Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
0
Princípios e Pronunciamentos
Contábeis
Princípios e Pronunciamentos Contábeis
Autoria: Martha Regina Meira Bianchi
Como citar este documento: BIANCHI, Martha Regina Meira. Princípios e Pronunciamentos Contábeis.
Valinhos: 2016.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Princípios contábeis 06
Assista a suas aulas 21
Unidade 2: Princípios Contábeis segundo o CFC 28
Assista a suas aulas 46
Unidade 3: Registro pelo Valor Original 53
Assista a suas aulas 72
Unidade 4: Comitê de pronunciamentos contábeis 79
Assista a suas aulas 95
2/198
Princípios e Pronunciamentos Contábeis
Autoria: Martha Regina Meira Bianchi
Como citar este documento: BIANCHI, Martha Regina Meira. Princípios e Pronunciamentos Contábeis.
Valinhos: 2016.
Sumário
Unidade 5: Pronunciamento técnico CPC 16 – estoques 102
Assista a suas aulas 118
Unidade 6: Pronunciamento técnico CPC 27 – ativo imobilizado 126
Assista a suas aulas 144
Unidade 7: Pronunciamento técnico CPC 04 – ativo intangível 151
Assista a suas aulas 168
Unidade 8: Pequenas e médias empresas 175
Assista a suas aulas 190
3
3/198
Apresentação da Disciplina
4/198
que utilizam as informações contábeis em preender os Princípios, a importância dos
suas atividades e que estiverem familiariza- Pronunciamentos para a correta escritu-
dos com a forma e os princípios nos quais ração das informações contábeis e suas
são baseadas estas informações têm um aplicações práticas. Assim, você poderá vi-
grande diferencial profissional. O conhec- sualizar a contabilidade de maneira mais
imento dos Princípios e Pronunciamentos fluida e informativa, uma vez que saberá
Contábeis é vital para as funções relaciona- todos os pressupostos para a confecção da
das à auditoria e perícia, pois é possível ver- informação transmitida pela contabilidade.
ificar e/ou desvendar quaisquer desvios por
erros, omissões ou má-fé.
Para administradores, economistas, inves-
tidores e qualquer profissional que embase
suas decisões em informações contábeis,
esse conhecimento permite entender a for-
ma com que aquela informação é transmit-
ida e permite a correta decodificação das
informações e demonstrações contábeis.
Esta disciplina capacitará você a com-
5/198
Unidade 1
Princípios contábeis
Objetivos
6/198
Introdução
A palavra princípio tem a origem no latim, 1. Contabilidade baseada em
principium, que significa início ou momento princípios
em que uma ação passa a existir. A partir da
origem da palavra, já é possível desprender Iudícibus (2010) descreve que o grande
a importância dos Princípios Contábeis para objetivo da contabilidade é o de prover aos
entender a informação contábil: os princí- usuários o maior número de informações
pios são a base de todo o início da transfor- possível acerca do patrimônio de uma enti-
mação dos números em informações con-
dade. Essas informações só terão utilidade
tábeis.
se puderem exprimir informações a todos
Antes mesmo de a informação contábil os tipos de usuários de informações, não li-
existir, os princípios exigidos para sua con- mitada apenas à figura do contador.
fecção já devem estar em mente do conta-
dor que elabora suas demonstrações. E qual
a importância desses Princípios? Como fo-
ram escolhidos? Neste tema, você conhece-
rá a teoria por trás dos Princípios Contábeis,
bem como sua importância para o estudo
do principal objeto da contabilidade: o pa-
trimônio.
7/198 Unidade 1 • Princípios contábeis
comparar informações contábeis, seja da
Para saber mais mesma empresa ao longo do tempo, seja
de empresas diferentes de um mesmo se-
Sérgio de Iudícibus é Professor Emérito da USP
tor, para ter ideia de desempenho histórico,
e um grande teórico da contabilidade no Brasil.
comparativo, entre outras importantes in-
Possui diversos livros publicados nas áreas de
formações necessárias para administrar o
Teoria da Contabilidade, Contabilidade Societá-
negócio e gerir seus investimentos.
ria, Gerencial, entre outras. Ele foi responsável
pela primeira minuta realizada sobre os Princípios Se cada profissional escolhesse qual cri-
Contábeis através da deliberação n.º 29/86, rea- tério lhe fosse mais conveniente, ou ainda
lizada pela CVM – Comissão de Valores Mobiliá- pudesse alterar os princípios pelos quais as
rios – em conjunto com a IBRACON (atualmente, informações contábeis são realizadas nas
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil). demonstrações contábeis, não seria possí-
vel a comparação dos valores e a contabi-
lidade perderia sua finalidade: controlar o
Para uniformizar o modo como as informa- Patrimônio da empresa.
ções deverão ser transmitidas, faz-se ne-
cessário seguir um conjunto de princípios Padronizar as informações contábeis tem
e postulados. Assim, é possível verificar e sido um desafio no mundo dos negócios,
18/198
Considerações Finais
19/198
Referências
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de Contabilidade. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
IUDÍCIBUS, Sergio de, coord. Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
IUDÍCIBUS, Sergio de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
PADOVEZE, Clóvis Luis; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manu-
al de contabilidade internacional: IFRS, US Gaap e Br Gaap: teoria e prática. São Paulo: Cengage
Learning, 2012.
