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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

APOSTILA DE ESTRUTURAS METÁLICAS

LEANDRO PALERMO JUNIOR


ROMILDO APARECIDO SOARES JUNIOR
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 1
2 AÇÕES E SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS .......................................................................................... 2
2.1 AÇÕES ............................................................................................................................................................ 2
3 BARRAS TRACIONADAS ........................................................................................................................... 18
3.1 Carga resistente de cálculo ........................................................................................................................ 18
3.2 Verificando chapas tracionadas ................................................................................................................. 19
3.2.1 Verificando chapas sem furos................................................................................................................. 19
3.2.2 Verificando chapas com furos no mesmo plano .................................................................................. 19
3.2.3 Verificando chapas com furos em zig-zag ............................................................................................ 22
3.3 Verificando cantoneiras tracionadas ......................................................................................................... 36
3.3.1 Verificando cantoneiras com furos em uma aba .................................................................................. 36
3.3.2 Verificando cantoneiras com furos em zig-zag em uma aba ............................................................. 49
3.3.3 Verificando cantoneiras com furos no mesmo plano em duas abas ................................................ 53
3.3.4 Verificando cantoneiras com furos em zig-zag em duas abas .......................................................... 56
4 BARRAS COMPRIMIDAS ........................................................................................................................... 64
4.1 Exemplo numérico para dupla cantoneira ................................................................................................ 64
5 BARRAS FLEXIONADAS ............................................................................................................................ 73
5.1 Exemplos numérico ..................................................................................................................................... 73
6 LIGAÇÕES PARAFUSADAS......................................................................................................................... 84
7 LIGAÇÕES SOLDADAS .............................................................................................................................. 123
1

1 INTRODUÇÃO

Apresenta-se neste trabalho, ao iniciante em estruturas de aço, os conceitos


básicos acompanhados de exemplos numéricos, que permitem o dimensionamento
dos elementos de uma estrutura metálica. Por outro lado, procurou-se mostrar que
não existem grandes dificuldades no primeiro contato com os elementos
componentes de uma estrutura de aço, desde que se tenha os conhecimentos afins
para estudar os tópicos contidos neste trabalho. Agradeço a todos que direta ou
indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.
.
2

2 AÇÕES E SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS

2.1 AÇÕES

Segundo a NBR 8800, no artigo 4.7.7.1, um carregamento é dado pela


combinação das ações, as quais têm considerável probabilidade de ocorrer ao
mesmo tempo em uma estrutura num dado período. As ações são definidas por:

Ações Permanentes

Segundo a NBR 8800, no artigo 4.7.2.1, as ações permanentes são aquelas


as quais ocorrem praticamente durante toda a vida útil da estrutura, de uma forma
constante. As ações permanentes podem ser dividas em diretas e indiretas. As
ações permanentes diretas são aquelas dadas pelo peso próprio da estrutura, por
equipamentos permanentes, elementos construtivos fixos, empuxos de terra
permanentes, etc. As ações permanentes indiretas são aquelas geradas por
deslocamentos de apoio, imperfeições geométricas, retração e fluência do concreto.

Ações Variáveis

Segundo a NBR 8800, no artigo 4.7.3, as ações variáveis são aquelas com
considerável probabilidade de ocorrência na estrutura, mas não de maneira
permanente. Como por exemplo, sobrecarga de utilização devido à ocupação da
edificação, ação do vento, à colocação de equipamentos para manutenção, variação
de temperatura, pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas, vibrações, etc.

Ações Excepcionais

Segundo a NBR 8800, no artigo 4.7.4, ações com duração extremamente


curta e probabilidade muito baixa de ocorrência durante a vida da construção.
Exemplos são dados por sismos excepcionais, impactos de aviões e veículos,
incêncios, enchentes, etc.
3

Valores de Cálculo

Para encontrar os valores de cálculo para dimensionamento da estrutura leva-


se em conta os tipos de ações multiplicando-se o valor característico da ação pelos
coeficientes de ponderação dados pela tabela 1, da NBR 8800.

Combinações últimas normais - Valores de Cálculo para Estado Limite


Último

Os valores de cálculo para estado limite último devem ser calculados


utilizando a fórmula dada pelo artigo 4.7.7.2.1 da NBR 8800:

∑ ∑
(1)

Onde:

Solicitação de cálculo

Coeficiente de ponderação das cargas permanentes

Valor característico da carga permanente

Coeficiente de ponderação da carga variável principal

Valor característico da carga variável principal

Coeficiente de ponderação das cargas variáveis que podem atuar

concomitantemente com a carga variável principal


Coeficiente de redução das cargas variáveis que podem atuar

concomitantemente com a carga variável principal


Valor característico das cargas variáveis que podem atuar

concomitantemente com a carga variável principal

As combinações de estado limite último solicitam a estrutura quanto à sua


ruptura, podendo chegar a ruína.
4

Combinações últimas especiais

Os valores de cálculo para combinações últimas especiais devem ser


calculados utilizando a fórmula dada pelo artigo 4.7.7.2.2 da NBR 8800:

∑ ∑
(2)

Onde:

Solicitação de cálculo

Coeficiente de ponderação das cargas permanentes

Valor característico da carga permanente

Coeficiente de ponderação da carga variável especial

Valor característico da carga variável especial

Coeficiente de ponderação das cargas variáveis que podem atuar

concomitantemente com a carga variável especial


Coeficiente de redução das cargas variáveis que podem atuar

concomitantemente com a carga variável especial


Valor característico das cargas variáveis que podem atuar

concomitantemente com a carga variável especial

As combinações últimas especiais solicitam a estrutura quanto à ação de


cargas especiais devido à ação da natureza ou da utilização da estrutura, de caráter
transitório podendo ocorrer com duração muito pequena com relação ao tempo de
vida da construção. Elas também superam em intensidade as cargas das
combinações últimas normais. Caso tiver um tempo de duração muito pequeno

o coeficiente pode ser substituído por .


5

Combinações últimas excepcionais

Os valores de cálculo para combinações últimas especiais devem ser


calculados utilizando a fórmula dada pelo artigo 4.7.7.2.4 da NBR 8800:

∑ ∑
(3)

Onde:

Solicitação de cálculo

Coeficiente de ponderação das cargas permanentes

Valor característico da carga permanente

Valor da ação transitória excepcional

Coeficiente de ponderação das cargas variáveis que podem atuar

concomitantemente com a ação transitória excepcional


Coeficiente de redução das cargas variáveis que podem atuar

concomitantemente com a ação transitória excepcional


Valor característico das cargas variáveis que podem atuar

concomitantemente com a ação transitória excepcional

As ações transitórias excepcionais são ações que têm efeitos catastróficos na


estrutura, e que ocorrem em um período de tempo extremamente curto.
6

Valores dos coeficientes de ponderação para ações permanentes

Alguns valores para o coeficiente de ponderação das ações permanentes


para combinações, os quais podem ser vistos na tabela 1, mais informações podem
ser encontradas na NBR 8800.

Tipo de ação Combinação


desfavorável favorável
Normal 1.25 1.00
Peso próprio de estruturas metálicas Ex.:
Pilares de aço, vigas de aço, coberturas de Especial 1.15 1.00
aço, steel frame
Excepcional 1.10 1.00

Peso próprio de estruturas pré-moldadas Normal 1.30 1.00


Ex.: Pilares pré-moldados, vigas pré- Especial 1.20 1.00
moldadas Excepcional 1.15 1.00

Peso próprio de estruturas moldadas no Normal 1.35 1.00


local e empuxos permanentes Ex.: Vigas e
Especial 1.25 1.00
Pilares moldados em caixarias, empuxos de
solo em muros de arrimo Excepcional 1.15 1.00

Peso próprio de elementos construtivos Normal 1.40 1.00


industrializados com adições in-loco Ex.:
Especial 1.30 1.00
fachadas e paredes de concreto pré-
moldadas, gesso acartonado Excepcional 1.20 1.00

Peso próprio de elementos construtivos em Normal 1.50 1.00


geral e equipamentos Ex.: Parede de
alvenaria, revestimentos (chapisco, embosso
Especial 1.40 1.00
e reboco), contrapiso, peso de instalações
elétricas, hidráulicas, coberturas,
tapamentos Excepcional 1.30 1.00

Tabela 1 - coeficiente de ponderação das ações permanentes


7

Valores dos coeficientes de ponderação para ações permanentes


consideradas agrupadas

Alguns valores para o coeficiente de ponderação das ações permanentes


para combinações quando os coeficientes são considerados agrupados, os quais
podem ser vistos na tabela 2, mais informações podem ser encontradas na NBR
8681.

Tipo de
Tipo de estrutura
combinação desfavorável favorável
Pontes as quais seu peso Normal 1.30 1.00
próprio ultrapassa 75% da carga Especial 1.20 1.00
total da estrutura Excepcional 1.10 1.00
Normal 1.35 1.00
Construções as quais as cargas
Especial 1.25 1.00
acidentais superam 5 kN/m2
Excepcional 1.15 1.00
Construções as quais as cargas Normal 1.40 1.00
acidentais NÃO superam 5 Especial 1.30 1.00
kN/m2 Excepcional 1.20 1.00
Tabela 2 - coeficiente das ações permanentes normais agrupadas
8

Valores dos coeficientes de ponderação para ações variáveis

Alguns valores para o coeficiente de ponderação das ações variáveis para


combinações podem ser vistos na tabela 3, mais informações podem ser
encontradas na NBR 8800.

Tipo de
Tipo de ação
combinação desfavorável
Normal 1.20
Temperatura Especial 1.00
Excepcional 1.00
Normal 1.40
Vento Especial 1.20
Excepcional 1.00
Normal 1.50
Ações decorrentes do uso da construção Especial 1.30
Excepcional 1.00
Tabela 3 - coeficiente de ponderação das ações variáveis
9

Valores dos coeficientes de ponderação para ações variáveis


consideradas agrupadas

Alguns valores para o coeficiente de ponderação das ações variáveis para


combinações quando os coeficientes são considerados agrupados, os quais podem
ser vistos na tabela 4, mais informações podem ser encontradas na NBR 8681.

