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O MESTRE DA METÁFORA

Robert G. Wearner1

Resumo

Este breve artigo trata de como Jesus empregava metáforas para capturar e sustentar a
atenção de seus ouvintes. O autor sugere que professores, oradores e escritores fariam bem
em repetir seus métodos.

Palavras-chave: Metáforas. Figuras de linguagem. Ensino criativo.

Abstract

This short article addresses how Jesus made use of metaphors in order to catch and sustain
people’s attention. Its author suggests that teachers, orators and writers would do well in
copying his methods.

Key Words: Metaphors. Figures of speech. Creative teaching.

A metáfora é um antigo recurso a atenção das pessoas com recurso a


empregado por professores para integrar abstrações secas e generalidades. Com
o conhecimento. Jesus, reputado pelos apropriadas ilustrações retiradas da vida
povos cristãos como o maior professor do diária, o Mestre ensinava os princípios do
mundo, sabia como falar de tal forma a evangelho. A palavra “metáfora” vem dos
capturar a atenção de milhares de ouvintes termos gregos metá (“além de”) e phorō
por prolongados períodos de tempo. Como (“carregar”) e significa “transferência”.
Ele conseguia isso? Ele contava histórias e Trata-se de uma forma de linguagem que
usava as coloridas figuras de linguagem a compara dois assuntos cuja relação não
que chamamos de metáforas. Com efeito, é evidente. O segundo assunto “carrega
por milênios os bons escritores e oradores além” (isto é, “amplia”) o significado do
têm recorrido a elas. Os professores de primeiro: “vós sois o sal da terra” (Mt 5:13).
nossa época fariam bem em estudar os As pessoas não são, de fato, sal, mas são
métodos de Jesus. como o sal porque conseguem realçar
Jesus jamais poderia ter obtido o sabor da vida. Uma símile é a mesma


Robert G. Wearner é mestre em teologia e ex-professor de teologia do Seminário Adven-
1

tista de Teologia, em Cachoeira, BA. Aposentado, atualmente reside nos Estados Unidos: rwear-
ner@comcast.net.

Revista das Faculdades Adventistas da Bahia Formadores: vivências e estudos, Cachoeira, v. 2, n. 3, 2009
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coisa, com a diferença que ela emprega “raça de víboras” (Mt 23:33) e a Herodes
a palavra “como”: “eu desejei acolher os de “raposa” (Lc 13:32). Nesse sentido,
vossos filhos como a galinha ajunta os Jesus não poupou nem mesmo os
pintinhos sob suas asas, mas vós não o discípulos, chamando a Pedro de “satanás”
quisestes” (Mt 23:37). Ou: “O reino dos ou “adversário” (Mt 16:23) e a Judas de
céus é como um proprietário que saiu de “diabo” ou “caluniador” (Jo 6:70-71).
manhã cedo para contratar trabalhadores Ryken (1974, p. 294) considera
para sua vinha” (Mt 20:1). Jesus um gênio literário, um dos maiores
Jesus e os apóstolos eram ardentes poetas do mundo. Ele diz que o Senhor
estudantes da Bíblia hebraica. Por isso, repetidamente tomava por base uma área
não se deve estranhar o fato que tirassem da experiência humana a fim de lançar luz
algumas de suas figuras de linguagem de sobre outra área. Assim, Jesus comparou
seus escritos proféticos. Moisés, Davi e o reino dos céus a um campo, um grão
Isaías foram suas principais fontes. É daí de mostarda, um tesouro, uma vinha, um
que, provavelmente, vem a metáfora de banquete e uma festa de casamento. Da
Deus como Pai: “É assim que recompensas mesma forma, Sands (1959, p. 307) afirma
ao Senhor, povo louco e ignorante? Não que Jesus usava objetos comuns do espaço
é Ele teu pai que te adquiriu, que te fez doméstico, como o sal e as lâmpadas, bem
e te estabeleceu?” (Dt 32:6). No entanto, como partes do corpo, como a mão, o rosto
Jesus foi mais longe do que simplesmente e os olhos, para construir suas metáforas.
usar uma metáfora. Ele nos ensinou a Ele também se voltava para a natureza: os
nos dirigir a Deus como Pai, em nossas lírios, os pássaros, a relva, as pérolas e as
orações: “Pai nosso que estás nos céus...” uvas. Para Sands (1959, p. 307), Jesus
(Mt 6:9). Da Bíblia hebraica também nos “pensava em figuras”.
vem a metáfora das ovelhas e seu pastor Mas os evangelhos não limitavam
(Sl 23; Mt 9:36; 10:6). Assim, nós somos suas metáforas aos objetos, aos animais
as ovelhas e o Senhor, nosso Pastor. Além e às pessoas. Eles compararam o Espírito
disso, a metáfora do casamento como Santo a uma pomba, ao vento e a um
símbolo da união entre Deus (ou Cristo) e conselheiro ou confortador, e se referiram
Sua igreja (Mt 9:15; 2 Co 11:2) procede de a Jesus como “filho de Davi”, “filho do
Is 54:5 e 62:4-5. homem”, “filho do Altíssimo”, “bom pastor”,
Além de seu propósito cognitivo e “amigo dos pescadores”, “cordeiro de
educacional, as metáforas serviam para Deus”, “luz”, “rocha”, “rei”, “videira”, “água
surpreender e sobressaltar seus ouvintes. viva”, “ungido” e “Eu Sou”. Algumas dessas
Por isso, Jesus chamou os fariseus de metáforas foram usadas pelo próprio Jesus

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em referência a si mesmo. Jesus concedia certa vivacidade a suas


Jesus constitui um excepcional mensagens, as pessoas o ouviam com
modelo para professores, oradores e satisfação: “quando Jesus terminou de
escritores, e faríamos bem em copiar seus dizer essas coisas [o sermão do Monte],
métodos. Nós podemos temperar nossas as multidões ficaram admiradas com seus
considerações com metáforas e símiles a ensinos, pois Ele ensinava como alguém
fim de que capturemos e sustentemos a que tinha autoridade e não como os
atenção de nosso público. Uma vez que doutores da lei” (Mt 7:28-29).

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REFERÊNCIAS

RYKEN, Leland. The literature of the Bible. Grand Rapids, MI: Zondervan, 1974.

SANDS, Percy Cooper. Apud: REID, Mary Esson. The Bible read as literature: an anthology.
Cleveland: Howard Allen, 1959.

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