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FACULDADE DE MEDICINA - I.C.S / U.F.Pa.

SET/09.
DISCIPLINA: SAÚDE COLETIVA III.
PROFESSORA: SILVIA BAHIA.
ASSUNTO: TRABALHO, PROCESSO DE TRABALHO E SAÚDE: uma introdução ao tema.

I. TRABALHO

Vários autores reconhecem uma dificuldade na definição do termo “trabalho”


- é preciso percorrer toda a existência do homem, em todas as épocas, nações,
sistemas sociais e culturas, e a definição do trabalho será diferentemente em cada
uma delas - e sugerem aproximações conceituais, ou seja, conceitos de trabalho
distintos que não o esgotam. Friedman e Naville (1962 apud CODO, 1996, p.37)
citando alguns autores, discutem o termo:
• “Trabalho, antes de tudo é um ato que se passa entre o homem e a natureza.
Ao mesmo tempo em que age, por esse movimento, pela natureza exterior e a
modifica, modifica a sua própria natureza e desenvolve faculdades que nela
dormitavam” (Karl Marx).
• “Atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização
de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento” (Dicionário Aurélio).
Nenhum desses conceitos e muitos outros conseguem explicar o que é
trabalho em sua totalidade. O senso comum aceita, que o trabalho humano desde a
pré-história até a atualidade:
• É a forma como o homem ao se relacionar com a natureza, garante a
sobrevivência, reprodução e evolução da espécie;
• Que está unido à própria condição humana, ou seja, não se pode conceber a
existência do homem sem o exercício do trabalho;
Todo trabalho subentende um gasto de energia física e/ou mental, e por fim;
• Que o trabalho influencia diretamente na constituição da “identidade do eu”, ou
seja, todo trabalho subentende a definição de um papel social para o próprio
indivíduo e para o seu grupo social, que resultará na sua realização pessoal, e no
reconhecimento e valorização pela sociedade.
Estes aspectos estão relacionados à definição do que é trabalho. No entanto,
é importante também refletir, sobre o quê o trabalho não é:
TRABALHO NÃO É EMPREGO
Nunca foi, e cada vez menos será. O crescimento e diversificação da
economia em relação aos serviços, a impossibilidade técnica dos sistemas de
previdência nacional, o desemprego crônico e estrutural provocado pela corrida
tecnológica nas empresas, o fim da estabilidade no emprego, inclusive no setor
público, a terceirização, a globalização da economia, enfim, são dentre muitos
outros, alguns fatores que empurram o conjunto da força de trabalho para a
economia informal, fazendo com quê a força de trabalho se defina mais e mais na
busca de um currículo individual, como forma de garantir o seu trabalho, e não mais
a sua carreira (CODO, 1996, 38-39).
Depois de considerar esses aspectos, é importante questionar, por que o
senso comum insisti em permanecer neste engano?. Para melhor compreensão,
deve-se analisar a situação da D. Maria:
Dona de casa [do tempo das nossas avós] levanta cedo, cuida do café da
manhã para o marido e os filhos. Assim que eles saem, ela prepara o almoço,
cuida das roupas, limpa a casa e ainda faz as compras. Se ela estivesse numa
empresa, ela ocuparia o espaço de vários especialistas. Porém se alguém
perguntar para a D. Maria qual a sua profissão? Ela provavelmente vai
responder: “eu não trabalho”. Se perguntarmos ao marido dela,
provavelmente a resposta será a mesma. A nossa D. Maria, não é considerada
pelo senso comum como trabalhadora por que não produz uma mercadoria
vendável no mercado, não recebe salário, não contribui com a previdência e
não assina carteira de trabalho. O mesmo ocorre com escritores, as
prostitutas, os estudantes, o desempregado e o aposentado. Se nós formos
observar as atividades deles, com certeza nós vamos perceber que se trata de
trabalho, todos eles, no entanto, são considerados de alguma forma, não
trabalhadores pelo senso comum [trata-se de um grande engano] (CODO,
1996, p. 37).