Tipo de
Tipo de estrutura
combinação desfavorável
Normal 1.50
Pontes e Construções as quais as cargas
Especial 1.30
acidentais superam 5 kN/m2
Excepcional 1.00
Normal 1.40
Construções as quais as cargas acidentais
Especial 1.20
NÃO superam 5 kN/m2
Excepcional 1.0
Tabela 4 - coeficiente das ações variáveis agrupadas

Valores dos coeficientes de combinação para ações variáveis não


principais

Alguns valores para o coeficiente de combinação das ações variáveis não


principais podem ser vistos na tabela 5, mais informações podem ser encontradas
na NBR 8800.

Tipo de estrutura
Locais com baixa concentração de cargas e
0.5 0.4 0.3
pessoas, obras residenciais
Locais com alta concentração de cargas e
0.7 0.6 0.4
pessoas, obras comerciais ou públicas
Garagens, Oficinas, Bibliotecas, depósitos, etc 0.8 0.7 0.6
Obras solicitadas pelo vento 0.6 0.3 0
Tabela 5 - coeficiente das ações variáveis não principais
10

Exercícios combinações últimas normais - Exemplo 1:

Encontrar os valores de cálculo para as solicitações nas construções:


Dados: estrutura metálica, edifício industrial
Peso próprio = 80 KN
Equipamentos apoiados = 20 KN
Carga tecnológica = 25 KN
Vento = 40 KN

a) Ações consideradas separadamente;


b) Ações agrupadas, e cargas acidentais inferiores a 5kN/m2

Resolvendo a letra a)

Assumindo carga tecnológica como ação variável principal:

(4)

Assumindo carga de vento como ação variável principal:

(5)

Assumindo se carga tecnológica não ocorrer:

(6)
11

Assumindo se carga de vento não ocorrer:

(7)

Assumindo que vento e carga tecnológica não acontecem:

(8)

A carga de maior valor positivo foi a de Sd2 = 212.25 kN, não houve cargas
de valores negativos.

Resolvendo a letra b)

Quando as cargas acidentais não superam 5 kN/m2, as combinações podem


ser simplificadas e assumidas em conjunto, sendo multiplicadas por um único
coeficiente ponderador:

Quando assume-se a não ocorrência do vento:

∑ ∑
(9)

Quando assume-se carga tecnológica como ação variável principal:


12

∑ ∑ ∑
(10)

Quando assume-se vento como ação variável principal:

∑ ∑ ∑

(11)

Quando assume-se ocorrência apenas de vento:


(12)

Exemplo 2:

Encontrar os valores de cálculo para as solicitações nas construções:


Dados: estrutura pré-moldada, biblioteca
Peso próprio = 80 KN
Equipamentos apoiados = 40 KN
Carga tecnológica = 60 KN
Vento = 40 KN

a) Ações consideradas separadamente;


b) Ações agrupadas, e cargas acidentais inferiores a 5kN/m2
13

Resolvendo a letra a)

Assumindo carga tecnológica como ação variável principal:

(13)

Assumindo carga de vento como ação variável principal:

(14)

Assumindo se carga tecnológica não ocorrer:

(15)

Assumindo se carga de vento não ocorrer:

(16)

Assumindo que vento e carga tecnológica não acontecem:

(17)
14

A carga de maior valor positivo foi a de Sd2 = 212.60 kN, não houve cargas
de valores negativos.

Resolvendo a letra b)

Quando as cargas acidentais não superam 5 kN/m2, as combinações podem


ser simplificadas e assumidas em conjunto, sendo multiplicadas por um único
coeficiente ponderador:

Quando assume-se a não ocorrência do vento:

∑ ∑
(18)

Quando assume-se carga tecnológica como ação variável principal:

∑ ∑ ∑
(19)

Quando assume-se vento como ação variável principal:

∑ ∑ ∑
(20)
15

Quando assume-se ocorrência apenas de vento:


(21)

Exemplo 3:

Encontrar os valores de cálculo para as solicitações nas construções:


Dados: estrutura pré-moldada, edifício industrial
Peso próprio = 80 KN
Equipamentos apoiados = 20 KN
Carga tecnológica = 20 KN
Vento = -90 KN

a) Ações consideradas separadamente;


b) Ações agrupadas, e cargas acidentais inferiores a 5kN/m2

Resolvendo a letra a)

Neste caso, como se tem o vento negativo, não será considerada a carga
tecnologica quando o vento estiver na combinação, a fim de encontrar os valores
extremos positivos (compressão) e negativos (tração).

Assumindo se carga tecnológica não ocorrer:

(22)
16

Assumindo se carga de vento não ocorrer:

(23)

Assumindo que vento e carga tecnológica não acontecem:

(24)

A carga de maior valor positivo foi a Sd2 = 164.00 kN, A carga de maior valor
negativo foi a de Sd1 = -26.00 kN

Resolvendo a letra b)

Quando as cargas acidentais não superam 5 kN/m2, as combinações podem


ser simplificadas e assumidas em conjunto, sendo multiplicadas por um único
coeficiente ponderador:

Quando assume-se a não ocorrência do vento:

∑ ∑
(25)
17

Quando assume-se ocorrência apenas de vento:


(26)

Assumindo que vento e carga tecnológica não acontecem:

(27)

A carga de maior valor positivo foi a Sd1 = 168.00 kN, A carga de maior valor
negativo foi a Sd2 = -26.00 kN
18

3 BARRAS TRACIONADAS

3.1 Carga resistente de cálculo

As barras tracionadas devem ser dimensionadas com relação à:


a) Escoamento da seção bruta:

(28)

Área bruta da seção transversal ( área completa sem considerar furos )

Coeficiente de segurança da NBR 8800, tem valor de 1.1

Resistência ao escoamento do Aço, para CA36 o valor é de 250 Mpa

Carga de axial tração resistente de cálculo ( o quanto a barra resiste


quanto ao escoamento da seção bruta )

Quando a tensão atuante na seção bruta atinge o limite de escoamento (fy)


ocorre a plastificação generalizada da região. Com isso a barra perde rigidez e
desenvolve deformações exageradas que caracterizam o colapso.

b) Ruptura da seção líquida efetiva:

(29)

Área líquida efetiva da seção transversal

Coeficiente de segurança da NBR 8800, tem valor de 1.35

Resistência à ruptura do Aço, para CA36 o valor é de 250 Mpa

Carga de axial tração resistente de cálculo ( o quanto a barra resiste


quanto à ruptura da seção líquida efetiva )
19

3.2 Verificando chapas tracionadas

3.2.1 Verificando chapas sem furos

Considerando a figura 1, a qual contem uma chapa sendo tracionada:

A verificação de chapas sem furos deve ser feita utilizando a verificação do


escoamento da seção bruta:

(30)

3.2.2 Verificando chapas com furos no mesmo plano

Considerando a figura 2, a qual contem uma chapa com furos no mesmo


plano sendo tracionada:
20

A verificação de chapas com furos no mesmo plano deve ser feita utilizando a
verificação do escoamento da seção bruta e também da ruptura da seção líquida
efetiva. No caso do escoamento da seção bruta deve-se considerar a seção
transversal completa ( não considerar os furos ):

(31)

No caso da ruptura da seção líquida efetiva deve-se considerar a seção


transversal com os furos, :

(32)

A área líquida efetiva de uma chapa é dada pelo artigo 5.2.3 da NBR 8800:

(33)

Onde:

Coeficiente de redução da área líquida

Área líquida da barra (área da seção transversal quando levada em


consideração a presença de furos)

Como a força de tração é transmitida por todos os elementos da seção


transversal ( no caso da chapa ), o coeficiente de redução da área líquida é dado
pelo artigo 5.2.5 da NBR 8800:

(34)
21

A área líquida da chapa com furos no mesmo plano, adotando-se o tamanho


do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na tabela 12, Dpadrão = Db + 1.5mm.
Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se adicionar 2.0 mm ao
diâmetro máximo do furo:

∑( )
(35)

Obs.: n = número de parafusos

Exemplos da equação acima:

Para a figura à esquerda:

∑( )
(36)

( )

Para a figura à direita:

∑( )
(37)

( )
22

3.2.3 Verificando chapas com furos em zig-zag

Considerando a figura 3, a qual contém uma chapa com furos em zig-zag


sendo tracionada:

A verificação de chapas com furos em zig-zag deve ser feita utilizando a


verificação do escoamento da seção bruta e também da ruptura da seção líquida
efetiva. No caso do escoamento da seção bruta deve-se considerar a seção
transversal completa ( não considerar os furos ):

(38)

No caso da ruptura da seção líquida efetiva deve-se considerar a seção


transversal com os furos, :

(39)

A área líquida efetiva de uma chapa é dada pelo artigo 5.2.3 da NBR 8800:

(40)
23

Onde:

Coeficiente de redução da área líquida

Área líquida da barra (área da seção transversal quando levada em


consideração a presença de furos)

Como a força de tração é transmitida por todos os elementos da seção


transversal ( no caso da chapa ), o coeficiente de redução da área líquida é dado
pelo artigo 5.2.5 da NBR 8800:

(41)

A área líquida da chapa com furos em zig-zag deve ser encontrada


calculando-se para todos os planos de ruptura encontrando-se o mais crítico.
Adotando-se o tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na tabela 12,
Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se
adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo, a área líquida é dada por:

∑( ) ∑ (42)

Quando se tem parafusos em posições diferentes em planos inclinados,

adiciona-se o valor ∑ devido à inclinação dos planos. Onde n é o

número de parafusos no caminho, t é a espessura da chapa, N é o número de


planos inclinados no caminho de ruptura escolhido, s é a distância em x entre os
parafusos com plano inclinados e g é a distância em y entre os parafusos com
planos inclinados. Para o problema da figura 3 deve-se procurar os planos possíveis
em que se pode ocorrer a ruptura, os quais são: ABEFCD, ABCD, ABEFG e ABEC.
Para o plano crítico ABEFCD:
24

