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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

P O R T A R I A Nº 025/2011

A Secretária de Educação do Município de Vitória, Capital do Estado do Espírito Santo, no


uso das atribuições que lhe conferem o inciso III e o § 2º do Art. 117 da Lei Orgânica do
Município de Vitória e tendo em vista o disposto no Art. 15 da Lei nº 4.746, de 27 de julho
de 1998,

R E S O L V E:

Art. 1º. Homologar a Resolução Nº 01/2011, do Conselho Municipal de Educação de


Vitória – COMEV, que institui as Diretrizes para a Modalidade da Educação de Jovens e
Adultos – EJA, na etapa do Ensino Fundamental, na Rede Municipal de Ensino de Vitória.

Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Vitória-ES, 14 de julho de 2011.

Vania Carvalho de Araújo - Secretária Municipal de Educação

RESOLUÇÃO COMEV N° 01/2011

A Presidente do CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE VITÓRIA, Capital do


Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições legais dispostas nas Leis n°
4.746/1998 e n° 7.124/2007 e nos termos do Parecer COMEV 01/2011, aprovado em
Sessão Plenária do dia 20 abril de 2011,

R E S O L V E:

TÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CAPÍTULO I

DA CARACTERIZAÇÃO E RESPONSABILIDADE DA OFERTA

Art. 1º. Esta Resolução institui as Diretrizes para a Modalidade da Educação de Jovens e
Adultos – EJA na etapa do Ensino Fundamental, a serem obrigatoriamente observadas na
implementação, oferta, estrutura, organização e funcionamento dessa modalidade
educativa no Sistema Municipal de Ensino de Vitória.

Art. 2º. A Educação de Jovens e Adultos no município de Vitória destina-se aos/às


cidadãos e cidadãs que não frequentaram e/ou não concluíram o Ensino Fundamental na
considerada idade própria objetivando assegurar o direito desses cidadãos à educação
escolar, na referida etapa e modalidades de ensino correlatas, de responsabilidade do
município.
Art. 3º. Compete ao Poder Público Municipal garantir o acesso e a permanência na escola
a todos/as aqueles/as que tiverem direito à Educação de Jovens e Adultos, oferecida em
horário conforme demanda.

§ 1º. A idade mínima para o ingresso do educando na Educação de Jovens e Adultos, em


nível do Ensino Fundamental é de 15 (quinze) anos completos.

§ 2º. Ficam vedadas, em cursos de Educação de Jovens e Adultos, a matrícula e a


assistência de crianças e adolescentes da faixa etária compreendida na escolaridade
universal obrigatória, ou seja, de seis aos quatorze anos.

Art. 4º. A Escola de Educação de Jovens e Adultos, criada pela Lei Municipal nº 8.059, de
29 de dezembro de 2010, a partir das demandas sociais evidenciadas no Município de
Vitória, é destinada à oferta da modalidade EJA, para atendimento, prioritariamente no
turno diurno e deverá:

I - Responder administrativa e pedagogicamente pelo funcionamento das turmas de


Educação de Jovens e Adultos a ela vinculadas;

II – Acompanhar e atender a demanda social da EJA diurno, no município;

III – Elaborar o seu projeto político - pedagógico;

IV – Acompanhar o desenvolvimento das atividades realizadas nas turmas a ela


vinculadas.

V – Garantir o atendimento dos dispositivos desta Resolução.

CAPITULO II

DO CALENDÁRIO ESCOLAR E DA CARGA HORÁRIA

REDAÇÃO ORIGINAL

Art. 5º. O calendário escolar será construído pelas Unidades de Ensino, com base nas
diretrizes instituídas pelo Sistema de Ensino Público Municipal garantindo-se a
participação da comunidade escolar e local nas adequações específicas para a
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos previstas nesta Resolução, devendo o
mesmo ser encaminhado à Secretaria Municipal de Educação para aprovação.

