Sei sulla pagina 1di 61

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

ROSANE MARIA KOSLOSKI KOGA

MEMÓRIAS DOS COMBATENTES DE PALMEIRA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

PONTA GROSSA
2016
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

ROSANE MARIA KOSLOSKI KOGA

MEMÓRIAS DOS COMBATENTES DE PALMEIRA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Produção didático-pedagógica apresentada


à SEED – Secretaria de Estado da Educação,
como parte integrante do PDE – Programa
de Desenvolvimento Educacional, sob a
orientação da Profa. Drª Christiane Marques
Szesz– UEPG.

PONTA GROSSA
2016
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED
SUPERIENTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
Av. Água Verde, 2140 - CEP 80240-900 - Curitiba - Paraná

Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica - Turma 2016

Título: Memórias dos combatentes de Palmeira na Segunda Guerra Mundial

Autor: Rosane Maria Kosloski Koga

Disciplina/Área: História
Escola de Implementação do Projeto e Escola Estadual do Campo Professor
sua localização: Leonardo Salata - Ensino Fundamental
Município da escola: Palmeira

Núcleo Regional de Educação: Ponta Grossa

Professor Orientador: Christiane Marques Szesz

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Ponta Grossa

Relação Interdisciplinar: Geografia, Arte


Este estudo tem como objetivo investigar
a memória e a história dos combatentes
de Palmeira, no contexto da Segunda
Guerra Mundial nos anos de 1944 e 1945.
Em 1944 o Brasil enviou tropas para lutar
na guerra. A cidade de Palmeira – Paraná,
mandou para a Itália dezenas de soldados.
Resumo: Deve-se destacar que os registros sobre
essa participação são escassos e pouco
conhecidos. Assim, por meio de fontes
escritas como diários, fontes iconográficas,
sonoras e materiais, pretende-se analisar
o percurso dos pracinhas palmeirenses na
guerra e o retorno ao Brasil. Um grande
desafio para o professor é trabalhar a

3
história local com seus alunos, devido
à precariedade de fontes históricas
disponíveis. A proposta é trazer a
discussão historiográfica sobre o tema
para a sala de aula, colocando o aluno
no papel de investigador histórico,
Resumo: levantando, analisando, confrontando
e fazendo inferências às fontes para
elaborar o conhecimento histórico,
enquanto produtor e sujeito da história.
Este estudo promoverá a inserção do
aluno à comunidade da qual faz parte,
valorizando a memória da cidade.
Força Expedicionária Brasileira;
Palavras-chave:
ex-combatentes; memória; história local.
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico

Público: Alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental


MEMÓRIAS DOS
COMBATENTES DE
PALMEIRA NA SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL

Rosane Maria Kosloski Koga

Irapuan Luiz,2016
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 1
UNIDADE I
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 2

UNIDADE II
O Brasil toma partido na guerra 13

UNIDADE III
A força expedicionária brasileira - feb 22

UNIDADE IV
A FEB EM PALMEIRA 28
APRESENTAÇÃO

Apresento-lhes o material didático-pedagógico "Memórias dos


Combatentes de Palmeira na Segunda Guerra Mundial", que foi produzido com
o principal objetivo de investigar a memória e a história dos combatentes de
Palmeira, no contexto na Segunda Guerra Mundial, nos anos de 1944 e 1945.
A produção deste material visa atender ao Programa de Desenvolvimento da
Educação (PDE), realizado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED)
em parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Este material
tem o formato de caderno pedagógico e sua aplicação destina-se às aulas de História
da Segunda Guerra Mundial, mais especificamente da participação brasileira e
palmeirense no conflito, e foi produzido para vocês, alunos do Ensino Fundamental
da Escola Estadual do Campo Professor Leonardo Salata – Ensino Fundamental. Este
estudo visa promover a investigação da memória e da história, ao mesmo tempo que
permitirá a vocês a participação na pesquisa, descoberta, construção dos conteúdos e
acontecimentos, desenvolvendo atitudes de busca, tornando-os mais críticos e reflexivos.
Para que se possa investigar a história com mais profundidade serão
utilizadas fontes escritas, orais, iconográficas, sonoras e materiais.
Acontecerão visitas ao Museu Histórico e Geográfico de Palmeira e do
Expedicionário em Curitiba, para que vocês conheçam os registros existentes e façam
anotações para posterior discussão em sala sobre a importância da preservação dos
materiais. Vídeos com as entrevistas feitas com dois expedicionários palmeirenses
farão partes das atividades desenvolvidas em sala, além de documentários sobre a
guerra, acompanhamento de palestra sobre a participação na guerra, análise das
produções memorialísticas dos ex-combatentes e outras descritas neste material.
Desta forma, o referido estudo promoverá o reconhecimento do passado em
memórias vivas e presentes e poderá contribuir para atualizar o debate historiográfico
sobre a guerra, valorizando a memória dos combatentes e também da cidade de Palmeira.

Profª Rosane Maria Kosloski Koga


UNIDADE 1
A 2A GuERRA MUNDIAL
A Segunda Guerra Mundial que aconteceu entre os anos de 1939-1945, foi o maior
conflito da história mundial. Mais de cinquenta milhões de pessoas entre militares e
civis pereceram nos cinco anos de guerra¹, além de milhões de feridos e países inteiros
aniquilados.
Essa guerra tem relação com a primeira grande guerra, pois após o seu término, foi
assinado o Tratado de Versalhes que impôs à Alemanha pesadas indenizações aos países
vencedores da guerra, além da proibição do rearmamento e da formação de exércitos.
Também teve que devolver os territórios conquistados. A Alemanha nunca se conformou
com essa situação.
Adolf Hitler assumiu a chefia do governo alemão em 1933. Como primeiras ações
de seu governo, destacam-se:

Adolf Hitler fechou o Partido Comunista, criou uma polícia chamada Gestapo – que era uma es-
pécie de polícia secreta de estado, tomou medidas que restringiam as liberdades constitucionais
dos alemães, intervindo na economia, começou a produzir armas, aumentou a produção industrial.
Defendia a política fascista do totalitarismo, do militarismo, do controle total do estado, e do ex-
pansionismo alemão como solução dos problemas de falta de mercados consumidores e fontes de
matérias-primas para a indústria.

(DITZ, K. M. Artur vai a guerra: “O retorno” - Dissertação de Mestrado, Santa Maria, RS, 2013 – p. 39).

Também condenou o tratado de paz realizado em Versalhes e colocou em prática


algumas medidas como: reestruturação das forças armadas, produção de material bélico,
criação de empregos, perseguições aos judeus e comunistas e diversas outras ações.

(...) Desde a ascensão ao poder de seu líder máximo, Adolf Hitler, em 1933, os nazistas
desenvolveram uma política de exaltação da nacionalidade germânica e de perseguição sistemática
aos judeus e comunistas alemães, acusados de traírem a Alemanha na “Grande Guerra”. Ainda
segundo os nazistas, a Alemanha deveria, pela superioridade racial de seu povo, tornar-se a principal
nação da Europa e do mundo. Para tanto, deveria desenvolver-se internamente, preparando-se para
recuperar os territórios perdidos na guerra anterior e ocupar os territórios dos povos considerados
inferiores, principalmente na Europa do Leste, e depois em várias partes do globo.

(Francisco César Alves Ferraz. Os brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. 2005. Editora Zahar. Página 10).

¹HOBSBAWM, Eric. A era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia das Letras, 1995. p.56

2
Mas, com a Crise de 1929, iniciada nos Estados Unidos e que teve repercussões
nos países capitalistas, a situação econômica da Alemanha começou a se complicar e o
país também entra em crise, aumentando novamente o número de desempregados e,
consequentemente, a pobreza assolava o país.
Nesse período entreguerras, ou seja, de 1918 a 1939, também foi o período de
ascensão de regimes totalitários, como o nazismo na Alemanha, cujo líder era Adolf
Hitler e o fascismo na Itália, cujo líder era Benito Mussolini.
Nesse sentido, as causas para a eclosão da segunda guerra foram: as imposições do
Tratado de Versalhes, o avanço do comunismo, a crise de 1929 e a ascensão dos regimes
totalitários na Europa, como o nazismo e o fascismo.

(...) Derrotados na Grande Guerra de 1914-1918, os alemães foram submetidos pelos vencedores
à perda de territórios, ao pagamento de “reparações de guerra” e à redução de suas Forças Armadas.
Essas medidas provocaram ressentimentos em boa parte de sua população, e combinadas com as
crises econômicas das décadas de 20 e 30 abriram espaço para a ascensão do Partido Nacional –
Socialista Alemão dos Trabalhadores, o Partido Nazista.
(Francisco César Alves Ferraz. Os brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. 2005. Editora Zahar. Páginas 9 e 10).

(...) No nazismo, temos um fenômeno difícil de submeter-se à análise racional. Sob um líder que
falava em tom apocalíptico de poder ou destruição mundiais, e um regime fundado numa ideologia
absolutamente repulsiva de ódio racial, um dos países mais cultural e economicamente avançados
da Europa planejou a guerra, lançou uma conflagração mundial que matou cerca de 50 milhões de
pessoas, e perpetrou atrocidades - culminando no assassinato mecanizado em massa de milhões
de judeus - de uma natureza e escala que desafiam a imaginação.

(HOBSBAWM, Eric. “A Era dos Extremos”. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. Capítulo 1 “A Era da Guerra Total”, p. 29 – 60).