O que causa esta confusão, e que deve ser esclarecido, é que, ao se falar de
emprego subentendem-se um contrato entre duas partes, o contratante
(empregador) e o contratado (empregado). A Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT, nos seus art. 2º e 3º refere:
• Empregador (art. 2º) – “Considera-se empregador a empresa, individual ou
coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviço”;
• Empregado (art. 3º) – “Considera-se empregado toda pessoa física que presta
serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e
mediante salário”;
• Trabalhador - aquele que desenvolve conscientemente a energia física e psíquica
de que dispõe, na transformação da natureza para fins de sobrevivência.
Depois dessa abordagem acerca das definições sobre o trabalho, é importante
analisar a relação homem x trabalho x saúde, ou seja, entender por que o trabalho
é causa de prazer e sofrimento, de salubridade e adoecimento, e de vida e de
morte. A análise desses dicotomismos se dá através de dois elementos:
inicialmente, pela compreensão da forma de inserção do indivíduo no processo de
produção; e, conseguinte, pela percepção do contexto social, cultural, econômico e
político, que se estabelece esta relação. Para o marxismo, a compreensão última
dos processos históricos deve ser buscada na forma pela qual os homens produzem
os meios materiais.
A concepção materialista da história parte do princípio de que a produção, e,
junto com ela, o intercâmbio de seus produtos, constitui a base de toda ordem
social; que em toda sociedade que se apresenta na história, a distribuição dos
produtos e, com ela, a articulação social em classes ou estamentos, se orienta
pelo que se produz e pela forma como se produz, assim como pelo modo de
permuta do que foi produzido. Nessas condições, as causas últimas de todas
as modificações sociais e as subversões políticas não devem ser buscadas na
cabeça dos homens, em sua crescente compreensão da verdade e da justiça
eterna, mas nas transformações dos modos de produção e de intercâmbio,
não se deve buscá-las na Filosofia, mas na Economia da época de que trata
(ENGELS, 1964 apud HATNECHER, 1983, p. 31).

Não é objetivo do texto, fazer uma análise sócio-econômica, por isso a mesma
vai considerar o modelo econômico dominante no mundo, o capitalismo, e quais
os possíveis efeitos e consequências da forma como se estabeleceu o processo e a
organização do trabalho deste modelo na saúde do trabalhador; ou seja, de que
forma os trabalhadores perdem a capacidade de expressarem suas vidas em função
do trabalho que realizam, e, de que forma e por quais mecanismos os problemas
para a saúde materializam-se no interior dos processos de trabalho.