Art. 6º. A carga horária total de referência para a duração do curso da Modalidade de
EJA, correspondente ao Ensino Fundamental, é de 3.040 (Três mil e quarenta) horas,
distribuídas em 6 (seis) anos, com uma estrutura de 3 (três) anos para cada segmento do
Ensino Fundamental, sendo:

I – primeiro segmento do 1º ao 5º ano: ciclos inicial, intermediário e conclusivo,


perfazendo um total de 1.440 (um mil, quatrocentas e quarenta) horas;

II – segundo segmento do 6º ao 9º ano: ciclos inicial, intermediário e conclusivo,


perfazendo um total de 1.600 (um mil e seiscentas) horas.
Parágrafo único. O/A estudante terá direito a concluir o Ensino Fundamental em tempo
menor do que o de 6 anos, de acordo com os critérios de classificação e reclassificação
estabelecidos nesta Resolução.

Art. 7º. A jornada semanal da EJA para o primeiro segmento será de 13 horas e 20
minutos e, desse total, oitenta minutos serão destinados aos intervalos, distribuídos em 20
minutos diários e o restante da carga horária deverá ser utilizada em efetivo trabalho
letivo de segunda a quinta-feira.

Art. 8º. A jornada semanal da EJA para o segundo segmento será de 14 horas e 40
minutos e, desse total, oitenta minutos serão destinados aos intervalos, distribuídos em 20
minutos diários e o restante da carga horária deverá ser utilizada em efetivo trabalho
letivo de segunda a quinta-feira.

Art. 9º. A sexta-feira deverá ser reservada para formação dos/as profissionais e
planejamento das atividades escolares.

Art. 10. Os projetos especiais que objetivam garantir a escolarização da EJA, destinados
ao atendimento de demandas específicas da sociedade, com temas, conteúdos,
metodologia carga horária e tempos de duração próprios, deverão ser encaminhados para
a apreciação e a aprovação no COMEV.

Art. 11. Na jornada escolar semanal, prevista nos artigos 7º e 8º desta resolução, as
Unidades de Ensino oferecerão, obrigatoriamente, Atividades Curriculares
Complementares (ACCs).

§ 1º. As ACCs são atividades de orientação aos estudos e projetos, desenvolvidas de


segunda a quinta-feira, das 18 horas às 18 horas e 40 minutos.

§ 2º As ACCs devem ser planejadas pela equipe de professores/as em conjunto com


os/as estudantes participantes.

§ 3º. As ACCs possuem caráter obrigatório para os/as estudantes do Segundo Segmento
e estes desenvolverão as Atividades Curriculares Complementares pelo menos 2 vezes
na semana, perfazendo 80 (oitenta) minutos semanais, com vistas ao cumprimento da
carga horária obrigatória.

§ 4º. As ACCs possuem caráter facultativo para os/as estudantes do Primeiro Segmento.

Art. 12. As ACCs visam à articulação da experiência extra escolar com os saberes das
diversas áreas do conhecimento.

§ 1º. A organização dos/as estudantes e dos/as professores/as para o desenvolvimento


das ACCs será orientada pela composição de grupos de trabalho constituídos a partir de
interesses, campos de atuação e necessidades formativas.

§ 2º. O tempo destinado a essas atividades, os conteúdos desenvolvidos, a frequência e


a avaliação devem ser planejados e registrados no diário de classe e na ficha de
avaliação do/a estudante, juntamente com todas as outras atividades desenvolvidas no
processo de aprendizagem.
CAPÍTULO III

DO CURRÍCULO

Art. 13. As propostas curriculares devem atender ao disposto nas Diretrizes Curriculares
Nacionais do Ensino Fundamental estabelecidas e vigentes, e os seus componentes
curriculares devem estar em consonância com o modelo pedagógico próprio da Educação
de Jovens e Adultos, devendo considerar:

I - a distribuição específica dos componentes curriculares, a fim de propiciar um patamar


igualitário de formação e restabelecer a igualdade de direitos e de oportunidades face ao
direito à educação;

II - a identificação e o reconhecimento da alteridade própria e inseparável dos jovens e


dos adultos em seu processo formativo;

III - a disposição e alocação adequadas dos componentes curriculares, face às


necessidades próprias dos/as jovens e adultos.