Aula 1 - Tema: Princípios contábeis. Bloco I Aula 1 - Tema: Princípios contábeis. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
788fdeb5e8df7268d382e9f742471051>. d36ad5f1ba5ead19dcb40e3df98456d2>.
21/198
Questão 1
1. Os Princípios Contábeis são fundamentais para o estudo do objeto da
Contabilidade. O(s) objeto(s) de estudo da contabilidade é(são):
a) as partidas dobradas;
b) o Lucro;
c) o Patrimônio;
d) o Ativo;
e) o Prejuízo.
22/198
Questão 2
2. A contabilidade baseada por Princípios, ao invés de baseada em
regras, é considerada:
a) mais abrangente;
b) menos abrangente;
c) não há diferença entre ambos;
d) inócua;
e) de difícil aplicação por trazer muito detalhamento das operações.
23/198
Questão 3
3. A prevalência da essência sobre a forma na contabilidade é importante
para:
24/198
Questão 4
4. A CVM publicou os Princípios Contábeis através da:
a) Lei 6404/76
b) Resolução 750/93
c) Deliberação 29/86
d) Resolução 1282/10
e) Lei 11738/07
25/198
Questão 5
5. O CFC atualizou os Princípios Contábeis através da:
a) Lei 6404/76
b) Resolução 1282/10
c) Deliberação 29/86
d) Resolução 750/93
e) Lei 11738/07
26/198
Gabarito
1. Resposta: C. 3. Resposta: D.
27/198
Unidade 2
Princípios Contábeis segundo o CFC
Objetivos
28/198
Introdução
O art. 2º da Resolução traduz conceitos importantes para definição dos Princípios da Ciência
Contábil e de seu objeto de estudo:
Art. 3º São Princípios da Contabilidade: (redação dada pela Resolução CFC n.º
1282/10)
I) o da ENTIDADE;
II) o da CONTINUIDADE;
III) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº.
1.282/10)
VI) o da COMPETÊNCIA; e
VII) o da PRUDÊNCIA. (CFC, 1993).
2.1 Entidade
O Princípio da Continuidade, disposto no art. 5º da Resolução CFC 750/93, traz a seguinte reda-
ção:
2.3 Oportunidade
2.4 Competência
2.5 Prudência
43/198
Considerações Finais
44/198
Referências
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n.º 750 de 29 de dezembro de 1993.
Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade. Disponível em <http://cfc.org.br/sisweb/sre/docs/
RES_750.doc>. Acesso em: 30 set. 2016.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de Contabilidade. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
IUDÍCIBUS, Sergio de, coord. Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Aula 2 - Tema: Os princípios contábeis segundo Aula 2 - Tema: Os princípios contábeis segundo
o CFC. Bloco I o CFC. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
1d/2a3e8cc84a856cd8d128f0b246a40cf7>. fac1b3bc5cde9670dc47b8b44539446e>.
46/198
Questão 1
1. O Princípio Contábil que prevê a autonomia patrimonial, para que o patri-
mônio da sociedade criada não se confunda com o de seus sócios, é:
a) o da Entidade;
b) o da Oportunidade;
c) o da Competência;
d) o da Prudência;
e) o da Continuidade.
47/198
Questão 2
2. Esse Princípio pressupõe precaução em caso de necessidade de estimati-
vas em certas condições de incerteza. Falamos do Princípio da:
a) Entidade
b) Oportunidade
c) Competência
d) Prudência
e) Continuidade
48/198
Questão 3
3. O Princípio da Atualização Monetária, revogado pela Resolução CFC
1282/10, foi absorvido pelo Princípio:
a) da Entidade;
b) da Oportunidade;
c) do Registro pelo Valor Original;
d) da Prudência;
e) da Continuidade.
49/198
Questão 4
4. O regime contábil que reconhece despesas e receitas no momento em que
foram pagas/recebidas, independente do momento em que foram realizadas, é
o Regime:
a) da Entidade;
b) da Competência;
c) do Registro pelo Valor Original;
d) da Prudência;
e) de Caixa.
50/198
Questão 5
5. O regime contábil que reconhece as despesas e receitas no momento em
que foram realizadas, independente do momento em que foram pagas/re-
cebidas, é o Regime:
a) da Entidade;
b) da Competência;
c) do Registro pelo Valor Original;
d) da Prudência;
e) de Caixa.
51/198
Gabarito
1. Resposta: A. sorvido pelo Princípio do Registro pelo Valor
Original.
O Princípio que prevê a autonomia patrimo-
nial, visando à diferenciação do patrimônio 4. Resposta: E.
particular dentre os demais existentes, é o
da Entidade. O regime contábil que reconhece despesas e
receitas no momento em que foram pagas/
2. Resposta: D. recebidas, independente do momento em
que foram realizadas, é o Regime de Caixa.