Através de uma política de alianças, os países se dividiram em dois grupos: os aliados


e o eixo. No grupo dos aliados se encontravam a Inglaterra, URSS, França e Estados
Unidos e no grupo eixo, Alemanha, Itália e Japão. Hitler e Mussolini, na década de
1930, começaram a reconquista dos territórios perdidos de acordo com o Tratado de
Versalhes.
Tanto o Japão como a Itália iniciaram o expansionismo. A Alemanha ambicionava
o “espaço vital”, em que na Alemanha e nos territórios anexados viveriam somente
pessoas da raça ariana, que Hitler considerava raça pura:

Em sua obra MeinKampf ― verdadeiro manual de conduta do partido e dos seus membros ― ele
apresenta a essência de suas propostas anti-semitas expondo, sem escrúpulo, justificativas para o
extermínio de judeus. A seu ver o sangue era a base tanto da força como da fraqueza do homem.
Assim, somente uma raça pura e sem mistura conseguiria impor-se, garantindo a supremacia sobre
os demais grupos. (CARNEIRO, 2000, p.25).

3
A Segunda Guerra teve início no dia 01 de setembro de 1939, quando as tropas
alemãs invadiram e arrasaram a Polônia e parte dos seus territórios é anexada pelos
nazistas.

Ao final de três semanas de guerra, quase não havia mais resistência polonesa: a capital, já
dominada pelos alemães, tremia a todo momento com as bombas que destruíam impiedosamente
o que ainda restava inteiro. O governo e o exército polonês sentiram-se traídos pelos Aliados
Ocidentais, pois não houve a intenção de apoiar a Polônia com armas e militares. Após 28 dias
de combate, Varsóvia capitulou. O exército polonês aos poucos vai rendendo-se. Hitler anexou a
Polônia Ocidental.

(DITZ K. M. O retorno – dissertação de mestrado. Santa Maria, RS. 2013, p. 41).

A França e a Inglaterra declaram guerra à Alemanha. Daí para frente a Alemanha


avança pela Europa. Hitler invade a Dinamarca e a Noruega. Depois vem a ofensiva na
frente ocidental, quando invade a Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França.
A tática usada pelos alemães foi a da Blitzkrieg, ou seja, guerra relâmpago, aliada à
força aérea e tanques blindados.
Entre os meses de julho e setembro de 1940, Londres foi duramente bombardeada
pelo exército nazista. Apesar das baixas, os ingleses vencem. Foi a primeira derrota dos
alemães. Em 1940 Hitler, com apoio da Itália, invade a Grécia, Iugoslávia, Bulgária e
Romênia. Até esse momento o conflito se concentrava no continente europeu. Em
1941, a guerra torna-se mundial. Países africanos são invadidos pelos italianos. Hitler,
descumprindo o tratado de não agressão com a URSS, invade-a. Os soviéticos resistem
bravamente.
Em dezembro de 1941, o Japão ataca de surpresa a base norte-americana de Pearl
Harbor, no Havaí, tornando a guerra mundial:

O ataque japonês a Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941 tornou a guerra mundial. Dentro
de poucos meses, os japoneses tinham tomado todo o Sudeste Asiático, continental e insular,
ameaçando invadir a Índia a partir da Birmânia no Oeste, e o vazio Norte da Austrália a partir da
Nova Guiné.

(HOBSBAWM, Eric. “A Era dos Extremos”. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. Capítulo 1 “A Era da Guerra Total”, p. 47).

Esse episódio fez com que os Estados Unidos entrassem na guerra ao lado dos
países aliados, fazendo com que estes começassem a vencer as batalhas. Em 1943, os
aliados invadem a Itália. Nesse país é que a FEB entra em ação.

4
Figura 1 - Fonte: Jornal Diário dos Campos, Ponta Grossa, 20 out.1944, nº 12.171, Manchete

Os Estados Unidos até 1941 permaneciam quase que neutros na guerra, apenas colaborando
com os ingleses e franceses, no fornecimento de material bélico e provisões de guerra. Mas, no
dia sete de setembro de 1941, os Estados Unidos sofrem um grande impacto: o ataque japonês à
base naval de Pearl Harbour no Havaí, o que empurrou os Estados Unidos a participar ativamente
na Guerra Mundial, ao lado dos aliados e contra o Eixo. A partir de 1942, os aliados começaram a
garantir inúmeras vitórias em várias frentes. O exército dos Estados Unidos ataca os japoneses,
obrigando-os a recuar no norte da África e ajudando os britânicos a vencer as forças alemãs que
dominavam o norte da África. Ainda neste ano, o Brasil declara guerra ao Eixo”.

(DITZ K. M. Artur vai a guerra: “O retorno” - Dissertação de Mestrado. Santa Maria, RS, 2013 – p. 49).

Para vencer os japoneses, os Estados Unidos lançaram, sobre Hiroshima e Nagasaki,


as bombas atômicas.
A Segunda Guerra Mundial terminou em 1945, com a vitória dos aliados. Cerca
de cinquenta milhões de pessoas foram mortas. Seis milhões de judeus morreram nos
campos de concentração, num massacre que recebeu o nome de Holocausto.

5
(...) Suas perdas são literalmente incalculáveis, e mesmo estimativas aproximadas se mostram
impossíveis, pois a guerra (ao contrário da Primeira Guerra Mundial) matou tão prontamente civis
quanto pessoas de uniforme, e grande parte da pior matança se deu em regiões, ou momentos, em
que não havia ninguém a postos para contar, ou se importar.
(HOBSBAWM, Eric. “A Era dos Extremos”. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. Capítulo 1 “A Era da Guerra Total”, p.48 -49).

Os danos materiais também foram exorbitantes. Cidades inteiras foram destruídas


e campos arrasados. Em 1948 foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas),
com o objetivo de assegurar a paz mundial.

Sugestão de vídeo:
Jô Soares entrevista sobrevivente do holocausto Alexander Liberman. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2KPS2ySZA9A> – acesso
em 14 nov. 2016.
Sugestão de leitura:
Os números estarrecedores da marcha da morte de Auschwitz. Disponível em: <http://www.brasil.discovery.uol.com.br/os-numeros-estarrecedores-da-
marcha-da-morte-de-auschwitz/> – acesso em 14 nov. 2016.

6
AGora é sua vez!

aTiViDaDe 1

Você vai assistir a um recorte do vídeo Grande Ditador – Discurso pela paz. Nesse
recorte, percebe-se que o ator Charles Chaplin faz um apelo para que haja, entre
os povos, união, democracia, amor, igualdade...Diz que há espaço para todos, desde que
não haja guerra, ódio, ganância e violência.

Título Original: The Great Dictator


Título Português: O Grande Ditador - Discurso pela Paz
Gênero: Comédia
Duração: 124 min
Idioma/Legenda: Inglês/Português
Ano: 1940
País de Origem: Estados Unidos da América
Direção: Charles Chaplin
Duração do Recorte: 07min 42s
Disponível em: www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=18181
Acessado em: 05 ago. 2016

o QUe faZeR

Vamos organizar um painel onde você e mais quatro colegas, através de desenhos,
pinturas e caricaturas, vão mostrar o quanto o respeito entre os povos é necessário para
que exista paz no mundo. Você vai colocar uma foto do seu painel a seguir.

7
Os Horrores da guerra

aTiViDaDe 2

Assista ao vídeo sobre a Segunda Guerra Mundial, que mostra um panorama da


invasão da Polônia e assinala o início da guerra até o lançamento da bomba atômica,
como também a rendição dos japoneses.

8
Título: Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)
Duração: 8 min 19s
Idioma/Legenda: Português/Inglês
Produção: Estado de Minas Gerais
Disponível em: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=5923
Acessado em: 05 ago. 2016

O QUE FAZER

Elabore um texto, tomando por referência o vídeo que você assistiu, utilizando
as palavras do quadro abaixo:

SEGUNDA
PEARL
ALEMANHA POLÔNIA GUERRA JAPÃO
HARBOR
MUNDIAL

BOMBAS ESTADOS CAMPOS DE


BLITZKRIEG JUDEUS
ATÔMICAS UNIDOS CONCENTRAÇÃO

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

9
PESADELO NAZISTA

aTiViDaDe 3

Você vai assistir a um desenho animado, com o título Pato Donald e o Pesadelo
Nazista – 1943. Esse desenho fez parte da propaganda antinazista e foi elaborado pelos
estúdios Walt Disney, em 1943. O desenho trazia o pato Donald como um soldado
nazista vivendo na "nazilândia". A sátira era uma crítica ao regime totalitário do Estado
alemão durante o III Reich.

Título: Pato Donald e o Pesadelo Nazista - 1943


Duração: 7 min 52s
Idioma/Legenda: Português
Ano: 1943
Produção: Walt Disney
Disponível em: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=5635
Acesso em: 06 set. 2016

o QUe faZeR

Pato Donald incorpora o Führer, cujo título Adolf Hitler assumiu em 1933 e
também o III Reich. Faça uma pesquisa sobre os crimes cometidos pelo III Reich,
especialmente o Holocausto.

10
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

11
Sugestão de filme
Título Original: The Boy in the Striped Pyjamas
Título em Português: O Menino do Pijama Listrado
País de Origem: Reino Unido / EUA
Gênero: Drama
Diretor: Mark Herman
Duração: 93 min

Sinopse:
Vivendo numa família rica da Berlim de meados do século 20, Bruno tem uma infância tranquila,
até que uma notícia ameaça sua rotina. Ele, sua irmã - Gretel - e seus pais, terão que se mudar
porque o pai foi transferido em seu trabalho como militar. Na nova casa, o garoto entristece por não
ter vizinhos, apenas alguns estranhos homens de pijama listrado cinza. Querendo novas amizades
e com sua grande curiosidade, Bruno se aproxima e, mesmo separado por uma cerca, fica amigo
de Shmuel, da mesma idade.
Sem saber o que está acontecendo, Bruno tenta cada vez mais saber o que acontece do outro
lado, que em sua mente parece tão mais divertido. O Menino do Pijama Listrado, que também
não tem certeza do que se passa, não consegue responder a todas as dúvidas do curioso jovem.
Assim, os dois elaboram um plano para que Bruno também consiga um pijama e entre na cerca.
Explorando este novo mundo, o garoto vai fazer terríveis descobertas sobre o trabalho de seu pai
e seu envolvimento com o nazismo.