IV – a identidade própria da Educação de Jovens e Adultos,

V – as especificidades dos sujeitos da Educação de Jovens e Adultos, bem como suas


faixas etárias;

VI – a articulação dos conteúdos das diferentes disciplinas, por meio de práticas


interdisciplinares, transdisciplinares e interculturais, considerando os saberes
socioculturais e as experiências extra escolares dos(as) estudantes;

VII– o resgaste da formação, participação, autonomia, criatividade e práticas pedagógicas


emergentes da comunidade escolar.

CAPITULO IV

DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

Art. 14. A proposta pedagógica da EJA da Rede Municipal de Educação de Vitória


fundamenta-se nos valores, princípios e finalidades, conforme legislação específica,
abrangendo:

I – Situações de aprendizagem que reconheçam as especificidades culturais, sociais,


cognitivas e afetivas dos/as educandos/as jovens e adultos/as;

II – Definição da distribuição da carga horária, conforme dispõe o artigo 6º desta


Resolução;

III - Concepção de avaliação, seus objetivos, suas formas, instrumentos, registros e


importância no processo de formação dos/as educandos/as, considerando as
possibilidades de classificação, reclassificação e avanço, de acordo com critérios
estabelecidos nesta Resolução.
IV – Definição dos tempos, espaços e estratégias do trabalho pedagógico, na perspectiva
da formação continuada dos sujeitos envolvidos no processo ensino e aprendizagem.

V – Articulação do processo de escolarização da Modalidade EJA com a Educação


Profissional.

Parágrafo único. A Proposta Pedagógica para a Educação de Jovens e Adultos,


elaborada pela Secretaria de Educação com a participação das Unidades de Ensino e o
Conselho Municipal de Educação, deverá constituir referência para as Unidades de
Ensino em seus Projetos Político- Pedagógicos.

Art. 15. O Projeto Político-Pedagógico das Unidades de Ensino da Rede Municipal


respeitará, na sua elaboração, o disposto na Resolução COMEV nº 07/08, em seus
artigos 11 e 12.

TÍTULO II

DO REGIME ESCOLAR

CAPÍTULO I

DA MATRÍCULA E DO HISTÓRICO ESCOLAR

Art. 16. No ato da matrícula do/a estudante na Educação de Jovens e Adultos, serão
exigidos os seguintes documentos:

I – Requerimento de matrícula assinado pelo/a estudante ou por seu/sua responsável, no


caso de estudantes menores de idade;

II – Certidão de Nascimento ou Casamento;

III – Documento de identificação (RG, CTPS ou CNH);

IV – Guia de Transferência ou Histórico Escolar.

§ 1º. Quando da matrícula de estudante estrangeiro, serão exigidos documentos


comprobatórios de regularidade de permanência no Brasil, bem como os documentos
para a efetivação da matrícula traduzidos por tradutor juramentado e registrado no
respectivo consulado.

§ 2º. Na falta de documento que comprove a escolarização anterior, será permitida a


matrícula mediante classificação por avaliação realizada na Unidade de Ensino, de acordo
com os critérios estabelecidos nesta resolução.

Art. 17. A matrícula na modalidade de EJA será facultativa a todos/as os/as estudantes
com idade igual ou superior a 15 anos, cabendo à Unidade de Ensino organizar-se para o
atendimento aos estudantes com necessidades especiais de aprendizagem.

Parágrafo único. A matrícula poderá ocorrer em qualquer época do ano, de acordo com a
classificação e reclassificação do/a estudante feita pela Unidade de Ensino.
Art.18. A transferência do/a estudante de EJA de uma escola para outra será feita
observando a Base Nacional Comum do Ensino Fundamental e as Diretrizes Curriculares
Nacionais para Educação de Jovens e Adultos.

Art. 19. As Unidades de Ensino municipais serão responsáveis pela expedição de


documentos de certificação, históricos escolares e de conclusão da EJA.

Parágrafo único. Os certificados, os atestados, as declarações, as atas de resultados


finais e outros documentos escolares, conforme cada caso, devem conter todas as
especificações que atendam a legislação vigente e os históricos escolares devem estar de
acordo com o disposto na Resolução COMEV nº 03/06.