A área líquida do plano ABEFCD é dada por:

∑( ) ∑

( ) (43)

Para o plano crítico ABCD, não observa-se planos inclinados:


25

A área líquida do plano ABCD é dada por:

∑( )

(44)
( )

Para o plano crítico ABECD, observa-se 2 planos inclinados:

A área líquida do plano ABECD é dada por:

∑( ) ∑

( ) (45)
26

Para o plano crítico ABEFG, observa-se 2 planos inclinados:

A área líquida do plano ABEFG é dada por:

∑( ) ∑
(46)

( )
27

Exemplo 1:

Calcular a espessura necessária de uma chapa de 100mm de largura, sujeita


às seguintes solicitações: a) uma carga axial de cálculo ( já combinada )
100 kN e b) uma carga axial permanente de g = 100 kN (considerar cargas
agrupadas para obras onde as cargas permanentes são < 5kN/m2 )

Resolvendo a):

A resistência à tração devido ao escoamento da seção bruta é dada pelo


artigo 5.2.2 da NBR 8800:

(47)

Onde:

Força axial resistente de cálculo

Área bruta da seção transversal (área completa da seção transversal,

não levando em consideração a existência de furos caso existam)


Coeficiente de ponderação de resistência

Resistência ao escoamento do aço

Substituindo os valores do problema na fórmula da resistência a tração devido


escoamento da seção bruta:
28

(48)

Resolvendo b):

Quando os valores de cálculo ainda não estão calculados e deve-se encontrá-


los usando utilizando-se o coeficiente de majoração de cargas agrupadas para obras
onde as cargas permanentes são menores que 5kN/m2, encontrado na Tabela 1 do
artigo 4.7.6.1 da NBR 8800:

(49)

Substituindo os valores do problema na fórmula da resistência a tração devido


escoamento da seção bruta:
29

(50)

Exemplo 2:

Duas chapas 22x300mm são emendadas por meio de talas com 2x8
parafusos db = 22mm perfurados utilizado o furo padrão dp = 23.5mm. Verificar se
as dimensões das chapas são satisfatórias, admitindo-se aço MR250 (ASTM A36)
sendo que elas estão sujeitas a uma carga axial de cálculo ( já combinada )
300 kN.

As placas do meio devem ser verificadas com relação à resistência a tração


devido ao escoamento da seção bruta dada por:

(51)
30

Como:

(52)

A placa do meio resiste ao escoamento da seção bruta.


A placa do meio deve ser verificada com relação à ruptura da seção líquida
dada pelo artigo 5.2.2 da NBR 8800:

(53)

Onde:

Força axial resistente de cálculo

Área líquida efetiva da seção transversal (área efetiva da seção


transversal quando levada em consideração a presença de furos na seção e o
coeficiente de redução da área líquida)
Coeficiente de ponderação de resistência

Resistência à ruptura do aço

A área líquida efetiva de uma barra é dada pelo artigo 5.2.3 da NBR 8800:

(54)

Onde:
31

Coeficiente de redução da área líquida

Área líquida da barra (área da seção transversal quando levada em


consideração a presença de furos)

Como a força de tração é transmitida por todos os elementos da seção


transversal, o coeficiente de redução da área líquida é dado pelo artigo 5.2.5 da
NBR 8800:

(55)

A área líquida da barra, adotando-se o tamanho do furo padrão determinado


pelo artigo 6.3.6 na tabela 12, Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo
5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo:

∑( )
(56)

Obs.: n = número de parafusos

O problema analisado tem 4 parafusos no mesmo plano da seção transversal,


então a força axial resistente de cálculo pode ser cálculada por:

(57)
32

Como:

(58)

A placa do meio resiste à ruptura da seção líquida.

Exemplo 3:

Duas chapas 280mm x 20mm são emendadas por transpasse, com parafusos
db=20mm, sendo os furos realizados por punção utilizando o furo padrão dp =
21.5mm. Calcular o esforço resistente de projeto das chapas, admitindo-as
submetidas à tração axial. Considere aço MR250.
33

A chapa deve ser verificada com relação à resistência a tração devido ao


escoamento da seção bruta dada por:

(59)

A chapa deve ser verificada com relação à ruptura da seção líquida pelo
caminho 1, adotando-se o tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na
tabela 12, Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800
deve-se adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo:

(60)
34

A chapa deve ser verificada com relação à ruptura da seção líquida pelo
caminho 2:

(61)

∑( ) ∑

Quando se tem parafusos em posições diferentes em planos inclinados,

adiciona-se o valor ∑ devido à inclinação dos planos. Onde n é o

número de parafusos no caminho, t é a espessura da chapa, N é o número de


planos inclinados no caminho de ruptura escolhido, s é a distância em x entre os
parafusos com plano inclinados e g é a distância em y entre os parafusos com
planos inclinados. Substituindo os valores do problema:

∑( ) ∑

( )

(62)
35

A chapa deve ser verificada com relação à ruptura da seção líquida pelo
caminho 3:

∑( ) ∑

( )

(63)

A carga resistente de cálculo escolhida será aquela de menor módulo:

(64)
36

3.3 Verificando cantoneiras tracionadas

3.3.1 Verificando cantoneiras com furos em uma aba

Considerando a figura 1, a qual contem uma chapa sendo tracionada:

A verificação de cantoneiras com furos no mesmo plano deve ser feita


utilizando a verificação do escoamento da seção bruta e também da ruptura da
seção líquida efetiva. No caso do escoamento da seção bruta deve-se considerar a
seção transversal completa ( não considerar os furos ):

(65)

No caso da ruptura da seção líquida efetiva deve-se considerar a seção


transversal com os furos, :

(66)

A área líquida efetiva é dada pelo artigo 5.2.3 da NBR 8800:

(67)
37

Onde:

Coeficiente de redução da área líquida

Área líquida da barra (área da seção transversal quando levada em


consideração a presença de furos)

Para barras de seção aberta, o coeficiente de redução da área líquida é dado


pelo artigo 5.2.5 letra c, da NBR 8800:

(68)

Nas ligações em que só há um plano de ligação em seções abertas, a


excentricidade é a distância entre o plano da ligação até o centro de gravidade

da seção. O comprimento de ligação é a distância do primeiro ao último parafuso


na linha com maior parafusos, no mesmo eixo da solicitação.

A área líquida da cantoneira com furos no mesmo plano, adotando-se o


tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na tabela 12, Dpadrão = Db +
1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se adicionar 2.0 mm ao
diâmetro máximo do furo:
38

∑( )
(69)

Obs.: n = número de parafusos

Exemplos da equação acima:

Para a figura à esquerda:

∑( )
(70)

( )

Para a figura à direita:

∑( )
(71)

( )
39

Exemplo 4:

Verificar uma diagonal de uma tesoura, solicitada por uma tração (de cálculo)
de 250 kN, com 2m de comprimento, composta por uma cantoneira L127x127x15,9
em aço MR250, conectada nas extremidades com 2 parafusos db=22mm perfurados
utilizado o furo padrão dp = 23.5mm.

A cantoneira deve ser verificada com relação à resistência a tração devido ao


escoamento da seção bruta dada por:

(72)

Como 250 kN < 860.106 kN, a barra resiste ao escoamento da seção bruta.
A cantoneira deve ser verificada com relação à ruptura da seção líquida,
adotando-se o tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na tabela 12,
Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se
adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo:
40

(73)

Para barras de seção aberta, o coeficiente de ligação Ct deve ser calculado


utilizando:

(74)

Nas ligações em que só há um plano de ligação em seções abertas, a


excentricidade é a distância entre o plano da ligação até o centro de gravidade

da seção. O comprimento de ligação é a distância do primeiro ao último parafuso


na linha com maior parafusos, no mesmo eixo da solicitação.

O centro de gravidade da cantoneira L177,8x101,6x19,05 fica à yc = 37.58


mm, então , a distância entre o primeiro e o último furo é de
.
41

(75)

Voltando para a verificação:

(76)

Como 250 kN < kN, a barra resiste à ruptura da seção líquida.

Exemplo 5:

Verificar uma diagonal de uma tesoura, solicitada por uma tração (de cálculo)
de 350 kN, com 2m de comprimento, composta por uma cantoneira L127x127x15,9
em aço MR250, conectada nas extremidades com 3 parafusos db=22mm perfurados
utilizado o furo padrão dp = 23.5mm.
42

A cantoneira deve ser verificada com relação à resistência a tração devido ao


escoamento da seção bruta dada por:

(77)

Como 350 kN < 860.106 kN, a barra resiste ao escoamento da seção bruta.
A cantoneira deve ser verificada com relação à ruptura da seção líquida,
adotando-se o tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na tabela 12,
Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se
adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo:

(78)

Para barras de seção aberta, o coeficiente de ligação Ct deve ser calculado


utilizando:

(79)
43

Nas ligações em que só há um plano de ligação em seções abertas, a


excentricidade é a distância entre o plano da ligação até o centro de gravidade

da seção. O comprimento de ligação é a distância do primeiro ao último parafuso


na linha com maior parafusos, no mesmo eixo da solicitação.

O centro de gravidade da cantoneira L177,8x101,6x19,05 fica à yc = 37.58


mm, então , a distância entre o primeiro e o último furo é de
.

(80)

Voltando para a verificação:

(81)
44

Como 350 kN < kN, a barra resiste à ruptura da seção líquida.

Exemplo 6:

Verificar uma diagonal de uma tesoura, solicitada por uma tração (de cálculo)
de 550 kN, com 3,60m de comprimento, composta por uma cantoneira
L127x127x15,9 em aço MR250, conectada nas extremidades com 6 parafusos
db=16mm perfurados utilizado o furo padrão dp = 17.5mm dispostos em duas linhas.

