plano Económico e Social
ras de captação de águas pluviais com nou o cancelamento dos ordena- Segundo Albuquerque, o edil trans- por ano. E esta é a nossa segunda tripas o coração para proteger os in- A AM de Quelimane reuniu-se
ta disse que o INGC não pode so- a antiga Secretária Permanente de de 2018 e executar o de 2019. proposta. Suponho até que, queren-
painéis solares em edifícios púbicos. mente se empenhar em acções de mi- Sofala revelou que a magna reunião “O nosso PES 2018 vai a um bom dos dos membros da Assembleia, formou o município de Quelimane teresses e a saúde dos munícipes”. no passado dia 22 de Agosto de
O projecto, que será implementado alegando que não havia base le- numa monarquia, onde tudo é feito do, poderíamos apresentar a terceira.  2018 para deliberar sobre a perda
tigação, após a ocorrência dos eventos daquela instituição, a primeira no seu ritmo. As direcções regionais e pro- Manuel de Araújo contou que a
nos distritos de Matutuíne e Ma- vinciais cumpriram, integralmente, o gal para a disponibilização, visto a seu bel-prazer. É de Lei”, afirmou. de mandato de Manuel de Araú-
extremos, mas deve redobrar esforços comando, apreciou a proposta do Pla- proposta do orçamento rectificativo
gude (província de Maputo) e Chi- nosso PES que também irá contribuir que tudo carecia da aprovação do Os órgãos eleitos e indicados para Por imposição legal, continuou, a jo, do cargo de presidente do
para a sua prevenção. no de Investimentos que está a ser de-
buto e Chigubo (Gaza), é resultado no cumprimento do que está plasma- orçamento rectificativo. auxiliar ou fiscalizar as actividades AM como a da República aprovam
“O INGC é uma instituição com ca- senvolvido com o envolvimento dos Conselho Municipal da Cidade
de um acordo entre o governo e o do no PQG”, destacou Tomás. Ao SAVANA, Domingos de do município foram relegados para o Plano de Actividades e o Orça-
pacidade técnica e operativa, que tem diversos sectores que trabalham em de Quelimane, por se ter filiado
Banco Africano de Desenvolvimento o dever de melhorar, continuamente, Entre as acções definidas no PQG Albuquerque, presidente da AM o plano marginal, acusou. Rijone Bombino mento, fixando os limites orçamen-
acções que concorrem para a gestão e à Renamo, partido pelo qual não
(BAD) e está orçado em USD 15 mi- o seu desempenho. Assim, considera- está o mapeamento das zonas de risco de Quelimane, eleito pelo Movi- Apontou como exemplo as cíclicas tais, ou seja, os limites das despesas
redução do risco de desastres no país. bros da Renamo concentraram-se foi eleito no presente mandato.
lhões para um período de cinco anos mos importante que, em coordenação de calamidades à escala adequada; a mento Democrático de Moçam- e prolongadas ausências do edil, de- e receitas.
A também ex-Cabeça-de-lista da Fre- promoção de pesquisas sobre opções nas instalações do Conselho Muni- Entendia a AM que uma vez
(2018-2022). com outras instituições, melhore a bique (MDM), confirmou que legando responsabilidades a pessoas “Eu não posso ultrapassar o que foi
limo, nas últimas eleições autárquicas, de adaptação às mudanças climáticas cipal e na sede da Assembleia Mu- eleito pelo MDM em 2013, Ma-
Segundo Augusta Maíta, o projecto análise de dados, o fluxo de informa- há três meses que não auferem que não têm nenhum vínculo legal limitado e aprovado por eles mes-
na Beira, disse que o documento ain- e redução de risco de calamidades nicipal, supostamente para impedir a nuel de Araújo não deveria ter-se
arranca, efectivamente, no próximo ção e os mecanismos de comunicação os seus ordenados, por ordens de com o município. mos. Estaria a violar a Lei, como
da está numa “fase incipiente”, pelo nos diversos sectores e escalas; o de- manifestação dos membros da AM. filiado a um outro partido na vi-
ano, sendo que, neste momento, de- com as comunidades, alertando-as Manuel de Araújo. Domingos Albuquerque diz que aconteceu no caso das dívidas ocul-
corre a fase de contratação dos em-
que é prematuro avançar com os valo- senvolvimento de directrizes para a O SAVANA contactou Rijone gência do presente mandato.
com a necessária antecedência sobre res que serão desembolsados. Albuquerque acusou Manuel de todos estes factos foram comunica- tas no governo de Guebuza, que ul-
preiteiros que irão executar as obras. integração da gestão do risco de cala- Bombino, chefe da bancada da Freli- Tendo isso acontecido, segundo
os fenómenos calamitosos que irão “Ainda estamos na fase de levan- Araujo de estar a usar os salários dos à ministra de tutela, Carmelita trapassou níveis de endividamento
Garante que os primeiros resultados midades e da adaptação às mudanças mo na Assembleia Municipal assim a lei recente, Araújo incorre na
ocorrer e apoiando-as a se posicio- tamento das prioridades. Temos a climáticas nos planos nacionais, sec- como arma de chantagem contra Namashulua, mas nada faz e a con- sem aval da AR”, explicou o edil para
serão testemunhados, em Junho de como o edil substituto Duc Octávio. improbidade cuja penalização é a
narem em locais mais seguros”, de- responsabilidade de fazer aprovar o toriais e locais de desenvolvimento; os membros da AM. sequência disso é a confusão que se depois acrescentar que os membros
2019. Bombino não respondeu às nossas perda do mandato.
fendeu, sublinhando que durante os plano até próximo ano. O que esta- e a operacionalização do Centro de O presidente da AM diz que não instalou dentro município, prejudi- da AM querem que o edil viole a
Moçambique tem sido afectado, cicli- chamadas telefónicas, enquanto Duc Araújo foi eleito para presidência
três dias de reunião constataram que mos a fazer é um exercício de alinhar Gestão de Conhecimento sobre Mu- pode presidir uma sessão con- cando os munícipes. Lei.
camente, por secas severas, causando Octávio disse que carecia de autori- do Município de Quelimane nas
“precisamos de melhorar o fluxo de o Plano com as actividades que serão danças Climáticas e Redução do Ris- vocada por uma entidade com Na manhã desta quarta-feira, mem- Sublinhou que as colectas internas
bolsas de fome, com maior destaque zação superior para falar de assuntos eleições de intercalares de 2011 e
informação entre as diferentes áreas previstas no PQG”, afirmou. co de Desastres. mandato suspenso. fazem parte de todo o pacote de re-
para a província de Gaza. Aliás, du- do município. reeleito nas eleições autárquicas
do INGC e com as suas representa- “Acreditamos que, com a implemen- Refira-se que os dados da época chu- Disse que a AM decidiu avan- ceitas e estão sujeitas à lei e, conse-
rante a abertura do encontro, a gover- ções a nível local”. vosa 2018/2019 indicam a existência, de 2013 pelo MDM. Em 2018
tação em pleno deste instrumento çar para o extremo, que é a pa- quentemente, a limitações orçamen-
nadora daquela província, Stela Pinto, desde Outubro, de perto de 600 famí- foi eleito para mais um mandato
enalteceu o papel do governo, INGC (PDRRD), iremos reduzir o actual ralisação de todas as actividades Reacção de Araújo tais por eles aprovadas. Manuel de Araújo
lias afectadas pelas intempéries, 543 do Conselho Municipal, porque Manuel de Araújo diz que é cristão pela Renamo.
e outros parceiros na recuperação das Instrumentos para redução fosso entre a imprevisibilidade dos
casas destruídas, maioritariamente,
Por seu turno, Manuel de Araújo re- entrou na AM muito antes das ma-
A deliberação da AM foi anulada
de desastres eventos extremos recorrentes e a nos- Manuel de Araújo também está feriu que não há diferendo nenhum. e, como tal, aprendeu que mentir é nobras visando o seu afastamento da
zonas afectadas pela seca, dando o nas províncias de Tete e Nampula e
sa capacidade de resposta, gestão e a usar truques baixos, anti-éticos O que há, defende o edil, é ignorân- pecado. presidência da edilidade. pelo governo por ser ilegal, mas a
exemplo do distrito de Chigubo, que, Entretanto, destacou que nos seus morte de 10 pessoas por descargas at-
quase 20 anos de existência (completa adaptação”, garantiu a dirigente. e ilegais para pressionar a AM a cia e falta de assessoria jurídica por “Eles devem provar o que dizem. O edil diz que o assunto é do co- decisão da perda do mandato foi
depois da seca de 2015, conseguiu mosféricas (sete) e afogamento (três),
20 anos, em Junho de 2019), o INGC O outro instrumento que será criado satisfazer os seus interesses. parte da AM apesar de o respecti- Devem provar que mandei separar nhecimento da ministra da Admi- mantida por Decreto do Conse-
reerguer-se, tendo exposto as suas po- ocorridos nas províncias do Niassa
tencialidades agrícolas, semana finda, passou de uma instituição reacti- para flexibilizar a prontidão do INGC De princípio, a “greve” tinha sido vo presidente ser jurista formado na as folhas de salários ou que mandei nistração Estatal e Função Pública lho de Ministro de 28 de Agosto
(três), Tete (três) e Manica (quatro).
durante a conferência de investimen- va para uma entidade pro-activa de é o Fundo de Gestão de Calamidades, Para apoiar as famílias necessitadas, o marcada para esta quarta-feira, Universidade Mussa Bin Bique. homens da Renamo para inviabiliza- e sublinha que a solução passa por de 2018.
tos, com destaque para uma cebola coordenação da resposta nacional de a ser constituído pelo Governo e par- INGC garante que os bens alimen- 12 de Dezembro, mas foi adiada, Araújo, que foi eleito e chancelado rem a sua manifestação. Não podem membros da AM aprovar o orça- Inconformado com a decisão,
com 200 gramas de peso, algo inco- gestão e redução do risco de desastres, ceiros, dos quais o Banco Mundial, tares e não alimentares foram reposi- porque o presidente substituto, pelo Conselho Constitucional para passar a vida a inventar inverdades”, mento rectificativo. Araújo recorreu ao Tribunal Ad-
mum naquela zona do país. facto que permitiu a criação de alguns que já manifestou a disponibilidade cionados nas províncias de Nampula, Duc Octávio, comprometeu-se mais um mandato de cinco anos na continuou. “Se eles convocarem a sessão, apro- ministrativo e aguarda pelo acór-
Stela Pinto explicou que o “milagre” instrumentos normativos de curto, em comparticipar. Zambézia e Cabo Delgado, onde junto às bancadas do MDM, presidência do município de Queli- Diz o edil que, pelo nível de igno- vavam os instrumentos e de certeza dão.
deveu-se à abertura, naquele distrito, médio e longo prazo. Neste momento, segundo Maíta, es- ocorrem chuvas acima do normal. Frelimo e o representante do mane, referiu que a greve é um di- rância que os membros da AM têm que terão a situação regularizada Contudo, mesmo com estas in-
de uma área de cultivo de cinco hec- Os referidos instrumentos são a Lei tão a discutir o manual de procedi- Acrescenta também estar garantida a Estado junto ao poder municipal reito consagrado na Constituição demonstrado neste e outros casos,  logo de imediato”, sentenciou. decisões, o Conselho Constitu-
tares, que estava acoplada a um furo de Gestão de Calamidades, aprova- mentos, um “guia” fundamental para assistência às famílias afectadas até ao que tudo faria, juntamente com da República. Contudo, para haver duvida que saibam o que é uma mo- O SAVANA sabe que, enquan- cional proclamou Araújo como
multifuncional aberto há mais de 180 da, em 2014; e o Plano Director para o acesso àquele valor que promete ser fim da época chuvosa, apesar do défi- o seu elenco, para resolver o di- greve é preciso seguir a lei, o que não narquia. to a questão salarial não se resolve, edil de Quelimane para os próxi-
metros de profundidade. a Redução do Risco de Desastres o futuro “saco azul” das elites preda- ce de 1.1 milhões de meticais, dos 1.3 ferendo. Domingos Albuquerque está a acontecer por parte dos mem- Sublinha que quem está a ser chan- no seio da AM de Quelimane, os mos cinco anos.
Para a presente época chuvosa (PDRRD), aprovado pelo governo, doras. milhões necessários.
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DIVULGAÇÃO
SOCIEDADE
Savana 14-12-2018

No centro do país

Seita religiosa faz “vista grossa” a casamentos prematuros


-denunciam participantes da VI CNMG

Uma seita religiosa denominada Johane Malangue com maior das vítimas, com vista a alcançar seus intentos.
influência nas províncias de Manica e Tete, região setentrio-
nal do país, é acusada de estar a contribuir para o aumento Autoridades já estão ao encalce dos criminosos…
dos índices de uniões forçadas ou casamentos prematuros, As direcções Provinciais de Género, Criança e Acção Social
o que contraria os esforços do Governo e de vários outros (DPGCAS) de Manica e Tete esclarecerem ao Savana que,
intervenientes na erradicação do fenómeno responsável por para a protecção dos Direitos da Criança, existem núcleos e
ensombrar a vida de milhares de raparigas na região e parti- comités de protecção a menores, respectivamente, que traba-
cularmente Moçambique. lham directmente com os Serviços Distrital de Saúde, Mu-
lher e Acção Social (SDSMAS), Gabinetes de Atendimen-
Segundo o Índice Demográfico de Saúde (IDS, 2011), Mo- to Famílias e Crianças, sector da Justiça através do IPAJ e
çambique é o décimo país com a prevalência mais elevada outros intervenientes da sociedade civil. “No caso concreto
dos casamentos prematuros na região, ou seja, 14% das mu- das denúncias feitas contra Seita religiosa Johane Malan-
lheres entre 20 e 24 anos de idade casaram antes dos 15 anos gue em Manica, existe um grupo de referência dirigido pela
e 48% antes de 18 anos de idade. Procuradoria local e que inclui vários sectores que intervém
na promoção dos direitos da criança. “O que posso adiantar
Entretanto, denúncias no decurso da VI Conferência Nacio- é que, feita a denúncia contra a congregação, iniciou o pro-
nal sobre Mulher e Género (CNMG) que decorreu recente- cesso de investigação e a qualquer momento os colegas da
mente em Maputo sob o lema “O Papel da Mulher, Rumo à Justiça poderão trazer o esclarecimento público do trabalho
Igualdade de Género e Desenvolvimento Sustentável”, revela em curso… ”, disse Assane Ernesto, Chefe do Departamento
que os líderes da Igreja Johane Malangue, valendo-se da sua da Criança na DPGCAS de Manica.
posição e alegando “profecias”, chegam a juntar entre cinco a
10 jovens/meninas como suas esposas, o que contraria todo A fonte explicou que houve igualmente uma outra denúncia
o esforço em prol de erradicação das uniões precoces e/ou recentemente contra um líder da mesma seita no distrito de
casamentos prematuros no país. Gondola que se envolveu com duas menores e que assumia
como suas esposas. “ Neste caso houve uma acção de resgate
Os delegados da VI CNMG foram unânimes ao afirmar que das crianças para a casa dos pais e legalizou-se a prisão do
a seita religiosa Johane Malangue “está a cometer crimes” ao criminoso…”.
permitir que seus líderes se “casem” com um número indeter-
minado de meninas, ainda sem idade para assumirem lares. Sobre acções em curso a nível do sector do Género, Criança
e Acção Social para desencorajar atitudes destes líderes e
Para Maria de Ceu, delegada proveniente da província de não só, Assane Ernesto disse: “estamos a trabalhar com ou-
Tete, a seita religiosa Johane Malangue está a violar siste- tros intervenientes; entidades públicas e da sociedade civil
maticamente os direitos das raparigas naquele ponto do país, na sensibilização comunitária sobretudo na divulgação dos
tendo questionado se o Ministério da Justiça e Assuntos direitos das crianças, acção feita através de núcleos e comités
Constitucionais e Religiosos não tem informação sobre as de protecção das crianças.
acções “bárbaras de Johane Malangue” em 15 distritos de
Tete. “Gostava de saber se as autoridades têm informação A fonte deixou claro que os acusados usam estratégias para
sobre os estragos que esta igreja faz com as meninas… o que encobrir estes actos negativos, uma vez ser um grupo enorme
está sendo feito para travar estas violações que contrariam o constituído por homens, mulheres e crianças e que podem
esforço feito, de sensibilização das comunidades para o com- chegar e acampar um certo lugar e, dificilmente se descobre
bate a casamentos prematuros…”, questionou. qual e o papel das crianças e de mulheres perante o número
reduzido de homens. “Significa por outras palavras que reina
Por seu turno, Baltbina Mateus, delegada da província de um certo secretismo dentro do grupo. Mas há relato de que
Manica e representante da Sociedade Civil, alinhou pelo os líderes recorrem a questões de profecia e convencem os
mesmo diapasão, afirmando: “um líder religioso daquela seita progenitores que por sinal são membros da mesma congre-
chega a reunir em sua casa cinco a 10 meninas feitas suas gação a lhes cederem as crianças, para assumirem precoce-
esposas, o que viola os direitos humanos, tendo em conta as mente o papel de esposas, alegadamente para satisfazer a
idades das vítimas”. “profecia ou revelação divina que o pastor teve sobre uma
certa rapariga…”.
Ela descreveu o cenário de uma “aberração e violação siste- O director Provincial do Género, Criança e Acção Social,
mática” dos direitos das raparigas e que devem ser combatidas Lourenço Boene, disse igualmente: “como sector estamos a
e penalizar os seus criminosos”, denunciou Balbina Mateus trabalhar para a protecção da criança na província de Tete.
apelando para que o sector da Justiça trabalhe seriamente Sobre a denúncia contra a Igreja Johane Malangue tenho
para estancar as incursões dos prevaricadores, que segundo a dizer que é um assunto que está sendo tratado a nível da
relatou usam várias estratégias para enganar os progenitores Justiça…”. (x)
17
SOCIEDADE
DIVULGAÇÃO
Savana 14-12-2018

Devemos combater práticas discriminatórias à mulher


-Ministra Cidália Oliveira

A Ministra do Género, Criança e Acção Social, Cidália Oli- tiça e nos órgãos de poder e tomada de decisão”, frisou Cidá-
veira, considerou que os dois dias da VI Conferência Nacional lia Oliveira observando o contributo da mulher na produção
sobre Mulher e Género (CNMG) foram frutíferos, uma vez e garantia da segurança alimentar, o que concorre para o for-
que permitiram juntar vários segmentos para troca de expe- talecimento da economia nacional.
riências e busca de soluções para o empoderamento sócio-
-económico das mulheres e raparigas, que ainda sofrem dis- A governante disse que o evento serviu para a partilha de
criminação e violação, conforme denúncias feitas durante as experiências de diferentes intervenientes na promoção das
sessões. mulheres que resultam na sua maior participação activa no
sistema financeiro e que desenvolvem acções de referência e
Para contrariar a situação, a governante convidou a todos os inspiração no país.
intervenientes na área do empoderamento da mulher e ra-
pariga a redobrarem os esforços, com vista a estancar a vio-
lência baseada no género que ensombra o desenvolvimento
destas camadas sociais, um pouco por todo o país. “Devemos
ser agentes activos no combate a práticas que contribuem para
a discriminação da mulher e impedem o alcance de progressos
em todos os domínios”, apelou Cidália Oliveira enaltecendo
o trabalho de instituições públicas, organizações da sociedade
civil, parceiros, empresariado, confecções religiosas e indivi-
dualidades na promoção da mulher e da igualdade de género.