CAPÍTULO II

DO AVANÇO ESCOLAR, DA CLASSIFICAÇÃO E DA RECLASSIFICAÇÃO

Art. 20. Entende-se por avanço escolar a possibilidade do/a estudante cursar uma etapa
mais avançada em relação àquela em que se encontra matriculado, quando verificada a
necessidade de melhor aproveitamento do processo ensino aprendizagem.

Art. 21. O avanço escolar ocorrerá por meio de avaliação elaborada pelos/as
professores/as do ano, turma ou etapa e acompanhada pelo/a pedagogo/a, envolvendo
conhecimentos das diferentes áreas de estudos e/ou disciplinas, respeitando o
estabelecido no Projeto Político Pedagógico da Unidade de Ensino.

§ 1º. No caso dos/as estudantes com necessidades de atendimento educacional


especializado, a Unidade de Ensino deverá elaborar avaliações respeitando os processos
próprios de aprendizagem do/a estudante.

§ 2º. O recurso do avanço só poderá ocorrer uma vez no ano letivo e no primeiro
trimestre, salvo casos de excepcionalidade do aproveitamento de estudos.

Art. 22. O avanço escolar poderá ser requerido pelo(a) professor(a), pelo(a) próprio(a)
estudante quando maior, pelos pais ou representante legal de estudantes menores de
idade, devendo o pedido ser por escrito e encaminhado à Direção da Escola.

Art. 23. A avaliação para o processo de avanço deverá ocorrer em duas etapas:

I – Entrevista com o/a estudante feita pelo/a pedagogo/a, com a finalidade de verificar a
possibilidade de adaptação do/a estudante ao nível, etapa de ensino pleiteado;

II – Avaliação escrita com a finalidade de verificar o desempenho do/a estudante nas


diversas áreas de estudo ou disciplinas.

Parágrafo único. A documentação referente à avaliação prevista neste artigo constará do


prontuário do/a estudante na Secretaria da Unidade de Ensino.

Art. 24. O registro do avanço escolar dos/as estudantes deverá ser feito pela Unidade de
Ensino nos seguintes documentos:
I – No(s) Diário(s) de Classe(s) do ano/turma/etapa em curso e no(s) Diário(s) de
Classe(s) do ano/turma/etapa para o/a qual o/a estudante avançar.

II – Na documentação individual do(a) estudante.

III – Na ata de resultados finais do ano/turma/etapa de origem.

IV – Na ata de resultados finais do ano/turma/etapa para qual o/a estudante avançou.

Art. 25. A classificação será baseada nas experiências e no desempenho adquiridos pelos
estudantes por meios formais e/ou informais, podendo ocorrer nas seguintes situações:

I - Promoção para estudantes que cursaram com aproveitamento o ano, etapa ou nível
anterior, na própria unidade de ensino;

II - Transferência para candidatos/as procedentes de outras escolas que adotem


quaisquer formas de organização didática;

III - Avaliação feita pela unidade de ensino que defina o grau de desenvolvimento e
experiência do/a candidato/a, independente de escolarização anterior e em casos de
inexistência de documentos comprobatórios.

Art. 26. A Unidade de Ensino deverá reclassificar os/as estudantes, quando


transferidos/as de estabelecimento de ensino com organização curricular diferente, com o
objetivo de situá-los no novo currículo, considerando os componentes curriculares da
EJA.

I – A Reclassificação será efetivada após o/a estudante ser submetido à entrevista e


avaliação feitas por uma Comissão Especial formada para esse fim na Unidade de
Ensino.

II – Os procedimentos adotados para a Reclassificação devem ser registrados em ata


específica, nos documentos individuais do/a estudante, na Guia de Transferência, quando
for o caso.

Art. 27. A Comissão Especial de que trata o inciso I do Art. 26 será formada também para
atender os casos de Avanço e Classificação e deverá ser composta pela equipe técnico-
pedagógica e pelo corpo docente da série ou ciclo, ano ou etapa pretendida pelo/a
estudante, considerando a proposta pedagógica da Unidade de Ensino, com a finalidade
de diagnosticar as necessidades e formas especiais de avaliação nos casos
mencionados, como também para proceder a avaliação que cada situação requer.