A cantoneira deve ser verificada com relação à resistência a tração devido ao


escoamento da seção bruta dada por:

(82)
45

Como 550 kN < 860.106 kN, a barra resiste ao escoamento da seção bruta.
A cantoneira deve ser verificada com relação à ruptura da seção líquida,
adotando-se o tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na tabela 12,
Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se
adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo:

(83)

Para barras de seção aberta, o coeficiente de ligação Ct deve ser calculado


utilizando:

(84)

Nas ligações em que só há um plano de ligação em seções abertas, a


excentricidade é a distância entre o plano da ligação até o centro de gravidade

da seção. O comprimento de ligação é a distância do primeiro ao último parafuso


na linha com maior parafusos, no mesmo eixo da solicitação. O centro de gravidade
da cantoneira L177,8x101,6x19,05 fica à yc = 37.58 mm, então ,a
distância entre o primeiro e o último furo é de .

(85)
46

Voltando para a verificação:

(86)

Como 550 kN < kN, a barra resiste à ruptura da seção líquida.

Exemplo 7:

Uma diagonal de treliça 2L 3’’ x 3’’ x 1/4’’ está solicitada aos seguintes
esforços de projeto: 350 kN (tração). Verifique se a barra resiste às
solicitações. Admitir que essa seção transversal, composta por duas cantoneiras,
possa ser enfraquecida na ligação com parafusos de diâmetro igual a 19 mm.
Admite-se também que a ligação é composta por 3 parafusos na direção da força
axial, cujo espaçamento entre os eixos dos furos é igual a 60 mm. As chapas
espaçadoras e de nó têm espessura igual a 9.53 mm.

Dimensionamento com relação à tração:


47

A seção deve ser verificada com relação à resistência a tração devido ao


escoamento da seção bruta dada por:

(87)

Para encontrar a área bruta necessária para a solicitação, deve-se substituir a


carga de tração na equação para o escoamento da seção bruta:

(88)

A seção adotada deve ser verificada com relação à resistência a tração


devido à ruptura da seção efetiva dada por:

(89)

Quando analisa-se os furos, é possível verificar que existe apenas uma linha
de parafusos mas por tratar-se de uma seção de dupla cantoneira e o furo passar
pela seção das duas cantoneiras, multiplica-se por dois a diminuição da área do furo
da seção total. Adotando-se o tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6
na tabela 12, Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR
8800 deve-se adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo:
48

∑( )
(90)

Para barras de seção aberta, o coeficiente de ligação Ct deve ser calculado


utilizando:

(91)

Nas ligações em que só há um plano de ligação em seções abertas, a


excentricidade é a distância entre o plano da ligação até o centro de gravidade
da seção. No caso deste exemplo, como a seção é simétrica, deve-se considerar o
CG de uma peça considerada avulsa, então o será a distância do CG desta peça

até o plano da ligação. O comprimento de ligação é a distância do primeiro ao


último parafuso na linha com maior parafusos, no mesmo eixo da solicitação. O
centro de gravidade da cantoneira L 3’’ x 3’’ x 1/4’’ fica à xc = 21.397 mm, então
, a distância entre o primeiro e o último furo é de .

(92)
49

Voltando para a verificação:

(93)

Como kN > kN, a seção adotada resiste à ruptura da seção


líquida efetiva.

3.3.2 Verificando cantoneiras com furos em zig-zag em uma aba

Considerando a figura 1, a qual contem uma chapa sendo tracionada:

A verificação de cantoneiras com furos em zig-zag deve ser feita utilizando a


verificação do escoamento da seção bruta e também da ruptura da seção líquida
efetiva. No caso do escoamento da seção bruta deve-se considerar a seção
transversal completa ( não considerar os furos ):
50

(94)

No caso da ruptura da seção líquida efetiva deve-se considerar a seção


transversal com os furos, :

(95)

A área líquida efetiva é dada pelo artigo 5.2.3 da NBR 8800:

(96)
Onde:

Coeficiente de redução da área líquida

Área líquida da barra (área da seção transversal quando levada em


consideração a presença de furos)

Para barras de seção aberta, o coeficiente de redução da área líquida é dado


pelo artigo 5.2.5 letra c, da NBR 8800:

(97)

Nas ligações em que só há um plano de ligação em seções abertas, a


excentricidade é a distância entre o plano da ligação até o centro de gravidade

da seção. O comprimento de ligação é a distância do primeiro ao último parafuso


na linha com maior parafusos, no mesmo eixo da solicitação.
51

A área líquida da chapa com furos em zig-zag deve ser encontrada


calculando-se para todos os planos de ruptura encontrando-se o mais crítico.
Adotando-se o tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na tabela 12,
Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se
adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo, a área líquida é dada por:

∑( ) ∑ (98)

Quando se tem parafusos em posições diferentes em planos inclinados,

adiciona-se o valor ∑ devido à inclinação dos planos. Onde n é o

número de parafusos no caminho, t é a espessura da chapa, N é o número de


planos inclinados no caminho de ruptura escolhido, s é a distância em x entre os
parafusos com plano inclinados e g é a distância em y entre os parafusos com
planos inclinados. Para o problema da figura 3 deve-se procurar os planos possíveis
em que se pode ocorrer a ruptura, os quais são: ABCD, ABE.
52

A área líquida do plano ABCD é dada por:

∑( ) ∑
(99)

( )

Para o plano crítico ABE, não observa-se planos inclinados:

A área líquida do plano ABE é dada por:

∑( )
(100)
( )
53

3.3.3 Verificando cantoneiras com furos no mesmo plano em duas abas

Considerando a figura 1, a qual contem uma chapa sendo tracionada:

A verificação de cantoneiras com furos no mesmo plano deve ser feita


utilizando a verificação do escoamento da seção bruta e também da ruptura da
seção líquida efetiva. No caso do escoamento da seção bruta deve-se considerar a
seção transversal completa ( não considerar os furos ):

(101)
54

No caso da ruptura da seção líquida efetiva deve-se considerar a seção


transversal com os furos, :

(102)

A área líquida efetiva é dada pelo artigo 5.2.3 da NBR 8800:

(103)

Onde:

Coeficiente de redução da área líquida

Área líquida da barra (área da seção transversal quando levada em


consideração a presença de furos)

Como a força de tração é transmitida por todos os elementos da seção


transversal ( todas as abas da cantoneira ), o coeficiente de redução da área líquida
é dado pelo artigo 5.2.5 da NBR 8800:

(104)

A área líquida da cantoneira com furos no mesmo plano, adotando-se o


tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na tabela 12, Dpadrão = Db +
1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se adicionar 2.0 mm ao
diâmetro máximo do furo:

∑( )
(105)

Obs.: n = número de parafusos


55

No caso da cantoneira com furos em todas as abas, deve-se considerar na


seção transversal os furos presentes em cada aba no plano da seção transversal.

A área líquida da cantoneira com furos em todas as abas, no mesmo plano,


da figura acima é dada por:

∑( )
(106)

( )
56

3.3.4 Verificando cantoneiras com furos em zig-zag em duas abas

Considerando a figura 1, a qual contem uma chapa sendo tracionada:

A verificação de cantoneiras com furos no mesmo plano deve ser feita


utilizando a verificação do escoamento da seção bruta e também da ruptura da
seção líquida efetiva. No caso do escoamento da seção bruta deve-se considerar a
seção transversal completa ( não considerar os furos ):

(107)
57

No caso da ruptura da seção líquida efetiva deve-se considerar a seção


transversal com os furos, :

(108)

A área líquida efetiva é dada pelo artigo 5.2.3 da NBR 8800:

(109)

Onde:

Coeficiente de redução da área líquida

Área líquida da barra (área da seção transversal quando levada em


consideração a presença de furos)

Como a força de tração é transmitida por todos os elementos da seção


transversal ( todas as abas da cantoneira ), o coeficiente de redução da área líquida
é dado pelo artigo 5.2.5 da NBR 8800:

(110)

A área líquida da cantoneira com furos no mesmo plano, adotando-se o


tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na tabela 12, Dpadrão = Db +
1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se adicionar 2.0 mm ao
diâmetro máximo do furo:

∑( )
(111)

Obs.: n = número de parafusos


58

No caso da cantoneira com furos em todas as abas, deve-se considerar na


seção transversal os furos presentes em cada aba no plano da seção transversal.

A área líquida da chapa com furos em zig-zag deve ser encontrada


calculando-se para todos os planos de ruptura encontrando-se o mais crítico.
Adotando-se o tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6 na tabela 12,
Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR 8800 deve-se
adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo, a área líquida é dada por:

∑( ) ∑ (112)

Quando se tem parafusos em posições diferentes em planos inclinados,

adiciona-se o valor ∑ devido à inclinação dos planos. Onde n é o

número de parafusos no caminho, t é a espessura da chapa, N é o número de


planos inclinados no caminho de ruptura escolhido, s é a distância em x entre os
59

parafusos com plano inclinados e g é a distância em y entre os parafusos com


planos inclinados. Para o problema da figura 3 deve-se procurar os planos possíveis
em que se pode ocorrer a ruptura, os quais são: ABCDE, ABDE. Para o plano crítico
ABCD:

Para cantoneiras, o gabarito g dos furos em abas opostas é igual à soma dos
gabaritos medidos apartir da aresta da cantoneira, subtraída da espessura, conforme
artigo 5.2.4.1 da NBR 8800.
A área líquida do plano ABCDE é dada por:

∑( ) ∑

( ) ... (113)
60

Para o plano crítico ABE, não observa-se planos inclinados:

A área líquida do plano ABDE é dada por:

∑( )
(114)
( )
61

Exemplo 8:

Determinar o maior esforço de cálculo (Nd) suportado pela cantoneira


L177,8x101,6x19,05 ao lado, com parafusos db= 3/4” (19.05 mm) perfurados
utilizado o furo padrão dp = 20.55mm. Considere o aço ASTM A36.