Reforçar combate a casamentos prematuros

A Ministra do Género, Criança e Acção Social acredita que


os resultados da VI Conferência Nacional sobre Mulher e
Género (CNMG) irão contribuir para a materialização das
políticas e programas de promoção dos direitos da mulher e
dos compromissos internacionais assumidos pelo Governo
de Moçambique, no âmbito da Agenda 2030 para o Desen-
volvimento Sustentável, da Agenda 2063 da União Africana
Acrescentou que além de partilhar ricas experiências de parti- e da Declaração da SADC sobre o Género.
cipação da mulher em diferentes áreas do desenvolvimento, a
VI CNMG reflectiu sobre os desafios para o empoderamen- Cidália Oliveira chama atenção que o empoderamento da
to das mulheres mormente nas zonas rurais. Por outro lado, mulher e a promoção do equilíbrio do género não dependem
abordou-se a prevenção das práticas sociais prejudiciais ao apenas desta, uma vez que não se poderá lograr êxitos, sem
desenvolvimento da mulher, criança e igualdade de género e o compromisso e a participação de todos ou seja homens e
traçou-se estratégias para a implementação de instrumentos mulheres.
orientadores e de protecção na área do género.
“Temos o desafio de reforçar as acções de prevenção e com-
Debateu-se ainda a questão de acesso da mulher aos recursos bate a casamentos prematuros, gravidezes precoces, práticas
produtivos, tendo-se constatado à necessidade de se estimular sociais prejudiciais às crianças e mulheres, violência basea-
e fortalecer a divulgação das fontes de financiamento dispo- da no género, entre outros fenómenos que devem merecer
níveis, na formação técnico profissional da mulher, no acesso a atenção atenção de todos...”, considerou Cidália Oliveira
às tecnologias, assim como no desenvolvimento de actividades apelando para que se preste mais atenção ainda às necessi-
geração de renda sustentável. dades das mulheres e raparigas com deficiência e das idosas
para que gozem dos mesmos direitos e oportunidades no
A titular da Pasta do Género, Criança e Acção Social consi- acesso aos serviços e aos meios produtivos.
derou haver um ambiente favorável, ao desenvolvimento sus-
tentável, ao empoderamento da mulher e equilíbrio do género, Os participantes da VI CNMG acreditam numa sociedade
que resulta de esforços de vários intervenientes e da imple- onde homens e mulheres partilhem de igual os seus direitos,
mentação das leis, políticas e programas em curso. desde que haja empenho de todos: parlamentares, organi-
zações da sociedade civil, parceiros, instituições religiosas,
“Destacamos os progressos na implementação de acções para órgãos de comunicação social e individualidades que inter-
o avanço da mulher, equilíbrio do género que resulta na maior vêm na implementação de programas em prol da mulher e
participação das mulheres na agricultura, saúde, educação, jus- igualdade de género. (x)
OPINIÃO
18 Savana 14-12-2018

Cartoon
EDITORIAL
A corrupção e os cordeiros
a caminho do matadouro

N
as investigações em curso, nos Estados Unidos, sobre a interferência
da Rússia nas eleições americanas, vão sendo trazidos à superfície
detalhes que levam a perceber que no mundo do realismo político
nem sempre as coisas são como elas são ditas ou parecem.
Uma das revelações tem a ver com Paul Manafort, o primeiro director da
campanha eleitoral do actual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Num dos casos em que Manafort está implicado, descobriu-se que a certa
altura, ele contraiu dois empréstimos num total de 16 milhões de dólares,
prometendo, como contrapartida ao director do banco, um lugar de relevo no
executivo da futura administração Trump.
Há muitos outros detalhes não abonatórios da campanha para as eleições
americanas de 2016, que estão agora a ser tornados públicos. Como, por
exemplo, o advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, que esta última
quarta-feira foi condenado a três anos de prisão por ter feito pagamentos
não autorizados por lei, durante aquele período; ou o antigo Conselheiro
Nacional de Segurança, Michael Flynn, também a contas com a justiça, por
ter mentido ao FBI sobre os seus contactos com representantes do governo
Russo.
O que estes três casos, e tantos outros que não caberiam neste espaço servem
para mostrar, é que a corrupção não se confina apenas a um específico espaço
geográfico, ou a uma raça, em especial. Como muitas vezes se pretende fazer

Fragmentação e mentira
crer, não é um fenómeno que se reduz aos países menos desenvolvidos, por
exemplo, em África. Ela é universal.
Por exemplo, a crise económica e financeira que abalou o mundo a partir de
2008 foi, em parte, produto de actos de corrupção.
E foi por reconhecer a universalidade do fenómeno, bem como das suas ne-

R
fastas consequências sobre as sociedades, que em 2003 foi aprovada a Con-
egressado, de Lisboa e da súbi- ra no sociólogo de arte Alexandre Melo Trump é um “confusionista” declarado.
venção das Nações Unidas Contra a Corrupção, sendo estabelecido o dia 9
ta pane no computador que me num livro de 2016: «A globalização pro- Por um lado ainda bem, por outro de-
de Dezembro como a data em que o mundo deve reiterar o seu compromisso
impediu de enviar a crónica na voca uma homogeneização, mas ao mesmo prime a insegurança que tal compor-
para a tomada de medidas firmes para combater a corrupção.
semana passada, só posso co- tempo, também provoca o contrário: frag- tamento instaura, dado que ao descaro
De acordo com os últimos dados do Fórum Económico Mundial, os custos
meçar por felicitar o Luís Carlos Pa- mentação. Depois de quinze anos de terro- com que o terrorismo foi sendo adopta-
globais da corrupção estimam-se em pelo menos 2,6 triliões de dólares, o traquim, que ficou em quarto lugar no rismo radical, é absurdo pensar em termos do pelos Estados (ilustra-o a facilidade
equivalente a 5 por cento do conjunto do Produto Interno Bruto (PIB) de Prémio Oceanos - numa posição que de uniformização e americanização». com que Putin se autorizou a matar
todos os países do mundo. E nas palavras do Secretário Geral das Nações não é só de prestígio e ainda beneficia E o presidente americano ajuda muito dissidentes russos na Grã-Bretanha ou
Unidas, António Guterres, “a corrupção gera mais corrupção e reproduz uma de compensações pecuniárias. neste declínio que se recorta quanto à o príncipe saudita mandou executar um
corrosiva cultura de impunidade”. Está o poeta de parabéns, não o país. O influencia dos EUA, como se patenteou jornalista saudita em território turco) o
Este é o quadro ao nível global. Mas em países como Moçambique, a cor- país abandonou o seu maior poeta vivo. nesta última reunião do G20 onde fo- país supostamente líder da democracia
rupção assume diversas formas, todas elas concorrendo para a debilitação E ainda por cima o prémio – o segundo ram observáveis mais duas atitudes de ocidental responde com um cansaço de
das instituições e do poder do Estado. E o que diferencia Moçambique dos maior em língua portuguesa – é dos que menino rabino: quando largou o mi-
exemplos acima referidos é que enquanto naqueles casos os corruptos foram liderança, um encolher de ombros, um
valem pelo mérito e têm um júri de es- crofone no chão, ao não ter gostado da purulento ensimesmamento coroado de
sujeitos a um rigoroso processo de investigação, culminando com a instituição crupuloso rigor, além de regulamentos, tradução simultânea, e quando deixou o
de processos judiciais e subsequente condenação, o comportamento desviante egoísmo.
não é daqueles prémios combinados anfitrião argentino a falar sozinho e foi A globalização tornou-se o maior alibi
entre nós é tolerado, e muitas vezes até justificado como actos cometidos por previamente e que só validam a men- à sua vida, como se não houvesse proto-
indivíduos em defesa de um suposto interesse público. Os corruptos passeiam para uma amnistia da responsabilidade,
tira. colos a respeitar. o que conduz à fragmentação; a qual, ao
impunemente a sua classe, e até se dão ao luxo de nos darem aulas sobre o seu Também Mbate Pedro esteve entre os O problema não está em Trump querer
“inquestionável” patriotismo. invés do que se julga, prejudica todos.
dez finalistas. O que é extraordinário. arejar protocolos, mas na maneira como A segunda contradição decorre das hie-
É neste tipo de atitudes de condescendência perante actos lesivos ao interesse Mas fica por interrogar por que é que o faz, em absoluto desrespeito por um
nacional, que independentemente de todas as declarações públicas de boa rarquias discordes que se estabelecem
dos vencedores - Marília Garcia, poeta mínimo de mutualidade. Porta-se sem- nas sociedades actuais: há a hierarquia
vontade, será impossível combater a corrupção, punindo os que dela se fazem brasileira, que ficou em primeiro, Bru- pre como o actor que não respeita as
valer para o benefício próprio, e em prejuízo da maioria. económica, a da fama ou da populari-
no Vieira Amaral, ficcionista português, marcações de palco para lixar quem
A corrupção tende a proliferar em ambientes como o nosso, onde a respon- dade e a do prestígio.
Luís Quintais, poeta português, a que se consigo contracena. Nenhuma dinâmi-
sabilização de indivíduos que actuam na esfera pública não faz parte da nossa E o dramático é que em democracia co-
juntou o Patraquim - nós não veremos ca de cena se pode desenvolver quan-
cultura organizacional. Quando, por exemplo, um país fica cinco dias privado meça-se a não distinguir entre a hierar-
um único livro nas livrarias moçambi- do tal acontece. Pior: num dia Donald
de serviços financeiros e não há um único responsável a responder por isso, é quia da popularidade e a do prestígio.
canas? Porque é que o atraso moçambi- Trump cancela o encontro agendado
possível observar até que ponto atingiu a cultura da impunidade e do confor- Sendo tal dramático porque consagra o
cano em relação ao que literariamente, com Vladimir Putin, invocando o inci-
mismo, irmãos gémeos de uma estrutura de corrupção orgânica e generali- reino universal da mentira e da medio-
ou noutros domínios do conhecimento, dente naval entre a Rússia e a Ucrânia, e
zada. Na Função Pública, descobre-se que há 30 mil funcionários fantasmas, cridade. Voltaremos a isso.
se produz nos outros países de língua no dia imediato (em confrangedora au-
mas ninguém assume responsabilidade ou é responsabilizado por isso. português se alarga e não há ninguém tocrítica?) evoca a urgentíssima neces- Termino com uma parábola de George
O combate à corrupção exige acções concretas e sistemáticas, não discursos que proteste – nem os intelectuais, ca- sidade de conversações para limitação Steiner, que ganha inteligibilidade face
ocasionais e vazios. Requer que as leis sejam respeitadas por todos e feitas ramba! – contra esse fosso? Como não de armamentos com a Rússia e a China. aos últimos acontecimentos eleitorais.
respeitar por quem de Direito. Pressupõe que as instituições responsáveis se- é a AEMO a primeira a exigir saber E que dizer quando o presidente norte- Um dia o Senhor Deus tornou-se mui-
jam capazes de actuar com independência, e que lhes sejam colocados à dis- porque não há fiscalização e as livrarias -americano classifica como uma “lou- to impaciente. Basta, já basta, disse, des-
posição os recursos técnicos, humanos e financeiros adequados e necessários oferecem os livros a preços proibitivos, cura” o volume de gastos militares dos ta vez o dilúvio é a valer e não haverá
para o seu trabalho. se afinal, por lei, os livros não pagam Estados Unidos (que tem contribuído Noé nem qualquer Arca. A notícia cor-
Em Moçambique as leis de combate à corrupção existem, e vão sendo aper- Iva? Como não é a AEMO a primeira a substancialmente para o descontrolo reu, afligível, “Deus disse-nos: tendes
feiçoadas de acordo com a realidade que se obtém em cada momento. Ins- exigir que se organize uma edição críti- orçamental dos Estados Unidos e para mais dez dias!”. Replica o Rabino: “Dez
tituições também não escasseiam. Mas é preciso pô-las a funcionar, num ca de José Craveirinha, ou de Eduardo o rápido aumento da dívida pública), dias é mais do que suficientemente para
modelo em que elas estejam livres da interferência do poder político, e com White, sabendo de antemão que um dia esquecido de que ele mesmo, no princí- aprender a respirar debaixo de água!”.
orçamentos votados directamente pela Assembleia da República, para não destes se vai delegar esse trabalho nas pio do ano, forçara um reforço do orça- O que seria sem dúvida uma aventura
dependerem do poder discricionário do executivo. Mas, como em todas as mãos da INCM (Imprensa Nacional mento militar, em nome de manter-se maravilhosa, comenta Steiner. Também
outras questões, é preciso saber se existe vontade para tal. Casa da Moeda) portuguesa, como tem a posição hegemónica dos EUA? Ou nos parece. Digam-me lá, se esta pará-
Na verdade, quando membros do executivo são potenciais candidatos a víti- sido costume, e ao relaxe dos arrebata- quando, ingerindo-se na política inter- bola não se aplica como uma luva?
mas de uma poderosa legislação anti-corrupção e de instituições fortes, au- mentos nacionalistas? na, de outro país, diz apoiar os “coletes É preciso, pelo contrário, reaprender
tónimas e independentes, não se torna difícil perceber como é que eles irão São as contradições que se afiguram in- amarelos” e que estes gritavam nas suas a andar em terra. A cada passo, o seu
resistir entregar-se como cordeiros prontos para o matadouro. solúveis, e que moldam os dias de hoje. manifestações,” Queremos Trump!”, o peso e a sua substância de verdade, ou
Vou falar de duas. Pesquemos a primei- que, imagine-se, só ele ouviu? compromisso.

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OPINIÃO
Savana 14-12-2018 19

Angola: A nova ordem económica


e os velhos amigos
Por Rui Malaquias*

O
s bons ventos da transi- Estado entra em stress finan- indústria produz matéria-prima nunca produziram um alfinete comerciantes, não é apenas para
ção e remodelação po- ceiro toda a economia deixa de para muitas outras medias e pe- se quer, isto porque importavam os empresários estrangeiros, é
lítica indubitavelmente funcionar. quenas que hoje são suportadas tudo, e por outro lado temos também para os nacionais, pois
atiraram o país para As medidas assumidas pelo pela importação, bem como os empresários estrangeiros que estes acoberto da taxa de câm-
uma outra realidade crua e dura, Executivo, como veremos abai- 4 mil milhões de dólares gastos compram bens acabados dos bio baixa, criaram a cultura de
em que descobrimos que afinal xo, plasmadas nos vários pro- ao ano para importar derivados seus países e inundam o nosso importar o produto acabado
não somos um país rico por gramas anunciados, concorrem de petróleo deverão permanecer mercado, criando meia dúzia de para comercializar cá dentro,
causa do petróleo, que o bem- para o mesmo fim, executar me- em nossas Reservas Interna- empregos em Angola e milha- então a mensagem é clara, An-
-estar das pessoas e das empre- lhor a despesa pública em in- cionais Líquidas, para defender res empregos nos seus países de gola precisa de quem produza
sas não é, e nunca será garantido vestimentos de capital para re- o kwanza e ajudar o esforço de origem. cá dentro e para consumir e ex-
pelo Estado e principalmente lançar a produção nacional para diversificação; Como disse o outro, “those day portar, pois só assim deixaremos
que temos de ter paciência e a criar empregos localmente, e As privatizações são o sinal mais are gone” pois o que Presidente de importar.
sapiência de produzir para dei- com empresas mais robustas ar- claro e objectivo da intenção do também disse, é que não quere- É exactamente o que queremos
xar de depender e importar. recadar mais impostos exportar Estado em dar espaço e dignida- mos aqui meros comerciantes que os nossos velhos amigos (a
Para os mais atentos à política muito mais do que o petróleo e de ao sector privado, para além (compram produto acabado lá quem se exige mais de países
nacional, é fácil de entender que diamantes. de romper com um dos maiores fora e vendem cá dentro), An- como Portugal, China e Rússia),
as medidas de política do Exe- Quanto ao que foi dito acima, fantasmas do passado, o Estado gola precisa de empresários que habituados a lidar com An-
cutivo de João Manuel Gonçal- existe uma clara articulação nas quer que o privado assuma estas que venham para cá produzir gola na posição de eternos ex-
ves Lourenço, são direcionadas medidas, mesmo aquelas pura- empresas, faça-as crescer e criar (criando os empregos aqui) e portadores, aceitem e apoiem o
para o mesmo fim, o objectivo mente políticas de combate di- riqueza e empregos, sendo que criar riqueza para si e para a esforço nacional, deixem de ver
central é reequilibrar as contas recto e aberto à corrupção, bem desta forma o Estado estará em comunidade, até porque o mer- Angola como crónico importa-
públicas para poder estabilizar como o esforço titânico de recu- condições de se concentrar no cado interno é garantido, bem dor e exportador de petróleo ou
as principais variáveis macroe- peração e repatriamento de ca- provimento de bens públicos como as exportações também minerais, e passem a ter Angola
conómicas, e partir para um pitais, não são, de forma alguma, que o próprio privado necessita o são, pois a África austral está como exportador não petrolí-
crescimento sustentável apoia- acções isoladas, tendo felizmen- para crescer; espera do que Angola tem para fero e parceiro/concorrente em
do na robustez da produção te sido abraçadas por políticos, A diplomacia económica é um
oferecer. mercados internacionais.
nacional e das exportações não sociedade civil e população em facto, mas de forma mais dire-
É importante referir que o rep- *Economista, professor na
petrolíferas e assim reduzir as geral. Pelo que, com as medi- cionada e esclarecida, Angola
to sobre produtores ao invés dos Universidade Agostinho Neto,
importações às matérias-primas das abaixo descritas, sinalizam mantém os seus velhos amigos
necessárias à produção. a nova ordem económica nacio- e parceiros, mas procura as van-
Para alcançar este desiderato, é nal. tagens que lhe convier, prova
preciso corrigir muitos aspec- É neste sentido que o regime disso, temos as visitas do Chefe
tos, desde a postura do servidor cambial foi flexibilizado para de Estado, aos Estados Unidos,
público, a forma displicente e reflectir o equilíbrio de mercado China e Europa com o mesmo
muitas vezes criminosa como e principalmente para preparar figurino, busca de apoios finan-
Email: diariodeumsociologo@gmail.com
se fazer a despesa pública, a bu- a competitividade das exporta- ceiros externos institucionais e Portal: https://oficinadesociologia.blogspot.com
rocracia, os vícios e a corrupção ções assim que houver produção atracção de investidores estran- 610
emprenhada nas instituições aos nacional, pois, o que se pretende geiros privados.
vários níveis, e principalmente é que produzir internamente, A estratégia é clara, Angola
a dimensão na intervenção do
Estado na economia.
Este ponto é essencial, pois en-
e consequentemente exportar,
para que no fim das contas seja
mais barato produzir do que
antes de atrair os investidores
privados daqueles países, faz
questão de garantir o suporte
O novo destino dos
óculos solares
tendemos que os males sociais importar; dos seus governos, conferindo
daí advém, pois, a pretexto de A parcimónia na despesa públi- respaldo institucional ao convite
um Estado Social que nunca se ca e o seu redimensionamento para o investimento, contudo é