O Princípio da Prudência pede cautela para
que os ativos não sejam superestimados e 5. Resposta: B.
os passivos, subestimados, dando maior
confiabilidade na mensuração. O regime contábil que reconhece as despe-
sas e receitas no momento em que foram
3. Resposta: C. realizadas, independente do momento em
que foram pagas/recebidas, é o Regime de
O Princípio da Atualização Monetária, revo- Competência.
gado pela Resolução CFC 1282/10, foi ab-
52/198
Unidade 3
Registro pelo Valor Original
Objetivos
53/198
Introdução
O registro do valor das operações, bens, di- tuguês) e sua importância na estimação de
reitos e obrigações é elemento fundamen- ativos e instrumentos financeiros pelo valor
tal para a Contabilidade e para a represen- de mercado.
tação fidedigna do objeto contábil: o pa-
trimônio da Entidade. Para isso, faz-se ne- 1. Registro pelo valor original
cessário conhecer e entender de que forma pela resolução CFC nº 750/93
é possível realizar o correto registro desses
valores, pois nem sempre o valor é atribuído Uma vez que o grande objetivo da Conta-
de forma objetiva: as preferências pessoais bilidade é prover aos usuários da informa-
e outros componentes subjetivos também ção contábil o maior número de referências
afetam o valor. Neste tema, você conhece- e dados acerca do patrimônio da Entidade
rá o Princípio Contábil que rege o registro (IUDÍCIBUS, 2010), precificar corretamente
de valores do patrimônio de uma entidade os elementos contidos nesse patrimônio é
segundo a Resolução CFC 750/93 e demais indispensável. Partir de um “denominador
implicações contidas nesta Resolução, jun- comum” para valorar as informações contá-
tamente com alguns dos Pronunciamentos beis é fundamental para padronizar os nú-
emitidos pelo CPC. Você também conhecerá meros e, assim, poder compará-los. Afinal,
o conceito de fair value (valor justo, em por- esse é o objetivo dos Princípios Contábeis:
As instruções para a base de mensuração através do valor presente estão dispostas no item c,
inciso II do parágrafo 1º do art. 7º:
O valor justo tem sua descrição no item d, inciso II do parágrafo 1 do art. 7º do CFC 750/93:
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação
sem favorecimentos (CFC, 1993).
O valor justo, ou Fair Value em sua nomenclatura nas normas internacionais de contabilidade,
surgiu da necessidade de se atribuir valor a todos os elementos que possam afetar o patrimônio
da empresa. Muitos instrumentos financeiros não eram contabilizados no balanço patrimonial,
mas eles poderiam ter impactos significativos no resultado e no patrimônio das empresas. Com
a introdução do conceito de valor justo, todos os ativos financeiros deverão ser reconhecidos e
63/198 Unidade 3 • Registro pelo Valor Original
divulgados ao valor justo (PADOVEZE et al.,
2012).
A Lei 6.404/76 reconhece e impõe a utili- Para saber mais
zação do valor justo no inciso I do art. 183 A inclusão de avaliações do ativo seguindo o cri-
para as aplicações em instrumentos finan- tério de valor justo foi trazida pela Lei 11.941/09.
ceiros, inclusive derivativos, e em direitos e
títulos de créditos, classificados no ativo cir-
culante ou no realizável a longo prazo (BRA-
SIL, 1976). A obrigatoriedade de se utilizar o
valor justo na mensuração inicial de ativos e
Link
passivos financeiros também consta no Pro- COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC
nunciamento CPC 38. 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e
Mensuração. Disponível em: <http://www.cpc.
org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronun-
ciamentos/Pronunciamento?Id=69>. Acesso
em: 30 nov. 2016.
A atualização monetária, antes um Princípio Fundamental que foi revogado pela Resolução CFC
nº 1282/10, foi incorporada ao Princípio de Registro pelo Valor Original com a seguinte redação:
69/198
Considerações Finais
70/198
Referências
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n.º 750 de 29 de dezembro de 1993. Dis-
ponível em: <http://cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_750.doc>. Acesso em 30 set. 2016.
IUDÍCIBUS, Sergio de (Coord.). Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Manual de Contabilidade Básica. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
PADOVEZE, Clóvis Luis; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manu-
al de contabilidade internacional: IFRS, US Gaap e Br Gaap: teoria e prática. São Paulo: Cengage
Learning, 2012.
Aula 3 - Tema: Registro pelo valor original. Blo- Aula 3 - Tema: Registro pelo valor original. Blo-
co I co II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
d09701f7328d6fa6b9ed33abff7c44aa>. 1d/0b2523b53c9db0a8d9079c113b3205cd>.
72/198
Questão 1
1. Segundo o CFC nº 750/93, os ativos registrados pelo custo histórico de-
vem corresponder aos valores:
73/198
Questão 2
2. O Princípio de Atualização Monetária foi revogado pelo(a):
74/198
Questão 3
3. Segundo o CFC nº 750/93, os passivos registrados pelo custo histórico de-
vem corresponder aos valores:
75/198
Questão 4
4. A variação no custo histórico que equivale ao custo de reposição é o:
a) valor presente
b) valor realizável
c) valor de atualização monetária
d) valor justo
e) custo corrente
76/198
Questão 5
5. A variação do custo histórico que preza por representar um valor de troca
na qual um ativo possa ser trocado, sem favorecimentos, é o:
a) valor presente
b) valor realizável
c) valor de atualização monetária
d) valor justo
e) custo corrente
77/198
Gabarito
1. Resposta: C. para liquidar o passivo no curso normal das
operações”.