Disponível em: www.guiadasemana.com.br/cinema/sinopse/o-menino-do-pijama-listrado


Acessado em: 12 set. 2016

12
UNIDADE II
O BRASIL TOMA PARTIDO
NA GUERRA
Na época da Segunda Guerra Mundial, o Brasil era governado por Getúlio Vargas,
que havia tomado o poder em 1930. Em 1937, com a implantação do Estado Novo, Vargas
passou a governar com poderes ditatoriais, iniciando oito anos de domínio incontrastável.2
Nos primeiros anos da guerra, o Brasil manteve-se neutro, porque
tinha relações diplomáticas e comerciais tanto com os países do EIXO
quanto com os países aliados, principalmente com os Estados Unidos.
Em 1940, na Conferência de Havana, foi
firmado um tratado de mútua solidariedade no (...) nos princípios e nas práticas, mais
caso de ataque a qualquer país do continente se assemelhava aos fascismos que aos
regimes democráticos; no entanto, na
americano. Aproveitando-se da situação, e guerra, se via na contingência de aliar-se
procurando obter vantagens, Vargas fez alguns cada vez mais às democracias liberais.
acordos com os Estados Unidos, permitindo a
instalação de tropas norte-americanas em bases segunda(Francisco César Alves Ferraz. Os brasileiros e a
guerra mundial. Ed. Zahar. 2005, p.21).
nordestinas e, ainda, garantindo o fornecimento
de matérias-primas para a guerra. Por outro
lado, os EUA se comprometiam a financiar a criação da Companhia Siderúrgica
Nacional, assim como o fornecimento de equipamentos para as Forças Armadas.

(...) Assim, em setembro de 1940, foi assinado o acordo para a construção da siderúrgica, a ser
instalada em Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro. O acordo liberava imediatamente 20
milhões de dólares, e mais 20 milhões seriam acrescentados posteriormente. Assessores técnicos
colaborariam para o projeto e a construção da usina. A inauguração, prevista para 1944, somente
ocorreu em 1946, com a guerra já terminada.

(Francisco César Alves Ferraz. Os brasileiros e a segunda guerra mundial. 2005 – editora Zahar, p. 19).

Essas bases passaram a receber um considerável fluxo de aviões rumo à África


e ao Mediterrâneo, que contribuíram para o patrulhamento aéreo do Atlântico Sul.

2
BRANDI, Paulo. Vargas: da vida para a história. Rio de Janeiro: Zahar, 1983. p. 03 (Hélio. 1942 – Guerra no Continente. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1972. p. 191)

13
É propósito dos brasileiros defender, palmo a palmo, o próprio território contra quaisquer incursões,
e não permitir que possam as suas terras e águas servir de assalto para as nações irmãs. Não
mediremos sacrifícios para a defesa coletiva, faremos o que as circunstâncias reclamarem, e
nenhuma medida deixará de ser tomada a fim de evitar que, portas adentro, inimigos ostensivos ou
dissimulados se abriguem e venham a causar dano, ou por em perigo a segurança das Américas.

. (BRASIL SEGUE OS EUA E ROMPE COM O EIXO. Disponível em: <http://m.memorialdademocracia.com.br/card/brasil-rompe-com-o-eixo>


– acesso em 14 nov. 2016).

No dia 29 de Janeiro, Vargas e Roosevelt se reuniram em Natal, para decidirem a


entrada do nosso país na guerra, enviando uma força expedicionária.

Figura 2 - Getúlio Vargas (centro) e Roosevelt (à direita) - ambos de chapéu panamá - durante a
Conferência de Natal, em Janeiro de 1943 (Agência Brasil).
Foto de Getúlio Vargas com Roosevelt. Disponível em: <https://www.google.com.br/#q=FOTO+
GETULIO+VARGAS+COM+ROOSEVELT+DOMINIO+PUBLICO>
– acesso em 29 ago. 2016.

Em 17/08/1942, o Departamento de Imprensa e Propaganda anunciou o


afundamento de cinco navios brasileiros entre a Bahia e Sergipe, provocando inúmeras
vítimas entre civis e militares. Depois outros foram torpedeados. Eram navios a serviço
da navegação costeira, transportando passageiros de um Estado para outro e foram
atacados por submarinos do eixo.
Segundo Marechal Floriano de Lima Brayner (1968, p. 19):

14
Foram grandes as nossas perdas, em embarcações e vidas preciosas. E deste modo registrou-
se a inevitável exaltação do amor próprio nacional, e mais se acentuou a nossa aproximação aos
Aliados Ocidentais. Em 22 de agosto de 1942, o Brasil rompia relações com os países do Eixo
Berlim-Roma em seguida ao cruel afundamento do Afonso Pena, por um submarino, nas costas
da Bahia, e do Aníbal Benévolo, Baependi, Araraquara, Itagiba e Arara, entre 15 e 16 de agosto de
1942, a 8 milhas da costa de Sergipe, fazendo 653 vítimas.

No dia seguinte, as escolas do Rio de Janeiro se esvaziaram. Estudantes


transportando cartazes com os dizeres “Queremos a Guerra” surgiram pelas avenidas,
fato que foi noticiado pelo jornal Folha da Manhã:

O povo de São Paulo manifestou ontem sua repulsa pelo EIXO realizando entusiásticas passeatas
pelas ruas centrais e reunindo-se num dos maiores comícios patrióticos já realizados na cidade.

(FOLHA DA MANHÃ: 21/08/1942).

Figura 3 - Fonte: : <http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=26200> – acesso em 07 nov. 2016.

A população brasileira exigia do governo posicionamento imediato ante as


agressões, reunindo multidões e saindo pelas ruas, promovendo tumultos e depredando
propriedades de cidadãos italianos e alemães radicados no Brasil.
No dia 31/08/1942, Getúlio Vargas declarou guerra ao eixo:

15
...considerando que...unidades desarmadas da Marinha mercante brasileira, viajando com fins
de comércio pacífico, foram atacadas e afundadas... considerando que tais atos constituem uma
agressão não provocada... os bens e direitos dos súditos alemães, japoneses e italianos, pessoas
físicas ou jurídicas... respondem pelo prejuízo...

(100 Anos de Republica, v. V, p.10).

Logo após, iniciaram-se os primeiros preparativos para a formação de tropas


brasileiras para lutar na Europa. Isso não foi uma tarefa fácil, pois o Brasil possuía uma
dramática deficiência militar.

Sugestão de vídeo:
O Brasil na Segunda Guerra Mundial – Documentário sobre a FEB. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=piLrYaXJDek> – acesso em
10 nov. 2016.

16
NOTÍCIAS DA ÉPOCA!

aTiViDaDe 4

Nessa atividade você terá a oportunidade de analisar algumas notícias da guerra,


especialmente com relação aos anos em que os combatentes estiveram na Itália (1944 -
1945). Essas notícias foram extraídas do jornal Diário dos Campos.

o QUe faZeR

Observe com atenção cada uma das notícias e depois responda às questões:

Notícia 1: A notícia abaixo fala do torpedeamento de navios brasileiros por


submarinos alemães. Que relação tem esse episódio com a entrada do Brasil na Segunda
Guerra Mundial?

Figura 4 - Fonte: Jornal Diário dos Campos, Ponta Grossa, 19 jul. 1944, n. 12107, manchete, 19 jul. 1944

17
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Notícia 2: Como vimos, os soldados brasileiros não tinham nenhuma experiência


de guerra. Foram para a Itália defender nosso país contra os regimes totalitários. Na
notícia abaixo, há a constatação que os soldados brasileiros eram valentes e decididos.
Faça uma pesquisa para saber como foi o treinamento dos brasileiros em solo italiano.

Figura 5 - Jornal Diário dos Campos, Ponta Grossa, 17 out.1944, n. 12.168, Manchete

18
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Notícia 3:

1- Leia o fragmento da notícia presente no jornal Diário dos Campos de 01/10/1944


com a seguinte manchete:
“Despedindo-se de Ponta Grossa: marchou ontem pelas ruas da cidade o 13º RI”
de 01/10/1944 – nº 12161.

“(...) E os corações todos, reunidos naquele instante pelo ideal comum que o vexilo³
ostentado pelos soldados refletia com eloquência, pareciam, à vista daquele espetáculo
imponente oferecido pelos depositários do orgulho e do heroísmo nacionais, repetir, em
consonância com os passos cadenciados, as preces que a fé imperecível que depositamos
nos destinos gloriosos do Brasil tem enunciado através de gerações e que mais fervorosas
se sentem nestas horas de perigo e de lutas. Sentia-se, naquele instante, como um

³Vexilo: O vexilo era um objeto em forma de bandeira utilizado no período clássico do Império Romano como estandarte. A principal
diferença dos vexilos para uma bandeira atual é que o tecido era hasteado verticalmente a partir de uma ponta horizontal, ao
contrário das bandeiras hasteadas horizontalmente como as utilizadas nos dias de hoje. O responsável por carregar o vexilo era
conhecido como vexilário. Quase todas as atuais regiões da Itália ainda preservam o uso de vexilos, encontrando-se entre os poucos
exemplos do seu uso na atualidade. (Significado de Vexilo. Disponível em: <http://dicionarioportugues.org/pt/vexilo> – acesso em
05 set. de 2016).

19
compromisso solene, assumido pelos brasileiros que marchavam para o campo de batalha
e os que devem permanecer na retaguarda: o de que todos, indistintamente, saberão
lutar sem desfalecimentos, sejam quais forem os sacrifícios, para maior glória do Brasil,
e para que ele cada vez mais se engrandeça no concerto dos povos civilizados, aqueles
que propugnam pela Democracia contra as ominosas doutrinas da opressão e contra as
guerras de conquistas!”