CAPÍTULO III

DA FREQUÊNCIA

Art. 28. A frequência dos/as estudantes da EJA deverá ser registrada e avaliada
sistematicamente, podendo resultar em um redimensionamento e reorganização do
trabalho pedagógico.
§ 1º. A referência de frequência do/a estudante é de 75% da carga horária, a partir da
efetivação da matrícula, respeitadas suas necessidades e disponibilidades e a
flexibilidade prevista em lei.

§ 2º. Os motivos que geram as ausências por parte do/a estudante deverão ser
investigados pela escola, com vistas a subsidiar a avaliação a que se refere o caput do
artigo 28 desta Resolução, bem como os processos de avaliação contínua dos/as
estudantes.

§ 3º. As Unidades de Ensino que trabalham com a modalidade EJA poderão apontar
outras referências de frequência, desde que constem em seu Projeto Político-Pedagógico.

§ 4º. A frequência das Atividades Curriculares Complementares poderá ser computada


como forma de cumprimento da carga horária efetiva das aulas previstas, e não assistidas
pelo(a) educando(a), excetuando a carga horária das ACCs obrigatórias para o segundo
segmento.

§ 5º. As Unidades Municipais de Ensino que ofertam a EJA deverão instituir mecanismos
formais a que todos/as os/as estudantes possam recorrer para descrever e justificar
afastamentos temporários das atividades escolares.

§ 6º. Nos casos em que os/as estudantes, menores de idade, somarem dez por cento de
ausências injustificadas nas atividades escolares, a partir da efetivação da matrícula, a
instituição deverá informar o ocorrido à família e procurar alternativas de solução prevista
no Regimento Escolar e no Projeto Político-Pedagógico da escola;

§ 7º. Aplicado o disposto no parágrafo sexto deste artigo e verificada a continuidade das
ausências injustificadas, a Unidade de Ensino notificará o Conselho Tutelar, o juiz da
Comarca e o Ministério Público, para providências cabíveis na forma da Lei.

CAPÍTULO IV

DA AVALIAÇÃO ESCOLAR

Art. 29. A avaliação da aprendizagem na EJA terá caráter investigativo, ocorrendo de


maneira sistemática ao longo do processo educativo e seus resultados deverão ser
apresentados trimestralmente, sendo expressos em uma escala de 0 (zero) a 100 (cem)
pontos ou por objetivos, de acordo com o Projeto Político-Pedagógico da Unidade de

Ensino.

§ 1º. Em caso da aferição por nota, será considerado/a aprovado o/a estudante que
obtiver nível de aprendizagem igual ou superior a 60 pontos em cada disciplina;

§ 2º. Em caso de aferição por objetivos, será considerado/a aprovado o/a estudante que
alcançar 60% (sessenta por cento) dos objetivos propostos.

Art. 30. Para os/as estudantes que não alcançarem os objetivos propostos ou o nível de
aprendizagem de no mínimo 60% (sessenta por cento) deverão ser desenvolvidas as
seguintes possibilidades de garantia de aprendizagem:
I - Replanejamento dos objetivos de ensino, ao longo de cada trimestre, verificada a
inadequação entre os estudos propostos e as necessidades pedagógicas dos/as
estudantes;

II - Estudos de recuperação paralela, ao longo de cada trimestre, verificada a necessidade


de tempo maior para apreensão dos objetivos propostos.

Parágrafo único. Caso o/a estudante ainda requeira atendimento específico para o
domínio dos objetivos essenciais à continuidade de seu aprendizado ou alcance de, no
mínimo, 60% (sessenta por cento) estabelecido para cada disciplina, a ele/ela serão
oferecidos estudos de recuperação imediatamente após o ano letivo.