A Resolução CFC nº 750/93 define que “os
ativos são registrados pelos valores pagos 4. Resposta: E.
ou a serem pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos que O custo corrente refere-se ao valor em caixa
são entregues para adquiri-los na data da que teriam de ser desembolsados para ad-
aquisição”. quirir os ativos na data das demonstrações
contábeis.
2. Resposta: A.
5. Resposta: D.
A Resolução CFC nº 1282/10 revogou o
Princípio de Atualização Monetária. O valor justo é a variação no custo histórico
que tenta aproximar-se do valor de merca-
3. Resposta: A. do.
Objetivos
79/198
Introdução
O CPC emite seus Pronunciamentos, Orientações e Interpretações de acordo com as IFRS (ou IAS,
se produzida durante o funcionamento do IASC), fazendo, inclusive, menção à norma internacio-
nal a qual se refere. As atribuições do CPC estão dispostas no art. 4º da Resolução CFC 1055/05:
4. Pronunciamentos contábeis
Link
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Delibera-
e princípios contábeis segundo
ção CVM n.º 539, de 14 de março de 2008. Dis-
CFC nº 750/93
ponível em: <http://www.cvm.gov.br/legis-
Você deve lembrar que, no primeiro módu- lacao/inst/inst539.html>. Acesso em: 30 nov.
lo, foi dito que não há menção explícita aos 2016.
Princípios Contábeis nos Pronunciamentos
emitidos pelo CFC. De fato, com a emissão
da primeira versão do CPC 00 – Estrutu-
ra Conceitual para Elaboração e Divulga-
ção de Relatório Contábil-Financeiro, em
Imagine que você está cada vez mais envolvido nas ati-
vidades contábeis da empresa em que trabalha e, apesar
de trabalhar na gestão da empresa, está sempre atento
à produção e escrituração das informações contábeis.
Contudo, nem todos os seus colegas se preocupam com
a forma e o impacto de uma mudança na legislação ou
uma nova orientação emitida pelo CPC pode ter sobre
as informações contábeis. O que diria para chamar a
atenção dos colegas?
92/198
Considerações Finais
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n.º 750 de 29 de dezembro de 1993.
Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade. Disponível em: <http://cfc.org.br/sisweb/sre/docs/
RES_750.doc>. Acesso em: 30 set. 2016.
95/198
Questão 1
1. As normas internacionais criadas pelo IASC são conhecidas pelas siglas:
a) IASB
b) IAS
c) IFRS
d) CPC
e) IOSCO
96/198
Questão 2
2. No CPC 00, a essência sobre o valor original foi retirada do texto. Essa
mudança ocorreu em virtude de:
97/198
Questão 3
3. A edição de duas leis foi essencial para que houvesse a convergência
das normas contábeis brasileiras à internacionais. Assinale a lei que tra-
tava de um regime transitório de tributação a fim de diminuir o possível
impacto fiscal com a edição das novas normas.
a) Lei 6.404/76
b) Lei 11.638/07
c) Resolução CFC 1282/10
d) Deliberação CVM 539/08
e) Lei 11.941/09
98/198
Questão 4
4. Antes da criação do CPC, outros órgãos eram responsáveis por mani-
festarem a respeito dos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos no Brasil
– BR GAAP. Assinale a alternativa que contenha um desses órgãos:
99/198
Questão 5
5. As normas internacionais emitidas pelo IASB são conhecidas pelas si-
glas:
a) IAS
b) IASB
c) CPC
d) IFRS
e) IOSCO
100/198
Gabarito
1. Resposta: B. 4. Resposta: D.
3. Resposta: E.
101/198
Unidade 5
Pronunciamento técnico CPC 16 – estoques
Objetivos
102/198
Introdução
O Pronunciamento Contábil CPC 16 – Estoques foi elaborado a partir da norma internacional IAS
2 – Inventories. Esse Pronunciamento, que já foi revisado uma vez (representado pelo R1), esta-
belece o tratamento contábil para os estoques e seu objetivo apresentado no sumário é:
115/198
Considerações Finais
116/198
Referências
IUDÍCIBUS, Sergio de, coord. Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PADOVEZE, Clóvis Luis; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manu-
al de contabilidade internacional: IFRS, US Gaap e Br Gaap: teoria e prática. São Paulo: Cengage
Learning, 2012
YAMAMOTO, Marina Mitiyo; PACCEZ, João Domiraci; MALACRIDA, Mara Jane Contrera. Funda-
mentos da Contabilidade: A nova Contabilidade no contexto global. São Paulo: Saraiva, 2011.
Aula 5 - Tema: CPC 16 - Estoques. Bloco I Aula 5 - Tema: CPC 16 - Estoques. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/86b-
1d/8adc00835c65abf4b21a549af93229a9>. 7d6e234d9de318dc68ddd17e1dd86>.