Responda:

a) Sobre o que fala a reportagem?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

b) Nessa manchete é mencionado que os soldados foram defender a democracia.


Você acha que atualmente o Brasil é um país democrático? Justifique sua resposta.

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Sugestão de Pesquisa:
De improviso na maior das guerras – Jornal Gazeta do Povo. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/especiais/pracinhas-
na-segunda-guerra/index.jpp> - acesso em 30 ago. 2016.
Brasil na Segunda Guerra - FEB na Itália: Brasileiros receberam treinamento intensivo. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-
brasil/brasil-na-segunda-guerra---feb-na-italia-brasileiros-receberam-treinamento-intensivo.htm> - acesso em 30 ago 2016.
Gazeta do Povo - Os Pracinhas na 2a Guerra Mundial
www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/especiais/pracinhas-na-segunda-guerra/index.jpp
Acesso em: 30 ago. 2016
UOL Educação - Brasil na Segunda Guerra - FEB na Itália: Brasileiros receberam treinamento intensivo
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/brasil-na-segunda-guerra---feb-na-italia-brasileiros-receberam-treinamento-intensivo.htm
Acesso em: 30 ago. 2016
Livro: A Verdade sobre Guanella de Alfredo Bertoldo Klas
Livro: A Verdade sobre Abetaia de Alfredo Bertoldo Klas

20
ATUALIDADE
Desde 2011 existe uma guerra civil na Síria. Devido à violência propagada pelo
Estado Islâmico, cerca de 200 mil pessoas já morreram e milhões estão deixando o país.
Pesquise imagens e reportagens de jornais e revistas que tratam desse assunto, para que
seja montado um painel na sala e posterior discussão sobre a paz mundial. No espaço
abaixo você colará a foto do seu painel.

21
UNIDADE III
A Força Expedicionária
brasileira - Feb
Em agosto de 1943, o Ministro do Exército, general Eurico Gaspar Dutra, assinou
portaria determinando a criação de um corpo de expedicionários para ser mandado
para a Europa. Para sua organização e treinamento e, posteriormente seu comando, foi
designado o general Mascarenhas de Morais. Deste momento até o efetivo envio das
tropas para a Itália transcorreram 12 meses. Esse período foi dedicado à preparação e
treinamento das tropas.
Com relação à preparação dos combatentes, ainda no Brasil, a historiadora Maria
de Lourdes F. Lins (1975, p. 74) argumenta que:

Quando da realização dos grandes desfiles da FEB pelas principais ruas do Rio de janeiro, era
comum ouvir frases como estas: – “Qual! Vocês não vão. A guerra vai acabar por esses dias. A
coisa lá na Europa está de ‘colher’ para os aliados. Tudo isso é ‘lero-lero”. Tais e tantos eram os
boatos e notícias contraditórias e tendenciosas.

A Força Expedicionária Brasileira (FEB) era a única força combatente oriunda da


América Latina no continente europeu. Foi organizada em sua maioria por soldados
pobres, negros e brancos, com baixa escolaridade e que muito pouco sabiam dos
motivos pelos quais iriam lutar contra o eixo. Grande parte (ou a maior parte) dos jovens
recrutados era do interior do país. Mais de 65% dos convocados foram declarados
incapazes, por deficiências diversas: analfabetismo, avitaminoses, precário estado de
dentes, subnutrição.
O Brasil entrou numa guerra sem forças armadas condizentes com a modernidade
dos exércitos em luta, sem armamento, sem preparo técnico, sem elemento humano
capacitado para enfrentar a tragédia que envolvia o mundo, tanto física, como mental e
psicologicamente.
De acordo com Ferraz (2005, p. 51):

Após vários exames médicos e uma fraca preparação para o combate, os expedicionários, em
sua maioria jovens e menos afortunados, foram afastados de seus empregos, famílias e amigos
e embarcaram para a Itália, em vários escalões, a partir do dia 2 de julho de 1944, totalizando
um efetivo com pouco mais de 25.000 homens, um número inferior ao que era pretendido. “As
tropas brasileiras foram transportadas, vestidas, equipadas, armadas, municiadas, alimentadas e
assistidas em suas necessidades pela imensa máquina de guerra norte americana”.

22
O Brasil teve três diferentes formas de participação na Segunda Guerra: primeiro
como fornecedor de matérias-primas para os países aliados. Em seguida, foi liberado
o uso de bases no Norte e Nordeste do país, para uso da aviação dos países aliados, a
partir de 1942. Finalmente, com a formação da FEB, depois que os submarinos alemães
atacaram navios brasileiros.
Foram encaminhados para a Itália 25.334 combatentes da FEB, conhecidos como
pracinhas.

Os expedicionários ganharam um termo para designá-los, o “pracinha”. Suas origens são obscuras.
O Capitão da Reserva Amador Cysneiros, que na FEB serviu na 2ª auditoria da Justiça Militar,
sugere que o termo tenha nascido a bordo do navio de transporte “General Mann” numa enquête
realizada pelo jornal de campanha “E a Cobra fumou...” sobre o qual deveria ser o nome genérico
do soldado brasileiro na Itália. Vários nomes teriam sido aventados como: “guerreiros”, “Tupi” e
“Cobra” sem sucesso. Mas alguns já chamavam-nos de “pracinha” e assim ficou popularizado.
Para a imprensa, tratava-se de uma forma carinhosa de chamar os soldados brasileiros. Nem todos
os expedicionários concordam, porém, com esta expressão. Para estes, o termo é “um diminutivo
infame”, sugerindo que os expedicionários, e depois da guerra veteranos, fossem “uns coitadinhos”,
estabelecendo “uma situação de dependência e de inferioridade do designado”. (FERRAZ, F.C.A.
p. 99).

Os expedicionários embarcaram no porto do Rio de Janeiro em navios americanos,


em quatro diferentes datas. Entre julho de 1944 e fevereiro de 1945, cinco contingentes
da FEB foram enviados para a Itália em navios americanos:

Depois de receberem a visita de Vargas e Dutra para desejar boa sorte aos que partiam, segue
o primeiro escalão composto de cinco mil soldados brasileiros para a Itália, sob um forte esquema
de segurança. (...) O segundo e terceiro escalões saíram do Brasil ao mesmo tempo, no dia 22 de
setembro, chegando à Itália no dia 6 de outubro. O quarto e o último escalão partiram no dia 8 e
chegou no dia 22 de fevereiro de 1945. (ALBINO, 2010, p. 327-328

A primeira leva da FEB chegou a Nápoles em 16 de junho de 1944, depois de 14


dias.

À medida que avançavam rumo ao norte da Itália, nossos pracinhas viam e ouviam os relatos
de massacres, seqüestros em massa, estupros e pilhagens generalizados por parte das tropas de
ocupação alemãs, o que certamente contrastava com a sua predisposição para se solidarizar com
os civis italianos.

(OLIVEIRA, Dennison de. 2001, p.128-129.)

23
A FEB não atuou inicialmente na sua totalidade, com o emprego de toda a sua
potencialidade. Empenhou-se em operações específicas, ora para defender, ora para
atacar, ora para aliviar pressões em frentes mais ameaçadas.

Aqueles que lutaram na frente de combate experimentaram diariamente o medo de morrer e a


convivência com a morte dos outros – dos companheiros, dos inimigos, dos civis. Se não bastasse
o temor natural da morte, havia ainda outro elemento potencialmente traumático: o ato de matar
outro ser humano, mesmo que em própria defesa, mesmo que “em nome da pátria”, mesmo à
distância. (FERRAZ, 2005).

Figura 6 - Fonte: Jornal Diário dos Campos, Ponta Grossa, 28 out.1944, nº 12.177, Manchete

De um total de 25.334 soldados enviados ao front, o Brasil contabilizou 443 baixas


e cerca de 3.000 feridos.4
Sobre a contribuição dos combatentes brasileiros para a derrota do nazifascismo,
Ferraz ressalta:

4
SALAFIA, Anderson Luiz. Disponível em: <http://www.portalfeb.com.br/armamento/feb-do-inicio-ao-fim/>. Acessado: 07 jun. 2016.

Sugestões de vídeos:
• https://www.youtube.com/watch?v=two63ZoETSY – FEB - TOMADA DE ASSALTO A MONTE CASTELO- ITÁLIA
• https://www.youtube.com/watch?v=d-bIl5DhsLw – FEB - Segunda Guerra Mundial - Brasil

24
... um erro afirmar que a participação brasileira, com pouco mais de 25 mil homens, foi “simbólica”.
Não há nada de simbólico na perda da vida de centenas de jovens, e nas marcas indeléveis que o
horror da guerra deixou para os outros milhares de combatentes que retornaram ao Brasil. Soldados,
aviadores e enfermeiras combateram o nazifascismo e deram de si a contribuição máxima que se
pode exigir de um cidadão: defender a pátria com o risco da própria vida.

(FERRAZ, César. Os brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Jorge Zahar; 2005 p. 71)

A guerra acabou em 08 de maio de 1945. O primeiro escalão chegou ao Rio de


Janeiro em 18/07/1945 e, o último, em 03/10/1945. No dia 02/12/1944, foi criado o
Cemitério Brasileiro de Pistoia, na Itália. Posteriormente, em 1960, os restos mortais
foram transferidos para um cemitério no Rio de Janeiro.
A readaptação à vida civil e a superação dos traumas psicológicos adquiridos na
guerra foram momentos difíceis, bem como a realocação no mercado de trabalho.
Levou cerca de 50 anos para que os direitos e benefícios fossem concedidos pelo governo
brasileiro. Sobre esse assunto Joaquim Xavier da Silveira (1982, p. 235) argumenta que:

Toda tropa que se desmobiliza após uma guerra tem dois problemas fundamentais: a readaptação
e o amparo psicossocial e material. Nada disso foi feito a tempo quando da desmobilização da
FEB. O povo brasileiro não foi preparado adequadamente; o soldado não foi esclarecido de como
deveria proceder para se readaptar ao dia-a-dia e o povo não foi informado como deveria recebê-
lo. Recepção triunfal, como ocorreu na chegada da tropa, não significa que exista um preparo
psicológico da coletividade para receber em seu meio homens possivelmente portadores de
neuroses ou de síndromes que evoluíram para uma inadaptação à vida civil.