II. PROCESSO DE TRABALHO

Costa e Costa (2000, grifos nossos) descrevem a evolução do processo de


trabalho em termos de sua transformação histórica sob o capitalismo. O primeiro
momento se caracteriza pela transição da produção simples de mercadorias,
baseada no artesanato – cooperação simples para a manufatura, onde se
aprofunda a divisão do trabalho; o segundo momento é marcado pela mudança da
base técnica manual para a maquinofatura ou da grande indústria, onde,
ainda é possível se considerar dois desdobramentos a partir do Séc. XX: o
taylorismo/fordismo caracterizados pela racionalização do trabalho e o advento
da produção em massa; e mais recentemente, a automação flexível e novas
formas organizacionais como a manufatura “just-in-time”ou toyotismo que
colocam em novas bases o processo de trabalho.
O homem, através de seu trabalho atua sobre os elementos que encontra na
natureza transformando-os em objetos destinados a satisfazer suas necessidades.
O processo de trabalho pelo qual se realiza essa transformação requer a presença
indispensável de três fatores: (a) os próprios seres humanos ou a força de
trabalho; (b) as matérias-primas sobre as quais o homem atua; e, (c) os
instrumentos que viabilizam essa transformação (HATNECHER, 1983; COSTA;
COSTA, 2000, grifos nossos). Esses três elementos definem um processo de
trabalho considerado abstrato, não se referindo a qualquer forma social específica,
contudo, os mesmos não consideram as condições históricas concretas nas quais
este processo se desenvolve. O que deve ser enfatizado é que os homens não estão
sós e isolados em sua luta pela transformação da natureza, que ao efetuarem o
processo de trabalho estabelecem determinadas relações entre si: relações de
colaboração e ajuda mútua; relações de exploração, ou relações de transição entre
ambos os extremos (ibid.).
Feita esta introdução conceitual, é importante entender duas condições
fundamentais e necessárias para que o processo de trabalho assuma a forma social
capitalista. Por um lado, a existência de indivíduos possuidores de um montante de
capital suficiente para comprar os meios de produção (matérias-primas, instalações,
ferramentas, etc) e força de trabalho alheia. De outro, indivíduos destituídos de
meios de produção que, para sobreviverem, se vêem forçados a vender a sua força
de trabalho aos possuidores de capital.
Essas condições surgiram após um longo desenvolvimento histórico que
culminou na efetiva separação dos produtores diretos dos meios de produção, em
meados do Séc. XVI, nas áreas urbanas da Europa Ocidental, onde predominava a
produção simples de mercadorias. Naquela época, os produtos em quantidades
determinadas eram elaborados pelos mestres artesãos, em suas casas, com o
auxilio de uns poucos aprendizes, sendo vendidos diretamente aos consumidores,
nesse modo de produzir, eram limitadas as diferenças sociais entre os mestres e os
aprendizes, as mesmas surgiram como conseqüência de alguns fatores, dentre os
quais, destaca-se o aumento progressivo da população urbana e do número de
artesãos, que não foi acompanhado pela ampliação do mercado local; este fato fez
com que os artesãos buscassem mercados mais amplos e distantes, como
conseqüência, eram obrigados a interromper a produção para levar os produtos até
o local de venda. O resultado imediato foi à contratação de pessoas
domiciliarmente pelos artesãos mais ricos, que os substituíssem na fabricação de
produtos, de modo a especializarem-se na comercialização. Historicamente, Marx
(1867) assinala que este contexto marca o início da produção capitalista, quando o
proprietário do capital (o comerciante) reúne em um mesmo local um número
relativamente elevado de artesãos que, sob suas ordens, produzem a mesma
espécie de bens para o mercado, introduzindo uma nova forma de organização, a
cooperação simples (COSTA; COSTA, 2000, p. 232).
A cooperação simples que Marx (1867) conceituou como “a forma de
trabalho em que muitos trabalham planejadamente lado a lado e
conjuntamente no mesmo processo de produção”, se diferenciará do trabalho
artesanal, pelo fato de que o trabalhador utilizará instrumentos e matéria-prima que
não são mais suas, vendendo sua força de trabalho, passando a receber um
pagamento por isso; contudo ele permanecerá fazendo a tarefa completa,
conservando a sua habilidade e seu conhecimento para fazê-la [mantendo-se
preservada a unidade entre a concepção e execução do trabalho] (MERLO, 1991,
p.7-8; COHN; MARSIGLIA, 1994, p.60, grifos nossos). Essa nova forma de
organização será mais produtiva que o trabalho artesanal realizado anteriormente,
pois de um lado ocorrerá um processo compensatório dos ritmos diversos de
trabalho de cada operário, que serão então determinados pelo comprador da força
de trabalho, resultando numa redução do tempo de trabalho necessário a produção
de um determinado bem, e por outro lado, num melhor aproveitamento dos meios
de produção - na medida em que são utilizados em comum - cedendo desta forma,
uma parte menor de seu valor ao produto final, o que resultará em diminuição do