Art. 31. A Unidade de Ensino deverá organizar o Conselho de Classe, trimestralmente, em


etapas, de forma a garantir a participação de todos os/as estudantes na avaliação
conjunta dos fatores que influenciam diretamente o processo ensino-aprendizagem, de
acordo com as seguintes determinações:

I – Na primeira etapa, serão adotados os Conselhos de Turmas, garantindo a participação


de toda a comunidade escolar (estudantes, pais, funcionários, professores/as, equipe
técnico-pedagógica, secretaria da escola e direção);

II – Na segunda etapa, com data prevista em Calendário Letivo, o Conselho de Classe se


reunirá com a participação dos/as professores/as, secretaria da escola e equipe técnico-
pedagógica da Unidade de Ensino, objetivando buscar alternativas para superação das
dificuldades constatadas na primeira etapa do Conselho, a serem utilizadas para:

a) planejar as atividades pedagógicas com base nos interesses e necessidades de


aprendizagem dos/as estudantes;

b) programar e realizar atendimento aos/às estudantes, de acordo com as dificuldades


identificadas;

c) proceder os encaminhamentos necessários, relativos a não frequência de estudantes,


conforme previsto nesta Resolução.

Parágrafo único. As avaliações feitas pelos/as estudantes nos Conselhos de Turmas


deverão ser registradas em atas e consideradas como subsídio para a avaliação do
processo de reorganização escolar e do ensino-aprendizagem.

TITULO III

DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Art. 32. A docência na EJA, nas escolas municipais, será exercida por profissionais do
quadro do magistério da Prefeitura Municipal de Vitória, dada prioridade aos/às
profissionais efetivos/as, garantindo a jornada semanal prevista em legislação específica.

§ 1º. O Projeto Político- Pedagógico da Unidade de Ensino deverá prever trabalhos


coletivos dos/as profissionais que atuam na Educação de Jovens e Adultos,
possibilitando, assim, a interdisciplinaridade.
§ 2º. Na organização curricular proposta pela Unidade de Ensino e aprovada pela
Secretaria Municipal de Educação, deverá constar a forma pela qual o trabalho coletivo
será efetivado.

Art. 33. A formação continuada da equipe técnico-pedagógica e dos/as docentes é direito


e dever do/a profissional e dever do poder público, de modo a atender as especificidades
da Modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

Parágrafo único. Deverá ser destinado à formação continuada da equipe técnico-


pedagógica e dos/as docentes da Educação de Jovens e Adultos um tempo coletivo na
jornada semanal de trabalho, correspondente ao mínimo de um dia de trabalho semanal,
nas sextas-feiras, a ser utilizado para fins de planejamentos, pesquisas e produção de
materiais didáticos.

TÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 34. Compete ao Poder Público Municipal efetuar o recenseamento e a chamada


pública dos/as jovens e adultos que não tiveram acesso ao Ensino Fundamental.

Parágrafo único. O poder público deverá se utilizar de dispositivos e meios de propaganda


e divulgação para a chamada pública dos/as estudantes de EJA, de forma sistemática e
durante todo o ano.

Art. 35. Todas as Unidades de Ensino que possuem ato de criação e aprovação estão
aptas para oferta da EJA.

Art. 36. A organização e o funcionamento da EJA serão avaliados anualmente, por meio
de seminários, com a participação da comunidade escolar e local, objetivando
fundamentar possíveis reorientações da Proposta Político-Pedagógica da Unidade de
Ensino e das políticas públicas municipais para essa modalidade educativa.

Art. 37. Os casos omissos e as questões normativas complementares a esta Resolução


serão resolvidas e regulamentadas pelo Conselho Municipal de Educação.

Art. 38. A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Aprovada em Sessão Plenária do dia 20 de abril de 2011.

Presentes os/as Conselheiros/as:

Isac Pereira da Costa – Estudantes

Eliane Rose Alves da Silva – Fórum de Diretores

Rogeovânia Aparecida Chisté – Assopaes

Vera Lúcia da Silva – Assopaes

Daniel Barboza Nascimento – Magistério


Maria da Conceição Duarte Peixoto – SEME

Romário Jacobsen Panceri – SEME

Maria das Graças Ferreira Lobino – CPV

Reginaldo Célio Sobrinho – Comunidade Científica

Élida Maria Fiorot Costalonga – Comunidade Científica

Eduardo Costa Gomes – SINEPE

Janine Oliveira Tozzi Lopes – SINEPE

Waleska Timoteo da Silva – SINDSMUVI

Vitória-ES, 14 de julho de 2011.

Maria Letícia Rennó de Souza-Vice-Presidente do Conselho Municipal de

Educação (Presidente em Exercício)

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