Em 01/10/1945, foi inaugurada no Rio de Janeiro a primeira Associação de ex-


combatentes do Brasil.
Até o início da década de 1990, as associações criadas para dar amparo aos ex-
combatentes, a imprensa e os políticos ainda denunciavam o constante abandono dos
pracinhas. O direito à pensão só saiu em 1988, 43 anos depois.

Sugestões de vídeos:
FEB - TOMADA DE ASSALTO A MONTE CASTELO- ITÁLIA. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=two63ZoETSY> - acesso em 08 nov.
2016.
Vídeo: FEB – Segunda Guerra Mundial. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=d-bIl5DhsLw> - acesso em 09 nov. 2016.
Sugestões de leituras:
FRÖHLICH, Sírio Sebastião. Livro digital: Longa Jornada com a FEB na Itália. –Disponível em: <http://pt.calameo.com/books/001238206e-
56388d525eb> – acesso em 14 nov. 2016.
Memória: brasileiros falam sobre alimentação durante a Segunda Guerra Mundial. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/noticias/2015/07/memoria-
-brasileiros-falam-sobre-alimentacao-durante-segunda-guerra-mundial> - acesso em 15 nov. 2016.
Sugestões de músicas:
Música: Longa Jornada. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iewdOje6jyA> – acesso em 28 nov. 2016.
Música: Sabaton - Smoking Snakes. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1M7sUCElJK0> – acesso em 28 nov. 2016.

25
HORA DO RANCHO

aTiViDaDe 5

A imagem abaixo mostra soldados brasileiros na Itália no momento que recebiam


alimento.

Figura 7 - Fonte: Jornal Diário dos Campos. Ponta Grossa, 08 out. 1944, nº 12.154, manchete

o QUe faZeR

26
Pesquise como era a alimentação dos soldados brasileiros na guerra.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Sugestão de pesquisa:

A alimentação da FEB nos campos da Itália. Disponível em: <https://chicomiranda.wordpress.com/2012/01/12/a-alimentacao-da-feb-nos-campos-da-


-italia/> – acesso em 03 dez. 2016.

27
UNIDADE IV
A FEB EM PALMEIRA

(...) Tombaram esses bravos para que vivêssemos de fronte erguida e não sob o jugo de
prepotentes. Embeberam essa terra estranha com o seu sangue generoso para que dele vingasse
a árvore de uma nova vida, não só para a humanidade, como, sobretudo para o Brazil.
Jamais esqueçamos do sacrifício supremo deste nossos irmãos! Das suas canseiras, da sua
coragem, da sua bravura, de seu heroísmo!
Haja uma página gloriosa na nossa já gloriosa história, que reconte os seus feitos às gerações
provindouras, porque quem tomba por um ideal merece ser perpetuado na lembrança e assinalado
nos pedestais da glória.
Não venceu o despotismo e ruíram-se as doutrinas subversivas, porque peitos formaram
barreiras ás avalanches da maldade.

Palavras do Capelão Militar, Capitão Frei Alfredo Waldemar Settaro OF. M. do III Batalhão do 11º R.I, nas exéquias solenes pelos mortos
da FEB na Catedral de Alessandria, Itália, em 11/05/1945. O Sr. Wilson Machado, combatente palmeirense, participou dessa missa, que foi
celebrada três dias depois do final da guerra, onde obteve a copia original das palavras proferidas pelo Capitão . O original foi doado ao acervo
do Museu Histórico de Palmeira. Doado por Lenira Machado em 05 de outubro de 2009.

A cidade de Palmeira – Paraná, localizada na região dos Campos Gerais, enviou


dezenas de soldados para a guerra, mais especificamente para a Itália. Esses soldados
eram oriundos, em sua maioria, da zona rural, sem nenhuma experiência de guerra. E
quando partiram, estavam, em sua maioria, na casa dos vinte anos de idade.
Há poucos registros sobre a participação dos combatentes palmeirenses. Existem
os livros memorialísticos do expedicionário palmeirense Alfredo Bertoldo Klas, que
participou da guerra, no posto de tenente, e escreveu “A verdade sobre Abetaia: drama
de sangue e dor no 4º ataque da FEB ao Monte Castelo” e “A verdade sobre Guanella –
Um Drama da FEB”. Nessa última, Klas relata certos erros cometidos na formação da
Força Expedicionária Brasileira que convocou soldados totalmente despreparados e que
tiveram que lutar, a duras penas, com o inimigo alemão. Também apresenta sua versão
sobre o episódio de Guanella e outros aspectos da guerra, como a conduta dos desertores
e a falta de apoio do governo brasileiro quando os pracinhas retornaram da guerra.
Na obra “A verdade sobre Abetaia”, Klas faz alguns esclarecimentos sobre a
formação, treinamento e a campanha dos expedicionários brasileiros na Itália, elucidando
fatos.
Klas também escreveu, depois que voltou da guerra, um texto de 45 páginas onde
ele relata aspectos do cotidiano de guerra.
Outro expedicionário palmeirense que realizou uma produção memorialística foi
o Sr. Pedro Hartman.

28
A pesquisa do militar José do Socorro Oliveira da Silva discorre sobre as
transformações pelas quais passaram as Forças Armadas, com suas estruturas e
reestruturações, perante o impacto do conflito belicoso global, assim como também,
o registro do compromisso firmado pelo soldado do Brasil, na defesa da soberania.
Também faz uma análise da importância de se resgatar experiências passadas e do estudo
do acontecimento sob a ótica das pessoas comuns, por meio da História Oral.
No ano de 2014, foram realizadas entrevistas com os ex-combatentes Durval
Assunção e Olímpio Freitas dos Santos. Essas entrevistas cobriram a trajetória da FEB,
desde o seu treinamento, ida para a Europa, o cotidiano da guerra, situações de combate,
o regresso ao Brasil e a reintegração à sociedade. Eles também relataram sobre as relações
com os civis italianos e o medo do enfrentamento com o inimigo.
Portanto, caros alunos, o entrelaçamento destes testemunhos é de fundamental
importância para que a história desses combatentes não seja esquecida.

FOTOGRAFIAS

aTiViDaDe 6

Fotografias também são utilizadas como fontes históricas, pois elas registram fatos,
acontecimentos e situações vividas. São verdadeiros registros da memória. No entanto,
a interpretação da imagem deve ser realizada a partir do entrelaçamento com as fontes
orais e escritas, para que haja a compreensão do contexto histórico em que a foto foi
tirada.

Joly, 2008, p.44, argumenta que:


[...] interpretar uma mensagem, analisá-la, não consiste certamente em tentar encontrar ao
máximo uma mensagem preexistente, mas em compreender o que essa mensagem, nessas
circunstâncias, provoca de significações aqui e agora, ao mesmo tempo em que se tenta separar o
que é pessoal do que é coletivo.

29
Neste sentido também Kossoy (1989, p. 29), enfatiza que:

Toda fotografia tem atrás de si uma história. Olhar para uma fotografia do passado é refletir
sobre a trajetória por ela percorrida e situá-la em três estágios: 1º lugar uma intenção para que
ela existisse; 2º lugar o ato do registro que deu origem à materialização da fotografia; 3º estágio
os caminhos percorridos por esta fotografia, as vicissitudes por que passaram, as mãos que a
dedicaram, os olhos que a viram, as emoções que despertou, os porta-retratos que a emolduraram,
os álbuns que a guardaram, os porões e sótãos que a enterraram, as mãos que a salvaram

O QUE FAZER

As fotos que você vai analisar foram tiradas na época da guerra, com uma câmera
fotográfica comprada na Itália, pelo ex-combatente palmeirense Durval Assunção.

1 2

3 4

30
5 6

7 8

9 10

31
1- Selecione cinco fotos que você analisou e complete o quadro abaixo:

ANO
LOCAL
RETRATADO
TEMA
RETRATADO
PESSOAS
RETRATADAS
OBJETOS
RETRATADOS
CARACTERÍSTI-
CAS
DAS PESSOAS
CARACTERÍSTICA
DA PAISAGEM
TEMPO
RETRATADO
(DIA/NOITE)
No DA FOTO
Fonte:
MAUAD, Ana Maria. Através da imagem: fotografia e história interfaces – Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/107167349/Atraves-da-
-Imagem-Fotografia-e-Historia-Interfaces > – acesso em 30 nov. 2016.

32
A FEB NAS BATALHAS

aTiViDaDe 7

O vídeo a que você vai assistir apresenta imagens relevantes acerca da participação
do Brasil na Segunda Guerra Mundial. As imagens mostram a participação da Força
Expedicionária Brasileira (FEB) em suas batalhas vitoriosas contra os países do Eixo;
apresenta também a participação das mulheres como enfermeiras na guerra.

Título: FEB - Brasil na Segunda Guerra Mundial


Duração: 07 min 19s
Disponível em: <http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=5245>
Acessado em: 05 ago. 2016

o QUe faZeR

Registre abaixo suas considerações sobre o vídeo a que acabou de assistir.


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

33
MEMÓRIAS DOS PRACINHAS DE PALMEIRA

aTiViDaDe 8

Utilizando-se do Multimídia, assista aos vídeos com as entrevistas feitas com os


expedicionários Durval Assunção, Olímpio Freitas dos Santos e Alfredo Bertoldo Klas.

o QUe faZeR

Após assistir aos vídeos, leia os resumos das histórias de guerra dos ex-combatentes
e depois responda às questões.