valor da mercadoria produzida (MERLO, 1991, p.8). Costa e Costa (2000, grifos
nossos) enfatizam que o comando do capital tem um duplo conteúdo, que se
origina da própria duplicidade da produção capitalista. “Por um lado, é um
processo social de trabalho que reúne e coloca em cooperação diversos
indivíduos na elaboração de mercadorias. De outro lado, é um processo de
exploração de excedente que tem como finalidade a maior valorização do capital
investido na produção”.
Para Cohn e Marsiglia (1994, p.60) o período manufatureiro, representou uma
revolução na organização do processo de trabalho baseado no artesanato. A
manufatura introduz, pela primeira vez, a divisão do trabalho no processo
produtivo, não será mais um operário a realizar toda a tarefa, mas vários no mesmo
local ou em locais diversos; e, a cada um desses trabalhadores será indicada uma
parcela da tarefa total. Neste sistema, se inicia a hierarquização da força de
trabalho pela divisão dos trabalhadores da produção em qualificados (realizavam
funções que exigiam maior esforço mental, maior habilidade manual e
demandavam maior tempo de aprendizagem) e não–qualificados (realizavam
tarefas mais simples que não exigiam quase treinamento), divisão essa inexistente
no artesanato e a qual correspondem uma escala de salários. Para ambos os tipos
de trabalhadores há um processo de desvalorização, já que a simplificação das
funções reduz os custos de aprendizagem dos trabalhadores qualificados e elimina-
os para os não-qualificados (COSTA; COSTA, 2000, p. 234).
As principais conseqüências em relação à saúde do trabalhador terão aí o seu
início, o que foi percebido inclusive por estudiosos burgueses contemporâneos
como Adam Smith, que afirmava: “um homem que despende toda a sua vida na
execução de algumas operações simples, não tem nenhuma oportunidade de
exercitar sua inteligência” (SMITH, 19-- apud MERLO, 1991, p.8).
Apesar do aumento de produção implementado pela manufatura, a mesma,
não conseguiu independentizar o capital do trabalho vivo. Os trabalhadores
individualmente e o próprio coletivo de trabalho permaneciam limitados
fisicamente, ainda que, a sua força de trabalho já houvesse sido expropriada de
diversas formas. Esse limite foi ultrapassado a partir do momento em que os
instrumentos de trabalho saíram de suas mãos para serem incorporados às
máquinas-ferramentas (MERLO, 1991, p.9; COSTA; COSTA, 2000, p. 234).
A incorporação da ferramenta, que antes só funcionava na mão de um
operário experiente a um mecanismo que vai prescindir de sua habilidade e força,
marca a transição da manufatura para a maquinaria. Esta grande novidade, é que
permitirá o “salto” de produtividade capitalista. O que vai ocorrer a partir deste
momento, será um processo contínuo de incorporação do saber operário aos novos
mecanismos, e um controle muito mais rígido dos ritmos e da intensidade do
trabalho, aprofundam-se ainda mais a separação entre a sua concepção e sua
execução. Cohn e Marsiglia (1994, p. 60) comentam que “o trabalhador
desqualifica-se ainda mais, porque passa a fazer algumas tarefas isoladas que o
impedem de ter um conhecimento sobre a totalidade do processo de trabalho no
qual está envolvido”. As consequências sobre a sua saúde serão imediatas, seja
através do aumento do número de acidentes de trabalho, pelo uso das
máquinas que não se detêm frente à possibilidade de mutilação, seja pela
agressão psíquica devido ao aumento da parcialização da tarefa, da
desqualificação, da repetividade e da monotonia de seu trabalho [alienação]
(MERLO, 1991, p.9, grifos nossos).
Cohn e Marsiglia (1994, p.61-62, grifos nossos) apresentam duas situações
quanto à divisão e à organização do trabalho: a maquinaria simples, na qual o
trabalhador mantém algum controle, ainda que bastante reduzido sobre a
realização da sua tarefa, na medida em que é ele quem aciona e ajusta a máquina,
lhe permitindo certa margem para regular seu ritmo de trabalho e tomar algumas
decisões a respeito de como realizar sua tarefa; e pela organização científica do
trabalho; que é a forma mais intensa do controle sobre a produção por parte do
capitalismo, representada por inovações organizacionais e tecnológicas propostas
no taylorismo e no fordismo.
Em fins do Séc. XIX quando Taylor (1856-1915) iniciou seus estudos sobre a
racionalização do trabalho, o capitalismo norte-americano já se encontrava em
condições de assumir o papel de vanguarda da acumulação do capital mundial. A
existência de recursos naturais abundantes, principalmente carvão e petróleo, um
grande número de trabalhadores disponíveis pelo estímulo a imigração e o grau de
avanço tecnológico de sua indústria favoreciam o desenvolvimento do capitalismo,
entretanto, estes fatores conflitavam com a falta de um modo de organização do
trabalho que fosse compatível com as novas condições de produção e de mercado
de trabalho. Neste contexto, Taylor analisou o problema e reuniu todos os
conhecimentos tradicionais que no passado possuíram os trabalhadores e então os
classificou, tabulou-os e reduzi-os em normas, princípios e leis claramente