A cantoneira deve ser verificada com relação à resistência a tração devido ao


escoamento da seção bruta dada por:

(115)

A cantoneira deve ser verificada com relação à ruptura da seção líquida dada
pelo caminho ABDE, adotando-se o tamanho do furo padrão determinado pelo artigo
6.3.6 na tabela 12, Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da
NBR 8800 deve-se adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo:
62

(116)

A cantoneira deve ser verificada com relação à ruptura da seção líquida dada
pelo caminho ABCDE:

(117)

∑( ) ∑

Quando se tem parafusos em posições diferentes em planos inclinados,

adiciona-se o valor ∑ devido à inclinação dos planos. Onde n é o

número de parafusos no caminho, t é a espessura da chapa, N é o número de


planos inclinados no caminho de ruptura escolhido, s é a distância em x entre os
parafusos com plano inclinados e g é a distância em y entre os parafusos com
planos inclinados. Substituindo os valores do problema:
63

(118)

Para cantoneiras, o gabarito g dos furos em abas opostas é igual à soma dos
gabaritos medidos apartir da aresta da cantoneira, subtraída da espessura, conforme
artigo 5.2.4.1 da NBR 8800:

(119)

A carga resistente de cálculo escolhida será aquela de menor módulo:

(120)
64

4 BARRAS COMPRIMIDAS

4.1 Exemplo numérico para dupla cantoneira

Uma diagonal de treliça tem comprimento igual a 200 cm e está solicitada aos
seguintes esforços de projeto: 350 kN (tração) e 250 kN
(compressão). Dimensione ( de forma segura e econômica ) a seção transversal
desta diagonal, adotando duas cantoneiras compostas lado a lado e formada de aço
ASTM A-36. Admitir que essa seção transversal, composta por duas cantoneiras,
possa ser enfraquecida na ligação com somente um furo de diâmetro igual a 19 mm.
Admite-se também que a ligação é composta por 3 parafusos na direção da força
axial, cujo espaçamento entre os eixos dos furos é igual a 60 mm. As chapas
espaçadoras e de nó têm espessura igual a 9.53 mm.

Dimensionamento com relação à tração:

A seção deve ser verificada com relação à resistência a tração devido ao


escoamento da seção bruta dada por:

(121)

Para encontrar a área bruta necessária para a solicitação, deve-se substituir a


carga de tração na equação para o escoamento da seção bruta:

(122)
65

Deve-se então adotar uma cantoneira que tenha uma área superior à área
necessária encontrada: Cantoneira adotada -> 2L 3’’ x 3’’ x 1/4’’ , a cantoneira
adotada possui uma área bruta de 18.58 cm2, então ela resiste ao escoamento da
seção bruta.
A seção adotada deve ser verificada com relação à resistência a tração
devido à ruptura da seção efetiva dada por:

(123)

Quando analisa-se os furos, é possível verificar que existe apenas uma linha
de parafusos mas por tratar-se de uma seção de dupla cantoneira e o furo passar
pela seção das duas cantoneiras, multiplica-se por dois a diminuição da área do furo
da seção total. Adotando-se o tamanho do furo padrão determinado pelo artigo 6.3.6
na tabela 12, Dpadrão = Db + 1.5mm. Também devido ao artigo 5.2.4.1 da NBR
8800 deve-se adicionar 2.0 mm ao diâmetro máximo do furo:

∑( )
(124)
66

Para barras de seção aberta, o coeficiente de ligação Ct deve ser calculado


utilizando:

(125)

Nas ligações em que só há um plano de ligação em seções abertas, a


excentricidade é a distância entre o plano da ligação até o centro de gravidade
da seção. No caso deste exemplo, como a seção é simétrica, deve-se considerar o
CG de uma peça considerada avulsa, então o será a distância do CG desta peça

até o plano da ligação. O comprimento de ligação é a distância do primeiro ao


último parafuso na linha com maior parafusos, no mesmo eixo da solicitação. O
centro de gravidade da cantoneira L 3’’ x 3’’ x 1/4’’ fica à xc = 21.397 mm, então
, a distância entre o primeiro e o último furo é de .

(126)

Voltando para a verificação:


67

(127)

Como kN > kN, a seção adotada resiste à ruptura da seção


líquida efetiva.

Verificação com relação à compressão:

Verificação do limite de esbeltez:

(128)

ok !

A peça passou com relação ao limite de esbeltez:

Cálculo do Q - fator de redução total associado à flambagem local:

Grupo da seção transversal = AL

√ (129)
68

Cálculo do Ne

A força axial de flambagem elástica Ne é o valor mínimo entre Nex, Ney, Nez
e Neyz. Calculando Nex:

(130)

Para calcular Ney, primeiro será necessário calcular o raio de giração em y do


conjunto, dado por:

√ ( ) (131)

Onde é o raio de giração em y do conjunto, é o raio de giração em x de

uma cantoneira, xc é a distância em x do centro de gravidade até o eixo y e ‘e’ é a


espessura da chapa. Substituindo os valores:

√ ( )
(132)

Utilizando a equação do raio de giração em y encontra-se a inercia em y:


69

(133)

Calculando Ney:

( )
(134)

Calculando Nez:

( ) (135)

Calculando o raio de giração polar r0:

Onde:

(136)
x0 = distância do centro de cisalhamento na direção do eixo x em
relação ao centro geométrico da seção
y0 = distância do centro de cisalhamento na direção do eixo y em
relação ao centro geométrico da seção
70

rx = raio de giração com relação ao eixo x


ry = raio de giração com relação ao eixo y

Calculando J para catoneira (momento de inercia a torção livre):

(137)

Voltando os valores em Nez:

( )

(138)

Calculando Neyz:

[ √ ]
( )

[ √ ]
(139)
71

Calculando Ne:

( )
(140)

Calculando :

(141)

Calculando

(142)

Calculando

(143)
72

Como :

(144)

A barra resiste à solicitação de 250 kN.

É necessário realizar a verificação do espaçamento máximo entre as chapas


de ligação para que fiquem nas dimensões especificadas da NBR 8800.

Como a menor força axial de flambagem elástica foi Nex, deve-se utilizar o
comprimento Lx e o raio de giração rx no cálculo do espaçamento entre chapas L1
máximo dado por:

(145)

Onde é o raio de giração mínimo da seção transversal de uma

cantoneira, é o raio de giração com relação ao eixo x de uma cantoneira, K é o


parâmetro crítico de flambagem e Lx é o tamanho da peça. Substituindo os valores
do problema:

(146)
73

O tamanho máximo entre as chapas de ligação deve ser de 63.6 cm. Para o
problema será adotado 50 cm entre cada chapa, ficando então dentro das
especificações da NBR 8800.

5 BARRAS FLEXIONADAS

5.1 Exemplos numéricos

Exemplo 1:

Verificar a viga metálica biapoiada abaixo quanto à flexão e cortante, supondo


uma carga permanente uniformemente distribuída de 100 kN/m (já considerado o
peso próprio), dada seção transversal W 310 x 117 com as seguintes propriedades:

Pos. CG (inferior): 157.0 mm Altura (d): 314


Massa: 116.0 kg/m Alt. Alma (h): 276.6
Área: 147.7 cm2 Esp. Alma (tw): 11.9
4
Inércia x (Ix): 27163 cm Larg. Mesa Sup.(bfs): 307
Módulo Resistente x (Wxs): 1730 cm3 Esp. Mesa Sup. (tfs): 18.7
Módulo Resistente x (Wxi): 1730 cm3 Larg. Mesa Inf.(bfi): 307
Raio de Giração x (rx): 13.56 cm Esp. Mesa Inf. (tfi): 18.7
Módulo Plástico (Zx): 1923 cm3
Inércia y (Iy): 9022 cm4
Módulo Resistente (Wy): 588 cm3
Raio de Giração y (ry): 7.81 cm
Módulo Plástico y (Zy): 891 cm3
Raio de Giração Torção (rt): 8.47 cm
Inércia Torção (It): 150.42 cm4
Coef. Empenamento (Cw): 1965950 cm6
74

Aplicando o coeficiente desfavorável 1.4 na carga e encontrando o momento


máximo da viga:

(147)

Verificando a flecha:

(148)

OK!

Verificando a esbeltez:

(149)

√ √
75

Como a viga tem alma não esbelta deve-se utilizar o anexo G da NBR 8800.
Verificando estado limite último de Flambagem Lateral com Torção (FLT) utilizando a
tabela G1 para perfis I duplamente simétricos:


(150)

Como pelo artigo G.2.1 o momento resistente de cálculo Flambagem

Lateral com Torção (FLT) é dado por :

(151)
76

Verificando estado limite último de Flambagem Lateral da Mesa (FLM)


utilizando a tabela G1 para perfis I duplamente simétricos:


(152)

Como pelo artigo G.2.2 o momento resistente de cálculo Flambagem

Lateral da Mesa (FLM) é dado por :

(153)
77

Verificando estado limite último de Flambagem Lateral da Alma (FLA)


utilizando a tabela G1 para perfis I duplamente simétricos:


(154)

Como pelo artigo G.2.2 o momento resistente de cálculo Flambagem

Lateral da Alma (FLA) é dado por :

(155)
78

Exemplo 2:

Verificar a viga metálica biapoiada abaixo quanto à flexão e cortante, supondo


uma carga permanente uniformemente distribuída de 100 kN/m (já considerado o
peso próprio), dada seção transversal W 250 x 17.9 com as seguintes propriedades:

Pos. CG (inferior): 157.0 mm Altura (d): 314


Massa: 116.0 kg/m Alt. Alma (h): 276.6
Área: 147.7 cm2 Esp. Alma (tw): 11.9
4
Inércia x (Ix): 27163 cm Larg. Mesa Sup.(bfs): 307
Módulo Resistente x (Wxs): 1730 cm3 Esp. Mesa Sup. (tfs): 18.7
Módulo Resistente x (Wxi): 1730 cm3 Larg. Mesa Inf.(bfi): 307
Raio de Giração x (rx): 13.56 cm Esp. Mesa Inf. (tfi): 18.7
Módulo Plástico (Zx): 1923 cm3
Inércia y (Iy): 9022 cm4
Módulo Resistente (Wy): 588 cm3
Raio de Giração y (ry): 7.81 cm
Módulo Plástico y (Zy): 891 cm3
Raio de Giração Torção (rt): 8.47 cm
Inércia Torção (It): 150.42 cm4
Coef. Empenamento (Cw): 1965950 cm6

Aplicando o coeficiente desfavorável 1.4 na carga e encontrando o momento


máximo da viga:

(156)
79

Verificando a flecha:

(157)

OK!