Durval Assunção

Nasceu em Santa Bárbara, nos Três


Morros, em Palmeira - PR. Serviu em
Curitiba e foi para a guerra com 20 anos.
Antes de ir pediu proteção para Nossa Senhora
da Conceição e também para São Sebastião,
de quem era devoto. Na Itália, tomava café
às 5 horas da manhã e almoçava à meia-noite
(refeição americana). A comida era boa. Às
Figura 8 - Fonte: Acervo família Assunção vezes dormia embaixo de árvores, embaixo de
caminhão. Não podia sair na estrada porque era
cheio de minas. A água dos riachos estava envenenada. Se avistava um objeto no chão,
não podia pegar, porque podia estar em cima de uma mina.Tinha que se cuidar minuto
por minuto, hora por hora. Às vezes, quando estava dormindo, tinha que sair correndo
e deitar no chão para não morrer.

34
A missão do Sr. Durval, na guerra, era ser eletricista do Quartel General Avançado
Mascarenhas de Moraes. Não tinha hora de dormir e nem de levantar. Sofreu dois
acidentes. Quando chegou ao Brasil recebeu poucas homenagens, sendo promovido a
2º Tenente Reformado.

Olímpio Freitas dos Santos

Nasceu no dia 25 de março de 1921.


Serviu em Curitiba e, depois de convocado
para a guerra, foi para o Rio de Janeiro. Tinha
21 anos. Durante a viagem de navio, teve muito
medo que a embarcação fosse afundada pelos
alemães. Passou fome no navio. Chegando
à Europa, foram para Nápoles e, depois,
embarcaram em um navio menor, com destino
Figura 9 - Fonte: Acervo família Freitas dos Santos
a Livorno. Ele não participou dos combates.
Sua missão era cuidar dos uniformes dos
soldados mortos.
Ficou quase um ano na Itália e relatou que o inverno era terrível, e a comida era
boa. Ele nunca ficou doente. Quando souberam do término da guerra, festejaram a
noite toda. A viagem de retorno ao Brasil foi mais tranquila. Oito meses depois do seu
retorno, casou-se com sua prima e teve oito filhos, sete mulheres e apenas um homem.

Alfredo Bertoldo Klas

Nasceu no dia 30 de Setembro de 1915,


na Fazenda Santa Carlota, distrito de Papagaios
Novos, em Palmeira-Pr. Era filho de Alberto
Klas e Maria Catharina Klas. Casado e com
dois filhos, no dia 23 de Setembro de 1944
dirigiu-se para o teatro de operações na Itália,
chegando no dia 06 de outubro em Nápoles.
O Sr. Alfredo foi para a guerra com o seu
irmão Lourival e com seu cunhado Capitão
Figura 10- Fonte: Acervo família Klas e Gilberto Bastos
Domingos Pimpão. Foi convocado em 24 de
dezembro de 1942. Em setembro de 1944, assume as funções de subcomandante da 1ª

35
Cia do 11º R.I. Em 22 de setembro de 1944, embarcou no navio americano GENERAL
MC MEIGS. Em 23 de setembro de 1944, o navio dirigiu-se para o teatro de operações
na Itália, chegando no dia 06 de outubro em Nápoles, onde foi feito o transbordo para
pequenos navios com destino a Livorno. No dia 19 de outubro, o regimento acampa
nos arredores de Pizza. Em dezembro, entra no front recebendo o batismo de fogo.
Participou de várias conquistas na Itália.
Em setembro de 1945 retornou ao Brasil. Recebeu muitas condecorações e altas
menções na carreira militar.
Foi advogado, professor universitário, violinista, pintor, administrador de
empresas, técnico em contabilidade, detentor de outros numerosos diplomas de cursos
compreendidos nas mais distintas áreas do conhecimento humano. Foi membro fundador
e primeiro presidente do Instituto Histórico de Palmeira. Foi prefeito de Palmeira.
O major Alfredo Bertoldo Klas morreu no dia 12 de maio de 2013 aos 97 anos,
em decorrência de um câncer. Ele era um dos mais antigos combatentes no Paraná da
Força Expedicionária Brasileira.

Responda:

1- Como as narrativas de ex-combatentes contribuem para a construção


memorialística da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial no Paraná?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

2- Qual era a função do Sr. Durval Assunção, do Sr. Olímpio Freitas dos Santos
e do Sr Alfredo Bertoldo Klas na Segunda Guerra Mundial?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3- Quantos anos eles tinham quando foram para a guerra?

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

36
4- O que eles contaram sobre o cotidiano de guerra?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

5- No depoimento do Sr. Durval Assunção, faz-se menção a Hitler. Quem foi


Adolf Hitler? Faça uma pesquisa sobre ele e registre aqui.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

37
6- O que o Sr. Durval, o Sr. Olímpio e o Sr. Alfredo relataram sobre o inverno
italiano?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

7- Qual foi a observação feita pelo Sr. Durval sobre a fome que assolava os italianos?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

8- Como era a alimentação que os soldados brasileiros recebiam na Itália, segundo


os relatos a que você assistiu dos ex-combatentes de Palmeira?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

9- Leia o texto abaixo e depois responda à questão:

Toda tropa que se desmobiliza após uma guerra tem dois problemas fundamentais:
a readaptação e o amparo psicossocial e material. Nada disso foi feito a tempo quando da
desmobilização da FEB. O povo brasileiro não foi preparado adequadamente; o soldado
não foi esclarecido de como deveria proceder para se readaptar ao dia-a-dia e o povo não
foi informado como deveria recebê-lo. Recepção triunfal, como ocorreu na chegada da
tropa, não significa que exista um preparo psicológico da coletividade para receber em
seu meio homens possivelmente portadores de neuroses ou de síndromes que evoluíram
para uma inadaptação à vida civil. (SILVEIRA, 1982, p. 235)

a) Os ex-combatentes Durval Assunção, Olímpio Freitas dos Santos e Alfredo


Bertoldo Klas mencionaram nos seus depoimentos como foi o retorno ao Brasil e a
readaptação à sociedade de Palmeira. O que existe de semelhanças e diferenças entre
esses depoimentos e o texto acima?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

38
10 - Você considera que os depoimentos dos expedicionários palmeirenses
poderiam oferecer alguma contribuição para a história de Palmeira? Justifique.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

11 - Leia com atenção a citação abaixo, extraída do livro de Maria de Lourdes


Mônaco Janotti, e depois responda à questão:

(...) a memória é um elemento constitutivo do discurso, mas não o único, na medida


que seu conteúdo é fortemente marcado pelo presenteísmo e pela contemporaneidade.
Ela se revela dominante nas histórias de vida e nos relatos biográficos mas não,
necessariamente, nos depoimentos sobre temas circunscritos. (1996, p.57)

a) Com base na citação acima e o que você aprendeu sobre a participação do Brasil
na guerra, você considera que é possível entender esse conteúdo apenas através dos
depoimentos dos ex-combatentes de Palmeira? Justifique.

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

12 - Leia com atenção o texto abaixo:

Foram grandes as nossas perdas, em embarcações e vidas preciosas. E deste modo


registrou-se a inevitável exaltação do amor próprio nacional, e mais se acentuou a nossa
aproximação aos Aliados Ocidentais. Em 22 de agosto de 1942, o Brasil rompia relações
com os países do Eixo Berlim-Roma em seguida ao cruel afundamento do Afonso Pena,
por um submarino, nas costas da Bahia, e do Aníbal Benévolo, Baependi, Araraquara,
Itagiba e Arara, entre 15 e 16 de agosto de 1942, a 8 milhas da costa de Sergipe, fazendo
653 vítimas. (BRAYNER, Floriano de Lima. A verdade sobre a FEB: memórias de um
chefe do estado-maior na campanha da Itália. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
1968, p.19).

39
a) Nas narrativas dos expedicionários palmeirenses a que você assistiu, percebe-se
que também comentaram sobre os torpedeamentos de navios brasileiros, que levaram à
morte centenas de pessoas. Pesquise sobre esse assunto e transcreva, nas linhas abaixo,
um trecho que fala que o torpedeamento dos navios foi a justificativa para a entrada do
Brasil na guerra. Não esqueça de citar a fonte.

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

13- Leia com atenção alguns trechos de depoimentos de soldados palmeirenses


sobre o recrutamento para a guerra:
Durval Assunção:
“...eu fui para a guerra escalado...porque os companheiros foram pra guerra daí eu
me senti também que eu devia cumprir com meu dever né, como militar, defender a
nossa Pátria”.
Olímpio Freitas dos Santos:
“...eu estava no quartel servindo, daí o governo pediu soldado, daí eles começaram
a escolher soldado pra ir pra lá...daí “peguemo” navio e “fumo” embora”.
Alfredo Bertoldo Klas:
"E o Brasil entrou na guerra, consequentemente eu, como oficial da reserva do
Exército Nacional, fui convocado para o serviço ativo e, no teatro da minha existência,
o pano de boca do palco abriu-se, lentamente. Eu fui chamado para fazer parte da
representação, como milhares de outros patrícios, humildes lavradores, operários sem
qualificação de emprego, comerciários.
Por meio desses depoimentos é possível constatar que esses palmeirenses não foram
para a guerra como voluntários. Eles foram convocados para o conflito."

a) Faça uma pesquisa para saber como o governo brasileiro realizou esse
recrutamento.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

40
14- Em seu depoimento, o Sr Alfredo Bertoldo Klas relatou sobre os agasalhos que
receberam na Itália para se protegerem do rigoroso inverno e também dos uniformes
que eram parecidos com os dos alemães:
"Nosso uniforme, os agasalhos e as mantas foram confeccionados para, por exemplo,
o clima do Paraná. O uniforme verde oliva que levamos, contrastava com aquele usado
pela totalidade das tropas aliadas, que era cáqui e, o nosso, por estranha coincidência,
igual ao dos alemães, que também era verde oliva".