S
conseguiu ter, temos um Estado para o que é essencial, concor- importante citar a alteração do
omos um mundo de transformações e transgres-
que faz as regras para si mesmo rendo também para redução do paradigma económico e empre-
(árbitro e jogador), temos um sões permanentes. Assim acontece, por exemplo,
défice orçamental, credibiliza as sarial, que achamos essencial
Estado que compete desonesta- instituições públicas, e é objec- para quem pretende vir para
com os óculos solares.
mente com o seu empresariado, tivamente um sacrifício que já Angola investir, criar empregos Os obreiros são quase sempre jovens. Reparem
temos um Estado mais (mas foi assumido pelas empresas e e gerar riqueza. na forma como os jovens subvertem o papel do  óculos
mau) empregador do que o sec- famílias, pois o fim é as finan- O paradigma anterior era mar- solares quando frequentam  cocktails e espectáculos mu-
tor privado e principalmente ças públicas, garantir mais con- cado por um automatismo eco- sicais nocturnos. Os óculos tornam-se símbolo de uma
temos um Estado que concorre fiança aos investidores interna- nómico enganador e desvan- juventude desafiante, juntando-se, aqui e acolá, aos bíce-
com as empresas e com as fa- cionais, diminuir o risco país tajoso para Angola, não havia pes treinados nas academias de musculação. À inutiliza-
mílias na obtenção de financia- e, consequentemente, baixar as preferência nem critério o in- ção ritualizada da função primordial dos óculos solares
mentos. taxas de juro a que nos subme- vestimento que vinha para cá, (proteger os olhos do sol) cola-se a aspiração à vida mi-
Portanto, este Estado gordo e temos. Sendo que nesta fase é nem era importante saber como lionária quando os jovens cantam e dançam junto a ou
opulento não deixa espaço para crucial o capital financeiro, ma- se estruturavam tais investimen- dentro de luxuosas viaturas, sempre com os óculos solares.
o sector privado, obrigando-o a terial e humano externo, e para tos, importante era ter o bem Finalmente, em espectáculos nocturnos, a transgressão
virar-se apenas para ele, ou seja, isso é preciso inspirar confiança, final pronto para ser vendido, e
ostensiva operada com os óculos solares está, não poucas
as nossas empresas, neste cená- ter a casa arrumada e contas em os dólares do petróleo pagavam
rio, estão condenadas a produzir vezes, pese o intenso calor, associada a uma outra trans-
dia; por tudo e mais alguma coisa.
apenas para o Estado, deixando gressão, expressa no uso ostensivo do blusão de cabedal
A urgência nos investimentos Por esta razão, hoje temos em-
de existir um mercado em con- petrolíferos, nos refinados é de presas nacionais com mais de ou de napa.
creto, e como vimos, quando o todo importante, porque esta 30 anos de existência, mas que
OPINIÃO
20 Savana 14-12-2018

Kok Nam
Por João de Sousa

H
oje, 12 de Dezembro, bem cedo,
comecei a operação “revival”, per-
correndo pelas folhas amarelecidas
do meu álbum de recordações. De
quando em vez é necessário rever coisas,
lembrar histórias, recordar factos. Na poei-
ra do meu arquivo fui encontrar a fotogra-
fia que publico, tirada não sei onde, nem
quando. Só sei que foi tirada numa altura
em que os dois fumávamos.

O homem de trato afável


Kok Nam fundou com outros 12 jorna-
listas o primeiro grupo independente de
comunicação social do pós-independência
de Moçambique em 1992, tendo sido elei-
to director do semanário SAVANA em
1994, posição que manteve até à data da
sua partida.
Nascido na então Lourenço Marques (hoje
Maputo), filho de camponeses emigrados
da região de Cantão na China, iniciou as
suas lides fotográficas aos 17 anos como
impressor fotográfico, passando no início
da década de 60 para os quadros do Diário
de Moçambique e da Voz Africana, pu-
blicações progressistas do Episcopado ca-
tólico da Beira, lideradas por D. Sebastião
Soares de Resende. Passou também pelo
“Notícias da Tarde” e pelo “Notícias”, antes
de se juntar em 1970 ao núcleo de jornalis- depois da independência de Moçambique, seus colegas Naita Ussene, Fernando Ma- a defesa tenaz da integridade e dos prin-
tas que criou a revista “Tempo”, uma pu- em 1975. nuel e António Elias (já falecido), junta-se cípios. O seu acervo fotográfico, espalhado
blicação inconformista e rebelde, tentando
O manuscrito inicial do documento “O ao projecto “mediacoop”, inicialmente uma pelos quatro continentes, é um dos mais
furar as malhas da censura colonial e do
Estado Novo português. Direito do Povo à Informação”, exigindo cooperativa de jornalistas. importantes bancos de imagem disponí-
Durante o período revolucionário perma- a liberdade de imprensa como um direito De trato fácil, incrivelmente jovial, culti- veis sobre Moçambique. Se o Kok estivesse
neceu na “Tempo”, aderindo aos vários constitucional, foi elaborado em sua casa, vando sempre a modéstia e a humildade, connosco fisicamente, e se a memória não
movimentos internos de luta contra o con- em Fevereiro de 1990. Um ano depois, os seus colegas e amigos guardam dele um me atraiçoa, hoje era o seu dia. O dia em
trole partidário da informação produzida rompe com o “status quo” de então e com os grande sentido de profissionalismo e rigor, que completaria os seus 79 anos de idade.

Por Luís Guevane


SACO AZUL

Cultura de corrupção
O
papel da ONU na luta contra instituída pela ONU como Dia Interna- não corruptos seja a sobrevivência e não grupo tem-se alargado ultimamente se
a corrupção não nos parece ter cional Contra a Corrupção, articulam dis- a cidadania activa focada na luta contra a considerarmos todos aqueles que, pela
visibilidade nos vários países do cursos politicamente correctos contra esse corrupção. Neste conjunto encontramos sua posição, sua função, não contri-
mundo. O lugar que esta orga- mal e, ao longo do ano, conseguem prati- também aqueles que ambicionam estar na buem para que se avance no sentido da
nização ocupa após o conhecimento dos car a mesma corrupção com uma crença mó de cima do ambiente de corrupção.
vários casos denunciados resume-se a al- “responsabilização”, estando isso mui-
admiravelmente polida. Significa que os A corrupção tem sua própria ética e trans-
guma passividade. Percebe-se a questão to claro desde o início.
governos estão consciencializados sobre os parência; sua própria árvore, sua corda e ca-
da não ingerência nos assuntos internos
males que a corrupção provoca na econo- britos característicos. Tem sua própria arte
dos vários países onde a corrupção conti- Cá entre nós: a corrupção gera efeitos ne-
mia dos seus países. As multinacionais são de amarrar os seus cabritos para que estes
nua a ganhar espaço cada vez mais con- gativos sobre o desenvolvimento e reve-
uma espécie de fonte fortalecedora da cor- comam dentro do raio permitido por si.
sistente. Mas, entretanto, a contundência
rupção de muitos governos. As instituições, Põe políticos e governantes acomodados na la a qualidade de liderança de um País.
que se espera da ONU perde-se no jogo
de equilíbrio que pretende que seja a base nesses países, funcionam capitalizadas pelo justificação de que a debilidade económica Aprofunda permanentemente a pobreza.
da suposta estabilidade política. Fica mais jogo de influências onde a meta é tirar as ou situação de não desenvolvimento dos Estando a pobreza a ser produzida pela
difícil ainda travar essa luta quando se maiores vantagens possíveis da corrupção. seus países é um problema conjuntural, um forte persistência da corrupção assiste-se,
trata de divulgar acções ou levar a cabo Não importa se os mais desprotegidos vão problema estrutural. Uma óptima estraté- então, a uma democracia empobrecida,
eventos contra a corrupção tendo como agravar a sua situação de penúria ou não. gia para proteger os eleitos que estão acima enfraquecida; uma democracia de “faz
parceiros governos corruptos. Estes es- O Estado torna-se de tal sorte mafioso ao da Lei. Tocar neste grupo de intocáveis que
de conta”; uma democracia que tem medo
tão para a corrupção tal como a água está ponto de descaradamente produzir um pu- tresandam à corrupção é praticamente de-
da corrupção e que não se envergonha da
para o ser humano. E, lá está, quem se nhado de indivíduos que por “direito con- sestabilizar a harmonia (corrupta) do País.
pobreza crescente entre os cidadãos. A
mete nessa água obviamente que corre o quistado” está acima da Lei. O sistema ma- No caso de Moçambique é crença comum e
risco de se molhar caso o objectivo seja só fioso protege os corruptos, os fraudulentos, estabelecida de que o combate à corrupção corrupção escraviza muitos dos gover-
esse e não o afogamento total e completo. os nepotistas, enfim, os seus “cabritos” de passará a ser prioridade do Governo quan- nantes e políticos que ruminam, sobretu-
Os governos de países altamente afec- duas pernas, e dá vivas à passividade dos ci- do este enfrentar de cabeça erguida e olhos do, na África subsaariana, arruinando
tados pela corrupção jogam duplamen- dadãos dessa república. A pobreza faz com abertos o famoso caso das dívidas ocultas, as economias dos seus países e embrute-
te, ou seja, num 9 de Dezembro, data que a principal preocupação dos cidadãos responsabilizando todos envolvidos. Este cendo os cidadãos.
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Savana 14-12-2018 21

TERMOS DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE UM CONSULTOR PARA


DESENHAR PROPOSTAS DE LEIS E/OU EMENDAS NA LEGISLAÇÃO DE MODO
A INCREMENTAR RECEITAS PARA AS ÁREAS SOCIAIS

1. INTRODUÇÃO 4. PERÍODO DE REALIZAÇÃO


A Fundação Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil, abreviadamente designada por Funda- $FRQVXOWRULDGHYHUiVHUUHDOL]DGDQXPSHUtRGRPi[LPRGHGLDVGHFDOHQGiULRHPIXQomR
omR0$6&pXPDSHVVRDFROHFWLYDGHGLUHLWRSULYDGRVHPÀQVOXFUDWLYRVHGRWDGDGHDXWR- do cronograma que se segue:
QRPLDDGPLQLVWUDWLYDÀQDQFHLUDHSDWULPRQLDO&RQWHPSODQDVXDYLVmRRWUDEDOKRHPSUROGH
uma sociedade civil credível, sustentável e que contribua para a democratização do Estado
HGRHVSDoRS~EOLFRHSURPRYHDMXVWLoDVRFLDOHREHPHVWDUGRVFLGDGmRVPRoDPELFDQRV Período de realização Actividades
A missão da Fundação MASC é fortalecer e promover o desenvolvimento sustentável da (QWUHDGH)HYHUHLUR Assinatura do contrato
VRFLHGDGHFLYLOHP0RoDPELTXHWUDEDOKDQGRHPSUROGDMXVWLoDVRFLDODWUDYpVGHDVVLVWrQFLD
WpFQLFDVXEYHQo}HVLQYHVWLPHQWRVRFLDOPRELOL]DomRGHUHFXUVRVHUHFROKDGHGRDo}HV DGH)HYHUHLUR Relatório Preliminar