118/198
Questão 1
1. O Pronunciamento Contábil, que traz informações sobre o tratamento
contábil dos estoques, emitido pelo IASB é:
a) CPC 16
b) CPC 26
c) IAS 16
d) IFRS 2
e) IAS 2
119/198
Questão 2
2. Assinale a alternativa que contenha um tipo de estoque que não é
disciplinado pelo CPC 16:
120/198
Questão 3
3. O Pronunciamento Contábil que traz informações sobre o tratamento
contábil dos estoques emitido pelo CPC é:
a) CPC 16
b) CPC 26
c) IAS 16
d) IFRS 2
e) IAS 2
121/198
Questão 4
4. Segundo o CPC 16 (R1), os estoques devem ser mensurados:
122/198
Questão 5
5. A mensuração dos estoques pelo CPC 16 (R1) pode ser relacionada
com um Princípio Contábil presente na Resolução CFC º 750/93. Falamos
do Princípio:
a) da Entidade
b) da Continuidade
c) da Prudência
d) da Atualização Monetária
e) da Oportunidade
123/198
Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: A.
O pronunciamento emitido pelo IASB acer- O pronunciamento emitido pelo CPC acerca
ca dos estoques é IAS 2 – Inventories. dos estoques é o CPC 16 (R1) – Estoques.
2. Resposta: B. 4. Resposta: D.
O tratamento dado aos Estoques pelo CPC Segundo item 9 do CPC 16 (R1), os estoques
16 (R1) não é aplicável a estoques especí- devem ser mensurados pelo valor de custo
ficos relacionados à produção em anda- ou pelo valor realizável líquido, dos dois o
mento provenientes de contratos de cons- menor.
trução (regido pelo CPC 17 – Contratos de
Construção), instrumentos financeiros (dis- 5. Resposta: C.
postos nos CPC 38 e CPC 39 – Instrumentos
Financeiros), e ativos biológicos relacionados A mensuração dos estoques, segundo CPC
com a atividade agrícola e o produto agrícola (R1), deve ser realizada pelo valor de cus-
no ponto da colheita (tradado pelo CPC 29 – to ou pelo valor realizável líquido, o que for
Ativo Biológico e Produto Agrícola). menor. Isso significa atribuir um valor me-
nor, dentre os possíveis, a uma conta do
124/198
Gabarito
ativo. Isso corresponde ao princípio da Pru-
dência, que “determina a adoção do menor
valor para os componentes do ATIVO e do
maior para os do PASSIVO”.
125/198
Unidade 6
Pronunciamento técnico CPC 27 – ativo imobilizado
Objetivos
126/198
Introdução
Os Ativos são considerados recursos con- mensurados e, ainda, as diferenças entre
trolados pela Entidade dos quais se espera a aplicação das instruções e orientações
que fluam futuros benefícios econômicos, contidas no Pronunciamento CPC 27, bem
segundo a Estrutura Conceitual trazida pelo como as exigências impostas pelas leis bra-
CPC. Os bens, equipamentos e instalações sileiras.
de longa permanência destinados ao uso e
atividades operacionais da empresa consti- 1. Ativo imobilizado segundo
tuem um subgrupo do ativo: o ativo imobi-
lizado. Esse subgrupo representa os ativos
CPC 27 e lei 6.404/76
corpóreos que, apesar de não serem desti-
O ativo imobilizado é uma conta pertencen-
nados à revenda ou investimentos, são de
te ao ativo não circulante, relacionada às
extrema importância ao funcionamento e
atividades de longo prazo da Entidade, ou
continuidade da Entidade, com a expecta-
ainda, àquelas em que não se espera reali-
tiva de futuros benefícios econômicos. Má-
quinas, equipamentos, edifícios, veículos, zar, vender ou transacionar no mesmo ciclo
ferramentas e instalações são exemplos de operacional.
ativos imobilizados. O CPC 27, elaborado a partir da norma in-
Você conhecerá as definições de ativo imo- ternacional IAS 16 – Property, Plant and Equi-
bilizado, de que forma são reconhecidos e pment, traz a definição de ativo imobilizado:
127/198 Unidade 6 • Pronunciamento técnico CPC 27 – ativo imobilizado
Para saber mais
A Lei 11.941/09 atualizou a Lei 6.404/76 (Lei das S.A.) no que se referem às contas do balanço patrimonial:
no ativo, as contas são divididas em ativo circulante e ativo não circulante. O ativo não circulante, rela-
cionado a operações de longo prazo da Entidade, é composto pelos subgrupos realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível.
(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item flui-
rão para a entidade; e
2.2 Mensuração
141/198
Considerações Finais
142/198
Referências
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 27 – Ativo Imo-
bilizado. CPC: 2009. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pro-
nunciamentos/Pronunciamento?Id=58>. Acesso em: 14 out. 2016.
IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo. Manual
de Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
PADOVEZE, Clóvis Luis; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manu-
al de contabilidade internacional: IFRS, US Gaap e Br Gaap: teoria e prática. São Paulo: Cengage
Learning, 2012.
Aula 6 - Tema: CPC 27 – Ativo imobilizado. Blo- Aula 6 - Tema: CPC 27 – Ativo imobilizado. Bloco
co I II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
156d727c89b656aad246ae99b19bf7a9>. dc8386bd932d34c76bd8a8a5457ff330>.