Verificando a esbeltez:

(158)

√ √

Como a viga tem alma não esbelta deve-se utilizar o anexo G da NBR 8800.
Verificando estado limite último de Flambagem Lateral com Torção (FLT) utilizando a
tabela G1 para perfis I duplamente simétricos:

(159)
80

Como pelo artigo G.2.1 o momento resistente de cálculo Flambagem

Lateral com Torção (FLT) é dado por :

(160)

Verificando estado limite último de Flambagem Lateral da Mesa (FLM)


utilizando a tabela G1 para perfis I duplamente simétricos:

(161)
81

Como e pelo artigo G.2.2 o momento resistente de cálculo

Flambagem Lateral da Mesa (FLM) é dado por :

( )

(162)
82

Como não foi considerado nenhum travamento ao longo da viga, o fator de


modificação de momento fletor não-uniforme é dado por:

( )
(163)

( )

( )

Verificando estado limite último de Flambagem Lateral da Alma (FLA)


utilizando a tabela G1 para perfis I duplamente simétricos:

(164)
83

Como pelo artigo G.2.2 o momento resistente de cálculo Flambagem

Lateral da Alma (FLA) é dado por :

(165)
84

6 LIGAÇÕES PARAFUSADAS

Rebites e Parafusos Comuns

O calculo das ligações rebitadas é semelhante ao feito com pa rafusos


comuns. Em linhas gerais, um rebite consiste de um tronco cilíndrico com uma
cabeça quase hemi-esférica e com uma segunda cabeça criada por estampo, apos a
introdução do rebite através das peças a serem ligadas.
Devido a este processo, o aço a ser utilizado nos rebites tem maior
ductibilidade que aquele apresentado nas barras das estruturas (Os aços dúcteis
são aqueles que deformam-se ao atingirem tensões elevadas).
Por esta razão, o diâmetro do furo, a ser preenchido pelo rebite, deve ser um
pouco maior pois, sera preenchido pelo aumento do diâmetro do tronco no processo
de rebitagem. Os rebites tem sido abandonados por diversas razões, podendo- -se
citar alguma delas:

1) Todas as conexões rebitadas podem ser executadas soldadas, com


maior eficiência e confiabilidade enquanto o contrário não ocorre.

2) Economia conseguida com a eliminação de operações e de vido a


redução das precauções de segurança envolvidas no processo de rebitagem.
85

3) Rebitagem em obra traz o perigo do fogo e barulho nas proximidades .


4) Redução no peso da estrutura, antes rebitada e agora soldada.

Os parafusos são formados por uma barra redonda em que numa


extremidade existe a cabeça de forma poligonal (quadrada ou hexa- gonal, por
exemplo), e na outra a rosca. Para uniões parafusadas são utilizadas porca e
arruelas. Para escolha dos diâmetros dos parafusos em função da espessura das
chapas a serem unidas, pode-se recorrer a regra prática:

1.6A<d<3a

A - espessura da peça mais grossa


d - diametro do parafuso
a - espessura da peça mais fina

Os parafusos comuns são utilizados em estruturas leves e em ligações não


sujeitas a vibrações ou inversão de carga.
Quando existem estes problemas deve-se utilizar parafusos de alta
resistência. Basicamente, os parafusos de alta resistência diferem dos comuns pela
existência de uma pre-tensão no seu tronco. Isto ocorre devido ao fato que enquanto
nos parafusos comuns o torque no aper to da porca contra o parafuso não tem
nenhum controle especial, nos parafusos de alta resistência têm e ê levado em conta
a capacidade resistênte dos parafusos. A figura, a seguir, mostra que o torque no
aperto da porca causa uma prê-tensão no tronco que por ação e reação comprime
as chapas a serem unidas.
Assim, as ligações com parafusos de alta resistência são nhecidas como
ligações por atrito. A Norma Brasileira especifica os parafusos, A307 e ISO 898
classe 4.6, que são os parafusos comuns, A325 e A490, que são os parafusos de
alta resistência.
86

1) Tração
87

2) Cortante – Cisalhamento do Parafuso

Para verificar parafusos comuns em qualquer condição para o plano de corte


ou parafusos de alta resistência ou barras rosqueadas quando o plano de corte
passa pela rosca, deve-se utilizar a seguinte fórmula:

(166)

Onde:

Força resistente de cisalhamento do parafuso

Área bruta do parafuso

Resistência ao cisalhamento do parafuso

Coeficiente de segurança da NBR 8800, tem valor de 1.35

Pressão de contato em furos:

Para verificar parafusos com relação à pressão de contato ( esmagamento e


rasgamento da chapa ) deve-se utilizar a seguinte fórmula:
88

( ) (167)

Onde:

Força resistente à pressão de contato em furos do parafuso

Diâmentro do parafuso

Espessura da chapa

Resistência ao cisalhamento da chapa

Distância na direção da força, entre a borda do furo e a borda do furo

adjacente ou a borda livre, levando em consideração a figura abaixo:

(168)

Existe uma observação nas ligações parafusadas em extremidades de almas


de vigas:
Quando estas ligações são dimensionadas para o efeito da força cortante V.
(sem levar em conta o momento devido a excentricidade), tal força cortante deve ser
considerada ou com sua direção real ou com direção perpendicular a esta, para
levar em conta a possibilidade de rasgamento da alma entre furo e borda.
89

3) Tração e força cortante

Para saber a força atuante no parafuso escolhido devido ao momento utiliza-


se a seguinte fórmula:

(169)

Onde:

Força no parafuso devido ao momento

Momento atuante

Distância de cada parafuso ao cg do conjunto de parafusos

Distância do cg do conjunto de parafusos ao parafuso analisado


90

Para saber a força atuante no parafuso devido à cortante utiliza-se a seguinte


fórmula:

(170)

Onde:

Força no parafuso devido à cortante

Cortante atuante

Número de parafusos da conexão

Para saber a força resultante no parafuso devido à cortante e ao momento


utiliza-se a seguinte fórmula:
91

√ (171)

A seguir apresenta-se um resumo das indicações para o detalha mento dadas


na NBR 8800.

5) Dimensões e uso dos furos

6) Espaçamento mínimo entre furos

7) Distancia mínima de um furo às bordas

8) Distância máxima de um furo às bordas

9) Verificação das seções iTquidas â ruptura (normal e zig-zag)

10) Ligação de grande comprimento e pega longa

As recomendações seguintes para colocação dos parafusos foram retiradas


do livro "Estruturas de Aço" (Schulte - Yagui).
92

Em chapas a distancia entre parafusos pode ser adotada como:

Repete-se a seguir a tabela com o diâmetro dos furos e a posição da linha de


furacão em função do comprimento da aba das cantoneiras.
93

Pode-se fixar cantoneiras da forma mostrada nas figuras de comprimento e


suas consequências:

Fixaçao de perfis U - A ligação pode ser feita com parafusos dispostos na


alma. Deve-se sempre verificar o enfraquecimento na seção transversal e
procurando-se um mínimo enfraquecimento na seção 1-1.
94
95

Deve-se observar que o aumento do numero de cobrejuntas melho ra o fluxo


de tensões mas, encarece a ligação.

3) Fixação do Perfil Composto

a) Figura 13-a - Corte Simples


b) Figura 13-b - chapa da alma no mesmo mvel que a chapa
96

4) Emenda de cantoneiras
97

5) Emenda da viga fletida

As hipóteses para os parafusos são

- Situados na alma - dimensionados para o momento absorvido pela


alma com a cortante total.
- Situados nas abas - dimensionados para o momento absorvido pelas
abas
98

Exemplo 1:

Verificar os parafusos da ligação abaixo levando em conta que ela está


solicitada por um momento fletor M = 2 t*m e por uma cortante Q = 1.8 tf.

O parafuso mais solicitado é o parafuso do canto direito inferior. Para saber a


força atuante no parafuso devido ao momento utiliza-se a seguinte fórmula:

(172)

99

Onde:

Força no parafuso devido ao momento

Momento atuante

Distância de cada parafuso ao cg do conjunto de parafusos

Distância do cg do conjunto de parafusos ao parafuso analisado

Substituindo os valores do problema na fórmula:


(173)

Para saber a força atuante no parafuso devido à cortante utiliza-se a seguinte


fórmula:

(174)

Onde:

Força no parafuso devido à cortante

Cortante atuante

Número de parafusos da conexão


100

Substituindo os valores do problema na fórmula:

(175)

Para saber a força resultante no parafuso devido à cortante e ao momento


utiliza-se a seguinte fórmula:

√ (176)

Verificando as forças atuantes no parafuso mais solicitado:


101

O ângulo alfa necessário para cálculo da força resultante é dado por:

(177)

Colocando o ângulo alfa na fórmula da força resultante:


(178)

Obtendo a carga máxima no parafuso, deve-se verificar com relação aos


procedimentos dados pela NBR 8800:

a) Cisalhamento do parafuso:

Para verificar parafusos comuns em qualquer condição para o plano de corte


ou parafusos de alta resistência ou barras rosqueadas quando o plano de corte
passa pela rosca, deve-se utilizar a seguinte fórmula:

(179)

Onde:

Força resistente de cisalhamento do parafuso

Área bruta do parafuso

Resistência ao cisalhamento do parafuso

Coeficiente de segurança da NBR 8800, tem valor de 1.35


102

Substituindo os valores do problema:

(180)

Como:

(181)

Os parafusos resistem ao cisalhamento.

b) Pressão de contato em furos:

Para verificar parafusos com relação à pressão de contato ( esmagamento e


rasgamento da chapa ) deve-se utilizar a seguinte fórmula:

( ) (182)

Onde:
103

Força resistente à pressão de contato em furos do parafuso

Diâmentro do parafuso

Espessura da chapa

Resistência ao cisalhamento da chapa

Distância na direção da força, entre a borda do furo e a borda do furo

adjacente ou a borda livre, levando em consideração a figura abaixo:

(183)

Substituindo os valores na fórmula:

( )

( ) (184)

>
104

O parafuso resiste à pressão de contato ( esmagamento e rasgamento da


chapa ).