definidos, tentando evitar o desperdício de materiais, ferramentas, tempo e homens
(COSTA; COSTA, 2000, p. 236).
Para Taylor, o principal obstáculo à elevação da produtividade era o fato de
que os trabalhadores detinham ainda o controle sobre o modo de realizar o
trabalho. Considerando a atitude habitual dos trabalhadores, ele chegara à
conclusão de que estes não empenhavam todo o seu esforço no trabalho
procurando fazer menos do que eram realmente capazes. Taylor considerava como
causas determinantes da ineficiência do trabalho: (a) a solidariedade existente
entre os trabalhadores, que percebiam a maior produtividade como causa de
desemprego; (b) a ignorância da administração a respeito dos tempos efetivamente
necessários para a realização das tarefas, que incentivava os operários a
diminuírem a produção; (c) os métodos empíricos ineficientes que redundavam em
grande desperdício de esforço de trabalho (ibid.). Para que houvesse maior
produtividade, essas causas deveriam ser erradicadas, substituindo o método de
administração da iniciativa e incentivos, então em uso, por novas formas de
organização do trabalho, a chamada “administração científica”, que levou ao
extremo a separação entre a concepção e a execução da tarefa, e teve
preocupação especial com o controle do tempo, com o parcelamento do trabalho e
com a forma de execução, simplificando ao máximo as tarefas. Este novo método
tornou possível a absorção de trabalhadores oriundos do campo, da imigração ou
do trabalho doméstico, que não possuíam experiência no trabalho fabril,
contribuindo para baratear o preço da força de trabalho. A partir daí toda a
atividade passou a ser pré-planejada, restando ao operário à repetição interminável
dos mesmos gestos, aproximando-se do que Taylor considerava como exemplo: um
“gorila amestrado” (MERLO, 1991, p.10).
O taylorismo promoveu uma profunda modificação dentro da organização do
trabalho, levando a uma maior redução dos “poros” dentro da jornada de trabalho,
e consequentemente, à intensificação ao extremo da atividade do trabalhador. Foi o
preenchimento o mais completo possível do tempo contratado com trabalho
produtivo. O fordismo que lhe sucedeu historicamente aprofundou o iniciado por
Taylor (FLEURY; VARGAS, 1987, p. 17).
Fleury e Vargas (1987, p. 23) recordam que “em 1903 inaugurava a Ford
Motor Company, e após dez anos de atividades Ford aplicaria pela primeira vez os
Princípios da Linha de Montagem, a partir da idéia do sistema de carretilhas
aéreas usado nos matadouros para esquartejamento de reses”. A esteira rolante
passou a ter um funcionamento ininterrupto, combinando operações extremamente
parceladas para os trabalhadores. Com base nessa experiência, Ford enunciou os
seus Princípios:
10 - “Sempre que for possível, o trabalhador não dará um passo
supérfluo”;
20- “Não permitir em caso algum, que ele se canse inutilmente, com
movimentos à direita ou à esquerda, sem proveito algum”. Este princípio
foi obtido através dos seguintes procedimentos:
• Tanto os trabalhadores como as peças devem ser dispostos na ordem natural
das operações, de modo que toda peça ou aparelho percorra o menor caminho
possível durante a montagem;
• Empreguem-se planos inclinados ou aparelhos similares, de modo que o
operário sempre possa colocar no mesmo lugar as peças em que trabalhou, e
sempre ao seu alcance;
• Construa-se uma rede auxiliar para a montagem dos carros, através da
qual as peças que devem ser ajustadas deslizem, até o ponto exato onde são
necessárias.
Assim sendo, a característica básica do processo de trabalho fordista é a
cadeia de produção semi-automática, desenvolvida na indústria automobilística dos
EUA, a partir da década de 1920. Ford (1922) também inovou ao introduzir o salário
diário, que ficou conhecido como “the five dollar day”, em substituição ao
pagamento por tarefa, e que representou um novo método de controle da força de
trabalho (COSTA; COSTA, 2000, p. 237).
Segundo Ford (1922 apud FLEURY; VARGAS, 1987, p. 24) “o resultado prático
dessas normas é a economia das faculdades mentais e a redução ao mínimo dos
movimentos de cada operário, que, sendo possível deve fazer sempre o mesmo
movimento ao executar a mesma tarefa”. O sucesso dessa nova organização
apareceu nos resultados da produção: o tempo de montagem do chassi reduziu-se
de 12 horas e 8 minutos, para 1 hora e 33 minutos. Em uma linha de montagem de
motores, o trabalho também foi parcelado nas mesmas proporções. Antes a
operação era realizada por uma só pessoa, com a esteira rolante ficou dividida por
84 operários. Fixo no seu posto de trabalho, o homem passou a ser quase que um
componente da máquina. Os seus movimentos deveriam ser feitos mecanicamente
sem interferência de sua mente, guardando assim, perfeita harmonia com o
conjunto da linha de montagem. Aquele trabalhador qualificado, antes necessário
no processo de montagem, era eliminado. Em seu lugar surgia um novo homem,
cuja única função era repetir indefinidamente movimentos padronizados,
desprovidos de qualquer conhecimento profissional, que para Ford “nada tem de
desagradável”:

[...] para certa classe de homens, o trabalho repetido, ou a reprodução


contínua de uma operação idêntica, por processos que não variam nunca,
constitui um espetáculo horrível. A mim, me causa horror. Por preço algum do
mundo poderia fazer todos os dias as mesmas coisas. Entretanto, atrevo-me a
dizer que para a maioria, a repetição nada tem de desagradável. Com efeito,
para certos temperamentos a obrigação de pensar é uma verdadeira tortura,
porque o ideal consiste em operações que de modo algum exijam instinto
criador. Os serviços que exigem esforço mental e físico gozam de pouca
popularidade e não encontram aceitação (FLEURY; VARGAS, 1987, p. 24-25).
É evidente a vantagem econômica do trabalhador desqualificado sobre o seu
antecessor. Por este motivo todos os trabalhos foram levados a mais extrema
simplificação, de acordo com os Princípios já lançados por Taylor. O resultado dessa
simplificação e parcelamento extremos do trabalho levou-o a perceber que eram
reduzidas as necessidades de todo potencial humano para o trabalho. Eis o seu
relato:

[....] a estatística demonstrou que se contavam na fábrica 7.882 espécies


distintas de operações, entre as quais 949 classificadas como trabalho que
exigia homens sãos e fortes, de perfeita saúde; 3.338 espécies exigiam
desenvolvimento físico comum e força normal. Entre as 3.595 espécies
restantes nenhuma exigia esforço físico, de modo que podia efetuá-las o
homem mais fraco e débil, mulheres ou crianças. Os trabalhos mais fáceis
foram também classificados, para verificar quais deles exigiam o uso
completo das faculdades; comprovou-se então que 670 podiam ser confiados
a homens sem ambas as pernas; 237 requeriam o uso de uma só perna; em
dois casos podia-se prescindir dos dois braços; em 715 casos de um braço, e
em 10 casos a operação podia ser feita por um cego (ibid., p. 25).

Portanto, a seleção de homens para o trabalho poderia ser feita de uma forma
diferente. Taylor dizia que “não se deveriam procurar pessoas excepcionais para o
trabalho, mas homens comuns apropriados para o tipo de trabalho exigido.
Contudo, se uma pequena parcela do corpo humano era solicitada, porque utilizar
um organismo completo?”. Em verdade, a realidade estatística da investigação de
Ford dava-lhe condições de aprofundar ainda mais a aplicação da seleção
científica:

Por ocasião de estatísticas mais recentes na fábrica, existiam 9.563 homens


em condições inferiores ao nível normal. Entre estes 129 mutilados, com
amputação de braços, antebraços e mãos. Havia um sem as duas mãos, 4
cegos de ambas as vistas, 37 surdos-mudos, 60 epiléticos, 4 com falta de
todas as extremidades e 234 possuíam somente uma perna ou um pé. Os
outros tinham defeitos físicos de menor importância (Ibid., p. 26).

À primeira vista, poderia parecer que o emprego de pessoas em condições


inferiores às normais seria uma obra de caridade. Todavia, não era essa a
orientação do pensamento de Ford:

[...] a caridade tornar-se-á desnecessária se os que vivem dela forem retirados


da classe improdutiva e postos na classe produtiva. A indústria organizada
para o bem público dispensa a filantropia. Este sentimento, apesar da nobreza
dos seus intuitos, nada faz para dar a seus protegidos, a necessária confiança
(Ibid.).

O seu raciocínio estava guiado pela lógica do capital, que no seu


desenvolvimento procura colocar sob sua dependência um contingente humano
antes marginalizado. O resultado final era o alargamento da reserva de braços para
a indústria, com reflexos sobre o preço da força de trabalho.
Outro aspecto de particular importância, que aparecia nos Princípios da linha
de montagem, é relacionado com o desejo de concentrar no menor espaço de
tempo àquela parte do trabalho que realmente transforma e valoriza a mercadoria.
Com efeito, durante a jornada de trabalho, o operário algumas vezes é obrigado a
interromper a sua atividade por falta de suprimento de materiais ou serviços
adequados, ou por qualquer outro motivo. Ou seja, o tempo normal de trabalho útil.
Taylor, já enfatizava o importante papel do planejamento prévio da tarefa para
evitar esses desperdícios. No entanto, o novo modo de organização idealizado por
Ford incorporou com vantagens este preceito, portanto a própria máquina assumia
o papel antes delegado ao corpo de planejamento fabril. As peças deslocavam-se
automática e ininterruptamente, suprindo o trabalho de todos os homens da
produção, sem esperas nem paradas. Ao operário só lhe restava seguir essa
cadência, fixo no seu posto de trabalho, alimentado continuamente de novos
materiais que sofreriam a ação de seus membros. Para fazer frente a este ritmo
produtivo era impelido a mecanizar os seus movimentos. A linha de montagem
tornava-se assim, notável instrumento de intensificação do trabalho (Ibid.). Fleury e
Vargas comentam que:
[...] essa intensificação do trabalho resultava para o capital no mesmo que o
aumento da jornada de trabalho. Contudo, eram inúmeras as vantagens para
o utilizador da força de trabalho; por exemplo, aumentava a possibilidade de
utilização mais intensa, também, de seus equipamentos, instrumentos e
instalações. Isto era muito importante para o capitalista, pois diminuía a
depreciação dos equipamentos por obsolescência (FLEURY; VARGAS, 1987, p.
26-27).