$ DERUGDJHP GD )XQGDomR 0$6& p KROtVWLFD LQFOXVLYD H DEUDQJHQWH H[HFXWDGD GH XPD 22 de Março 5HODWyULRÀQDO
forma interactiva e enfática com vista ao alcance dos seguintes objectivos: (1) Tornar as
2UJDQL]Do}HV GD 6RFLHGDGH &LYLO 26&  PDLV HÀFD]HV UHVSRQViYHLV LQFOXVLYDV H YHUGD-
deiramente representativas das suas comunidades; (2) Envolvimento activo dos cidadãos 5. PLANO DE TRABALHO
e da sociedade civil com o Governo; (3) Tornar o Governo e outros prestadores de serviços &RP EDVH QR FDOHQGiULR SURSRVWR SODQLÀFDGR QRV 7HUPRV GH 5HIHUrQFLD RV FRQVXOWRUHV
PDLV UHVSRQViYHLV FRPSHWHQWHV H PHOKRUHV QD SUHVWDomR GH VHUYLoRV H QR FXPSULPHQWR GHYHPSUHSDUDUXPSODQRGHWUDEDOKRSDUDRHVWXGRHLQFOXtORQDVXDSURSRVWDHUHODWDUD
GRVVHXVGHYHUHV abordagem a ser seguida no estudo, considerando os seguintes elementos:
,0HWRGRORJLDDVHUXWLOL]DGDQRWUDEDOKR
$VVLPD)XQGDomR0$6&HRVVHXVSDUFHLURVRUJDQL]DUDPQRPrVGH$JRVWRGHXPD ,,/LVWDGHSHVVRDVRUJDQL]Do}HVDFRQVXOWDU
&RQIHUrQFLD ,QWHUQDFLRQDO VXERUGLQDGD DR WHPD ´4XH$OWHUQDWLYD SDUD R )LQDQFLDPHQWR H ,,,5HXQL}HVWpFQLFDVSDUDWRPDGDGHGHFLVmR
Gestão de Recursos Públicos no sector de Saúde em Moçambique?”, com vista a encontrar ,9/LWHUDWXUDOHJLVODomRHGRFXPHQWDomRDFRQVXOWDU
soluções para responder à crescente demanda por serviços públicos de qualidade nos sec-
tores prioritários da agenda do Governo de Moçambique (GdM), com especial enfâse para 2UHODWyULRSUHOLPLQDUGHYHUiVHUHQYLDGRDWpGLDVDSyVDDVVLQDWXUDGRFRQWUDWR
DVD~GHQXPFRQWH[WRGHHVFDVVH]GHUHFXUVRVÀQDQFHLURVXPDYH]TXH0RoDPELTXHHQ-
IUHQWDGHVGHJUDYHVUHVWULo}HVRUoDPHQWDLVGHVYDORUL]DomRGRPHWLFDOHLQÁDomRGHYL- 6. RELATÓRIOS
GRjFRPELQDomRGHIDFWRUHVUHVXOWDQWHVGHXPDFRQMXQWXUDLQWHUQDHH[WHUQDGHVIDYRUiYHLV
2 FRQVXOWRU DSUHVHQWDUi  XP  UHODWyULR SUHOLPLQDU DWp  SiJLQDV  QR SUD]R GH  GLDV
HQWUHRVTXDLVDGHVFLGDGRSUHoRGHDOJXQVGRVSURGXWRVGHH[SRUWDomRDYXOQHUDELOLGDGH
úteis após a assinatura do contrato, contendo a descrição metodológica e cronograma de
da estrutura económica de Moçambique, o aumento do serviço da dívida pública (especial-
WUDEDOKR(VWHUHODWyULRHVWDEHOHFHUiDVYiULDVRSo}HVFRPGHWDOKHVVXÀFLHQWHVSDUDSHUPLWLU
PHQWHHPFRPDGHVFREHUWDGDVGLYLGDV´RFXOWDVµFRQWUDtGDVMXQWRGHFUHGRUHVLQWHU-
UHFRPHQGDo}HVEHPHVFODUHFLGDVVREUHDHVFROKDGDOHJLVODomRSUHWHQGLGD
QDFLRQDLV DIDOWDGHWUDQVSDUrQFLDQDJHVWmRGDVFRQWDVS~EOLFDVRTXHOHYRXjVXVSHQVmR
A(s) propostas de lei e/ou ementas, num total de 4 (quatro), deverão ser redigidas em língua
do Apoio Geral ao Orçamento por parte dos parceiros de cooperação, causando impactos
SRUWXJXHVDHHQWUHJXHGLDV ~WHLV DSyVDDVVLQDWXUDGRFRQWUDWR'HYHUiVHUXPUHODWyULR
QHJDWLYRVVREUHDHFRQRPLDGRSDtV
DQDOtWLFRDFRPSDQKDQGRDVSURSRVWDVDSUHVHQWDGDVTXHGHYHPFRQWHUXPPi[LPRGH
SiJ
&RPRUHVXOWDGRGHVWDFRQIHUrQFLDD)XQGDomR0$6&HVHXVSDUFHLURVSURSXVHUDPVHD
Ŏ'HVHQYROYHUGHVHQKDUSURSRVWDVGHOHLVQRkPELWRGRLQFUHPHQWRGRVLPSRVWRVVREUHR
7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS TÉCNICA E FINANCEIRA
FRQVXPRGRiOFRROWDEDFREHELGDVDoXFDUDGDVRXH[FHVVLYDPHQWHVDOJDGDV
Ŏ'HVHQYROYHUGHVHQKDUSURSRVWDVGHOHLVQRkPELWRGRVXSRUWHGRFXVWRGHVD~GHSHODVHP- O concurso está aberto a empresas de consultoria, consultores individuais ou equipa de
presas seguradoras, de modo que as receitas que advierem revertam a favor dos sectores FRQVXOWRUHV
GD6D~GH(GXFDomRH6HJXUDQoD3URWHomR6RFLDO
Ŏ,QWURGXomRGHVHJXURVGHVD~GHSDUDDSRSXODomRGHEDL[DUHQGDDSOLFDomRGHSDUWHGRV 3DUDDYDOLDomRGDVSURSRVWDVWpFQLFDVHÀQDQFHLUDVVHUmRFRQVLGHUDGRVRVVHJXLQWHVFULWp-
UHFXUVRVDUUHFDGDGRVQR,PSRVWR6REUHR9DORU$FUHVFHQWDGR ,9$ SDUDRVVHFWRUHVVRFLDLV rios:
6D~GH(GXFDomRH3URWHomR6RFLDO HQWUHRXWURV ,([SHULrQFLDVQDDQiOLVHGHOHJLVODomRPRoDPELFDQDHRXHVWUDQJHLUD3DUDHVWHTXHVLWR
ŎDesenvolver uma proposta de lei que encoraje as empresas mineradoras no âmbito das FRQVLGHUDVHUHOHYDQWHDFRQVLVWrQFLDHQWUHFDXVDHHIHLWRGDVDo}HVGHVFULWDVUHOHYkQFLDH
5R\DOLWLHV GR JiVSHWUyOHR HWF D SDJDU XPD SHUFHQWDJHP GR VHX OXFUR SDUD RV VHFWRUHV LPSDFWRGRVUHVXOWDGRVDSUHVHQWDGRVHDFRQVLVWrQFLDGDPHQVXUDomRGRVUHVXOWDGRVDSUH-
VRFLDLV 6D~GH(GXFDomRH$FmR6RFLDO HQWUHRXWURV sentados;
Ŏ(IHWXDUXPDUHÁH[mRVREUHDUUHFDGDomRGHUHFHLWDVSHODV2UJDQL]Do}HV1mR*RYHUQD- ,,([SHULrQFLDVQRGHVHQYROYLPHQWRHODERUDomRGHSURSRVWDVHRXHPHQGDVQDOHJLVODomR
PHQWDLV 21*V  PRoDPELFDQDHRXHVWUDQJHLUD2VSRQWRVUHOHYDQWHVDSUHVHQWDGRVQRSRQWR,GHYHPVHU
Ŏ(IHWXDUXPDUHÁH[mRVREUHRVLVWHPDGHDUUHFDGDomRGHLPSRVWRVDRQtYHOGRVPXQLFtSLRV considerados;
LPSRVWRVVREUHJDUUDIDVYHQGDGHFRPLGDQDVUXDVHWF GH0DSXWR0DWRODH%HLUDHGH ,,,([SHULrQFLDVQDIDFLOLWDomRGHGHEDWHVS~EOLFRV2VSRQWRVUHOHYDQWHVDSUHVHQWDGRVQR
forma geral; SRQWR,GHYHPVHUFRQVLGHUDGRV
Ŏ(IHWXDUXPDUHÁH[mRVREUHDDUUHFDGDomRGHUHFHLWDVDWUDYpVGHSDUFHULDVS~EOLFRSULYD- ,9&DSDFLGDGHRSHUDFLRQDOQRTXHWDQJHjDERUGDJHPPHWRGROyJLFDGHWUDEDOKRDDGHTXD-
das (PPPs); omRGDHTXLSDGLVSRQLELOL]DGDGRSHUÀOHGDTXDOLÀFDomRGRVSURÀVVLRQDLV
Ŏ(IHFWXDUXPDUHÁH[mRHSURSRUDUHYLVmRQD/HLGR0HFHQDWRHQD/HLGD$FomR6RFLDO 99DORUGDSURSRVWDÀQDQFHLUD
SDUDREHQHÀFLRGHiUHDVFRPR6D~GH(GXFDomRH$FomRVRFLDO 2FDQGLGDWRVHOHFLRQDGRVHUiVROLFLWDGRDDSUHVHQWDUXPDSURSRVWDWpFQLFDGHWDOKDGDLQ-
Ŏ(QWUHRXWURV cluindo:
ŎCalendário de atividades;
2. OBJECTIVOS DA CONSULTORIA Ŏ5HFXUVRVHDSRLRUHTXHULGRGD)XQGDomR0$6&
2.1 OBJECTIVO GERAL A proposta está sujeita à aprovação da direção da entidade, antes do arranque da consul-
É objectivo desta consultoria a produção de propostas de leis e/ou sugerir emendas na le- WRULD
JLVODomRTXHSRGHUmRLQÁXHQFLDUQRLQFUHPHQWRGDVUHFHLWDVHPHOKRUDURVPHFDQLVPRVGH
JHVWmRÀQDQFHLUDQRVVHFWRUHVVRFLDLV 6D~GH(GXFDomRH6HJXUDQoD3URWHomR6RFLDO H 8. QUALIFICAÇÕES DO CONSULTOR
HOHYDUREHPHVWDUGDSRSXODomRPDLVFDUHQFLDGDGRSDtV O(s) consultor(es) deverá(m) no mínimo possuir nível de licenciatura em Direito ou áreas
DÀQV3HORPHQRVDQRVGHH[SHULrQFLDQDDQiOLVHGDOHJLVODomRHSURSRVWDVGHHPHQGDV
2.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ([SHULrQFLDFRPSURYDGDQRGHVHQYROYLPHQWRHODERUDomRGHSURSRVWDVGHOHLV([SHULrQFLD
ŎRever a legislação e propor emendas em áreas susceptíveis de arrecadação de impostos FRPSURYDGDQDRUJDQL]DomRHIDFLOLWDomRGHGHEDWHVS~EOLFRVHPHVDVUHGRQGDV
que revertam a favor de áreas sociais (Saúde, Educação e Acção Social);
ŎFacilitar debates em torno das emendas propostas 9. SUBMISSÃO DE PROPOSTAS
$VSURSRVWDVWpFQLFDV LQFOXLQGRR&9 HÀQDQFHLUDVGHYHUmRVHUVXEPHWLGDVHPHQYHORSHV
3. METODOLOGIA VHSDUDGRVHVHODGRVSDUDRHQGHUHoRDEDL[RFLWDGRDWpDVKRUDVGRGLDGH-DQHLUR
$FRQVXOWRULDGHYHUiSULYLOHJLDUDUHFROKDHDQiOLVHGDOHJLVODomRUHOHYDQWHGHPRGRDLGHQWLÀ- GHHDVPHVPDVVHUmRDEHUWDVQDPHVPDGDWDjVKPLQXWRVQDSUHVHQoDGRV
car as áreas de fraqueza no âmbito do incremento das receitas para as áreas sociais (Saúde, FRQFRUUHQWHVTXHGHVHMDUHPDVVLVWLUDRDFWR
(GXFDomR H$FomR 6RFLDO  2 OHYDQWDPHQWR GRFXPHQWDO VREUH SDtVHV FRP FDUDFWHUtVWLFDV
similares a Moçambique que já estão a aplicar legislação em áreas temáticas a serem pro- 3URSRVWDVVXEPHWLGDVIRUDGRSUD]RVHUmRUHMHLWDGDV
SRVWDVSHODSUHVHQWHFRQVXOWRULDpLPSUHVFLQGtYHO$GHPDLVDFRQVXOWRULDGHYHUiWDPEpP
LQFOXLU FRQVXOWDV DRV GLIHUHQWHV DFWRUHV VRFLDLV SRU H[HPSOR  26&V 21*V FRPXQLGDGH ENDEREÇO
HQWUHRXWURV QmRVRFLDLV SRUH[HPSOR*RYHUQRGRDGRUHVHQWUHRXWURV RVHFWRUSULYDGR Fundação MASC
HQWUHRXWURVEHPFRPRDUHDOL]DomRGHPHVDVUHGRQGDVSDUDDUHÁH[mRFRQMXQWDHQWUHRV $YHQLGDGR=LPEDEZH1
diferentes stakeholders &30DSXWR²0RoDPELTXH
&RQWDFWRV  RX  
DESPORTO
22 Savana 14-12-2018

Segundo Nicolau Manjate, Moçambique fez tudo para acolher o africano mas...

Angola traiu-nos
Por Paulo Mubalo

O
presidente da Federação alteração ou correcção, mas isso não evento, nessa altura tomaríamos uma hóquei conheça o seu progresso, quer
Moçambicana de Patina- aconteceu. posição. no campo organizacional como na
gem, Nicolau Manjate, des- -Angola quis passar a perna a Mo- sua prática quotidiana.
dramatiza a polémica em Correspondência çambique e pelos vistos conseguiu, Quais os passos a seguir?
torno da não realização, no país, do Será que a FMP chegou a contac- mas Moçambique foi bafejado pela -Primeiro iremos realizar uma cimei-
campeonato africano da modalidade tar a sua congénere de Angola para sorte, pois passará a dirigir o Comité ra para colocarmos balizas nas nossas
e explica que Angola, o país que pas- se inteirar das razões objectivas que Africano de Patinagem, depois de ter actividades para daí elaborarmos um
sará a acolher o evento, agiu de forma ditaram que aquele país irmão, por sido eleito, no dia 28 de Novembro plano de acção. Nós sabemos que este
menos correcta, o que “ nos chocou sinal falante da língua portuguesa, no Cairo. Que significado tem esta comité tem como um dos objectivos
bastante”. A seguir os excertos da chegasse a tomar aquela posição no eleição para o país? a dinamização do hóquei, sobretudo
conversa. mínimo esquisita? -É sempre importante o facto de no em países que praticam esta modali-
-Bem, há processos que se fazem, meio de certos países Moçambique dade e também incentivar os outros a
Presidente, Moçambique falhou a or- nós fizemos a correspondência para a estar à frente desta organização. Isto praticar esta modalidade. Em termos
ganização do campeonato africano de Confederação Africana a manifestar revela um certo reconhecimento do históricos, o hóquei em Moçambi-
hóquei e por via disso as culpas foram o nosso desagrado com o sucedido e, trabalho que a federação e o país têm que e em Angola têm uma tradição,
imputadas à FMP. Nicolau Manjate, presidente da FMP daí para frente, esperamos que este realizado, é o reconhecimento das já vem desde o tempo colonial, mas
- Podemos dizer, claramente, que não organismo faça as demarches neces- pessoas que estão à frente de um certo passado algum tempo, nós cimen-
foi falha da nossa parte, pois inicia- sárias. Mas também é importante trabalho. No primeiro congresso de tamos os nossos princípios. Então,
mento do hóquei.
mos atempadamente com a orga- notar que a vida não termina hoje, há formação da Confederação Africana, essas experiências e esse dinamismo
O presidente não se terá distraído
nização do evento, de tal forma que e haverá muito mais possibilidades Moçambique ficou indigitado para que ao longo do ano temos imprimi-
um pouco?
as empresas estiveram envolvidas na de nós organizarmos um campeonato estar à frente do comité do hóquei e do de parceria com o nosso Governo,
-De maneira nenhuma, todo o pro-
componente logística. Entretanto, no africano. Temos o nosso plano e va- voltou a confirmar-se isso no último faz com que sejamos uma referência,
cesso foi bem encaminhado, toda a
mos cumpri-lo e, dentro do espírito congresso realizado no Egipto. Mo- de tal forma que os outros países
meio do processo surgiu a República organização foi bem planificada e nós
desportivo, vamos dialogar para que çambique fica como presidente, An- acham que o nosso país pode influen-
de Angola a querer passar-nos por temos toda a correspondência man- se possa esclarecer melhor o que não gola fica no cargo de secretário-geral, ciar positivamente no crescimento do
cima, e porque vimos o tempo em que tida, quer da confirmação da realiza- está correcto. enquanto que Egipto e África do Sul hóquei.
estávamos envolvidos na organização ção, quer da alteração das datas e das Presidente, esta situação não afectou ficam como membros. O que a FMP fez e o que falta fazer?
pedimos à Confederação Africana de próprias respostas vindas do Comité as relações com a Angola. Como é que o presidente se sente -Bem, cumprimos o nosso plano, rea-
Patinagem a prorrogação do tempo e Africano. Por isso tudo ficamos sur- -Não fica bem nos relacionarmos mal depois de o país assumir este cargo lizamos os torneios, as nossas esco-
isso foi-nos autorizado. Portanto, es- preendidos com o que viria a acon- depois deste incidente, simplesmente muito importante? las de formação continuam, tivemos
távamos ainda dentro do timing pró- tecer, mas claramente isso não tem nós contestamos porque Angola não -Eu como pessoa, como presidente cursos de árbitros, temos os juvenis e
prio, mas com toda a surpresa vimos, nada a ver connosco. precisava nem precisaria de aprovei- de uma federação, olho para este re- juniores a competir e penso que, no
através da imprensa estrangeira, que Está a dizer que a posição de Angola tar uma chance de um adiamento conhecimento com muita satisfação, próximo ano, a iniciativa de criar uma
a realização do africano passaria para não foi a mais correcta? para satisfazer os seus intentos. La- olho para esta nomeação com muita selecção de esperanças vai ganhar
a Angola. Naturalmente isso chocou- -A posição de Angola, em coordena- mentavelmente não precisava disso. dose de positivismo, no sentido de maior ímpeto e a nossa programação
-nos bastante e não ficou bem para ção com a da própria Confederação, Era uma questão de esperar, ouvir- que se trata, de facto, de um reconhe- vai incidir, sobretudo, nessa compo-
nós nem para a organização, mas va- não foi a mais correcta porque, ha- mos, falarmos e se fosse necessário cimento em pessoas que podem dar nente. Portanto, estamos a trabalhar,
mos enfrentar outros desafios, até vendo uma necessidade de qualquer chegaríamos a uma conclusão. Se o seu contributo na modalidade. É, estamos a andar e esperamos maior
porque as empresas vão continuar a esclarecimento ou justificação, nós Moçambique chegasse a uma con- naturalmente, uma responsabilidade contributo dos nossos parceiros para
apoiar os nossos planos, vão conti- devíamos ter sido notificados e iria- clusão de que, por esta e aquela ra- acrescida e isso nos obriga a fazermos que, de facto, o hóquei atinja um bom
nuar a contribuir para o desenvolvi- mos a tempo de efectuar qualquer zão, não é possível acolhermos aquele tudo para que internamente o nosso nível em termos de ascensão.
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DESPORTO
Savana 14-12-2018 23

Bank of the Year 2018


MOZAMBIQUE
CULTURA
24 Savana 14-12-2018

CNCD na Ilha Reunião Flávia Coelho no CCFM

O
C e n t r o
Cultural
Franco-Mo-
çambicano
(CCFM) acolhe,
sexta-feira, 14 de De-
zembro, às 20h30, o
concerto de encerra-
mento das suas activi-
dades com a Festa de
Encerramento com a
artista Flávia Coelho
Live Soundsystem.

Nesta festa Flávia terá


como convidados: Re-
CNCD em plena actuação
gina dos Santos, Oné-

A
sia Muholove, Ras
Companhia Nacional país insular ter visitado e intera- clamada, em 2005, obra-prima Skunk, (de Moçam-
de Canto e Dança, um gido com a Companhia Nacio- do Património Oral e Imaterial bique) e a sul-africana
dos maiores e melhores Noma Nyiki. Flávia Coelho
nal de Canto e Dança, nas suas da Humanidade, pela UNES-
Dub Rui fará o DJ set de aber-
projectos culturais mo- instalações, em Maputo. CO. intitulado Sonho Real, assim
tura e encerramento do evento.
çambicanos concebido no país A delegação que é composta por A Companhia Nacional de Can- Depois da sua performance como no palco, ela desdobra o
pós-independência, encontra-se 25 elementos, entre artistas, téc- to e Dança tem sido um ver- no AZGO 2018, em Maio do seu ser e a sua alma! Com uma
na Ilha Reunião, desde 09 a 21 nicos e dirigentes vai realizar du- dadeiro embaixador da cultura presente ano, e estando neste tradição de soundsystems ja-
de Dezembro corrente, numa rante a digressão vários encon- moçambicana, tendo levado aos momento no auge da sua car- maicanos que abalaram a sua
viagem que se insere no âmbito tros com associações e artistas diversos cantos do mundo uma reira musical, Flávia volta ao infância no nordeste do Brasil,
das celebrações dos 170 anos da locais e um total de sete espectá- imagem positiva da terra e das Franco para encerrar em gran- Flávia equilibra os seus fluxos
de as actividades de 2018. em ritmos originais, remixando
abolição da Escravatura. culos públicos. suas gentes e esta deslocação
Flávia Coelho percorreu todos clássicos, do Roots Reggae à
Numa demonstração do desejo constitui uma prodigiosa opor- os caminhos do mundo, desde Cumbia, passando pelas sono-
A deslocação surge em resposta da perenidade dos laços de ami- tunidade para aproximação e os morros do Rio de Janeiro ridades mais electro.
ao convite formulado pelo De- zade, a delegação moçambicana conhecimento mútuo dos povos até às ruas pavimentadas de Um raio de sol, um convite
partamento da Ilha Reunião, de- vai oferecer ao Departamento da e consolidação das relações de Paris. No seu último álbum para dança! A.S
pois de uma delegação daquele Ilha Reunião uma Timbila, pro- amizade. A.S


Nova sede da ABB abre em Maputo
Vamos juntos escrever o futuro
A continuar uma história de inovação que se estende há mais de 130 anos. Hoje, a ABB, escreve o
futuro da digitalização industrial com duas proposições claras: ao trazer eletricidade de qualquer
estação de energia para qualquer tomada e ao automatizar indústrias desde recursos naturais a
produtos finalizados. A ABB tem o prazer de anunciar a nossa nova sede nas icónicas Torres Rani
Towers, em Maputo, reafirmando o compromisso a Moçambique como um mercado de crescimento
rápido e uma importante base de clientes.
Clientes podem, agora, contactar-nos: Torres Rani Towers, Av. da Marginal, 141,
8 piso, +258 20 300 244/5 | abb.com/Africa
Dobra por aqui
SUPLEMENTO HUMORÍSTICO DO SAVANA Nº 1301 ‡14 DE DEZEMBRO DE 2018