Essa narrativa está de acordo com o que o diz o oficial Túlio C. Campello de
Souza:
(…) os uniformes da FEB foram confeccionados às vésperas do embarque. Por isso,
muitas peças do uniforme só foram usadas na Itália. O brim verde oliva, de algodão, era
vergonhoso, encolhia muito, deixando quem o usasse ridículo, por isso foi apelidado
de “Zé Carioca”. (...) A curiosidade foi pelo fato dos uniformes brasileiros serem
confeccionados no formato e na cor, com extrema semelhança, aos uniformes usados pelos
alemães. O fato mais curioso seria cômico se não fosse verdade, os pracinhas chegaram
à Nápoles após uma travessia do Atlântico, num navio americano extremamente lotado,
seu aspecto não era dos melhores, além disso, estavam todos desarmados. Juntando tudo
isto ao fato dos uniformes brasileiros serem de tal forma semelhantes aos dos nazistas,
que ao desfilarem pelas ruas de Nápoles foram confundidos pelos italianos com os
prisioneiros nazistas, sendo recebidos a pedradas (SOUZA, 1950:210).

Constata-se que tanto a narrativa do ex-combatente palmeirense Alfredo Bertoldo


Klas como a do oficial Túlio C. Campello de Souza tem pontos em comum. Com
relação aos uniformes que os brasileiros receberam na Itália, faça uma pesquisa para
descobrir quem forneceu esses uniformes aos brasileiros e como foi solucionada essa
questão da cor e do formato dos uniformes serem semelhantes aos dos nazistas.

Sugestão de site de pesquisa:


RIBEIRO, Patrícia da Silva - Tese de doutorado - EM LUTO E LUTA: construindo a memória da FEB. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/
dspace/bitstream/handle/10438/11296/Tese%20completa_REV4.pdf?sequence=1> – acesso em 01 dez. 2016.
MERON, Luciano B. Saco vazio não para em pé: a alimentação e os hábitos alimentares na FEB (1944-1945) - Disponível em: <http://www2.uefs.
br:8081/cer/wp-content/uploads/MERON_Luciano.pdf> – acesso em 01 dez. 2016.
ROSA, Alessandro dos Santos. Dissertação de mestrado –A Reintegração social dos ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira – (1946-
1988). Disponível em: <http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/24970/Dissertacao_Alessandro%20Pronta.pdf?sequence=1&isAllowed=y>
– acesso em 30 nov. 2016.

41
MUSEUS

aTiViDaDe 9

Visita ao Museu Histórico e Geográfico de Palmeira “Dr. Astrogildo de Freitas”


Neste museu se encontram preservados e, em exposição, objetos, instrumentos e
utensílios que foram utilizados pelo ex-combatente palmeirense Alfredo Bertoldo Klas,
no período em que esteve na guerra.
Nesse ambiente haverá a possibilidade de se discutir a relação entre história e
memória, com a intermediação da professora e da atual diretora do museu, Vera Lucia
Mayer.

o QUe faZeR no MUseU

* Utilizando-se de uma filmadora, você vai registrar todo o acervo existente no


museu, referente ao tema em estudo, como também os diálogos entre a guia, a professora
e seus colegas a respeito desse assunto. Desse modo, haverá a partilha de tudo o que
vocês aprenderam em sala de aula sobre as Memórias dos Combatentes de Palmeira na
Segunda Guerra Mundial, através da leitura dos objetos.
* Fotografar os objetos que foram doados ao museu pelo expedicionário palmeirense
Alfredo Bertoldo Klas para posterior exposição no colégio.

42
O QUE FAZER EM SALA DE AULA

Responder:

1- Como a relação entre memória e história da Participação dos ex-combatentes


de Palmeira foi exposta pela diretora e guia do Museu, pela professora e por seus colegas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

2- Você considera que, ao dar sentido aos objetos do museu, é possível dar novo
significado ao aprendizado nas aulas de História? Justifique
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3- Explique essa afirmativa: “O Museu é um espaço de memória”.

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

43
aTiViDaDe 10

Visita ao Museu do Expedicionário em Curitiba

O Museu do Expedicionário busca divulgar e difundir, para fins educativos, a participação


histórica do Brasil na Segunda Guerra Mundial, por meio da preservação de documentos e artefatos
de guerra. Com uma área de 1.264,90 m², atualmente é referência nacional nesse sentido e tem o
mais significativo acervo sobre o tema. (Museu do Expedicionário.

Disponível em: <http://www.museudoexpedicionario.com/museu-do-expedicionrio> – acesso em 30 ago. 2016).

o QUe faZeR

1- Como na atividade anterior, você vai fazer o registro fílmico da visita ao museu,
procurando captar, além dos objetos, as explicações do guia. Os vídeos deverão ser
editados para expor à comunidade escolar.

2- Tirar fotos do acervo existente.

3- Montar uma exposição de objetos, utensílios, instrumentos, fotos e vídeos


(das entrevistas realizadas com os ex-combatentes e das visitas aos museus) para a
comunidade escolar.

44
E OS OUTROS
PALMEIRENSES?

aTiViDaDe 11

Como vimos, Palmeira enviou soldados para a guerra. Investigamos a história de


três combatentes. E os outros? Quem são eles?

o QUe faZeR

Você e mais dois colegas pesquisarão os nomes dos combatentes de Palmeira e


farão o registro abaixo.

45
aTiViDaDe 12

1- Cada equipe ficará com um nome de combatente para a realização de


entrevistas com os familiares dos mesmos. Em todas as visitas ou contatos, a professora
irá acompanhá-los. No espaço abaixo você deve registrar o resultado dessas entrevistas.

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

46
REFERÊNCIAS
ALBINO, Daniel. Cobra fumando: A Força Expedicionária Brasileira na
Campanha da Itália (1944-1945). In TEIXEIRA DA SILVA, Francisco Carlos
(org.) O Brasil e a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Editora Multifoco,
2010, p. 321-341.

A alimentação da FEB nos campos da Itália. Disponível em: <https://


chicomiranda.wordpress.com/2012/01/12/a-alimentacao-da-feb-nos-campos-da-
italia/> – acesso em 03 dez. 2016.

Brasil na Segunda Guerra - FEB na Itália: Brasileiros receberam


treinamento intensivo. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/
historia-brasil/brasil-na-segunda-guerra---feb-na-italia-brasileiros-receberam-
treinamento-intensivo.htm> Acesso em 30 de agos.de 2016.

BRASIL SEGUE OS EUA E ROMPE COM O EIXO. DISPONÍVEL EM:


<http://m.memorialdademocracia.com.br/card/brasil-rompe-com-o-eixo> –
acesso em 14 nov. 2016.

BRAYNER, Floriano de Lima. A verdade sobre a FEB: memórias de um


chefe do estado-maior na campanha da Itália. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1968. p. 19.

CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. Holocausto. Crime contra a humanidade. 1.


ed. São Paulo: Ática, 2000. 96 p. (História em movimento).
Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=26200> – acesso em 07
nov. 2016.

FEB - TOMADA DE ASSALTO A MONTE CASTELO- ITÁLIA. Disponível


em: <https://www.youtube.com/watch?v=two63ZoETSY> - acesso em 08 nov.
2016.

FEB – Segunda Guerra Mundial. Disponível em: <https://www.youtube.


com/watch?v=d-bIl5DhsLw>- acesso em 09 nov. 2016.

FERRAZ, Francisco César Alves. A guerra que não acabou: a reintegração


social dos veteranos da Força Expedicionária Brasileira (1945-2000). Tese de
doutorado. São Paulo, 2003. p. 5.

47
______. Brasileiros e a segunda guerra mundial. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2005.

______. O Brasil na guerra: um estudo de memória escolar. Comunicação


apresentada no IV Encontro Perspectiva do Ensino de História. Ouro Preto.
Universidade Federal de Ouro Preto, 24 de abril de 2001.

______. Os veteranos da FEB e a sociedade brasileira: In Nova História


militar brasileira. Org.: Celso Castro, Vitor Izecksolm, Hendrik Kraay – Rio de
Janeiro: Editora FGV, 2004. p.365-388.

______. A guerra em tempo de paz. Nossa História, São Paulo, v. 15, p. 31


- 35, 03 jan. 2005.

Filme: Lapa Azul. Disponível em: <https://www.youtube.com/


watch?v=piLrYaXJDek> – acesso em 02 dez. 2016.

Foto de Getúlio Vargas com Roosevelt. Disponível em: <https://www.google.


com.br/#q=FOTO+GETULIO+VARGAS+COM+ROOSEVELT+DOMINIO+PUBLI
CO> – acesso em 29 agos. 2016.

FRÖHLICH, Sírio Sebastião. Livro digital: Longa Jornada com a FEB na


Itália. – Disponível em: <http://pt.calameo.com/books/001238206e56388d525eb>
– acesso em 14 nov. 2016.

HOBSBAWM, Eric. A era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São
Paulo: Cia das Letras, 1995. p.29 – 56.

Jô Soares entrevista sobrevivente do holocausto Alexander Liberman.


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2KPS2ySZA9A> – acesso
em 14 nov. 2016.

JOLY, Martine. Introdução à análise da imagem. Campinas/Sp: Papirus,


2008.
Jornal Diário dos Campos, Ponta Grossa, 19 jul. 1944, n. 12107, manchete,
19 jul. 1944.

______, Ponta Grossa, 26 out. 1944, n. nº. 12175, p.4.

______, Ponta Grossa, 17 out.1944, n. 12.168, Manchete.

48
Jornal Gazeta do Povo - De improviso na maior das guerras. Disponível
em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/especiais/pracinhas-na-
segunda-guerra/index.jpp> - acesso em 30 de agos.de 2016.

KLAS, Alfredo Bertoldo. A verdade sobre Guanella. Um drama da FEB.


Editora Juruá. Ano 2002.