144/198
Questão 1
1. O Pronunciamento Contábil que traz informações sobre o tratamento
contábil dos ativos imobilizados e emitido pelo IASB é:
a) CPC 27
b) IAS 36
c) IAS 16.
d) IFRS 16
e) IAS 2
145/198
Questão 2
2. O método de depreciação que resulta em uma despesa constante de
depreciação durante a vida útil do ativo é o:
146/198
Questão 3
3. Assinale o item considerado como ativo imobilizado:
147/198
Questão 4
4. A depreciação de um ativo é realizada com base em seu valor deprecia-
do. O valor depreciado é calculado:
148/198
Questão 5
5. A perda por Impairment é reconhecida quando:
149/198
Gabarito
1. Resposta: C. 4. Resposta: E.
O IAS 16 – Property, Plant and Equipment se O valor depreciável de um ativo é seu valor
refere ao tratamento de ativos imobilizados. menos o valor residual.
2. Resposta: B. 5. Resposta: A.
O método da linha reta resulta em uma des- A perda por Impairment é reconhecida quan-
pesa constante de depreciação durante a do o valor contábil é superior ao seu valor de
vida útil do ativo, caso o valor residual dele uso e valor de venda. Perceba que, se o valor
não se altere. de uso ou de venda exceder o valor contá-
bil do ativo, não haverá desvalorização nem
3. Resposta: B. necessidade de estimar o outro valor. Ou
seja, para registrar a perda por valor recu-
O prédio-sede da Entidade é um exemplo de perável, o valor contábil deve superar am-
ativo imobilizado. bos os valores.
150/198
Unidade 7
Pronunciamento técnico CPC 04 – ativo intangível
Objetivos
151/198
Introdução
Os ativos intangíveis são um subgrupo per-
1. Ativo intangível segundo CPC
tencente ao ativo não circulante, cuja defini-
ção pelo CPC 04 (R1) – Ativo Intangível – é
04 e lei 6.404/76
dada como ativos não monetários identi- O CPC 04 (R1) – Ativo Intangível foi emiti-
ficáveis sem substância física. Os ativos in- do com base no IAS 38 – Intangible Assets e
tangíveis compreendem itens como marcas, contém o tratamento contábil a ser aplica-
patentes, fundos de comércio, direitos auto- do aos ativos intangíveis, exceto:
rais, softwares, concessões públicas, entre
outros, que estão diretamente relacionados
às atividades da Entidade dos quais se espe-
ra que resultem benefícios econômicos futu-
ros para a Entidade. Neste tema, você sabe-
rá da importância em atribuir valor a esses
itens incorpóreos no balanço patrimonial da
Entidade, quais são os itens que podem ser
considerados intangíveis e, ainda, entender
como são realizados o reconhecimento e a
mensuração desses ativos.
Para serem reconhecidos como ativos intangíveis, eles devem ser identificáveis, controlados e ge-
radores de benefícios econômicos. A identificação, segundo CPC 04 (R1), deverá satisfazer aos
seguintes critérios:
(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, li-
cenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou
passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou
(b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de
tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e
obrigações. (CPC, 2009)
O CPC 04 (R1) determina que um ativo intangível só deve ser reconhecido se:
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade (CPC, 2009).
O custo de ativo intangível adquirido em separado pode normalmente ser mensurado com con-
fiabilidade quando o valor é pago em dinheiro ou com outros ativos monetários, em casos de
157/198 Unidade 7 • Pronunciamento técnico CPC 04 – ativo intangível
aquisição separada. Nesse caso, o seu cus- cialmente ao valor justo o ativo, ela deve re-
to inclui seu preço de compra, acrescido de conhecer o ativo inicialmente ao valor no-
impostos de importação e impostos não re- minal (o outro tratamento permitido pelo
cuperáveis sobre a compra, depois de dedu- Pronunciamento Técnico CPC 07) acrescido
zidos os descontos comerciais e abatimen- de quaisquer gastos que sejam diretamente
tos e qualquer custo diretamente atribuível atribuídos à preparação do ativo para o uso
à preparação do ativo. pretendido.
Os custos dos ativos intangíveis gerados
através da aquisição como parte de combi- Já os ativos intangíveis gerados interna-
nação de negócios deverão ser calculados
pelo seu valor justo na data de aquisição, de
Link
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS.
acordo com o Pronunciamento CPC 15 (R1)
CPC 07 (R1) – Subvenção e Assistência Governa-
– Combinação de negócios.
mentais. Disponível em: <http://www.cpc.org.
A aquisição de intangíveis por meio de sub- br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronuncia-
venção ou assistência governamental (tais mentos/Pronunciamento?Id=38>. Acesso
como concessões, licenças etc.) deve ser em: 30 nov. 2016.
reconhecida inicialmente ao valor justo. Se
uma entidade optar por não reconhecer ini-
158/198 Unidade 7 • Pronunciamento técnico CPC 04 – ativo intangível
mente, muitas vezes, são mais difíceis de reconhecer, pois devem atender às exigências de iden-
tificação, controle e geração de benefícios futuros. O CPC 04 (R1) faz uma distinção entre itens
desenvolvidos na fase de pesquisa e na fase de desenvolvimento. Na fase de pesquisa, os custos
decorrentes dessas atividades deverão ser registrados como despesas, pois a Entidade não está
apta a demonstrar a existência de ativos que possam gerar possíveis benefícios econômicos. Já
o ativo intangível resultante da fase de desenvolvimento poderá ser reconhecido se a Entidade
puder demonstrar:
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja dispo-
nibilizado para uso ou venda;
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. [...]