POR VEZES, ATRÁS DE UM GRANDE


HOMEM ESTÁ UM JAPONÊS.
PROCURANDO NOVAS PARCERIAS...
2 Savana 14-12-2018 SUPLEMENTO Savana 14-12-2018 3
OPINIÃO
Savana 14-12-2018 27

Abdul Sulemane (Texto)


Naíta Ussene (Fotos)

Ficar preocupado

S
ão muitas situações na vida que nos deixam preocupa-
dos. Se fosse para enumerarmos, não teríamos espaço.
As preocupações são de vária ordem. Quem não sabe
disso.
Agora enfrentar as preocupações depende de cada um. Há
quem enfrenta melhor que os outros. Outra coisa é que sempre
ouvimos que o homem é o ser mais forte comparado a mulher,
entretanto, sabemos que isso é uma mentira.
Deve estar a dizer isso Daniel da Costa, escritor, para Manuel
de Araújo, edil de Quelimane.
Outra situação que despertou curiosidade é a forma como al-
gumas figuras não procuram esconder a sua preocupação quan-
do estão diante duma situação. Achamos que estas pessoas
conseguem contornar certas coisas de uma forma disfarçada.
Foi o que aconteceu com o músico Stuwart Sukuma quando
viu a sua esposa a trocar um olhar com a artista Mingas, como
se estivessem a comungar do que dissemos anteriormente. A
situação fez com que David Abílio fixasse o olhar no sucedido.
Entretanto, casos há em que as pessoas nem estão preocupadas
com que acontece ao seu redor e concentram as suas atenções
na conversa que travam. Dizemos isso pela conversa entre Ma-
teus Mosse, da fundação Mozal para o Desenvolvimento da
comunidade e Almeida Santos.
Como sempre disse, os artistas têm sempre uma postura difer-
ente às adversidades da vida. Por isso que vemos o gesto de Na-
guib, artista plástico, para outro artista. Neste caso o Gemuce.
Este gesto despoletou um sorriso em Nataniel Ngomane,
Presidente do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, no
centro.
Nisso tudo deparamo-nos com algumas pessoas que não es-
conderam a sua alegria no que viam. Como se compactuas-
sem com a opinião de que estes homens têm muitos problemas
de encarar certas situações. Digo isso pela risada entre Suzete
Honwana, esposa do escritor Luís Bernardo Honwana e Sónia
Sultuane, também escritora. Será que há motivos de preocu-
pações?
À HORA DO FECHO
www.savana.co.mz EF%F[FNCSPEFt"/0997t/o 1301

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IMAGEM DA SEMANA D i z - se.. .

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Se estivesse vivo, Kok Nam completaria 79 anos no dia 12 de Dezembro t®$IJOBDIFHPVIÈEVBTTFNBOBTVNBGFTUJWBDBSBWBOBEFTFJTUSBJOFJSBT


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PQFSBÎÍP RVF WÍP SFQFUJS QPS DJODP BOPT  P QSB[P EPT DPOUSBUPT RVF
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Renamo desapontada com t/BGSFOUFEBQSPQBHBOEB BPOEBBOUJDIJOFTBÏBHPSBQBSUJMIBEBDPNPT


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nomeações interinas dos seus oficiais EF CBOEFJSB 0 SFTUP Ï DBNQBOIB EF CBJYBSJBT .BT P QPWP DPOUJOVB B
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t/BQSPQBHBOEBEBQPOUF PFOHFOIFJSP4JMWBEÈTVTQJSPTEFDPOUFOUBNFOUP
Por Argunaldo Nhampossa %FQPJT EP NJOJTUSP MBOÎBQFSGVNF P UFS JTFOUBEP EPT SFFNCPMTPT BPT

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assadas 24 horas após o Mi- EP QSPDFTTP  BQFMBOEP EFTUB GPSNB '"%.
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nistro da Defesa Nacional, Ë DFMFSJEBEF QBSB P BMDBODF EF VN UFSFN TJEP QSPNPWJEPT EFWJEP BP iQPCSFTw F RVFSJBN QPOUF iNBIBMBw  UPSDFN P OBSJ[ QPSRVF WÍP UFS RVF
Atanásio M´tumuke, ter BDPSEP EFmOJUJWP (BTQBS GBMBWB BMFHBEP USBUBNFOUP EJTDSJNJOBUØ NFUFSBTVBNFEJÈUJDBQFUJÎÍPOPTBDP
nomeado interinamente EVSBOUF B BVEJÐODJB DPN B 1SFTJ SJP  QBSB PT TFHVJOUFT DBSHPT 5SÐT t& DPNPFSBEFFTQFSBS BQBSBEJTÓBDB1POUBEP0VSP DPNBTFODIFOUFT
três oficiais da Renamo para car- EFOUF EB "TTFNCMFJB 3FQÞCMJDB  
 QBSB EJSJHJSFN EFQBSUBNFOUPT EPNJOJDBJT  FTUÈ FN QBTTP BDFMFSBEP QBSB TF UPSOBS VNB FYUFOTÍP EBT
gos de chefia no Estado – Maior 7FSØOJDB.BDBNP EP &.( VN 
 CSJHBEB RVBUSP QSBJBTMJYFJSBTEF.BQVUP/ÍPIÈCFMBTFNTFOÍPy
General (EMG), a Renamo veio &TUB TJUVBÎÍP DPMPDBWB QSFTTÍP Ë 
 QBSB CBUBMIÜFT JOEFQFOEFOUFT
a público, na tarde desta quarta- 3FOBNPRVF BPTPMIPTEBTPDJFEB RVBUSP 
QBSBSFQBSUJÎÍPEPFYFS t"JOEBOBGSFOUFEBQSPQBHBOEB PEFTBGPSUVOBEP%JOB DFSUBNFOUFDPNB
-feira, repudiar o acto, apontando EFFOÍPTØ FSBWJTUBDPNPSFTQPO DJUPFEPJT 
QBSB&TUBEPT.BJP TVBOPWBGBSEBB[VM EFWFFTUBSEFTFTQFSBEPDPNPTBUBRVFTFNDBUBEVQB
que o mesmo fere o espírito e a TÈWFMQFMBJOÏSDJBOPQSPDFTTP SFTEF#SJHBEBT RVFPTKJIBEJTUBTNPÎBNCJDBOPTFTUÍPBQSPUBHPOJ[BSʪFN$BCP%FMHBEP
letra do memorando de entendi- /B TVB SFBDÎÍP  B 3FOBNP NB 0 QBUFOUFBNFOUP EBRVFMFT PmDJBT "TFNBOBQBTTBEB TØOVNBOPJUFGPSBNRVBUSPFFNEJTUSJUPTEJGFSFOUFT
1BSBDPNQMJDBSNBJT B)38BJOEBWFNBDVTBSBTGPSÎBTHPWFSOBNFOUBJT
mento assinado entre o Presiden- OJGFTUPV P TFV EFTBQPOUBNFOUP GPJBEF"HPTUPFEJSJHJEPQFMP
EFBCVTPTDPOUSBPRVFPHPWFSOPBQFMJEBEFiNBMGFJUPSFTw
te da República, Filipe Nyusi, e o F MBNFOUPV B DPNVOJDBÎÍP EP DIFGF EF &TUBEP OP RVBSUFM HFOF
Coordenador Interino da Perdiz, .%/ "USBWÏT EP TFV QPSUBWP[  SBM  NBT FTUSBOIB P QPSUBWP[ RVF t " OPWB PCSB TPCSF B HVFSSB DJWJM  NBJT VNB B DBNJOIP EBT QSBUFMFJSBT 
Ossufo Momade. +PTÏ.BOUFJHBT B3FOBNPEJ[RVF P GBDUP EF UFSFN TJEP OFDFTTÈSJPT QSPNFUFTVTDJUBSBJSBBPTIJTUPSJBEPSFTEPBOUJHBNFOUFOBWJEB IBCJUVBEPT
BRVFMBTOPNFBÎÜFTGFSFNPFTQÓSJUP RVBUSPNFTFTQBSBRVFTFFGFDUJWBT B IPTUJMJ[BS B QFSEJ[  EFTEF RVF PT BUBRVFT BMJNFOUFN P FHP B GBWPS EP
"T OPNFBÎÜFT EPT #SJHBEFJSPT FMFUSBEPNFNPSBOEPEFFOUFOEJ TFNBTOPNFBÎÜFT RVF OPFOUBOUP  QBSUJEÍP 4F BQSFTFOUBTTFN DPOUSBGBDUPT F FWJUBTTFN DBJS OB IBCJUVBM
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-VJ[7B[ QBSBPTDBSHPTEFEJSFD .PNBEF i" 3FOBNP FTUÈ JOWJDUB SFMBUJWB
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 #FOEJUP (BTQBS  NBOJGFTUBWB B 3FOBNP  RVF FTUÍP OBT mMFJSBT EBT TVCMJOIBSRVFPTFVQBSUJEPFTUÈB EPRVBSUFJSÍPDPNQBMJUPEFGØTGPSPy
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Savana 14-12-2018 1
EVENTOS

EVENTOS
0DSXWRGH'H]HPEURGH‡$12;;9‡1o 1301

ICM e Gapi criam crédito à comercialização agrícola


às pequenas e médias empresas, tirar maior proveito das diversas
particularmente nas zonas rurais culturas agrícolas, alimentares e de
do lado da Gapi e juntamos a isso rendimento, que produzem, bene-
uma grande vontade e esforço do ficiando de valores das transacções
ICM, para voltar a fazer diferença comerciais dessa produção.
na comercialização, introduzindo Por sua vez, Mahomed Valá,
um profundo sentido económico”. director-geral do ICM, realçou
O Ministro da Indústria e Co- o facto desta linha representar a
mércio chamou atenção para os disponibilidade, de financiamen-
modelos de implementação, que to, “os produtores intermédios te-
devem promover efectivamente rão a possibilidade de induzir um
o sector, relegando ao Estado o movimento muito importante de
papel de regulador, daí que reitera comercialização agrícola, através
que “o ICM é braço do Estado e da criação de melhores condições
a Gapi é uma instituição financei- para o armazenamento. Acredito
ra de desenvolvimento nacional,
que é um início com muita racio-
com muitos anos de experiência e
nalidade, muita sustentabilidade
implantação nacional. Mais uma
e, sobretudo, muita responsabili-
razão para deixarmos este desafio
dade”.
de apoiar e criar mais produtores,
António Souto, presidente da
mais empresários, mais pequenas
Comissão Executiva da Gapi, re-
e médias indústrias, a caminho da
conheceu que a confiança deposi-

O
nossa industrialização, entregue
nas vossas mãos”. tada na sua instituição, o que em
Instituto de Cereais de ICM e da Gapi. com vista à ampliação e moderni-
Moçambique (ICM) Trata-se de uma linha de crédito zação da capacidade de armazena- Tendo como fundamento o facto parte é fruto do trabalho que esta
e a Gapi assinaram, na que irá priorizar o financiamento mento dos bens comercializados e de a maioria da população nacio- já vem desenvolvendo no apoio às
segunda-feira, 10 de De- das campanhas de comercializa- contribuir para uma maior e me- nal viver, directa ou indirectamen- organizações de produtores e à co-
zembro, um acordo que cria a Li- ção agrícola, bem como algumas lhor utilização de infra-estruturas te, da agricultura sendo que a co- mercialização rural, como um dos
nha de Crédito especial de apoio actividades de agroprocessamen- de armazenagem e processamento. mercialização dos seus excedentes elementos da ligação aos merca-
à Comercialização Agrícola. Este to, com prioridade para as regiões Na ocasião, Ragendra de Sousa se reveste de importância funda- dos para as várias cadeias de valor,
evento contou com a presença do já identificadas como estratégicas destacou a singularidade deste mental, para poder haver um real bem como um factor de fortale-
Ministro da Indústria e Comér- pelo ICM. fundo, realçando que “a grande acréscimo de renda das famílias, cimento dos comerciantes rurais,
cio, Ragendra de Sousa, membros Após a consolidação desta fase vantagem é que fomos buscar prá- o ICM implementa a agenda do no âmbito do comércio transfron-
do Conselho Consultivo do MIC inicial, prevê-se a possibilidade ticas consolidadas e experiência Governo de apoiar, facilitar e ga- teiriço e da segurança alimentar e
e dos Conselhos de Direcção do de se promoverem investimentos na concessão de financiamentos, rantir que os agricultores possam nutricional.

Clientes Millennium IZI e M-Pesa efectuam


transferências entre si
O
s clientes do Mil- serviços de valor acrescentado e ra por parte da banca formal
lennium bim, que que foi feita a pensar nos clientes para novas parcerias e dis-
dispõem do servi- das duas plataformas. ponibilização de produtos
ço Millennium IZI Para Costa, esta parceria é mais cada vez mais sofisticados
assim como os do M-Pesa, um contributo para trazer vanta- aos clientes, particularmente
já podem fazer transacções gens reais ao dia-a-dia das pessoas no âmbito da poupança e do
entre as duas plataformas. A e para a expansão dos serviços fi- crédito.
integração dos dois sistemas nanceiros do Banco promovendo Entretanto, os dois serviços
foi firmada semana passada assim a inclusão financeira em inovadores, M-Pesa e Millen-
em Maputo, numa cerimó- Moçambique. nium IZI, foram criados com
nia conjunta promovida pelo Todavia, o Director-geral da Vo- o objectivo de aumentar o
Millennium bim e pela Voda- dafone M-Pesa S.A, Gulamo acesso dos moçambicanos aos
fone M-Pesa. Nabi, afirma que é uma grande serviços bancários, junto das
satisfação ver o quotidiano dos populações urbanas e rurais.
O objectivo deste acordo é dar clientes ser transformado pelos O M-Pesa, com 5 anos de
aos clientes da Vodafone M- produtos e serviços oferecidos. existência e mais de 3.6 mi-
-Pesa e do Millennium IZI, Acrescentou que é um orgulho lhões de clientes activos, é
com contas depósito à ordem, apresentar uma ferramenta que o maior serviço financeiro
a possibilidade de efectuarem vai facilitar a vida dos clientes um móvel de Moçambique que
operações de transferência e as duas plataformas que permite número que hoje supera os 3.7 permite realizar uma série de
perabilidade entre Bancos Co-
recebimento de dinheiro en- aos clientes o acesso aos serviços milhões activos a 30 dias, que li- operações tais como transfe-
merciais e Instituições de Moeda
tre os dois serviços, de forma financeiros disponibilizados pelo dam com mais de 23.500 agentes rências, pagamentos e compra
Electrónica.
fácil, rápida e segura através Millennium bim e pela Vodafone em todo o país. de recargas através de celular
De acordo com Presidente da Co-
dos seus celulares. M-Pesa. missão Executiva do Millennium Nabi deixou ficar ainda que os de forma fácil, rápida e segu-
Este é o primeiro passo do A parceria entre estas empresas bim, José Reino da Costa, esta é próximos grandes passos para o ra em qualquer parte do país.
processo de integração entre insere-se no âmbito da intero- uma excelente aliança entre dois M-Pesa passam por uma abertu- (C.C)
2 Savana 14-12-2018
EVENTOS

“Noites de Abraços” para João Torcato


O
Bar Arriégua do Ho- ça, o irmão João Torcato. primeiros Votos com Irmão Ma-
tel Terminus, na capital A homenagem é apadrinhada por um gru- rista. Depois de uma passagem
moçambicana, acolhe po de naturais e amigos da Manhiça, quase pelo Brasil para mais estudos, a 22
esta sexta-feira, a 4ª tem- todos tocados pela mão educadora do irmão de Janeiro de 1956 num avião da
porada da “Noite de Abraços”, João Torcato na igreja local ou nas escolas TAP, desembarca na então Cidade
um evento que tem o objectivo secundárias locais. de Lourenço Marques e começa a
de exaltar os feitos de personali- João Ferreira Torcato, mais conhecido por leccionar no Colégio Marista PIO
dades da cultura e do activismo Irmão João, nasceu a 13 de Novembro de XII (Actual Universidade São To-
social, que se reconhece tenham 1932. Educado numa família tradicional-
más de Aquino).
contribuído de forma singular ao mente católica, recebeu da família a de-
Em 1966, Irmão João é transferi-
voção a Virgem de Fátima. Aos 11 anos,
engrandecimento da nação mo- do para a Escola de Formação de
após concluir a 4a Classe, a convite de um
çambicana. Professores Indígenas da Manhiça
tio, segue os seus dois Irmãos mais velhos
à Espanha para um Seminário Menor Ma- (ALVOR) na altura sob responsa-
Nesta temporada, a “Noite de rista. O objectivo desta ida era estudar, mas bilidade dos Irmãos Maristas.
Abraços” vai homenagear uma fi- a convivência com os Maristas desperta em Hoje com 86 anos de idade, Irmão
gura incontornável e educador de si a Vocação que trouxera do ventre mater- João foi protagonista da História
gerações, que por longos anos deu no (ser mais do que um Professor, tornar- de milhares de cidadãos de Mo-
seu contributo na vila da Manhi- João Torcato -se um Educador). Em 1952, emitiu os seus çambique.

75% das empresas moçambicanas


utiliza software de gestão empresarial
Setenta e cinco por cento das empresas mo-
çambicanas já utilizam um sistema informati-
zado de gestão empresarial. Estes dados foram
revelados, recentemente, por uma pesquisa de
mercado realizada pela IDC, empresa líder
mundial na área de marketing intelligence,
serviços de consultoria e organização de even-
tos para os mercados das Tecnologias de In-
formação, Telecomunicações e Electrónica de
Consumo.

A tecnologia mais usada pelas empresas em


moçambicanas é a fornecida pela multinacio-
nal portuguesa, a PRIMAVERA Business Soft-
ware Solutions. Esta empresa é especializada
no desenvolvimento de soluções de gestão e
plataformas para integração de processos em-
presariais.