______. A verdade sobre Abetaia. Drama de sangue e dor no 4º ataque da


FEB, ao Monte Castelo. 2005. Imprensa Oficial do Paraná e Secretaria de Estado
da Cultura.

KOGA, Rosane Maria Kosloski. Força Expedicionária Brasileira e a


participação dos Palmeirenses na 2ª Guerra Mundial. 2014. Disponível em:
<https://issuu.com/ihgpalmeira/docs/livreto_feb_part_palmeirenses_2_gue>.
Acesso em: Março de 2016.

KOSSOY, B. Fotografia e história. São Paulo: Ática, 1989.

LOCASTRE, Aline V. O ceticismo da memória: considerações sobre narrativas


de dois veteranos da Força Expedicionária Brasileira. Militares e Política, v. 2, p.
1-19, 2009.

LINS, M de L. F. A Força Expedicionária Brasileira: uma tentativa de


interpretação. São Paulo, 1972. Dissertação (Mestrado em História) Universidade
de São Paulo (publicada em 1975 pela Editora Unidas de São Paulo).

MAUAD, Ana Maria. Através da imagem: fotografia e história interfaces –


Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/107167349/Atraves-da-Imagem-
Fotografia-e-Historia-Interfaces > – acesso em 30 nov. 2016.

MERON, Luciano B. Saco vazio não para em pé: a alimentação e os hábitos


alimentares na FEB (1944-1945). Disponível em: <http://www2.uefs.br:8081/cer/
wp-content/uploads/MERON_Luciano.pdf> – acesso em 01 dez. 2016.

Memória: brasileiros falam sobre alimentação durante a Segunda Guerra


Mundial. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/noticias/2015/07/memoria-
brasileiros-falam-sobre-alimentacao-durante-segunda-guerra-mundial> - acesso
em 15 nov. 2016.

Museu do Expedicionário. Disponível em: <http://www.cultura.pr.gov.br/


modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=156> – acesso em 30 nov. 2016.

49
Museu do Expedicionário. Disponível em: <http://www.
museudoexpedicionario.com/museu-do-expedicionrio> acesso em 30 agos. 2016.

Música: Longa Jornada. Disponível em: <https://www.youtube.com/


watch?v=iewdOje6jyA> – acesso em 28 nov. 2016.

Música: Sabaton - Smoking Snakes. Disponível em: <https://www.youtube.


com/watch?v=1M7sUCElJK0> – acesso em 28 nov. 2016.

O Brasil na Segunda Guerra Mundial – Documentário sobre a FEB. Disponível


em: <https://www.youtube.com/watch?v=piLrYaXJDek> – acesso em 10 nov.
2016.

O Grande Ditador. Disponível em: <http://www.historia.seed.pr.gov.br/


modules/video/showVideo.php?video=18181> - acesso em 05 agos.de 2016 -
Duração: 07min42s.

Os números estarrecedores da marcha da morte de Auschwitz. Disponível


em: <http://www.brasil.discovery.uol.com.br/os-numeros-estarrecedores-da-
marcha-da-morte-de-auschwitz/> – acesso em 14 nov. 2016.

OLIVEIRA, Dennison de. Poder militar e identidade de grupo na Segunda


Guerra Mundial: a experiência histórica da psiquiatria militar brasileira.História:
questões e debates, Curitiba, Editora da UFPR, n.35, 2001, p.128-129.

50
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O PROFESSOR

Caro professor,

Este é o caderno pedagógico “Memórias dos Combatentes de Palmeira na


Segunda Guerra Mundial”, destinado aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental,
parte integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria
de Estado da Educação do Paraná, que procura responder a obrigatoriedade
no Ensino Fundamental e Médio com os conteúdos sobre a História do Paraná.
Com o intuito de auxiliá-lo na execução das atividades, sugiro os seguintes
procedimentos:

UNIDADE I: A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Pedir aos alunos que façam a leitura do texto de apoio: A Segunda Guerra
Mundial. O professor fará a explicação desse conteúdo, sempre incentivando-os
a questionar o que não foi compreendido.

• Atividade 1: preparar a sala com o multimídia para projetar o vídeo:


Grande Ditador – Discurso pela paz. Após a exibição do vídeo, os alunos
devem se organizar em equipes de cinco para a confecção dos painéis sobre
o tema proposto. O professor deve distribuir os seguintes materiais: cartolinas,
canetinhas, lápis de cor e cola para que os alunos possam fazer os desenhos,
pinturas e caricaturas sobre o tema. Depois de finalizado os painéis, o professor
deve tirar fotos dos mesmos. Tempo previsto: 2 aulas.

• Atividade 2: como na atividade anterior, é necessário preparar a sala e


o multimídia para a exibição do vídeo sobre a Segunda Guerra Mundial. Após a
exibição do filme, os alunos, em duplas, deverão produzir um texto, tomando por
referência o vídeo assistido e utilizando as palavras-chaves contidas no quadro,
referentes à Segunda Guerra Mundial. Os alunos poderão ler seus textos para
a turma. Após a leitura, o professor deverá fazer as considerações necessárias,
corrigindo ou complementando o que eles escreveram. Os textos, após a correção,
poderão ser expostos no mural da sala de aula. Tempo previsto: 2 aulas.

• Atividade 3: exibição do desenho animado Pato Donald e o Pesadelo


Nazista. Após assistirem ao filme, o professor poderá fazer uma roda de conversa
para que os alunos contem o que entenderam sobre o desenho. Na sequência,
serão encaminhados até o laboratório de informática da escola para que façam a
pesquisa sobre o Holocausto. Tempo previsto: 1 aula.

51
UNIDADE II – O BRASIL TOMA PARTIDO NA GUERRA

Cada aluno deverá realizar a leitura do texto. O primeiro da fila lê até o


ponto. O segundo, até o outro ponto e assim sucessivamente. Após a leitura, o
professor procederá a explicação desse conteúdo.

• Atividade 4: os alunos deverão ler as notícias da época da Segunda


Guerra Mundial e formar duplas para responder às questões. Tempo previsto: 2
aulas.

OBS: para a atividade da aula seguinte, pedir aos alunos que levem para a
escola imagens e reportagens de jornais e revistas que tratam da guerra civil na
Síria.
Atualidade: formar equipes de quatro alunos para que seja confeccionado
um painel sobre a violência do Estado Islâmico. O professor deverá tirar fotos dos
painéis. Tempo previsto: 1 aula.

UNIDADE III – A FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA – FEB

Leitura do texto: o aluno lê um parágrafo e indica um colega para continuar


a leitura, e assim sucessivamente. O professor deverá explicitar o texto.

• Atividade 5: levar os alunos até o laboratório de informática para que


elaborem uma pesquisa, em dupla, sobre a alimentação dos soldados brasileiros
na época da guerra. Tempo previsto: 1 aula.

UNIDADE IV – A FEB EM PALMEIRA

Leitura e explicação do texto de apoio.

• Atividade 6: para essa atividade o professor deverá levar as fotos


digitalizadas e distribuí-las aos alunos para que eles possam analisá-las. Após
análise, deverão preencher a tabela e socializar suas repostas com a classe.
Tempo previsto: 1 aula.

• Atividade 7: preparar a sala com o multimídia para a exibição do vídeo:


FEB – Brasil na Segunda Guerra Mundial. Após a exibição, o professor deverá
fazer suas considerações sobre o filme. Em seguida, cada aluno fará a atividade
proposta no seu caderno. Tempo previsto: 1 aula.

52
• Atividade 8: exibição, no multimídia, das entrevistas realizadas com ex-
combatentes de Palmeira e leitura dos resumos das histórias de guerra dos
mesmos. Em duplas, os alunos responderão as questões propostas no caderno.
O professor poderá escolher aleatoriamente alguns alunos para que leiam suas
repostas para a turma. Tempo previsto: 4 aulas.

• Atividade 9: agendar antecipadamente uma visita ao museu; contratar ônibus


e pedir a autorização dos pais. Solicitar aos alunos que levem celular, filmadora e/ou
câmera fotográfica para a realização da atividade proposta. Tempo previsto: 3 aulas.

• Atividade 10: idem a atividade anterior. No Museu do Expedicionário


em Curitiba, pedir aos alunos que pesquisem os nomes dos expedicionários
palmeirenses para que possam realizar a atividade 11. Tempo previsto: 8 aulas.
No retorno da viagem, organizar um espaço na escola para a exposição
de materiais usados na guerra, os quais serão emprestados de famílias dos ex-
combatentes e também do museu “Astrogildo de Freitas” de Palmeira, como: objetos,
fotos, utensílios, instrumentos e vídeos das entrevistas. Essa exposição deverá ser
montada pelo professor e apresentada à comunidade escolar. Para tanto, é necessário
que o professor confeccione convites para que os alunos entreguem as suas famílias.

• Atividade 11: escrever os nomes dos expedicionários palmeirenses que


foram pesquisados no Museu do Expedicionário e dividir os alunos em equipes de
5, para que elaborem perguntas a serem feitas a familiares de ex-combatentes.
Tempo previsto: 1 aula.

• Atividade 12: realização de entrevistas com familiares de pracinhas


palmeirenses. O professor deverá agendar a visita antecipadamente, assim como
fazer a locação do ônibus, caso necessite de transporte. Cada equipe fará a entrevista
com a supervisão e acompanhamento do professor. Tempo previsto: 5 aulas.

Ampliar a visão do aluno como também explorar seu potencial e criatividade


são pontos positivos e fundamentais para que as aulas de História se tornem
atrativas, dinâmicas e inesquecíveis.
Para que isso ocorra, desejo a você, professor, que faça uso desse material
pedagógico, adequando-o a sua realidade escolar para obter o sucesso desejado,
tornando seu aluno partícipe no processo de pesquisa histórica.

A autora

53

Potrebbero piacerti anche