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados
para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e
(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intan-
gível durante seu desenvolvimento (CPC, 2009, p. 14).
159/198 Unidade 7 • Pronunciamento técnico CPC 04 – ativo intangível
Os gastos incorridos com o ativo intangível
reconhecidos inicialmente como despesas Para saber mais
não devem ser reconhecidos como parte do A reavaliação de ativos pela adoção inicial
custo do ativo intangível em data subse- às normas internacionais foi possibilitada apenas
quente. para itens dispostos no ativo imobilizado e pro-
priedade para investimento, sendo vedada pelas
2.3 Amortização práticas contábeis brasileiras e pelo CPC o uso de
custo atribuído para ativos intangíveis, investi-
A mensuração dos ativos intangíveis após
mentos em controladas, controladas em conjun-
seu reconhecimento inicial deverá ser efe-
to, coligadas ou outros ativos que não os ativos
tuada pelo método do custo ou por sua rea-
imobilizados e propriedade para investimento.
valiação, tal como os ativos imobilizados.
Contudo, você já sabe que a Lei 6.404/76
veda a reavaliação de ativos no Brasil. Por-
O método de custo define que, após o reco-
tanto, no Brasil, é possível apenas utilizar o
nhecimento inicial, o ativo intangível deve
método de custos.
ser valorado pelo custo menos a eventual
amortização acumulada e a perda acumu-
lada. A amortização do ativo intangível é
160/198 Unidade 7 • Pronunciamento técnico CPC 04 – ativo intangível
dependente da vida útil do bem: se ele pos- similares aos métodos de depreciação, tais
suir uma vida útil definida, estará susce- como método de linha reta, o método dos
tível à amortização. Se o item não possuir saldos decrescentes e o método de unida-
vida útil definida, ele não é amortizável e des produzidas.
as variações em seu custo inicial serão fei- Na escolha do método de amortização ade-
tas através de testes de recuperabilidade do quado, a entidade pode determinar o fator
bem, de acordo com CPC 01 (R1) – Redução limitante predominante que é inerente ao
ao Valor Recuperável de Ativos, similar ao ativo intangível. Esse fator limitante pode
tratamento de ativos imobilizados visto no ser o número de anos da concessão de um
módulo anterior. serviço público, obtenção de um limite de
O valor amortizável do ativo intangível com receita, ou ainda expectativa de obter re-
vida útil definida, segundo CPC 04 (R1), ceita com o ativo. A identificação do fator
deve ser apropriado sistematicamente ao limitante predominante pode servir de pon-
longo de sua vida útil estimada. A amorti- to de partida para a identificação da base
zação deve cessar na data em que o ativo adequada da amortização, mas outra base
é classificado como mantido para venda ou pode ser aplicada se refletir de forma mais
na data em que ele é baixado, o que ocorrer próxima o padrão esperado de consumo de
primeiro. Os métodos de amortização são
161/198 Unidade 7 • Pronunciamento técnico CPC 04 – ativo intangível
benefícios econômicos. cada exercício. Caso a vida útil prevista do
O valor amortizável dos ativos intangíveis, ativo seja diferente de estimativas anterio-
tal como nos ativos imobilizados, é seu va- res, o prazo de amortização deve ser devi-
lor subtraído de seu valor residual. Contudo, damente alterado. Qual seja o critério de
é de se esperar que o valor residual de um amortização adotado, esse deve constar nas
ativo intangível seja zero, ou seja, os bene- notas explicativas e o valor da amortização
fícios econômicos findam com sua extinção dos ativos intangíveis deve ser lançado em
ou esgotamento. Contudo, o valor residual despesas operacionais e estar destacado
do ativo intangível não será nulo se (i) hou- na demonstração do resultado do exercício
ver compromisso de terceiros para comprar (IUDÍCIBUS et al., 2013).
o ativo ao final de sua vida útil, e (ii) existir
mercado ativo para ele e seu valor residual 3. Divulgação
possa ser determinado nesse mercado e for
O CPC 04 (R1) traz, dos itens 118 ao 128, as
provável que esse mercado continue a exis-
informações obrigatórias e recomendadas
tir.
que devem ser disponibilizadas aos usuários
O período e o método de amortização de da informação. As principais informações a
ativo intangível com vida útil definida de- serem divulgadas estão concentradas no
vem ser revisados pelo menos ao final de item 118, transcrito a seguir:
162/198 Unidade 7 • Pronunciamento técnico CPC 04 – ativo intangível
118. A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ati-
vos intangíveis, fazendo a distinção entre ativos intangíveis gerados internamen-
te e outros ativos intangíveis:
(a) com vida útil indefinida ou definida e, se definida, os prazos de vida útil ou
as taxas de amortização utilizados;
(b) os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida útil
definida;
(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período (...) (CPC, 2009).
165/198
Considerações Finais
166/198
Referências
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 04 (R1) – Ativo
Intangível. CPC: 2009. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pro-
nunciamentos/Pronunciamento?Id=35>. Acesso em: 17 out. 2016.
IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo. Manual
de Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
Aula 7 - Tema: CPC 04 – Ativo intangivel. Bloco I Aula 7 - Tema: CPC 04 – Ativo intangivel. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
1d/86b3a764c3d59d5d05e9350a525e9e5f>. a148813556d2333d6a90491f3b89e5f3>.