O estudo foi baseado numa amostra composta


por 350 empresas, todas a laborar no país. Os
trabalhadores destas empresas foram auscul-
tados no primeiro semestre do presente ano,
sobre a utilização do software informático para
a gestão o negócio, níveis de satisfação com a
utilização das soluções, marcas mais utiliza-
das e níveis de conhecimento sobre soluções
de gestão existentes no mercado moçambica-
no.

Com uma equipa 300 colaboradores, a PRI-


MAVERA BSS está presente em Portugal, Es-
panha, Angola, Moçambique, Cabo Verde e
Guiné-Bissau.
3
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Savana 14-12-2018
EVENTOS
4
DIVULGAÇÃO
EVENTOS Savana 14-12-2018

MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A.


ANÚNCIO PÚBLICO PARA MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA DE GESTÃO DE VIAGENS PARA MOZAMBIQUE ROVUMA VEN-
TURE S.P.A. RELATIVAMENTE A UM PROJECTO DA ÁREA 4 NA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

Mozambique A Rovuma Venture SpA (através da sua sucursal 3. Uma cópia do Memorando de Entendimento existente entre a
em Moçambique) (“MRV”) convida as empresas interessadas a Empresa e o Ministério da Defesa Nacional para receber apoio das
submeterem as suas manifestações de interesse (“Manifestação de )RUoDVGH6HJXUDQoDGR*RYHUQR$QÀWULmRRXXPSODQRHVWUDWpJLFR
Interesse”) para a prestação de serviços de segurança na gestão de que detalha como a Empresa obterá um;
viagens que serão realizadas em apoio às operações da MRV na 8PDFySLDGRFHUWLÀFDGRGD(PSUHVDSDUDD$VVRFLDomR,QWHUQD-
Província de Cabo Delgado, na República de Moçambique. cional do Código de Conduta ou demonstração de compromisso
para manter os Princípios Voluntários sobre Segurança e Direitos
ESCOPO DE TRABALHO Humanos.
O escopo do trabalho inclui o seguinte: 5. Uma descrição da política da Contratada para abordar a Lei de
‡(VWDEHOHFHU&HQWURVGH2SHUDo}HVGH6HJXUDQoDWRWDOPHQWHHTXL- 3UiWLFDVGH&RUUXSomRQR([WHULRUGRV(VWDGRV8QLGRV )&3$ HD
pados para supervisionar as operações de gestão de viagens e o Lei de Suborno do Reino Unido;
apoio de segurança em Pemba e Palma na Província de Cabo Del- 8PDFySLDGRFDGDVWURFRPHUFLDOQRPHGDSHVVRDMXUtGLFDHSHV-
gado na República de Moçambique; VRDGHFRQWDFWRSDUDUHFHEHUTXDOLÀFDomRHLQIRUPDomRFRPHUFLDO
8PDFySLDGDVGHPRQVWUDo}HVÀQDQFHLUDVGD(PSUHVDGRV~OWL-
‡)RUQHFHUSURÀVVLRQDLVGHVHJXUDQoDTXDOLÀFDGRVSDUDVXSHUYL- PRVWUrVDQRV5HODWyULR$QXDOTXHFRPSURYHFDSDFLGDGHÀQDQFHL-
sionar, suportar e executar operações de segurança de para via- ra mínima para a realização do escopo do trabalho;
gens; 8. Estrutura da empresa e do grupo com a lista dos principais acio-
QLVWDVHEHQHÀFLiULRVÀQDLV VHQmRHVWLYHUHPOLVWDGRVQDEROVDGH
‡ $YDOLDomR FRPSOHWD GR ULVFR H GH LQWHOLJrQFLD DYDOLDo}HV GH valores);
ameaças referentes a localização dos acampamentos e rotas de 9. Uma descrição de alto nível do Sistema de Gestão de Projetos que
trânsito na Província de Cabo Delgado, na República de Mo- a Empresa se propõe a usar.
çambique; &HUWLÀFDo}HVGR6LVWHPDGH*HVWmRGH4XDOLGDGHHRX6LVWHPD
GH*HVWmRGD4XDOLGDGHHPFRQIRUPLGDGHFRPDV1RUPDV,QWHUQD-
‡$GTXLULULPSRUWDUUHSDUDUHPDQWHUYHtFXORVEOLQGDGRV%HRX- FLRQDLVGH4XDOLGDGH
tros veículos não blindados, conforme necessário; &HUWLÀFDomRGR6LVWHPDGH*HVWmRGH6D~GHH6HJXUDQoDHRX
documentos que mostram que à empresa está em conformidade
‡)RUQHFHURVLVWHPDGHPRQLWRUDPHQWRGHYHtFXORV ,906 HVLV- com os padrões internacionais.
temas de comunicação para garantir a prestação de contas e ras-
treamento de pessoal / veículos; 2REMHWLYRGDVLQIRUPDo}HVHGRFXPHQWRVVROLFLWDGRVpLGHQWLÀFDU
HPSUHVDVTXDOLÀFDGDVTXHWHQKDPFDSDFLGDGHFRPSURYDGDHH[SH-
‡)RUQHFHUHTXLSDPHQWRRSHUDFLRQDODGHTXDGRHGHVXSRUWHYLWDO ULrQFLDUHOHYDQWHUHFHQWHDVHUFRQVLGHUDGDSDUDXPSRVVtYHOFRQYLWH
durante a execução do contrato (por exemplo: alojamento, infor- para apresentação de propostas para a PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
mática, bem-estar e alimentação); DE SEGURANÇA DE GESTÃO DE VIAGENS.
A MRV avaliará a documentação solicitada acima e, se estiver satis-
‡3RVVXLUXP0HPRUDQGRGH(QWHQGLPHQWRDVVLQDGRFRPR0L- feita, incluirá a empresa na lista de empresas que irão participar do
QLVWpULRGD'HIHVDTXHSHUPLWDREWHUDSRLRGDV)RUoDVDUPDGDV concurso para do PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA
GH 6HJXUDQoD GR *RYHUQR DQÀWULmR TXH VHUi XVDGR SDUD XPD DE GESTÃO DE VIAGENS.
função defensiva / responsiva; Esta solicitação não deverá ser considerada como um convite para
concurso e não representa ou constitui uma promessa, oferta, obri-
‡5HDOL]DURSHUDo}HVGHVHJXUDQoDTXHHVWHMDPGHDFRUGRFRPRV gação ou compromisso de qualquer tipo por parte da MRV de ce-
Princípios Voluntários de Segurança e Direitos Humanos; lebrar qualquer acordo ou acordo com a sua empresa ou com qual-
quer outra empresa participante nesta menifestação de interesse.
‡5HVSHLWDUDOHLGHSUiWLFDVFRUUXSWDVHVWUDQJHLUDVHD/HLGH6X-
borno do Reino Unido Todos os dados e informações fornecidos no aplicativo não serão
considerados como um compromisso por parte da MRV, de celebrar
‡5HDOL]DURSHUDo}HVGHJXDUGDHVWiWLFDGHVDUPDGDSDUDORFDLVÀ- qualquer contrato ou acordo com os interessados, nem autorizarão
xos; para a empresa reivindicar qualquer indemnização à MRV.
2VGDGRVHLQIRUPDo}HVFODUDPHQWHGHÀQLGRVFRPR´FRQÀGHQFLDLVµ
‡ )RUQHFHU FDSDFLGDGH GH UHVSRVWD SDUD LQFLGHQWHV D SDUWLU GH IRUQHFLGRVGHDFRUGRFRPHVWHLQTXpULWRVHUmRWUDWDGRVFRPRFRQÀ-
Pemba e Palma, na Província de Cabo Delgado, na República de denciais pela MRV, ExxonMobil Moçambique Limitada e Eni Rovu-
Moçambique. PD%DVLQ6S$HVXDVDÀOLDGDVHQmRVHUmRGLYXOJDGRVDSHVVRDVRX
empresas não autorizadas.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA O prazo limite para apresentação da Manifestação de Interesse atra-
As empresas interessadas neste convite podem enviar sua a Mani- vés do portal é 07 de Janeiro de 2019.
festação de Interesse para participar do concurso, através do registo 4XDLVTXHU FXVWRV LQFRUULGRV SHODV HPSUHVDV LQWHUHVVDGDV GXUDQWH
e submissão da informação no portal https://mz.rovumalngsrp. a elaboração da Manifestação de Interesse serão da sua inteira res-
com $R VH UHJLVWUDU FHUWLÀTXHVH TXH VHOHFLRQD R FyGLJR 66- ponsabilidade e deverão ser integralmente suportados pelas mes-
11BB03 - SERVIÇOS DE SEGURANÇA e envie um e-mail con- mas, que não terão direito a nenhum reembolso, nem a qualquer
ÀUPDQGR R UHJLVWR SDUD Area4LNGContractsexxonmobilcom@ recurso em relação a MRV.
exxonmobil.com
1. Uma cópia válida da licença da Empresa para realizar serviços
de segurança privada emitida pelas autoridades competentes;
2. Uma cópia válida da licença da Empresa para importar veículos
EOLQGDGRV%SDUDD5HS~EOLFDGH0RoDPELTXH
5
DIVULGAÇÃO
DESPORTO
Savana 14-12-2018
EVENTOS

MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A.


PUBLIC ANNOUNCEMENT FOR EXPRESSIONS OF INTEREST
PROVISION OF JOURNEY MANAGEMENT SECURITY SERVICES FOR MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A. IN
CONNECTION WITH AN AREA 4 PROJECT IN THE REPUBLIC OF MOZAMBIQUE

0R]DPELTXH5RYXPD9HQWXUH6S$ WKURXJKLWVEUDQFKRͿ- ding with Ministry of National Defense for Host Government
ce in Mozambique) (“MRV”) invites interested companies to 6HFXULW\ )RUFHV VXSSRUW RU D VWUDWHJLF SODQ WKDW GHWDLOV KRZ
submit their expressions of interest (“Expression of Interest”) Company will obtain one;
to perform journey management security services to be carried $FRS\RI&RPSDQ\·VFHUWLÀFDWHIRUWKH,QWHUQDWLRQDO&RGHRI
out in support of MRV’s operations in Cabo Delgado Province Conduct Association or demonstrate a commitment to uphold
in the Republic of Mozambique. the Voluntary Principles on Security and Human Rights.

SCOPE OF WORK 5. A description of Contractor’s policy to address the United


The scope of the work includes the following: 6WDWHV )RUHLJQ &RUUXSW 3UDFWLFHV$FW )&3$  DQG 8. %ULEHU\
‡(VWDEOLVKIXOO\HTXLSSHG6HFXULW\2SHUDWLRQ&HQWHUVWRRYHU- Act;
see journey management operations and security support in $FRS\RIWKHWUDGHUHJLVWHUOHJDOHQWLW\QDPHDQGFRQWDFW
Pemba and Palma, Cabo Delgado Province in the Republic of SHUVRQIRUUHFHLYLQJTXDOLÀFDWLRQDQGFRPPHUFLDOLQIRUPDWLRQ
Mozambique;  $ FRS\ RI &RPSDQ\·V ODVW WKUHH \HDUV RI ÀQDQFLDO VWDWH-
PHQWV$QQXDO 5HSRUW SURYLQJ PLQLPXP ÀQDQFLDO FDSDFLW\
‡ 3URYLGH TXDOLÀHG VHFXULW\ SURIHVVLRQDOV WR RYHUVHH VXSSRUW for the realization of the scope of work;
and execute Journey Management Security Operations; 8. Company and group structure with the list of major sha-
UHKROGHUVDQGXOWLPDWHEHQHÀFLDULHV LIQRWOLVWHGLQWKHVWRFN
‡&RPSOHWHULVN LQWHOOLJHQFHDVVHVVPHQWVWKUHDWDVVHVVPHQWV exchange);
pertaining to site locations and transit routes in Cabo Delgado 9. A high level description of the Project Management System
Province in the Republic of Mozambique; that Company proposes to use.
 4XDOLW\ 0DQDJHPHQW 6\VWHP FHUWLÀFDWLRQV DQGRU 4XDOL-
‡ 3URFXUH LPSRUW VHUYLFH DQG PDLQWDLQ % DUPRUHG YHKLFOHV W\0DQDJHPHQW6\VWHPFRPSOLDQWZLWKLQWHUQDWLRQDO4XDOLW\
and other non-armored vehicles as required; Standards;
+HDOWK 6DIHW\0DQDJHPHQW6\VWHPFHUWLÀFDWLRQDQGRU
‡3URYLGH,Q9HKLFOH0RQLWRULQJ6\VWHP ,906 DQGFRPPXQL- documents providing the company compliance with interna-
cations systems to ensure accountability and tracking of per- tional standards.
sonnel / vehicles;
The purpose of the information and documents is to identify
‡3URYLGHDGHTXDWHRSHUDWLRQDOHTXLSPHQWDQGOLIHVXSSRUWIRU TXDOLÀHGFRPSDQLHVWKDWKDYHWKHSURYHQFDSDELOLW\DQGUHFHQW
duration of contract (for example; accommodation, IT, welfa- relevant experience to be considered for potential invitation to
re and feeding); tender for Journey Management Security Services.
MRV will evaluate the above requested documentation and, if
‡2EWDLQD0HPRUDQGXPRI8QGHUVWDQGLQJWRJDLQDUPHG+RVW VDWLVÀHGZLOOLQFOXGHWKHFRPSDQ\LQWKHOLVWIRULQYLWDWLRQWR
*RYHUQPHQW6HFXULW\)RUFHVVXSSRUWWKDWZLOOEHHPSOR\HGLQ tender for Journey Management Security Services.
a defensive / responsive role; This enquiry shall not be considered as an invitation to bid and
GRHVQRWUHSUHVHQWRUFRQVWLWXWHDQ\SURPLVHRͿHUREOLJDWLRQ
‡3HUIRUPVHFXULW\RSHUDWLRQVWKDWDGKHUHWRWKH9ROXQWDU\3ULQ- or commitment of any kind on the part of MRV to enter into
ciples on Security and Human Rights; any agreement or arrangement with

‡$ELGHE\WKH)RUHLJQ&RUUXSW3UDFWLFHV$FWDQGWKH8.%UL- you or with any other company participating in this enquiry.


bery Act All data and information provided within the application shall
not be considered as a commitment on the part of MRV to enter
‡3HUIRUPXQDUPHGVWDWLFJXDUGRSHUDWLRQVIRUÀ[HGVLWHV into any agreement or arrangement with you, nor shall it enti-
tle your company to claim any indemnity from MRV.
‡3URYLGH,QFLGHQW5HVSRQVHFDSDELOLW\IURP3HPEDDQG3DOPD 'DWD DQG LQIRUPDWLRQ FOHDUO\ PDUNHG DV ´FRQÀGHQWLDOµ SUR-
in Cabo Delgado Province in the Republic of Mozambique. YLGHGSXUVXDQWWRWKLVHQTXLU\ZLOOEHWUHDWHGDVFRQÀGHQWLDO
by MRV, ExxonMobil Moçambique, Limitada and Eni Rovu-
REQUIRED DOCUMENTS PD%DVLQ6S$DQGWKHLUD΀OLDWHVDQGZLOOQRWEHGLVFORVHGWR
Companies interested in this invitation may submit their Ex- non-authorized persons or companies.
pression of Interest to participate in a tender process by registe- The deadline for submission of Expression of Interest through
ring and submitting the below information on MRV portal ht- the website is set for January 07th 2019.
tps://mz.rovumalngsrp.com/. When registering, please ensure Any costs incurred by the interested companies in preparing
selection the commodity code SS11BB03 - SECURITY SERVICES the Expression of Interest shall be solely the entire responsibili-
DQG VHQG DQ HPDLO FRQÀUPLQJ UHJLVWUDWLRQ WR $UHD/1*&RQ- ty of the companies, and shall be fully born by such companies
tractsexxonmobilcom@exxonmobil.com which will not be entitled to any reimbursement by MRV and
1. A copy of Company’s valid license to conduct private security such companies shall have no recourse to MRV.
services issued by the relevant authority;
 $ FRS\ RI &RPSDQ\·V YDOLG OLFHQVH WR LPSRUW % DUPRUHG
vehicles in to Republic of Mozambique;
3. A copy of Company’s existing Memorandum of Understan-
6
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EVENTOS Savana 14-12-2018

FÓRUM DE MONITORIA DO ORÇAMENTO | Dezembro de 2018 ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2019:


Uma Análise da Mobilização de Recursos Fiscais

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2019:


Uma Análise da Mobilização de
Recursos Fiscais
Dezembro de 2018
Yasfir Ibraimo (IESE)