Esta foi à organização engendrada por Ford (1922 apud FLEURY; VARGAS,
1987, p. 27), onde o trabalho era entendido como fonte de riqueza e, por isso
mesmo, não permitia qualquer desperdício: “não há quase contato pessoal em
nossas oficinas; os operários cumprem os seus trabalhos e voltam logo para os seus
lares. Uma fábrica não é um salão de conferências”.
Outra dimensão do fordismo é sua extensão a sociedade, ou seja, o
surgimento de um número relativamente elevado de novas tecnologias e o
aparecimento de novos produtos resultou em transformações radicais na estrutura
produtiva dos principais países capitalistas, demandando a existência de mercados
de massa, para absorver a crescente produção de bens, assim como, a criação de
um novo modelo de consumo e uma transformação do estilo de vida da sociedade.
Costa e Costa (1999) relatam que o modelo de produção taylorista-fordista
possibilitou a vinculação dos ganhos de produtividade ao crescimento do poder
aquisitivo dos assalariados. No período posterior a 2ª guerra mundial os países da
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE)
experimentaram trinta anos de grande e regular crescimento econômico, gerando
um elevado padrão de vida para a população desses países. Contudo, em meados
de 1970, surgiram indícios de que o modelo de desenvolvimento industrial de
caráter fordista começava a enfrentar sérias dificuldades em sua reprodução. No
âmbito da estrutura produtiva, as formas organizacionais tayloristas/fordistas não
conseguiam mais obter ganhos de produtividade devido aos limites técnicos à
fragmentação do trabalho. Além disso, a insatisfação dos trabalhadores
manifestadas no absenteísmo, nas sabotagens e nas greves tornou-se freqüente,
nos países desenvolvidos, acarretando perdas à produção industrial. No contexto
social, o modelo de desenvolvimento vigente passou a ser questionado tanto pelos
danos causados ao meio ambiente, devido ao uso predatório dos recursos naturais,
quanto pela massificação dos hábitos de consumo; e, no âmbito econômico, houve
desaceleração no crescimento dos mercados dos setores industriais que formavam
a base desse padrão de desenvolvimento industrial. A crise que se apresentou
estaria relacionada a alguns fatores estruturais, como por exemplo, às dificuldades
de elevação da produtividade, que teriam atingido o seu limite, ou seja, não seria
possível intensificar mais o ritmo de trabalho, em função da resistência dos
trabalhadores; as tarefas já teriam sido analisadas e fragmentadas à exaustão, e as
linhas de montagem teriam alcançado satisfatoriamente seu equilíbrio (COSTA;
COSTA, 2000, p. 239).
Segundo Abrahão e Pinho (2002), o mundo do trabalho encontrava-se na
segunda metade do século passado, sob um processo de reestruturação produtiva e
organizacional (tentativa de incorporar inovação tecnológica: automação,
microeletrônica, etc. com flexibilização e gestão participativa) cujas inflexões
apontavam para o esgotamento do modelo taylorista-fordista, estabelecendo novos
cenários produtivos. Verardo (2004) destaca como mais importante novidade
produtiva o toyotismo, que surgiu no Japão após a II Guerra Mundial, mas só a
partir da crise capitalista da década de 1970 é que foi caracterizado como filosofia
orgânica da produção industrial (modelo japonês) adquirindo projeção global.
O Japão foi o berço da automação flexível pois apresentava um cenário
diferente dos Estados Unidos e da Europa: um pequeno mercado consumidor,
capital e matéria-prima escassa, e grande disponibilidade de mão-de-obra não-
especializada, que impossibilitavam a solução taylorista-fordista de produção em
massa. Para Costa e Costa (2000, p. 241), a novidade radical que se apresenta na
área do processo de trabalho constitui-se em um novo princípio de organizar a
produção, mediante ao que se denominou “sistema just-in-time”. Neste sistema, a
produção só é realizada a partir de pedidos preexistentes, ao contrário, do de
produção em massa. O objetivo deste método é o de aumentar a eficiência e evitar
qualquer desperdício, pois, assim se consegue elevar a produtividade e reduzir
custos. Nessa ótica, trabalho executado e que não foi demandado não agrega valor
e é fonte de elevação de custos.
Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação
de seu povo, pois esse sistema requer um trabalhador com um mínimo de
escolaridade, capaz de ler e entender instruções, transmitir informações e ser
participativo no processo de produção. Entretanto, a lógica da extração de
excedente na se altera ao passar do modelo taylorista/fordista para o toyotismo, o
que altera é a forma, ou seja, na produção em massa os aumentos de produtividade
ocorrem através da especialização do trabalhador, e no método just-in-time o
aumento de eficiência se dá pela desespecialização do trabalhador, transformando-
o em operário polivalente, capaz de monitorar simultaneamente várias máquinas e
executar tarefas diferenciadas (COSTA; COSTA, 2000, p. 241).
Para Verardo (2004), sob a égide da flexibilidade os produtos do trabalho são
voltados para atender as particularidades do mercado em vez de produzir de forma
padronizada como o modelo anterior. Entretanto, para esse autor, a introdução da
flexibilização também serviu e serve para desregulamentar direitos trabalhistas
historicamente adquiridos pela classe trabalhadora. Portanto, as transformações
que se processam no mundo do trabalho evidenciam um novo paradigma de
organização das relações econômicas, sociais e políticas. Esse paradigma com
diferentes denominações: mundialização, globalização, terceira revolução industrial
e tecnológica se apóia, fundamentalmente, na conjugação de abertura de mercados
e no desenvolvimento acelerado da tecnologia da microeletrônica. Nesse sentido, a
evolução tecnológica (ancorada no binômio, melhoria dos produtos e diminuição
dos custos) está presente em todas as esferas da produção, provocando alterações
nas configurações industriais, nos padrões tecnológicos e no perfil das organizações
(ABRAHÃO; PINHO, 2002).
Laranjeira (2000) sugere uma reflexão sobre as conseqüências da realidade
organizacional nos dias atuais, e que se faz preocupante: altas taxas de
desemprego, intensificação do ritmo de trabalho, crescimento do trabalho
temporário e de tempo parcial, polarização em termos de qualificação e para os que
permanecem no emprego a chamada “síndrome dos sobreviventes” (angústia e
medo, sentimentos que acompanham os não demitidos). Novas tecnologias podem
ser exploradas em suas dimensões positivas como na eliminação das funções
rotineiras, repetitivas e degradantes, fonte de doenças e de insatisfação, tanto na
esfera do trabalho fabril quanto na esfera dos serviços; ou como na realização de
um trabalho polivalente, multifuncional, favorecendo a utilização do pensamento
abstrato, permitindo uma maior interação do trabalhador com a máquina, já que o
trabalho informático supõe essa interação. Sobretudo, haveria a possibilidade de
reduzir ainda mais o tempo de trabalho necessário ao ganho para sobrevivência. No
decorrer desse processo de mudanças guiado pelas inovações tecnológicas e pela
chamada globalização, parece ter se consolidado a crença de que tais fenômenos
vieram para ficar, que seus efeitos são cumulativos e tendem a configurar uma
nova dinâmica social, ainda que ajustes venham a ser feitos e que algumas
realidades, hoje observadas, possam ser modificadas. É certo que esse quadro
define-se como tendência e corre-se o risco de superestimar o volume de
transformações, esquecendo as forças que permanecem. Entretanto, essa ressalva
não desqualificaria o argumento. Da mesma forma, embora as altas taxas atuais de
desemprego não representem o fim do trabalho, há que se admitir que a natureza
do desemprego e as novas modalidades de trabalho redefinem aspectos centrais da
vida social. As mudanças que o mundo do trabalho presencia não podem, portanto,
ser subestimadas ou tratadas sob um ponto de vista socialmente superado. Nesta
perspectiva, discute-se se estaríamos ingressando numa nova sociedade.