Exemplo 2:

Verificar se os parafusos detalhados resistem para a ligação de dois perfis U,


reforçados por duas cantoneiras nas abas.

a) Cisalhamento do parafuso:

Para verificar parafusos comuns em qualquer condição para o plano de corte


ou parafusos de alta resistência ou barras rosqueadas quando o plano de corte
passa pela rosca, deve-se utilizar a seguinte fórmula:

(185)

Substituindo os valores do problema:


105

(186)

Como o corte deste problema é duplo ( dois perfis U ligados em uma chapa
de ligação) deve-se multiplicar por 2 :

(187)

b) Pressão de contato em furos:

Para verificar parafusos com relação à pressão de contato ( esmagamento e


rasgamento da chapa ) deve-se utilizar a seguinte fórmula:

( ) (188)

Onde:

Força resistente à pressão de contato em furos do parafuso

Diâmentro do parafuso

Espessura da chapa

Resistência ao cisalhamento da chapa


106

Distância na direção da força, entre a borda do furo e a borda do furo

adjacente ou a borda livre, levando em consideração a figura abaixo:

(189)

Substituindo os valores na fórmula:

( )

( ) (190)

A parte que menos resiste é o cisalhamento do parafuso, pois:

(191)
107

Então o número de parafusos necessários será dado pela carga do problema


dividida pela resistência ao cisalhamento:

(192)

Os parafusos resistem à solicitação.

Os 6 parafusos que ligam as abas das peças também devem ser verificados.
A carga de cisalhamento deles será a soma das cargas dos 5 parafusos que ligam a
cantoneira na chapa de ligação. O valor da carga em cada parafuso:

(193)

Cada parafuso da ligação sustenta 5.78 tf, A carga de cisalhamento deles


será a soma das cargas dos 5 parafusos que ligam a cantoneira na chapa de
ligação:

(194)

Deve-se verificar com relação ao cisalhamento do parafuso e também ao


esmagamento da chapa. Levando em conta que essa carga deve ser divida por 12 :

(195)
108

a) Cisalhamento do parafuso:

Como o corte que liga as abas é simples :

(196)

b) Pressão de contato em furos:

Para verificar parafusos com relação à pressão de contato ( esmagamento e


rasgamento da chapa ) deve-se utilizar a seguinte fórmula:

( ) (197)

(198)
109

Substituindo os valores na fórmula:

( )

( ) (199)
110

Exemplo 3:

Calcular a emenda da viga sujeira a momento fletor e força cortante onde Md


= 742 tf*cm e Qd = 14tf e a seção da viga é dada por um duplo U:

A emenda será dada por uma ligação parafusada com uma chapa de ligação
nas almas e também chapas de ligação nas mesas segundo o detalhe abaixo:

A parcela do momento fletor que vai para a alma é dado por:

(200)
111

Onde:

(201)

Voltando na equação do momento:

(202)

O momento que vai para as abas é dado por:

(203)

a) Verificando ligação nas abas - Número de parafusos nas abas:

Adotando parafusos de d = 20mm a resistência ao cisalhamento nas abas é


dado por:

(204)

Substituindo os valores do problema:


112

(205)

Como o corte deste problema nas abas é simples, a resistência ao


cisalhamento de um parafuso é dada por :

(206)

A carga de cisalhamento na aba é dada por:

(207)

O número de parafusos nas abas é dado por:

(208)
113

b) Pressão de contato em furos:

Para verificar parafusos com relação à pressão de contato ( esmagamento e


rasgamento da chapa ) deve-se utilizar a seguinte fórmula:

( ) (209)

A distância S entre os furos será dada pelo artigo 6.3.9 da NBR 8800, onde
ela deve ser:

(210)

A distância ‘e’ entre a borda da chapa e os furos será dada pelo artigo
6.3.11.1 na tabela 14, onde ela deve ser:

(211)
114

Lf então será dada por:

(212)

Substituindo os valores na fórmula:

( )

( ) (213)

Para encontrar a espessura necessária basta substituir a carga que resiste 1


parafuso:

(214)
115

Deve-se verificar também a ruptura da chapa ao cisalhamento da área bruta:

(215)

Deve-se verificar também a ruptura da chapa ao cisalhamento da área líquida:

(216)

Deve-se adotar o maior dos 3 valores encontrados para a espessura da


chapa:

(217)

Adotando a chapa comercial t = 5/16’’ ou t = 7.94 mm.


116

c) Verificando ligação nas Mesas – A disposição dos parafusos será adotada


da mesma forma da ligação das abas:

Adotando parafusos de d = 20mm a resistência ao cisalhamento nas mesas é


dado por:

(218)

Substituindo os valores do problema:

(219)

Como o corte deste problema nas abas é duplo, a resistência ao cisalhamento


de um parafuso é dada por :
117

(220)

b) Encontrando força resultante no parafuso mais solicitado:

O parafuso mais solicitado é o parafuso do canto direito inferior. Para saber a


força atuante no parafuso devido ao momento utiliza-se a seguinte fórmula:

(221)

Onde:

Força no parafuso devido ao momento

Momento atuante

Distância de cada parafuso ao cg do conjunto de parafusos

Distância do cg do conjunto de parafusos ao parafuso analisado

Substituindo os valores do problema na fórmula:


(222)

Para saber a força atuante no parafuso devido à cortante utiliza-se a seguinte


fórmula:
118

(223)

Onde:

Força no parafuso devido à cortante

Cortante atuante

Número de parafusos da conexão

Substituindo os valores do problema na fórmula:

(224)

Para saber a força resultante no parafuso devido à cortante e ao momento


utiliza-se a seguinte fórmula:

√ (225)

Verificando as forças atuantes no parafuso mais solicitado:


119

O ângulo alfa necessário para cálculo da força resultante é dado por:

(226)

Colocando o ângulo alfa na fórmula da força resultante:


(227)

Obtendo a carga máxima no parafuso, deve-se verificar com relação aos


procedimentos dados pela NBR 8800:

(228)

c) Espessura da chapa necessária devido à Pressão de contato em furos:

Para verificar parafusos com relação à pressão de contato ( esmagamento e


rasgamento da chapa ) deve-se utilizar a seguinte fórmula:

( ) (229)
120

A distância S entre os furos será dada pelo artigo 6.3.9 da NBR 8800, onde
ela deve ser:

(230)

A distância ‘e’ entre a borda da chapa e os furos será dada pelo artigo
6.3.11.1 na tabela 14, onde ela deve ser:

(231)

Lf então será dada por:

(232)

Substituindo os valores na fórmula:


121

( )

( ) (233)

Para encontrar a espessura necessária basta substituir a carga do parafuso


mais solicitado:

(234)

Deve-se verificar também a ruptura da chapa ao cisalhamento da área bruta:

(235)

Deve-se verificar também a ruptura da chapa ao cisalhamento da área líquida:

(236)

Deve-se adotar o maior dos 3 valores encontrados para a espessura da


chapa:
122

(237)

Como nenhum dos 3 valores calculados foram superiores à área da seção


transversal ( 2*tw = 2*0.61 = 1.22 cm ) será adotado uma chapa comercial o mais
próximo acima da área da seção transversal. Adotando a chapa comercial t = 5/8’’
ou t = 15.88 mm.
123

7 LIGAÇÕES SOLDADAS

A solda constitui um assunto de fundamental interesse para as estruturas de


aço devido aos fatos:
a) A substituição das ligações rebitadas pelas executadas com solda.
b) Abandono das peças forjadas ou fundidas por aquelas consti tuTdas
por elementos unidos com solda.
Estes fatos deveram-se a grande evolução tecnológica da solda motivada
pelas suas caracterTsticas de rigidez, adaptação, pouco ruTdo e segurança.
Em linhas gerais, a soldagem é um processo de junção das partes do metal
por meio de calor e pressão (soldagem por caldeamen- to) , ou pelo aquecimento do
metal a temperatura de fusão, com ou sem a adição de metal derretido (soldagem
por fusão).
A soldagem por fusão usualmente emprega um arco elétrico ou uma chama
de oxiacetileno para aquecer o metal ã temperatura de fusão. 0 arco elétrico é usado
na maioria das soldagens estruturais. Assim, por ser um processo fTsico-quTmico, a
qualidade da soldagem esta ligada:

a) As propriedades físicas e químicas dos eletrodos (metal derretido que


pode ser depositado no processo) e do metal base (aço dos elementos a serem
unidos).
b) As condições de execução.
c) A ação dos agentes exteriores como ar e temperatura.

Quanto ao ponto de vista físico, deve-se notar:

a) A forma correta do entalhe.


b) Homogeneidade do metal depositado.

Para a proteção do material fundido durante o processo de so2 dagem do


contato da atmosfera pode-se fazer:
124

a) Envolver o eletrodo com um material que libere um gás iner te no


momento da fusão (solda de arco com eletrodo revestido - figura 1)

b) Liberar um material fundente que deposita-se sobre a solda (Soldagem


a Arco Submerso) e cuja função principal além da proteção da solda e controlar a
taxa de resfriamento - (figura 1)

Deve-se ter alguns cuidados na execução da solda:

a) Empregar soldadores qualificados.


b) Utilizar somente eletrodos de qualidade.
c) Trabalhar com metais perfeitamente soldãveis.
d) Controlar a qualidade da solda executada.