Mensagens-chave Gráfico 1

tPresença do argumento clássico das finanças públicas na elaboração


do Orçamento do Estado para 2019, segundo o qual a estabilização das
contas publicas pode ser, eficientemente, alcançado com acções do lado
da despesa pública.
tO OE para 2019 concentrou maior atenção no controle da despesa para
estabilizar as contas públicas e acções pouco arrojadas para ampliar a
captação de receitas fiscais.
tExistência de recursos fiscais ociosos, principalmente nos grandes projectos,
que poderiam ser utilizados para financiar o OE.
tOs encargos com o serviço da dívida pública têm consumido, de forma
crescente, as receitas do Estado, reduzindo a capacidade de intervenção do
Estado na economia.
tNecessidade urgente do Governo ampliar a sua capacidade fiscal para 6. Apesar de um conjunto de medidas adoptadas pelo Governo com vista
financiar o desenvolvimento de uma base produtiva alargada. a consolidar as contas públicas, os desequilíbrios fiscais persistem e a
necessidade de mobilização de recursos para financiar o OE tende a crescer.
Para superar o défice orçamental, como ilustrado no gráfico 1, o Governo tem
Introdução recorrido as seguintes fontes de financiamento: donativos, endividamento
público externo e interno.
1. O Orçamento do Estado (OE) para 2019, recentemente aprovado pela
Assembleia da República, é o último do Programa Quinquenal do Governo 7. No actual contexto, caracterizado pelos elevados encargos com o serviço
2015-2019. Durante este período, a economia de Moçambique tem sido da dívida pública, as prioridades de investimento público ficam afectadas.
afectada por uma crise financeira, impulsionada, entre outros factores, (i) Portanto, é fundamental alargar a captação de receitas para dotar o Governo
pelas dívidas ilícitas contraídas no Governo de Armando Guebuza, (ii) pela de maior capacidade de intervenção na economia e criar condições para
suspensão da ajuda externa directa ao OE, e (iii) pela queda dos preços melhorar a vida da população. O continuo recurso à dívida pública interna,
das commodities no mercado internacional. Estes factores têm colocado para financiar a despesa pública, tem sido uma das alternativas utilizada
pressões na capacidade de o Governo financiar a despesa pública, forçando pelo governo. No entanto, evidências empíricas de estudos realizados pelo
o governo a conduzir uma política fiscal restritiva, com enfoque na IESE mostram que esta forma de financiamento da despesa pública pode
consolidação fiscal para estabilizar as contas públicas. resultar em uma crise fiscal com efeitos macroeconómicos negativos.
2. O actual contexto macroeconómico (crise financeira) teve influencia na 8. Com vista a captar receitas para financiar o OE o Governo prevê continuar a
elaboração do OE para 2019. Adicionalmente, neste orçamento verifica- implementar um conjunto de reformas na área tributaria, com vista a alargá-
se a presença do argumento clássico das finanças públicas. Na óptica la e, consequentemente, expandir as receitas fiscais. No OE 2019 não fica
desta corrente de pensamento, a estabilização das contas publicas pode claro a dimensão e acções claras do incremento nas receitas do Estado como
ser, eficientemente, alcançado com acções do lado da despesa pública. consequência dessas reformas.
Desta forma, verifica-se que o OE para 2019 concentrou maior atenção nas 9. Perante o cenário ilustrado no gráfico 1, apesar de a proposta do OE para
componentes da despesa para estabilizar as contas públicas, especificamente 2019 mencionar a revisão dos regimes específicos de tributação e benefícios
a redução e controle da despesa pública por meio do controle de novas fiscais das operações petrolíferas e actividades mineiras, como uma das
contratações para o sector público e a respectiva redução dos encargos com reformas que se pretende, não se verifica uma atitude arrojada do Governo
o pessoal e corte nos subsídios (principalmente aos combustíveis). para reduzir os elevados benefícios fiscais concedido ao grande capital
3. Em oposição, um limitado foco tem sido dado na mobilização de recursos por forma a reduzir ou eliminar o crónico défice orçamental. Portanto, o
para financiar o OE. Especificamente, esta proposta de OE não apresenta Governo continua a subsidiar o grande capital em detrimento da melhoria
alternativas claras e eficientes para ampliar a captação de receitas e das condições de vida da população.
diversificar o espaço fiscal. 10. O orçamento do estado para 2019 mantém o enfoque na consolidação
4. Este texto apresenta (i) uma crítica ás opções que o Governo pretende fiscal, assente principalmente na redução do peso da despesa pública no OE,
adoptar para mobilizar recursos para financiar o OE e (ii) analisa o espaço significando mais uma vez, que o governo continuará a sacrificar o povo para
e desafios para expansão das receitas fiscais a curto e médio prazo. O texto acomodar os encargos da dívida, como consequência da implementação de
recomenda a necessidade urgente de o Governo ampliar a sua capacidade políticas irresponsáveis por parte do Governo do dia.
fiscal com vista a conter o nível de crescimento da dívida pública e os 11. Apesar do aumento das receitas fiscais durante o presente quinquénio
elevados encargos com o serviço da dívida que, consequentemente, tem e as projecções para o próximo ano, constata-se que estas estão sendo
efeitos na implementação de diversos programas de desenvolvimento. absorvidas pelos encargos com o serviço da dívida pública. O gráfico 2,
Adicionalmente, defende a existência de recursos fiscais ociosos na mostra, ao longo do presente quinquénio, uma tendência crescente do
economia que podem ser utilizados para financiar o OE. Espera-se que as peso do serviço da dívida na receita do estado.
recomendações avançadas neste documento possam ajudar na reflexão por
forma a tornar o OE inclusivo e capaz de satisfazer as necessidades do povo Gráfico 2
moçambicano.

Défice Orçamental e Mobilização de Recursos


5. Os dados referentes as contas públicas de Moçambique mostram a existência
de um défice orçamental crónico. Recorrendo ao presente quinquénio
como amostra, o gráfico 1 ilustra a evolução do défice orçamental antes dos
donativos, com tendência a agravar-se anualmente. Para o próximo ano,
o governo prevê um défice global antes de donativo de cerca de 58,900.5
milhões de meticais.

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EVENTOS

FÓRUM DE MONITORIA DO ORÇAMENTO | Dezembro de 2018 ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2019:


Uma Análise da Mobilização de Recursos Fiscais

12. O Governo tem recorrido ao endividamento público como alternativa Gráfico 5


de financiamento ao OE, evitando desta forma a tributação do grande
capital internacional. Este modelo de financiamento tem gerado elevadas
pressões macroeconómicas e afecta a expansão sustentável da base fiscal.
O serviço da dívida tem estado a colocar pressão sobre os restantes recursos
do Estado e sobre a estrutura da despesa pública. Adicionalmente, tem
criado uma competição por recursos financeiros entre o Estado e o capital
privado nacional, o que afecta os custos do capital financeiro para todos e,
em especial, encarece o investimento para o alargamento, diversificação e
articulação da base produtiva.
13. O crescimento das receitas fiscais não tem acompanhado a mesma
tendência do crescimento do serviço da dívida pública, conforme se pode
constatar pelas evidencias apresentadas no gráfico 3. Isto é, os encargos com 17. Uma análise comparativa, apresentada no gráfico 4, dos benefícios fiscais
a dívida pública cresceram muito rapidamente quando comparado com as dos megaprojectos e a actual contribuição na receita total mostra o elevado
receitas fiscais. Este facto tem contribuído para a redução da capacidade peso dos benefícios fiscais na receita total. Isto significa que existe um espaço
de as receitas fiscais serem aplicadas para o processo de desenvolvimento fiscal ocioso que não tem sido devidamente explorado pelo Governo.
nacional.
Gráfico 6
Gráfico 3

18. Uma ideia subjacente no OE para 2019 é que a consolidação fiscal por via da
redução dos gastos tem maior probabilidade de sucesso quando comparada
com a tributação. Infelizmente, a redução da despesa pública, influenciada
pela redução do investimento público reduz a dinâmica económica e a
14. O OE para 2019 não apresenta uma proposta clara de criação e devolução de possibilidade de diversificar a base fiscal.
rendimentos para as famílias, pelo contrário, com vista a mobilizar recursos 19. A expansão das receitas fiscais requer um conjunto de investimentos no
tem se verificado o agravamento de taxas e ausência de um conjunto de tecido produtivo da economia. A falta de recursos para o Governo financiar
serviços públicos. e estimular a actividade produtiva retira a capacidade de criação de novos
15. Perante a necessidade urgente de mobilizar recursos, a tributação dos polos de contribuição fiscal.
mega-projectos possui um enorme potencial fiscal que não tem sido 20. As fragilidades na arrecadação de receitas fiscais reflectem, em grande
devidamente explorado pelo Governo. Portanto, uma maior contribuição medida, o padrão de crescimento económico da economia de Moçambique,
fiscal dos grandes projectos poderia criar receitas fiscais para financiar o onde as receitas fiscais crescem em torno de uma estrutura produtiva
desenvolvimento de uma base produtiva alargada e diversificada, que afunilada. Nestas condições, o crescimento das receitas é resultado
consequentemente impulsionaria a diversificação e expansão da base fiscal. de aperfeiçoamento na administração fiscal, o que permite apenas
16. O gráfico 3 mostra o contributo fiscal dos megaprojectos na receita total. crescimentos marginais. O actual OE mantem uma estrutura fiscal afunilada
Constata-se que estes projectos continuam a ter uma contribuição inferior e pouco diversificada.
ao seu potencial e poderia ser uma alternativa para o actual contexto. O 21. Os enormes incentivos fiscais de longa duração são a causa principal do
gráfico 4 faz a comparação entre o actual contributo dos megaprojectos na baixo contributo fiscal do capital. Estes incentivos incidem mais sobre os
receita total e o contributo potencial destes projectos, mostrando que, de grandes projectos de investimento directo estrangeiro. A forma mais eficaz
facto, o Governo estaria a arrecadar mais receitas para financiar a despesa e eficiente para aumentar a base fiscal é a tributação dos rendimentos
pública. do capital, em especial das grandes empresas multinacionais do sector
energético e mineiro, pois a ociosidade fiscal criada pelos benefícios que
Gráfico 4 estes projectos recebem é o único espaço fiscal substancial disponível na
economia nacional.
22. Uma política de diferenciação do IVA, agravando o imposto sobre o
consumo de tabaco, bebidas alcoólicas e bebidas altamente açucaradas,
que são nocivas a saúde pública e, consequentemente colocam pressões
sobre os recursos públicos alocados para o sector da saúde, constitui uma
avenida possível.
23. Para além da diferenciação do IVA, a eliminação de isenções do IVA em
alguns bens e serviços pode constituir uma medida para reduzir os recursos
fiscais ociosos na economia.
24. Apesar do melhoramento da administração tributária ser uma alternativa
para incrementar a captação de receitas, é necessário criar espaço fiscal
sustentável, através do investimento na actividade produtiva.
25. Repensar na tributação dos bancos comerciais, instituições financeiras e de
seguros, uma vez que, mesmo em tempos de crise, têm alcançado margens
de lucro extraordinárias, seria outra possibilidade.

Membros do FMO

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EVENTOS Savana 14-12-2018

0$1,)(67$d®2'(,17(5(66(
3$5$)251(&,0(172'(81,'$'(6'(75$163257('(
CARGA, LINGAS, ACESSÓRIOS DE ELEVAÇÃO E
3529,6®2'(6(59,d26'(&(57,),&$d®2

Eni Rovuma Basin B.V., Mozambique Branch – Operadora em Moçambique que possivelmente entrará no Contracto em
Delegada Offshore, em nome da Mozambique Rovuma Ven- conteúdo;
ture, Operadora da Área 4, convida às Empresas interessadas a 8- Certidão de Registo da Empresa em Moçambique. Caso
submeterem a sua Manifestação de Interesse para o fornecimento não esteja devidamente registada, a entidade deverá indicar se
de unidades de transporte de carga, lingas, acessórios de elevação estaria disposta a efectuar o devido registo de imediato;
e provisão de serviços de certificação, como abaixo mencionado. 9- Cópia autenticada do seu Registo Comercial, Nome da en-
tidade legal e pessoa de contacto para recepção da qualificação
ÂMBITO DO TRABALHO e informação comercial enviada por Eni Rovuma Basin B.V.;
Os candidatos deverão ser aptos e qualificados para fornecer 10- A Estrutura Orgânica da Empresa ou Grupo com a lista
Unidades de Transporte de Carga (i.e. tanques, contentores, dos maiores accionistas e os beneficiários finais (caso não es-
contentores-cisternas de norma ISO, baskets, mud/waste skips, tejam registados na bolsa de valores);
skid containers, racks e frames), Lingas (i.e. webbing, correntes e 11- Qualquer outra informação que comprove que a empresa
lingas de cabo de aço) e Acessórios de Elevação (i.e. acessórios, é capaz de executar o Âmbito do Trabalho.
manilhas, clipes, etc.) para compra e/ou para aluguer em Pemba
e outros locais ao longo da costa de Moçambique, de Palma á As empresas interessadas deverão submeter as suas Manifes-
Nacala. tações de Interesse, anexando toda a documentação solicitada
Os candidatos deverão também ser capazes de fornecer serviços acima, para o e-mail:
de certificação por terceiros para os equipamentos acima lista- Erb.Public.announcement@eni.com
dos. Todos os bens e serviços devem ser fornecidos em confor-
midade com a norma DNV 2.7-1 / EN 12079 assim como das IMPORTANTE:
normas locais e internacionais em vigor. O e-mail de submissão deverá fazer referência ao Anúncio
Os serviços aqui mencionados serão solicitados indicativamente Público “Fornecimento de Unidades de Transporte de Car-
a partir do 2º trimestre de 2019 por um período de até 24 meses. ga, Lingas, Acessórios de Elevação E Provisão de Serviços de
Certificação – Dezembro 2018” e também ao seguinte código:
DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA
As empresas interessadas poderão submeter a sua Manifestação BB12AA04 – CONTAINERS
de Interesse fornecendo as informações e documentos que pro- SS07AF06 - COMPLEMENTARY ACTIVITIES -
vam: LAND TRANSPORT

1- Cópia do Alvará que comprova a qualificação da empresa Sujeito à entrega e conformidade de toda a documentação aci-
para a prestação dos serviços em referência; ma, as Empresas poderão receber da Eni Rovuma Basin B.V.
2- Sistemas de gestão em Saúde, Segurança e Meio Ambiente o Pacote de Qualificação, e podem ainda ser incluídas no pro-
que estejam em conformidade com os padrões internacionais cesso de concurso para a provisão dos serviços em referência.
(i.e. ISO 14001 & 9001 e OHSAS 18001); A presente consulta não deve ser considerada como um con-
3- Cópia do desempenho da empresa em Saúde, Segurança e vite à apresentação de propostas e, portanto, não representa
Meio Ambiente dos últimos 3 anos; nem constitui qualquer promessa, obrigação ou compromisso
4- Experiência comprovada no fornecimento de unidades de de qualquer tipo por parte da Mozambique Rovuma Ventu-
transporte de carga, lingas, acessórios de elevação e provisão de re S.p.A. nem da Eni Rovuma Basin B.V. e suas Sucursais
serviços de certificação em Moçambique incluindo qualquer Moçambicanas, de celebrar qualquer acordo ou memorandum
referência correspondente a clientes passados na prestação de de entendimento com qualquer Empresa que participe desta
serviços similares na indústria de petróleo e gás; Manifestação de Interesse.
5- Brochura ou catálogo de unidades de transporte de carga, Qualquer custo incorrido pelas empresas interessadas na pre-
lingas e acessórios de elevação; paração da Manifestação de Interesse será da total responsa-
6- Caso queira participar na Manifestação de Interesse como bilidade das Companhias as quais não poderão recorrer a este
um consórcio ou como uma joint venture ( JV), cópia de infor- respeito à Mozambique Rovuma Venture S.p.A., nem à Eni
mação referente a cada membro pertencente ao consórcio ou Rovuma Basin B.V., e suas Sucursais Moçambicanas.
JV com sua respetiva posição/papel no projecto. A intenção de Todos os dados e informações fornecidos de acordo com esta
formar um consórcio ou uma JV deverá ser fundamentada por Manifestação de Interesse serão tratados como estritamente
um Acordo ou “Memorando de Entendimento” devidamente confidenciais e não serão divulgados ou comunicados a pes-
assinado por cada entidade do grupo; soas ou empresas não autorizadas.
7- Relatórios Financeiros e Anuais dos últimos três anos in- A data limite de submissão da Manifestação de Interesse por
cluindo Balanços, Lucros e Perdas e Demonstração dos Fluxos e-mail indicado acima é fixada para 21 de dezembro de 2018
De Caixa. Estes documentos deverão ser fornecidos pelo grupo às 23:59 CAT. A Eni Rovuma Basin B.V. não irá aceitar ne-
da Empresa (se aplicável), e também pela Empresa Registada nhuma documentação recebida após a data e hora indica.
9
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Savana 14-12-2018
EVENTOS

EXPRESSION OF INTEREST
PROVISION OF CARGO CARRYING UNITS, SLINGS, LIFTING ACCESSORIES
AND RECERTIFICATION

(QL5RYXPD%DVLQ%90R]DPELTXH%UDQFK²2;VKR- 8- Company’s registration in Mozambique. In case your


re Delegated Operator, acting for and on behalf of Mo- Company is not already registered in Mozambique, plea-
zambique Rovuma Venture, Area 4 Operator, invites in- se specify if you would be willing to promptly register in
terested companies to submit Expression of Interest for the Mozambique;
provision of Cargo Carrying Units (CCU’s), Slings, Lif- 6FDQQHGFHUWLÀHGFRS\RIWKH7UDGH5HJLVWHU/HJDO(Q-
WLQJ$FFHVVRULHVDQG5HFHUWLÀFDWLRQDVVSHFLÀHGEHORZ WLW\QDPHDQGFRQWDFWSHUVRQIRUUHFHLYLQJTXDOLÀFDWLRQ
and other relevant information from Eni Rovuma Basin
SCOPE OF WORK B.V.;
Applicant shall be capable of providing CCU’s (i.e. tanks, 10- Company and Group structure with the list of major
containers, baskets, mud/waste skips, standard ISO tank 6KDUHKROGHUV DQG XOWLPDWH EHQHÀFLDULHV LI QRW OLVWHG LQ
containers, skid containers, racks and frames), slings (i.e. the stock exchange);
webbing, chains and wire rope slings) and Lifting Acces- 11- Any other information that will establish that your
VRULHV LHÀWWLQJVFOLSVVKDFNOHVHWF IRUUHQWDODQGRU &RPSDQ\LVDFDSDEOHRIIXOÀOOLQJWKHVFRSHRIZRUN
purchase primarily in Pemba, and other locations along
the Mozambique coastline ranging from Palma to Nacala. Companies interested in this invitation may submit their
Applicant shall also be capable of providing third party Expression of Interest by sending all the requested docu-
FHUWLÀFDWLRQVHUYLFHVIRUWKHDERYHOLVWHGLWHPV$OOJRRGV mentation to the following email address:
and services shall be provided in compliance with DNV Erb.Public.announcement@eni.com
2.7-1 / EN 12079 and applicable national and internatio-
nal standards. IMPORTANT:
6HUYLFHV ZLOO EH UHTXLUHG LQGLFDWLYHO\ VWDUWLQJ IURP 4 The Email submission must refer to the Public Announ-
2019 for a period of up to 24 months. cement object “Provision of CCU’s, Slings, Lifting Ac-
FHVVRULHV DQG 5HFHUWLÀFDWLRQ ² 'HFHPEHU µ, and
DOCUMENTATION REQUIRED also to the following commodity codes:
Companies interested in this invitation may submit their
Expression of Interest by providing the following manda- BB12AA04 – CONTAINERS
tory information and documentation: SS07AF06 - COMPLEMENTARY ACTIVITIES - LAND
TRANSPORT
1- Alvará which attests your Company for the provision
of services herein requested; Subject to the delivery and compliance of all the above
 +HDOWK  6DIHW\ 0DQDJHPHQW 6\VWHP FHUWLÀFDWLRQ documentation, Companies may receive from Eni Rovu-
and/or documents proving the Company compliance PD%DVLQ%9WKH4XDOLÀFDWLRQ3DFNDJHDQGPD\IXUWKHU
ZLWKLQWHUQDWLRQDOVWDQGDUGV ,62 2+6$6 be included in the tender process for the subject activities.
18001); This enquiry shall not be considered as an invitation to
3- Your Company’s HSE performance of last three years; Tender and therefore it does not represent or constitute
4- Proven experience in the provision of CCU’s, Slings any promise, obligation or commitment of any kind on
and Lifting Accessories in Mozambique, including any the part of neither Mozambique Rovuma Venture S.p.A.
relevant references from previous clients for the provi- nor Eni Rovuma Basin B.V. and their Mozambican Bran-
VLRQRIVLPLODUVHUYLFHVLQ2LO *DVLQGXVWU\ ches, to enter into any agreement or arrangement with
5- Brochure/booklet of CCU’s, Slings and Lifting Acces- you or with any Company participating in this Expression
sories; of Interest.
 ,Q FDVH \RX ZLVK WR SDUWLFLSDWH LQ WKH ([SUHVVLRQ RI Any cost incurred by interested companies in preparing
Interest as a consortium or as a joint venture, informa- the Expression of Interest shall be fully born by Compa-
tion about each member of consortium or joint venture nies who shall have no recourse in this respect to neither
and role of each participant in the potential project. Such Mozambique Rovuma Venture S.p.A. nor Eni Rovuma
intention to form either a consortium or a JV, must be su- Basin B.V., and their Mozambican Branches.
pported by an Agreement or “Memorandum of Unders- All data and information provided pursuant to this Ex-
tanding” duly signed by each entity in the group; pression of Interest ZLOO EH WUHDWHG DV VWULFWO\ FRQÀGHQWLDO
 /DVW WKUHH \HDUV RI )LQDQFLDO 6WDWHPHQWV DQG$QQXDO and will not be disclosed or communicated to non-autho-
5HSRUWV LQFOXGLQJ %DODQFH 6KHHW 3URÀW DQG /RVV DQG rized persons or companies.
&DVK)ORZ6WDWHPHQWSURYLQJPLQLPXPÀQDQFLDOFDSD- The deadline for receipt of Expression of Interest by the
bility to carry out the scope. These documents must be email address indicated above is set at 21 December
provided for the Company Group (if applicable), and SP&HQWUDO$IULFD7LPH. Eni Rovuma Basin
also for the Company’s entity that will potentially enter B.V. will not accept the documentation received after the
into the subject contract; set deadline.
10
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DESPORTO EVENTOS Savana 14-12-2018