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Falar em organização do trabalho implica em falar na relação capital-trabalho.


Estes, por sua vez, não são entidades da natureza, mas relações sociais entre
determinados atores sociais, autores de sua história. E como toda realidade social é
dinâmica, contraditória e conflituosa, é necessário enfatizar que no decorrer dessa
história do capitalismo, os trabalhadores apresentaram resistências às formas de
exploração do capital sobre o trabalho.
Do mesmo modo que o capital busca disciplinar e controlar os trabalhadores
para garantir a reprodução das relações sociais de produção e, portanto do capital,
os trabalhadores resistem a esse controle e se organizam para tanto. E se nos
momentos iniciais os trabalhadores lutam pela diminuição da jornada de trabalho e
por aumentos salariais, quando ainda detinham o controle sobre a execução das
suas tarefas, progressivamente essas lutas vão se deslocando também para a
melhoria das condições de trabalho.
E se esse processo não é homogêneo, e muito menos uniforme, dependendo
do grau de organização dos próprios trabalhadores e da capacidade de reação do
capital, no geral quanto mais periférica a sociedade, maior a tendência da
sobrevivência cotidiana e a garantia de emprego se sobreporem às lutas por
melhores condições de vida e de trabalho. Antes, por exemplo, de a automação ser
uma ameaça à saúde dos trabalhadores, ela é uma ameaça de redução de oferta de
oportunidades de trabalho e, portanto à sua sobrevivência imediata. Nesse sentido,
quanto mais precários os direitos básicos dos trabalhadores, maior a dificuldade
deles se organizarem em torno das questões do trabalho e saúde, pois sobre eles
pesa sempre a ameaça maior do desemprego e da fome, num mercado de trabalho
crescentemente seletivo.
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