2 - Tipos de Soldas

Existe basicamente tres tipos de solda: soldada de entalhe ou topo (com


penetração total ou parcial), solda de filete ou em angulo e solda de bujão. A figura 2
mostra estes tipos de solda:
125

3 - Resistência de Cálculo

A carga resistente ao cisalhamento da solda é dada pelo artigo 6.2.5.1 da


NBR 8800 na tabela 8, no caso da solda filete, a força resistente do metal da solda é
dada por:

(238)

A carga resistente do metal base é dado pelo artigo 6.5.5 da NBR 8800, no
caso do estado limite último de escoamento, a força resistente do metal da base é
dada por (utilizando a espessura da chapa e considerando um comprimento
unitário):

(239)
126

No caso do estado limite último de ruptura, a força resistente do metal da


base é dada por:

(240)

(241)

Onde:

= o comprimento efetivo, e igual ao comprimento efetivo, e igual ao


comprimento real (L da figura 3).
= espessura da garganta efetiva e a menor das espessuras das partes
soldadas em penetração total (T da figura 3).

Na figura 3b, a area de solda total e a soma das duas areas. Para a
penetração parcial ver tabela 5, onde trabalha-se com o ângulo da superfície a ser
chanfrada (a) na determinação da espessura da garganta efetiva.
127

Na execução de soldas de entalhe de penetração total, a espessura das


partes a serem ligadas influencia no chanframento ou não destas partes (figura 5).

Pode-se recorrer a solda de entalhe com penetração parcial quando as


espessuras das chapas de ligação inviabilizam a penetra ção total.
128

A figura 7 mostra as alturas de soldas w1 e w2 numa solda em filete:

Por segurânça e facilidade de execução, o comprimento da perna será


adotado para todo o comprimento do cordão de solda. Para encontrar a garganta
pode-se utilizar um triângulo retângulo:

Utilizando o triângulo retângulo encontra-se que a gargantta é dada por:


(242)
129

Onde:

Comprimento da perna da solda filete

Garganta da solda filete

Na figura 6, deve-se notar que pela existência de dois filetes a área de solda
total é a soma das areas dos dois filetes.
Para a determinação da resistência mecânica deve-se saber o tipo de
eletrodo utilizado. Isto deve-se ao fato da interação físico química eletrodo e metal
base na ligação soldada.
Assim, a tabela 7, ítem 7.2.4, determina o tipo de eletrodo em função do metal
base nos diferentes processos de soldagem. Por exemplo:
Para os eletrodos do tipo Exxxxx, os dois ou tres primeiros dígitos indicam a
tensão resistente do eletrodo em quilo-libras força por polegada quadrada, o
penúltimo a posição que o eletrodo será usada e o último o tipo de corrente,
polaridade e cobrimento.
Para os eletrodos a arco submerso a letra F indica fluxo seguida pelos digitos
que dão a resistência a tração e ao impacto, neste caso eles são utilizados em
combinação com eletrodos Exxxxx.
Para os eletrodos com proteção gasosa as duas últimas letras indicam a
composição química. Não se deve esquecer que a utilização dos eletrodos deve
seguir as Normas Americanas correspondentes. Assim, soldagem a arco elétrico
revestido é coberta pela ASTM A233 e A316, combinações de fluxo e eletrodo em
arco submerso são cobertas pela ASTM A558. Seguindo-se as recomendações,
pode-se usar as resistências de solda dadas na tabela 9, caso contrario deve-se
trabalhar com os valores de resistência da solfa fornecidos pelo fabricante (!!!)
A seguir, apresenta-se um resumo das resistências de calculo da solda nas
diferentes solicitações. Na figura 8 apresenta-se os tipos de solicitações que a resis^
tência é limitada pelo metal base.
130

Quando a resistência da solda e fornecida pelo fabricante, as ve rificações


serão feitas tanto na solta como no metal base.
- Tração ou compressão paralelas ao eixo da solda. 0 limitante é o
metal base tanto em soldas de entalhe como de filete.
- Soldas de Entalhe (penetração total)
131

- Soldas de Entalhe (penetração parcial)

Neste caso deve-se verificar tanto o metal base como a solda, de acordo com
NBR-8800:
132

- Soldas de Filete

Para evitar-se um estudo profundo do estado de tensão que o- corre neste


tipo de solda, nos diferentes casos de solicitações, assume-se como se a ruptura
ocorresse sempre por cisalhamento.
A recomendação do "sempre que possível" refere-se a cordões de solda em
planos opostos da superfície de contato que devem ser interrompidos nas
proximidades da interseção para evitar redução da espessura útil (figura 11).

1 – Cantoneiras

Apresenta-se, a seguir, alguns exemplos de ligações soldadas. Cumpre


observar que, além da determinação da quantidade de solda necessaria, as veri fi
cações de resistência nas peças a se rem unidas não podem ser esquecidas.
133
134

2 – Fixação de Peças Largas


135

3 – Perfil U ligado à Chapa


136

4 – Perfil ligado com soldas em filete no contorno da seção versal


137

5 – Emenda de Cantoneira

Pode-se fazer somente com cobrejuntas, ou cobrejuntas e solda de topo.

6 – Emenda de perfil I sujeito a momento fletor e cortante (21)

Em ligações sujeitas a momento fletor, as soldas de entalhe não odem ser


feitas com penetração parcial
138

7 – Emenda de perfil I sujeito a força normal e momento fletor (22 e 23)


139

Exemplo 1:

Detalhar a ligação soldada abaixo, quando solicitada por um momento fletor


M = 770 t*cm e por uma cortante Q = 12.6 tf. Utilizar o perfil duplo U254 – 22.77
kg/m

Inicialmente será necessário encontrar o tamanho da perna do filete do


cordão de solda a partir da menor espessura dos metais base Perfil U ou a Chapa
de ligação. A chapa de ligação tem espessura t = 1.25 cm, as abas do perfil U tem
espessura t = 0.8 cm e a Alma tem espessura t = 0.61 cm. Segundo artigo 6.2.6.2.1
da NBR 8800, na tabela 10, o tamanho mínimo da perna da solda filete dw nas abas
deve ser:

(243)

Por segurânça e facilidade de execução, este comprimento da perna será


adotado para todo o comprimento do cordão de solda. Para encontrar a garganta
pode-se utilizar um triângulo retângulo:
140

Utilizando o triângulo retângulo encontra-se que a gargantta é dada por:

√ (244)

Onde:

Comprimento da perna da solda filete

Garganta da solda filete

Substituindo o dw adotado:


(245)

O comprimento do cordão de solda deve ser adotado de acordo com o artigo


6.2.6.2.3 da NBR 8800, onde ele não pode ser menor que 4 vezes o tamanho da
perna ou 40 mm. Com base no tamanho da alma, será adotado o comprimento de
cordão de solda lw = 260 mm, onde o comprimento efetivo, obedecendo as
prescrições do artigo 6.2.6.2.6 na figura 14, deverá ser:

(246)
141

As cargas resultantes nos cordões de solda devem ser calculadas saindo a


partir do centro de gravidade do conjunto de soldas. Para cada comprimento de
cordão de solda será adotada a espessura unitária para cálculo do CG.


(247)

Onde:

Centro de gravidade no eixo x do conjunto de soldas

Área de um filete de solda (1*lw)

Centro de gravidade em x de um filete de solda

Os cordões de solda serão distribuídos conforme a figura abaixo:


142

Substituindo os valores do problema, adotando todos os comprimento de


solda lw = 255mm, todas as espessuras dos cordões de solda de tamanho unitário,
o centro de gravidade xc do conjunto de soldas é dado por:


(248)

A parcela da tensão de cisalhamento gerada pelo momento no conjunto de


soldas é dada por:

(249)

Onde:

Momento aplicado no conjunto de soldas

Distância entre o cg do conjunto de soldas e o ponto mais solicitado


√ √
( Inercia em x do conjunto de
soldas, considerando espessura das soldas como a garganta efetiva e colocando o
eixo no cg do conjunto de soldas. )
√ √ √
( Inercia em y do
conjunto de soldas, considerando espessura das soldas como a garganta efetiva e
colocando o eixo no cg do conjunto de soldas. )

Conforme a figura do problema o ponto mais solicitado está localizado no


canto inferior direito do conjunto de soldas. A distância entre este ponto e o centro
de gravidade do conjunto de soldas é dada por:
143


(250)

O valor de Jx será dado por:

√ √

√ √ (251)

O valor de Jy será dado por:

√ √ √

√ √ √ (252)

A parcela da tensão de cisalhamento gerada pelo momento no conjunto de


soldas pode então ser calculada (Jx e Jy serão multiplicados por 2 devido a dupla
seção transversal):

(253)
144

A parcela da tensão de cisalhamento gerada pela cortante no conjunto de


soldas é dada por:

√ √
(254)

√ √
( )

A carga de cisalhamento total é dada pela resultante gerada pela carga de


momento e a carga de cortante, dada por:

√ (255)

O ângulo alfa necessário para cálculo da força resultante é dado por:

(256)

Colocando o ângulo alfa na fórmula da força resultante:


145

√ (257)

A carga resistente ao cisalhamento da solda é dada pelo artigo 6.2.5.1 da


NBR 8800 na tabela 8, no caso da solda filete, a força resistente do metal da solda é
dada por:

(258)

Devido à consideração que a carga resultante não é uniforme, avalia-se se


em qualquer ponto a solda suportará essa tensão de cisalhamento. Para o eletrodo
E60XX têm-se a seguinte resistência ao cisalhamento:

(259)

Como:

(260)

O metal da solda passou na verificação.


146

Levando em consideração a maior seção transversal de solda tem dois filetes


de solda ( também verificando com comprimento unitário ), a força solicitante no
metal base é dada por:

√ (261)

A carga resistente do metal base é dado pelo artigo 6.5.5 da NBR 8800, no
caso do estado limite último de escoamento, a força resistente do metal da base é
dada por (utilizando a espessura da chapa e considerando um comprimento
unitário):

(262)

No caso do estado limite último de ruptura, a força resistente do metal da


base é dada por:

(263)

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