NOTA DE ESCLARECIMENTO
A
Todos os Promitentes Compradores dos Imóveis do Projecto Casa
Jovem e ao Público em Geral
Maputo
Tomei conhecimento do anúncio publicado, no Jornal Notí- titularidade do imóvel sobre o qual se encontra implantado
cias, pela 1ª Secção Comercial do Tribunal Judicial da Cidade, o projecto Casa Jovem, no âmbito do processo de Acção Or-
segundo o qual correm éditos de 30 (trinta) dias citando a So- dinária 49/2013-I que a Sociedade de Desenvolvimento do
ciedade de Desenvolvimento do Chiango, SA, para contestar Chiango moveu contra a Casa Jovem, Limitada;
os Autos da Acção Declarativa Ordinária n.º 40/2018-N, mo-
vida pelos autores, Ex.mos Senhores Ral Michael Hegberg e 3.Nos termos do referido acordo judicial, a Casa Jovem, Li-
Tomásia Tomás Lucas Manuel Hagberg. mitada assumiu todas as obrigações perante os Promitentes
Compradores emergentes dos contratos promessa de com-
Mais, é referido no referido anúncio, que os representantes da pra e venda de imóveis celebrados entre estes e a Socieda-
Sociedade de Desenvolvimento do Chiango, SA, nomeada- de de Desenvolvimento do Chiango, SA, conforme se pode
mente, o senhor Erik Miguel Naikes Charas e eu próprio nos constatar da cláusula terceira do referido acordo judicial.
encontramos ausentes em parte incerta.
Nestes termos, serve a presente Nota de Esclarecimento
Relativamente ao teor do anúncio acima referido, serve o pre- para dar a conhecer ao público em geral que a Casa Jovem,
sente para referir e esclarecer o seguinte: Limitada é a única e exclusiva responsável pelo cumpri-
mento de todas as obrigações contratuais relativas ao pro-
1.Eu, N’naite Joaquim Chissano, não me encontro ausente e jecto Casa Jovem, pelo que todas as questões relativas ao
nem em parte incerta do País e, muito menos pretendo fugir a cumprimento dos respectivos contratos promessa de com-
quaisquer responsabilidades, como o teor do referido anúncio pra e venda devem ser endereçadas àquela sociedade, na
parece pretender transparecer; pessoa do Ex.mo Senhor Erik Miguel Naikes Charas.

2.Como é do conhecimento geral e conforme foi publicado Maputo, 7 de Dezembro de 2018


conjuntamente pela Sociedade de Desenvolvimento do Chian-
go, SA e pela Casa Jovem, Limitada, estas sociedades chega- Atentamente
ram, a 12 de Junho de 2015, a um acordo judicial homologado
por sentença judicial aos 18 de Junho de 2015 decretada pela
2ª Secção Comercial do Tribunal Judicial da Cidade de Ma-
puto, para compor o litígio que as opunha relativamente à

nal
rofissio
ALVARÁ Nº 23/UNI-ES/UDM/MCTESTP/2017

tu ro p MESTRADOS
seu fu começa aqui! Duração: 2 Anos
Início das aulas: Fevereiro de 2019

Inscrições Mestrado em Direito do Trabalho;


Abertas
2019 Mestrado em Finanças e Comércio Internacional;
Mestrado em Docência e Gestão do Ensino Superior;
Mestrado em Direitos Humanos Desenvolvimento Económico
e Boa Governação;
Mestrado em Energias Renováveis;
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E SOCIAIS Mestrado em Administra[ção e Gestão de Empresas;
Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas Mestrado em Gestão dos Recursos Humanos e Liderança.
Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos
Licenciatura em Gestão de Marketing
Licenciatura em Gestão Financeira
Licenciatura em Administração Pública
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria DOUTORAMENTO
Licenciatura em Relações Públicas e Assessoria de Direcção Duração: 4 Anos
Licenciatura em Organização e Economia de Trabalho Início das aulas: Março de 2019

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS


Doutoramento em Paz, Democracia,
Licenciatura na área Jurídico Forense
Licenciatura na área jurídico – Económico – Empresarial Movimentos Sociais e
Licenciatura na área jurídico – Político – Constitucional
Desenvolvimento Humano.
Contactos:
FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
Universidade Técnica de Moçambique
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Maputo – Moçambique
Licenciatura em Engenharia e Gestão da Construção Civil
11
DESPORTO
Savana 14-12-2018
EVENTOS

Mozal consagra artistas inovadores do ano


E
strelas das artes nacionais tas, neste caso, as artes plásticas, a divulgação dos nomeados e ven-
cruzaram-se, na passada cinema e audiovisual, dança, foto- cedores nas diversas categorias.
sexta-feira, para testemu- grafia, música e teatro, sendo cada Enquanto isso, Mateus Mosse,
nhar a consagração dos um dos laureados foi atribuído representante da Mozal, entende
vencedores da primeira edição um troféu e um cheque de 120 que o prémio constitui um espaço
dos prémios Mozal artes e cul- mil meticais. Entre os vencedores para que a sua instituição possa
tura. Trata-se de uma iniciati- está João Timane para a categoria dar o devido contributo na área
va da Mozal em parceria com a cultural.
das artes plásticas, Inadelso Cossa
Para o Director Nacional das In-
Associação Kulunguna, que visa para cinema, Emídio Josine para
dústrias Criativas, Roberto Dove,
reconhecer os jovens artistas fotografia, Ídio Chichava para este é um prémio que visa dimi-
moçambicanos que tenham sido dança, Venâncio Calisto para tea- nuir as desigualdades entre os ar-
protagonistas de uma interven- tro e Lenna Bahule para a música. tistas de todo o país e certamente
ção relevante e inovadora na vida Para Henny Matos, representan- vai estimular os feitos dos jovens
artística do país. te da Associação Kulungwana, a artistas, contribuindo para o for-
premiação é o culminar de um talecimento das artes em Mo-
O prémio abarca seis áreas distin- ano de trabalho que termina com çambique.

Destacado papel dos parceiros de cooperação no emprego


A
promoção de emprego 68.683 foram ocupados por ci- Suécia, Marie Andersson de Fru-
não é um desafio reser- dadãos de nacionalidade estran- tos, considerou, na ocasião, que
vado exclusivamente ao geira, sendo 1.112.001 ocupados o Relatório do Mercado do Tra-
Governo. A dinâmica por jovens e 457.883 apenas por balho, ora lançado, vai ajudar os
sócio-económica, influenciada mulheres, disse a ministra. vários intervenientes no mercado
pelas políticas governamentais, Segundo a ministra, um dos desa- de trabalho no processo de defi-
abrem espaço para que o sector fios que o País irá enfrentar no fu- nição de estratégias e tomada de
privado e parceiros de coopera- turo é o crescimento demográfico, decisões. A diplomata realçou o
ção proporcionem mais empre- pois dados do Instituto Nacional facto de o documento apresentar
gos, trazendo renda e o acesso de Estatísticas indicam para o au- dados desagregados por sectores,
ao trabalho rentável, que é a face mento das taxas de fecundidade e o que, para si, o torna mais útil e
mais visível da distribuição da ri- do financiamento a iniciativas de Nórdico-Moçambique para o diminuição das taxas de mortali- permite uma fácil análise do nível
queza no País. empreendedorismo e auto-em- Crescimento Inclusivo” durante dade, fazendo com que, em 2040, de crescimento por sectores de
prego de cidadãos moçambicanos o qual enalteceu a contribuição a esperança de vida venha a au- actividade.
A esse propósito é importante em geral e aos jovens empreende- financeira que o Reino da Suécia mentar para 67 anos, a taxa de Marie Andersson de Frutos de-
destacar o papel dos parceiros so- dores em especial. tem dado na implementação da mortalidade reduzido para 6.6 e fendeu “um crescimento econó-
ciais (empregadores e sindicatos) A conjugação dessas sinergias Política do Emprego. a de natalidade para 27.1, o que mico que promova a redução da
e dos parceiros de cooperação, na foi, recentemente, destacada pela Estas acções conjugadas, de to- significa que nas próximas déca- pobreza, que é o objectivo prin-
formulação de medidas que con- Ministra do Trabalho, Emprego e dos nós, já resultaram na criação das a proporção da população em cipal da nossa cooperação, bem
correm para a criação de oportu- Segurança Social, Vitória Diogo, de 1.308.236 empregos, de 2015 idade de trabalhar irá aumentar. como a promoção do emprego
nidades de emprego, quer através na abertura do Seminário “Dia até Setembro do ano, dos quais Por seu turno, a embaixadora da digno e produtivo”.

Barclays atribui prémio no MFW


N
o âmbito da realização do Barclays, Tayod Ahmed, afir- çambique espera contribuir para sustentável do negócio, por acre- projectos e que não terá sido fácil
do maior evento de moda mou que a sua entidade bancária o crescimento do seu negócio e, ditar que são projectos destes que o processo de selecção e, por isso,
do país, Mozambique acredita nos jovens empreendedo- consequentemente, para que se contribuem para o desenvolvi- quero endereçar o meu especial
Fashion Week (MFW), o res que estão a actuar no merca- torne mais rentável”, acrescentou mento económico e social do país. agradecimento pela oportunidade,
Barclays Bank Moçambique atri- do moçambicano, com tendência Tayob Ahmed, frisando que o Entretanto, a vencedora do con- este prémio será muito bem apli-
buiu um prémio ao projecto de re- para um maior crescimento. Barclays irá acompanhar de forma curso, Wacy Zacarias, demonstrou cado”, sublinhou Wacy.
ciclagem de sacos plásticos, para a O projecto Woogui, de acordo mais próxima o desenvolvimen- uma enorme satisfação, após a dis-
Contudo, Wacy afirma que, com
produção de tecidos de carteiras. com a visão de Ahmed, é destaca- to do projecto de Wacy Zacarias, tinção, e partilhou no momento
esta premiação, a Woogui vai con-
do essencialmente, pela matéria- fundadora da marca Woogui. da premiação, qual seria o destino
Eleito por unanimidade pelo cor- tinuar a produzir os seus trabalhos
-prima utilizada para a concepção Para o representante do Barclays do apoio que acabará de receber
po de juízes, o projecto Woogui, dos produtos, o tempo de actuação Bank Moçambique, não basta do Barclays Bank Moçambique, e com mais qualidade, a procurar
recebeu um prémio monetário, no mercado e, não menos impor- apenas atribuir o prémio, é impor- agradeceu ainda, à entidade ban- formas eficazes de trabalhar com
com objectivo de apoiar a superar tante, pela preocupação com o tante fazer o devido acompanha- cária, por acreditar no seu projecto. as comunidades, pois no seu en-
os desafios e a expandir o seu ne- meio ambiente. mento, não apenas para garantir “Muito obrigada ao Barclays, pelo tender, a moda não é só o belo,
gócio. “Com o prémio atribuído a este uma aplicação eficaz do valor, mas prémio, tenho consciência que fo- mas também tem um poder de
O director para a área das PME, projecto, o Barclays Bank Mo- também para apoiar o crescimento ram aqui apresentados excelentes transformação social.

FNB cimenta presença no mercado moçambicano


I
nserida na estratégia de longo O montante constitui a primeira gado do FNB Moçambique. mited, o maior grupo financeiro Holding, pela GCP - Sociedade
prazo em Moçambique, os tranche de um plano de investi- O plano de investimento previsto de África por capitalização bol- de Gestão e Controlo de Partici-
accionistas do First Natio- mento estratégico a executar en- para 2018 e 2019 está incorpora- sista e uma das maiores institui- pações e pela FirstRand Invest-
nal Bank (FNB) Moçambi- tre 2018 e 2019. do numa estratégia de reestrutu- ções listadas na Bolsa de Valores ment Holding e opera no mer-
que (FirstRand Bank Limited e “Este aumento de capital é um si- ração do Banco que visa torná-lo de Joanesburgo, na África do Sul, cado nacional há 11 anos, com
GCP) reforçaram o seu investi- nal claro da confiança dos accio- numa referência de eficiência e com presença em 11 países afri- enfoque na prestação de serviços
nistas do FNB em Moçambique, de valor diferenciado para os seus canos e na Inglaterra, Emirados financeiros ao sector empresarial
mento no Banco através de um
na economia moçambicana e na clientes. Árabes Unidos, Índia e China. moçambicano, às suas cadeias de
aumento de capital social no va- gestão do Banco”, esclareceu Jo- O FNB Moçambique é uma sub- O FNB Moçambique é detido valor e indivíduos.
lor de USD5milhões. han Maree, Administrador Dele- sidiária do FirstRand Bank Li- pela FirstRand Moçambique (Redacção)
12 Savana 14-12-2018
EVENTOS

Lançada a pedra para a futura agência de Marávia


O
Governador da província Banco”, lançado pelo Chefe de e testemunhada pelo administra- nuar a dar cada vez mais atenção desenvolvimento.
de Tete, Paulo Auade, Estado, e que tem como objectivo dor do BCI, Miguel Alves. às populações dos distritos rurais, Refira-se que o distrito de Ma-
lançou nesta segunda-fei- dotar todos os distritos do país de Com o lançamento da primeira maioritariamente ainda não ban- rávia tem como limites, a norte,
ra a primeira pedra para a cobertura bancária até ao final de pedra para a construção da agên- carizadas, e que o Banco quer, a Zâmbia; a oeste, o distrito do
construção da futura Agência do 2019, a população local acorreu cia do BCI no distrito de Namuno com este esforço e com este inves-
Zumbo; a sul, os distritos de Ma-
BCI, no distrito de Marávia. em massa a este evento que contou em Cabo Delgado (dia 4), Mará- timento, atrair cada vez mais para
Numa acção inserida no âmbito ainda com a presença de membros via (10), e Gilé – Zambézia (12), os benefícios da economia formal, goé e Cahora-Bassa, e a leste, os
do Programa “Um Distrito Um dos governos provincial e distrital, o BCI encara o desafio de conti- gerando novas oportunidades de distritos de Chiúta e Chifunde.

BIOFUND aprova Orçamento


GH86'PLOK}HVSDUD
A BIOFUND aprovou para 2019 um or-
çamento de 3.5 milhões de USD. Cerca de
51% deste valor destina-se ao pagamento
de uma parte dos custos operacionais de
14 Áreas de Conservação (Parques e Re-
servas Nacionais do país que têm o am-
biente protegido). O número de Áreas de
Conservação beneficiárias apoiadas pela
BIOFUND vai subir em 40%, relativa-
mente ao número das que foram contem-
pladas no ano prestes ano, 2018.

Entre outras actividades a serem realizadas


pela BIOFUND no próximo ano, desta-
ca-se o projecto Liderança para a Conser-
vação (USD 533.865), no âmbito do Pro-
grama MozBio 2, recentemente, lançado
em Maputo, com financiamento do Banco
Mundial. Esta iniciativa visa a formação e
treino de cerca de 500 técnicos e activistas
da conservação e diversas acções de sensi-
bilização sobre a importância da biodiver-
sidade e conservação ambiental.

Em 2019 aumenta também o financia-


mento do programa de Contrabalanços
da Biodiversidade, que a BIOFUND vem
desenvolvendo com o Ministério de Terra,
Ambiente e Desenvolvimento Rural (MI-
TADER) e diversos parceiros.

A BIOFUND, Fundação para a Conser-


vação da Biodiversidade é uma instituição
privada, sem fins lucrativos que tem por
objectivo o financiamento da conservação
em Moçambique, com especial enfoque
no Sistema Nacional das Áreas de Con-
servação. Com financiamentos da Coo-
peração Alemã através da KfW, do Banco
Mundial/GEF, da Agencia Francesa de
Desenvolvimento e da Conservation In-
ternational, o capital de investimento da
BIOFUND ascende neste momento a
cerca de 34 milhões de dólares.

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