168/198
Questão 1
1. O Pronunciamento Contábil CPC 04 deve ser aplicado a todos os ativos
intangíveis, exceto:
a) Softwares de gestão.
b) Máquinas e equipamentos.
c) Ativos intangíveis gerados em fase de desenvolvimento, com todos os itens de reconheci-
mento demonstrados.
d) Ativos intangíveis dentro do alcance de outro Pronunciamento Técnico.
e) Direitos autorais.
169/198
Questão 2
2. O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil
definida devem ser revisados:
170/198
Questão 3
3. A amortização do ativo intangível cuja vida útil é indefinida deve ser
feita pelo método:
a) da linha reta;
b) das unidades produzidas;
c) dos saldos decrescentes;
d) a depender de seu fator limitante;
e) não deve ser amortizado.
171/198
Questão 4
4. Para serem reconhecidos como ativos intangíveis, eles devem:
172/198
Questão 5
5. A(s) principal(is) característica(s) para um ativo ser definido como intan-
gível é (são):
173/198
Gabarito
1. Resposta: D. 4. Resposta: A.
Caso haja um Pronunciamento técnico mais O reconhecimento dos ativos intangíveis
específico, esse deverá ser observado em está relacionado à sua identificação, con-
detrimento do CPC 04. trole e geração de benefícios econômicos
futuros.
2. Resposta: B.
5. Resposta: D.
O período e o método de amortização de
ativo intangível com vida útil definida de- O item E está incorreto, pois, quando um
vem ser revisados pelo menos ao final de item, mesmo que intangível, não for utiliza-
cada exercício. do nas atividades da empresa, é considera-
do um item de Investimento. Não é apenas
3. Resposta: E. a tangibilidade que define sua classificação.
174/198
Unidade 8
Pequenas e médias empresas
Objetivos
175/198
Introdução
187/198
Considerações Finais
• O IASB e o CPC, ao publicarem orientações às Pequenas e Médias empresas,
dão um importante passo na internacionalização das normas contábeis,
uma vez que essas empresas são de maior número em qualquer país;
• as diferenças entre Full IFRS e IFRS for SME não são de grande impacto, uma
vez que o maior interesse é o de simplificar a adoção das normas internacio-
nais por essas empresas que nem sempre têm uma estrutura contábil inter-
na à sua disposição;
• lembre-se sempre de que os Princípios da Contabilidade valem para qual-
quer escrituração contábil, pois eles estão relacionados à base conceitual
da contabilidade e não ao tamanho de empresa e outras características es-
pecíficas.
188/198
Referências
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC PME (R1) - Contabilidade para Pequenas e
Médias Empresas com Glossário de Termos. CPC: 2009. Disponível em: <http://www.cpc.org.
br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=79>. Acesso em: 17 out.
2016.
IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo. Manual
de Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da; MARION, Jose Carlos. Manual de Contabilidade para Pequenas
e Médias Empresas. São Paulo: Atlas, 2013.
Aula 8 - Tema: Pequenas e médias empresas. Aula 8 - Tema: Pequenas e médias empresas. Blo-
Bloco I co II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/56a-
f921679e90f1cbf145851e9abf91fb5e>. 8999cbd47a187b6306ce38c3f244b>.
190/198
Questão 1
1. A lei brasileira que trata sobre o enquadramento de microempresas e em-
presas de pequeno porte é:
a) Lei 6.404/76
b) LC 123/06
c) Lei 11.638/07
d) Lei 10.404/02
e) Lei 11.941/09
191/198
Questão 2
2. A definição de empresas de grande porte, contida na Lei 11.638/07, com-
preende as empresas:
192/198
Questão 3
3. Assinale, dentre as alternativas a seguir, apenas aquele item que con-
tém as demonstrações financeiras obrigatórias a todas as sociedades por
ação, pela Lei 6.404/76:
193/198
Questão 4
4. A NBC TG 1000 traz como conjunto completo das demonstrações con-
tábeis aplicáveis às PMEs as seguintes demonstrações, exceto:
194/198
Questão 5
5. Os ativos intangíveis gerados internamente pelas PMEs devem ser con-
tabilizados:
195/198
Gabarito
1. Resposta: B. superior a R$ 2 mi e companhias abertas, e a
DVA, apenas para companhias abertas.
A lei brasileira que trata sobre o enquadra-
mento de microempresas e empresas de pe- 4. Resposta: A.
queno porte é a Lei Complementar 123/06.
A DVA não faz parte das demonstrações
2. Resposta: B. previstas pela NBC TG 1000, nem está con-
tida na NBC TG 1000.
Empresas de grande porte são definidas
pela lei 11.638/07 como as que obtiveram 5. Resposta: D.
no exercício social anterior ativo total acima
de R$ 240.000.000,00 ou receita bruta aci- Os ativos intangíveis gerados internamente
ma de R$ 300.000.000,00. pelas PMEs sempre devem ser contabiliza-
dos como despesa no período em que são
3. Resposta: E. incorridos, independentemente de sua fase
de pesquisa ou desenvolvimento.
O BP, DLPA e DRE são obrigatórios a todas
as sociedades por ações. A DFC é obrigató-
ria às empresas de capital fechado cujo PL é
196/198